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sábado, 29 de agosto de 2009

Santo André e São Caetano, lembrar ou esquecer?

Um sábado para esquecer! Ou seria bom não esquecer? É melhor lembrar e aprender! Assim devem pensar Santo André e São Caetano após as derrotas de hoje, pelos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B.

Principalmente o Santo André, que foi ao Maracanã para ratificar o bom momento após duas vitórias consecutivas, mas deu com os burros n'água. Marcou sem consistência, deu espaços generosos a Petikovic e cia, armou sem a mínima criatividade e concluiu com raridade e imprecisão.

Enfim, teve raros lampejos de lucidez, jogou mal, perdeu de 3 a 0 de um Flamengo que vinha de três derrotas e volta a ficar em situação crítica. Só não está de corpo e alma enterrado na zona de degola porque tem 24 pontos ganhos e deficit de nove gols, enquanto que o Náutico tem a mesma pontuação, mas 12 gols negativos.

Porém, amanhã a zona de rebaixamento pode virar dura realidade, já que o Botafogo está em 18º lugar com 22 pontos e recebe o Grêmio. Se ganhar, o Botafogo joga o Ramalhão de 16º para 17º.

Domingo o time de Alexandre Gallo recebe o Atlético Mineiro no Bruno Daniel. E é preciso vencer e convencer. Caso contrário, ficará mais patente a visão de que não adianta só dispensar e contratar por atacado no meio da competição. Questionam-se a falta de planejamento e, agora, remodelação tão significativa em momento delicado, em pleno andamento de campeonato tão difícil.

O São Caetano também precisa aprender com os erros de hoje. Perdeu do Bahia por 3 a 1 depois de sete vitórias consecutivas. Aparentemente, fora de casa se faz necessário repensar o posicionamento ofensivo que deu bom resultado durante a semana contra o Bragantino.

Azulão continua em quinto lugar e tem tudo para entrar na zona de acesso à Série A nas próximas rodadas. Basta corrigir os erros e não se abalar com o tombo na Bahia. Vitória sobre o Vila Nova, sábado em São Caetano, vai colocar as coisas nos eixos. Acidente de percurso!

Timão e Verdão no Aramaçan

Hoje à tarde, como parte das festividades de 79º aniversário do Aramaçan, o Corinthians derrotou a seleção do belo clube da Vila Pires por 4 a 0, com gols de Nilson (2), João Paulo e Ataliba. Dinei, Ezequiel, Tosin e Zenon foram outras atrações. Na preliminar, o "Bezinho" do Timão perdeu de 4 a 2. Falhei no quarto gol, mas deixei o meu, de cabeça, indefensável (rsrsrs).

Amanhã de manhã o pessoal do Aramaçan recebe o Palmeiras. Leivinha, César Maluco, Dudu e Alfredo são esperados para a festa. Meu amigo Fabiano, além de assíduo leitor do Blogdoraddi -- obrigado! --, é fanático pelo Palmeiras. Não vai perder a oportunidade de rever antigos ídolos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Diário com manchete bimestral?

"Bloqueio de cancela trava Viaduto Cassaquera". Juro que fiquei estarrecido quando li a manchete do Diario do Grande ABC, hoje de manhã. Pensei tratar-se de publicação mensal ou bimestral. Porém, era mesmo um diário.

Entre o constrangimento que pode soar anti-ético e a omissão anticidadã, é melhor optar pelo primeiro. Sei que posso magoar a amiga Lola Nicolás e alguns colegas de profissão, mas não é possível! Um fato, trânsito caótico, que se dá há cerca de dois meses não pode ser requentado e guindado ao status de manchete da Primeira Página. Lamento! Preferia estar falando de coisas boas do esporte, mas...

Explico a indignação: a cerca de 45/50 dias, eu mesmo liguei para a redação do DGABC num início de noite. Afinal, acabara de passar pelo maior sufoco quando fui buscar minha filha, Maira, nutricionista na Philips, ali bem próxima da passagem de nível de Capuava.

Sem avisos e com a cancela interditada por blocos de concreto, encontrei como opção o Complexo Cassaquera, que é bom, mas, por enquanto, não passa de um viaduto. Trajeto de aproximadamente 10 minutos, até o Colégio São José, para pegar o neto, Victor, levou cerca de 45/50 minutos.

No mesmo dia, como agravante, havia uma blitz policial na Giovanni Baptista Pirelli, o que complicou ainda mais o trânsito. Inconformado, liguei para a redação do DGABC e alertei quem me atendeu -- se não me engano, de nome Sérgio. Afinal, o caos afetava o cidadão do Grande ABC. Nada mais coerente, então, que o DGABC informar e esclarecer o leitor e a população.

O jornal chegou a citar, dias depois, que o tráfego no Cassaquera havia aumentado. Mas, pra variar, não se aprofundou, não questionou as autoridades e não criticou com contundência a falta de respeito com o cidadão motorista, que, por anos a fio, utiliza aquela passagem vergonhosa e ignorada pelo Poder Público. Ali, virou um jogo de empurra.

Agora, volta como manchete e ainda sem elucidar nada. Prefeitura de Mauá e CPTM deveriam ser questionados e dar respostas minimamente sensatas há muito tempo. Pelo que sei, a cancela deixará de existir em breve.

Recapeamento asfáltico sob a responsabilidade da Prefeitura de Mauá soa como conversa fiada. A briga com a CPTM é tão antiga quanto a promessa de viaduto. E só deve ser esquecida quando o Governo do Estado interferir, por conta da extensão da Jacu-Pêssego e de outras obras complementares ao Rodoanel.

O que não pode, repito, é o DGABC embarcar nessa e transformar em manchete um fato lamentável que virou caos rotineiro sem resposta convincente de autoridades. Cadê a novidade? Cadê o impacto da notícia? Matéria pode ser muito mais abrangente, sem se limitar à superficialidade da falsa pavimentação.

De Primeira


* Por falar em falhas do DGABC, afinal, o vôlei feminino de São Bernardo ganhou a primeira ou a segunda diante de Taboão, pelo Campeonato Paulista?

* E o Santo André, hein, continua a contratar. Agora chegaram o meia Camilo e o lateral Eduardo Ratinho. O time não precisa de outro lateral-direito. Tem Cicinho e Rômulo. Talvez o meia Camilo seja mais útil, não o conheço, mas o ideal mesmo seria um atacante qualificado, matador de ofício. Esqueçam Fábio Júnior, por favor! O elenco já está inchado.

* Masters do Corinthians jogam amanhã de manhã no Aramaçan. Feras inesquecíveis, como Birobiro, Geraldão, Mauro, Nilson, Luís Fernando, Edson, Ataliba, João Paulo, Dinei e outros devem ser as principais atrações. Vou brincar no chamado "Bezinho", ao lado de Vagninho e outros amigos da bola.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Voa, voa, Azulão!

Pude comprovar, in loco, e com muito frio, a bela e convincente vitória do São Caetano sobre o Bragantino. Por sinal, a sétima consecutiva da equipe dirigida por Antonio Carlos Zago, ex-zagueiro da Seleção Brasileira e de grandes times do futebol paulista. Sem contar que jogou no EC São Bernardo no início de carreira. Assim como Marcelo Veiga, técnico do Bragantino, começou como lateral do Santo André para depois chegar a Portuguesa e Santos.

Em campo, dois campeões paulistas. Em campo, dois vice-campeões brasileiros. Em campo, agora dois integrantes da Série B. Mas em campo, de fato, jogando bola, o que se viu foi apenas um time. O Azulão foi melhor do começo ao fim.

Dono de si, o São Caetano jogou o tempo todo no ousado 4-3-3, com dois volantes, Eduardo Ramos na armação e três atacantes de ofício, à moda Corinthians: Washington mais fixo no meio, Vandinho aberto pela direita e o jovem Wendell pela esquerda. Na proteção aos zagueiros internos e às subidas dos laterais, destaque para Adriano.

Não foi difícil dominar um Bragantino batalhador, mas no 4-5-1, com apenas um atacante de fato -- Magrão. Rápido e com bom toque de bola, o Azulão pressionou e criou duas reais oportunidades antes de fazer 1 a 0, aos 21 minutos, em cabeçada de Washington após levantamento da direita. E teve mais facilidades para fazer a bola rolar e liberar os laterais após a expulsão de lateral Marcelo Godri, aos 32 minutos.

Nem mesmo a entrada do veterano Adãozinho como segundo volante, no lugar de Magrão, mudou muito o panorama do jogo. O Bragantino congestionou sua intermediária e até que voltou para o segundo tempo com mais ousadia ao adiantar outro veterano, o bom meia Lúcio, mas o sistema defensivo do São Caetano manteve o alto nível.

Com bom toque de bola e campo para contragolpear, especialmente pelas beiradas, não foi difícil perder três oportunidades antes de ampliar, aos 15 minutos, com Vandinho cobrando pênalti sofrido por Wendell. O terceiro gol aconteceu aos 32 minutos, com Xuxa, de cabeça, aproveitando levantamento da esquerda. Xuxa acabara de entrar no lugar de Eduardo Ramos, ex-corintiano que correu, se deslocou e foi, com certeza, o jogador com mais posse de bola. No entanto, poderia ser mais eficiente na armação, nos passes e nas finalizações. Algumas bolas compridas poderiam ser evitadas.

Nos 15 minutos finais, com o Bragantino cansado e entregue, o Azulão fez o tempo passar, mostrou seriedade defensiva -- Luiz não foi incomodado -- e alguns pecados ofensivos na conclusão dos contragolpes.

O que importa é que os mais de 800 pagantes que enfrentaram o frio puderam assistir ao mesmo tempo a um futebol vistoso e prático, consistente e envolvente. Um futebol de gente grande, que sabe o que quer -- o acesso. Tanto que já está a apenas um ponto do céu da elite e a 10 do inferno da Série C.

Méritos para Antonio Carlos Zago. Sou coerente o suficiente para dar a mão à palmatória. Agora o São Caetano mostrou que tem plenas possibilidades de alçar voos mais altos, para o calor de um ninho que conhece tão bem. Gostei! Voa, voa, Azulão! O clássico com o Santo André precisa ser na Série A.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Elenco inchado! Pra quê mais?

O elenco do Santo André está inchado há bom tempo. São mais de 30 jogadores. Portanto, não há necessidade de contratações que não sejam extremamente necessárias. Enfim, peças que venham para resolver, não simplesmente para compor elenco.

Desde o início do ano, como consequência de equívoco estratégico e planejamento questionável, além das trocas de técnicos, o Ramalhão vem pagando alto preço por algumas contratações que não somaram absolutamente nada em relação ao time do ano passado.

Houve jogadores que nem chegaram a estrear. O goleiro Diego foi negociado sem ter ao menos uma oportunidade. O zagueiro Dininho ficou sete meses no Departamento Médico e depois saiu. Lateral-direito Rafael foi devolvido ao São Paulo por "deficiência técnica". Ficou 15 dias quando nem deveria ter vindo. Luís Mário foi anunciado e em seguida vetado por excesso de peso. Brincadeira, ?

Esses e outros absurdos fizeram com que o Santo André começasse o Brasileiro bem mas logo depois ficasse em situação delicada, na zona de rebaixamento. Com as duas últimas vitórias, o time respira, mas a ameaça de degola não vai embora tão já. Bastam dois ou três tropeços.

Talvez preocupado com isso, o técnico Alexandre Gallo aumentou a lista de disponibilizados e contratados. Além de Dininho, Dirceu e Rodriguinho, agora descobriram que o meia/ala Elvis -- titular até outro dia --, os zagueiros internos Vinícius Simon e Vinícius Orlando, o goleiro Rodrigo e o atacante Moraes também são dispensáveis. Estão fora dos planos. Minimamente, é de se estranhar a incoerência.

Sem contar Rômulo e Sidney, que também são recém-chegados, nas últimas semanas aqui aportaram, entre outros, o central Cris e o atacante Malaquias, companheiro de Nunes nos tempos de Bragantino.

Como se não bastasse, o técnico Alexandre Gallo solicitou ainda as contratações do lateral-esquerdo Ávine e do zagueiro/volante Rogério, seus ex-jogadores no Bahia. Com todo respeito, se eram reservas no Bahia, não serão titulares absolutos no Ramalhão. Não chegam como solução inquestionável. É preciso provar competência.

Já a possível contratação de Fábio Júnior merece no mínimo três linhas de comentário. Nos últimos anos, o quê Fábio Júnior fez para o bem do futebol? Nada! Nem ao menos os gols que conseguia marcar nos tempos de Cruzeiro e Palmeiras. Não serviu para o Brasiliense e vai resolver a escassez de gols do Santo André?

Está certo que Nunes ainda não brilhou, mas jogar sozinho lá na frente não é fácil não. Muito menos quando o artilheiro sonha com a Vila Belmiro e acorda no Bruno Daniel. Posso até queimar a língua, mas Fábio Júnior não representa solução. No máximo, uma sombra a mais para inchar um elenco planejado sem os critérios rígidos do profissionalismo.

De Primeira

Atenção, colegas do DGABC, falhar ainda é humano, mas certos erros são imperdoáveis para quem tem um compromisso com a informação e também precisa dominar um pouco de ortografia e conhecimentos gerais:
1) Recisão de contrato...? (rescisão)
2) Polêmica reascendeu debate...? (reacendeu)
3) Fundação dos Servidores Públicos...? (Associação)
4) Volante-lateral Jucieli...? (Jucilei)
5) Jorge Henrique x Bill ...? (Henrique foi o substituído por Bill contra o Inter)
6) Chicão...? (contundido ele não jogou; Jean foi o zagueiro contra o Botafogo)
7) Moradei sobe de cabeça...? (Paulo André seria a legenda correta da Primeira Página)
8) Santos só empata com Cruzeiro no Mineirão. "Só" matou título da Primeira. Resultado foi bom.
9) Apenas 15km² de extensão...? ( área de São Caetano virou extensão na legenda da Primeira).
10) Santo André em 15º... ( Chamada errada; interna certa --16º -- na rodada anterior)
11) Júnior Dutra x Bruno César... ( quem entrou no final contra o Coritiba foi o zagueiro Marcel )

Está aí! Um time completo de atos falhos. E isso é café pequeno. Se alguém for analisar o "maior e melhor jornal regional do País" como um todo, com rigidez e profundidade, vai cair de costas. Sem competência e a dose exata de responsabilidade profissional e empresarial, escoa pelo ralo a credibilidade do ainda maior e mais importante jornal diário do Grande ABC. E o leitor que se lasque! Que pena! Lamento! A Região lamenta!

P.S.: daqui a pouco, vou ver o São Caetano em ascensão diante do perigoso Bragantino do técnico Marcelo Veiga, ex-lateral do Santo André e do Santos.

domingo, 23 de agosto de 2009

Futebol de chorar. Resultado pra sorrir.

Como na própria vida, os paradoxos também permeiam o futebol. E com o nosso Santo André não poderia ser diferente.

Na fase de vacas magras, com a conquista de apenas um ponto em 24 disputados, o Ramalhão cansou de jogar bem, enfrentar adversários mais fortes e tradicionais, mas sair de mão abanando, sem ao menos um pontinho.

Ontem, diante do Coritiba, aconteceu exatamente o oposto. O Santo André não jogou bem, mas ganhou mais três pontos importantíssimos. O gol foi chorado e futebol do segundo tempo foi de chorar, mas o resultado é mais do que motivo pra sorrir.

Na primeira etapa o time de Alexandre Gallo até que não foi tão decepcionante. Marcou sob pressão a saída de bola e agrediu o adversário de forma ostensiva. Mesmo sem criatividade no meio-campo, o Santo André foi em busca do gol e chegou pelo menos três vezes com real perigo.

Nem a expulsão de Rodrigo Pontes, logo aos 20 minutos, alterou o panorama desenhado no início. Mesmo com um jogador a mais, o Ramalhão não foi capaz de fazer a bola rolar de um lado para outro. E a culpa não é apenas do gramado não-compactado, ainda em estado inadequado para a prática do bom futebol.

Está certo que pouco permitiu ao time paranaense, já que Fernando fazia marcação individual em Marcelinho Paraíba e ainda sobravam Sidney, mais fixo na cabeça de área, e Ricardo Conceição, mais flexível e com liberdade para chegar ao ataque, compondo com Júnior Dutra e Rômulo.

O gol de Nunes, aos 38 minutos, foi muito chorado. Após intenso bate e rebate, Cris escorou para Nunes concluir com felicidade e fazer 1 a 0.

No segundo tempo, nem parecia que um time estava com 11 e o outro com 10 jogadores. O Coritiba ainda levava perigo com Marcelinho Paraíba pela esquerda. Especialmente depois que Gallo tirou Cicinho, uma das boas opções ofensivas. A não ser que o lateral tenha saído por contusão, cansaço ou problema clínico, não havia por que colocar Pablo Escobar para tornar a equipe mais ofensiva e deslocar Rômulo para a lateral.

Por que ele simplesmente não trocou Rômulo por Pablo Escobar ( ou Elvis) e encostou Júnior Dutra em Nunes? Por que manter três volantes quando se está com um homem a mais? Só posso entender como medo ou excesso de zelo defensivo.

Mesmo com corredor pelo setor direito, Rômulo decepcionou e passou a ser vaiado pela torcida. Mesmo com campo para contragolpear, o Santo André foi lento, burocrático e não soube matar o jogo. Mesmo com um homem a mais, o Ramalhão não manteve a marcação opressiva, não tocou bola, não criou nada e raramente chegou ao gol adversário.

Se o Coritiba estivesse completo e não demonstrasse cansaço nos 15 minutos finais, a sorte do Santo André poderia ser bem diferente. Nem mesmo o resultado seria motivo para sorrir, para festejar.

Contra o Flamengo, sábado no Rio, é preciso voltar a jogar com humildade, aplicação e sabedoria. É preciso consolidar a reação com um bom resultado no sábado, para depois, dia 6 de setembro, atropelar o decadente Atlético Mineiro no Bruno Daniel. Até lá, o gramado estará menos indecente.

Organizadas na arquibancada

Não tenho nada contra as torcidas organizadas do Santo André. Pelo contrário, merecem mais aplausos do que críticas. Há poucas restrições. Porém, muita gente não se manifestava, mas estava incomodada com a presença da Tuda bem no meio das numeradas, atrapalhando a visão dos torcedores mais centralizados. Sempre de pé, o pessoal da organizada comandada pelo Ovídio acabava por prejudicar a visão dos torcedores comuns. Comuns, mas não menos importantes. Pagar ingresso para não ver o jogo de forma plena é programa de índio.

Mesmo que tenha sido também por questões financeiras, a ida das organizadas para a o setor descoberto deve ser festejada. Lembro-me que nos áureos tempos da Segundona paulista, nas décadas de 70 e 80, grupos organizados e menos selvagens enfeitavam e levavam calor às arquibancadas. Por sinal, quase sempre com público bem maior do que hoje, na elite nacional.

Isso não quer dizer que, em caso de tempo chuvoso e/ou jogo contra os grandes de São Paulo a presença nas numeradas não deva ser reavaliada. De qualquer forma, foi bom. Assim como será bom contra o Atlético Mineiro.

Em tempo: apenas 1,3 mil pagantes viram a vitória do Santo André na noite fria de sábado. Público parecido com o do São Caetano na vitória sobre o Fortaleza, pela Série B.


Tigre vai bem na Copa Paulista

O São Bernardo continua bem na Copa Paulista, classificatória à Copa do Brasil. Apenas o campeão chegá lá, mas o Tigre mantém as possibilidades após a boa vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo de Guarulhos na fria tarde de ontem no Estádio Primeiro de Maio.

O jogo foi equilibrado e o público se assemelhou ao do Santo André. Ney Mineiro, de cabeça, fez o gol do São Bernardo no início do segundo tempo. O Flamengo só ameaçou no início do primeiro tempo e no final do segundo. Valeu a pena passar frio!

Loira na pista. Cuidado!

Antes de mais nada, é bom deixar claro que não me considero um preconceituoso inveterado. Nada tenho contra as loiras. Pelo contrário! Tenho colegas loiras que desfilam beleza, sensualidade, inteligência e sensatez.

No entanto, não posso dizer o mesmo da moça oxigenada que ontem por volta do meio-dia dirigia um carro vermelho na ciclovia do meu Parque dos Sabiás, mais conhecido como Parque Central de todos nós. Sim, eu disse carro. Sim, eu disse carro na ciclovia. O que não é novidade no espaço, já que a fiscalização é deficiente e a irresponsabilidade campeia.

Além de passear toda risonha pela ciclovia, quando o correto seria subir para a zona de shows pelo acesso calçado, a moça não era monitorada e estava em velocidade nada compatível com o local. Além de estragar a pista, colocou em risco os frequentadores do PC.

Falei com o Guarda Civil Municipal responsável, Almeida, que não fugiu da raia e afirmou que o problema tem sido recorrente, principalmente em vésperas e dias de show.

O fato ocorreu ontem. Mas hoje pude flagrar um Tipo escuro, provavelmente ligado a alguém envolvido com o show que ali ocorreria. O detalhe é que o Tipo passou perto de uma viatura da GCM, à altura do portão de acesso da Javaés, e os guardas não esboçaram qualquer atitude. É brincadeira! Nem saíram do carro. Há cerca de um mês, um dia após um show, vi um caminhão enorme, carregado de equipamentos, também em plena ciclovia. Reclamei com o GCM, mas parece que não adiantou.

Voltemos à loira de ontem. Será que não é o caso de a Prefeitura fiscalizar com o razoável eficiência, restringir ao máximo o acesso e orientar melhor? Ou deveriam afixar várias placas de alerta? Sugestão: Loira na pista. Cuidado! Ou: Cuidado, loira, aqui é uma ciclovia ( local para bicicletas em velocidade compatível).

Um mínimo de sensatez não faz mal a ninguém. Independe de loira ou morena, preto ou branco, rico ou pobre. Só que a insensatez da loira não pode deixar de ser coibida ou punida pelos zeladores do parque. Zeladores que, por sinal, continuam andando pouco a pé, quase nada de bicicleta, raramente de moto e muito, muito, de carro.

Não são todos, mas os funcionários públicos adoram ficar entocados naquela salinha da entrada principal. Se ao menos fossem leais cumpridores das tarefas pelas quais pagamos por meio de impostos...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Santo André acaba com jejum

Depois de oito jogos sem vencer e apenas um ponto ganho em 24 disputados, o Santo André foi ao Engenhão e derrotou o Botafogo por 2 a 1. Vitória importantíssima para sair da zona de rebaixamento e trocar de lugar com o próprio Botafogo. Júnior Dutra e Nunes, finalmente, fizeram os gols do time de Alexandre Gallo, que ganhou a primeira.

Jogo de sábado tem aquele rótulo de seis pontos, já que o Coritiba é o 14º colocado com 22 pontos, apenas um a mais que Santo André e Cruzeiro. Há pouco mais de meia hora, o time curitibano derrotou o ainda líder Palmeiras por 1 a 0. Equipe de Ney Franco está em franca ascensão e faz dos contragolpes em velocidade sua maior arma.

Só não tenho tanta certeza se o jogo será mesmo no esburacado pasto do Bruno Daniel, que nos fez passar muita vergonha no final de semana. Mídia nacional caiu de pau, com razão. Visibilidade negativa da cidade comandada pelo médico Aidan Ravin deve servir de lição para que se tomem as decisões corretas. Doa a quem doer! No caso, seria a não permissão de utilização do Bruno Daniel antes do período determinado pela empresa responsável pela reforma do gramado.

Até quando o Santo André vai achar que pode tudo? As rédeas estão nas mãos do prefeito. Repito: resta saber se ele tem peito para bater de frente com Ronan Maria Pinto, o presidente da Gestão Empresarial e dono do Diario do Grande ABC, que, por sinal, se omitiu. Jornal preferiu passar ao largo, sem se aprofundar no assunto "gramado-pasto". Que pena! Custava mostrar responsabilidade jornalística?

São Bernardo goleia o Santos

À tarde, no Baetão, ao lado dos companheiros Jurandir Martins e César Franco de Morais, vi a goleada de 4 a 1 do São Bernardo de Juninho e Edson Boaro sobre o Santos de Narciso, Lino e Abel.

Destaque do jogo válido pelo Campeonato Paulista de Juniores foi um meio-campista venezuelano com nome de dois craques do futebol alemão: Overath Breitner. Chamado de Breitner, o menino fez o belo gol santista. Leva jeito!. Santos e São Bernardo têm duas vitórias e duas derrotas no campeonato.

Fato lamentável ficou para o final da partida, quando jogadores e comissões técnicas ficaram a ponto de se pegar. Atitude do ex-zagueiro Narciso, ao discutir com Edinho Montemor, dirigente do São Bernardo que estava na arquibancada, pegou mal e incendiou o clima hostil.

No vôlei também deu São Bernardo

Pela segunda rodada do Campeonato Paulista de Vôlei Masculino, o Gac Logistics/Santo André deu muito trabalho mas voltou a perder, agora do Brasil Vôlei Clube/São Bernardo. Equilíbrio não evitou o placar de 3 sets a 0 para o tradicional Banespa em jogo realizado no Complexo Esportivo Pedro Dell'Antonia.

E o mau exemplo de novo veio de fora, de quem não joga. Mesmo com razão, o diretor de Esportes de Santo André, Almir Padalino, poderia maneirar nas reclamações pós-derrota. Esbravejou, gritou e ofendeu a arbitragem, que errou em lance que determinaria a vitória andreense no terceiro set e forçaria a sequência. Acontece! O sangue sobe, mas gestor público não deve agir como diretor-torcedor-amador e baixar o nível. Ficou chato!

Por falar em Prefeitura de Santo André, até quando nossos outdoors vão estampar o chamamento para os Jogos Regionais, encerrados dia 25 de julho? Espaços podem ser aproveitados com mais inteligência. Parece que a responsabildidade é da Secretaria de Comunicação. Portanto, que aja com responsabilidade e rapidez. Sem querer jogar a culpa no pessoal do Esporte.

domingo, 16 de agosto de 2009

O jogo, o pasto e, enfim, o inferno

Lamentavelmente, o Santo André precisa vencer mas perdeu do Inter no pasto do Bruno Daniel e, enfim, chegou ao inferno, mais conhecido como zona de rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.

O jogo de sábado à noite foi realizado num verdadeiro pasto, bem semelhante ao campo da Boa Esperança, citado no comentário anterior. Só que o Santo André disputa ( ainda) a elite do futebol nacional, enquanto que a Boa Esperança é uma fazenda.

Como cidadão andreense, me sinto envergonhado. Ficou claro que a reforma do gramado foi um engodo. Literalmente, feita sem planejamento adequado, nas coxas. Para enganar trouxas e desavisados. Para prejudicar quem mais precisa ser preservado e respeitado, o jogador de futebol.

Se é que aconteceu, o plantio da semente de inverno foi efetivado com atraso. O que se viu foi um "gramado" esburacado, irregular, nada compactado. Nem mesmo a areia conseguiu nivelar um piso que deveria ser mantido com carinho, muita água e tempo coerente para reutilização. Uma quinzena não é suficiente.

Culpa do Santo André, que se julga dono do espaço. Usa e abusa com treinos e jogos de várias categorias, além do empréstimo ao Palestra, mas pouco ajuda na manutenção. Deixa quase tudo por conta da Prefeitura, que, por sinal, também é culpada. Peca pela inexperiência e pela incapacidade de dizer não. Aqui mesmo, há cerca de 30 dias, ficou o alerta ao prefeito Aidan Ravin para que restringisse e regulamentasse com rigor a utilização do gramado.

Parece que tudo pode! Será que ninguém na Prefeitura tem responsabilidade, discernimento e peito para dizer não? É imprescindível que se limitem as cessões tanto para o futebol profissional quanto para o amador. Depois, quando a televisão mostra o pasto, a primeira paulada dos jornalistas é no Poder Público. Não tenha dúvida de que o EC Santo André -- Gestão Empresarial -- vai fugir da raia e dizer que não tem culpa de nada. Tem sim! Os dois devem dividir o ônus. E os jogadores? Ah, o futebol que se dane! É o que devem imaginar!

E foi o que aconteceu no sábado. Santo André e Inter foram prejudicados. O futebol foi castigado. O jogo foi agradável, mas seria ainda melhor se jogado num gramado decente. Não se pode dizer que o time de Tite não mereceu ganhar. Também não se pode afirmar que o Ramalhão jogou mal e mereceu perder. Estava na cara que, com os sistemas defensivos encaixados, quem fizesse o primeiro gol teria plenas condições de vencer.

Gallo fez de tudo, mas não evitou o oitavo jogo sem vitória e a queda para a zona de degola. Montou a equipe no 3-5-2, com três zagueiros (Cris, Marcel e Gustavo Nery) e cinco no meio-de campo ( Cicinho e Elvis nas alas, Sidney como primeiro volante de contenção à frente dos zagueiros, Fernando meio perdido como segundo volante mais solto e Ricardo Conceição com a incumbência de marcar de forma opressiva e ainda sair pro jogo). Romulo tinha liberdade para atacar e encostar em Nunes, muito bem marcado por Bolívar e Sorondo, soberanos pelo alto e eficientes por baixo.

Já o Inter veio num 4-4-2 respeitoso. Marcou muito no meio-campo com os excelentes Sandro e Guinãzu. Criou pouco com Giuliano e Andrezinho e pouco fez para dar opção de jogo ofensivo para Alecsandro e Taison. No primeiro tempo o hoje integrante do inferno esteve mais perto do gol e não correu tantos riscos. Poderia ser melhor se, para fugir do bloqueio central, os alas mostrassem melhor eficácia. Batiam de frente com os mais laterais do que alas Danilo e Kléber.

O panorama do jogo só mudou depois dos 15 minutos do segundo tempo. O Inter encontrou espaços para armar jogadas com Giuliano e a inversão de Taison -- da esquerda para a direita -- deu resultado aos 25 minutos. Sem tanta eficiência na marcação, especialmente pelo setor de Elvis, e ainda demonstrando certo cansaço, o Santo André tomou o gol e Gallo se viu obrigado e colocar o time no ataque. Tentou de tudo, mas nada deu certo. Mudou jogadores, mudou esquema, mudou postura, mas não chegou ao mais importante, o gol.

O Inter manteve a aplicação defensiva, ganhou espaços para o contra-ataque e fez 2 a 0 após pênalti de Marcel em Giuliano. O mesmo Marcel que fez pênalti parecidíssimo em Souza, contra o Corinthians. No final, se não fosse, Neneca, o Ramalhão poderia ter saído no pasto para o inferno com uma goleada injusta.

No Santo André, destaques para Neneca e os estreantes Cris e Sidney. E para a torcida, que entendeu a situação e não vaiou com veemência. No Inter, o brilho ficou por conta dos zagueiros internos, dos volantes Sandro e Guinãzu e do rápido e insinuante Taison. No Santo André, fica a certeza de que passou da hora de reagir. De nada adianta jogar bem se o resultado não vem há oito jogos -- apenas um ponto nos últimos 24 disputados -- e as chamas do inferno sejam cada vez mais ardentes. No Inter, fica a certeza de que o time está na ascendente e ainda pode chegar ao título simbólico do primeiro turno.

De Primeira

* São Caetano imprime reação incrível e já é o sexto colocado da Série B. Agora está bem próximo do céu da Série A. Isso é muito bom para o Grande ABC. Até o torcedor está voltando.

* Outro dia, errei ao escrever que o São Caetano enfrentaria o Brasiliense na terça-feira, dia 4. Foi na sexta, dia 7, e o Azulão venceu por 2 a 1. Ato falho!

* Ao lado do amigo Jurrandir Martins, vi o Palestra golear o Palmeirinha de Porto Ferreira por 4 a 1 hoje cedo no Baetão. Lateral Richard fez um gol de falta e foi um dos destaques do jogo. Palestra está na próxima fase da Segunda Divisão. Vamos torcer muito pelo time do presidente Fábio Cassetari. Parceria com o Santo André tem funcionado a contento. Enquanto isso, o Grêmio Mauaense só perde, não paga salários e está prestes a fechar as portas. É triste!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Boa Esperança e o Ramalhão

Os ares de Rio Pardo e da Boa Esperança sempre me fizeram bem. Foram cinco dias para matar saudade. Sempre ao lado do pai (Valério) e do filho (Felipe). Foi bom pescar traíra e tilápia. Foi bom ouvir música caipira, de viola. Ou mesmo Nelson Gonçalves e Rolando Boldrin. Foi bom voltar à Fazenda Boa Esperança de uma infância/adolescência saudável e inesquecível.

O campo de 40 anos atrás ainda existe. Está lá a mesma figueira cujos galhos atrapalhavam a cobrança de escanteio. É, naquele tempo, existia ponta. E ali o ponta-direita passava apertado. Quando não caia barranco abaixo. Gramado, quase sem demarcação, mas com traves de ferro e medidas oficiais.

Nada de gol maior, mais baixo de um lado e feito com grossos e tortos troncos de eucaliptos. Eucaliptos que, por sinal, agora são raros. Deram lugar a cafezais ou canaviais. Cafezais que também ocuparam pastos ou foram substituídos por canaviais. As plantações de cebola desapareceram.

Os animais também. Os bois sumiram, as vacas leiteiras, idem. Minguaram! As cocheiras, ao invés dos belos cavalos puro-sangue, deu lugar ao mato. As famílias se foram -- de 45, sobraram seis -- e as casas idênticas da antiga colônia deram lugar a um grande açude. Mas foi bom...

Ah, ia me esquecendo: a Boa Esperança tem campo mas não tem time. Antes, tinha time mas o campo era um terrão. Horrível! Mas o nosso oásis, o nosso parquinho, o nosso Maracanã. Éramos crianças e adolescentes felizes, com tão pouco. Hoje... deixa pra lá!

E o Santo André? Tem time? Tem campo?Sábado, lá estaremos diante do Inter para ver como ficou o gramado pós-reforma e plantio das famosas sementes de inverno. Tomara que não tenham feito besteira. O tempo foi curtíssimo para cuidados adequados. E time? Time tem, mas... sei não!A coisa tá feia! A distantes 12 pontos do céu da Libertadores e a apenas oito gols ( nenhum ponto) do inferno da Série B.

Acho que passou da hora de todos assumirem os erros. Erraram dirigentes, erraram técnicos e erraram jogadores. Faltou planejamento sustentável, consistente, de longo prazo. O bom início foi enganoso. Bonito, mas utópico. Era novidade. Hoje, todos sabem como é o Santo André. Parece que apenas o Ramalhão não se conhece. Foi com muita sede ao pote. Se empolgou!

Sonhou com a Libertadores e pode acordar na Série B. Ousou querer jogar bonito e de igual pra igual. Ousou desafiar o poder maior dos grandes. Ousou atacar. Ousou jogar aberto e não demonstrou consistência defensiva, marcação opressiva do primeiro ao último minuto. Por isso concordo com o amigo Daniel Lima.

O nosso Ramalhão deveria passar por uma reflexão, reconhecer os próprios limites e fazer dos contragolpes flechas certeiras, mortais, diante de inimigos tão poderosos. O que não significa, obviamente, ficar fechado, todo encolhido, limitado à marcação no próprio campo. É só questão de estratégia! Como está, não pode ficar.

Agora que a coisa ficou feia os mesmos dirigentes que fizeram inúmeras contratações duvidosas começam a dispensar, a afastar quem jamais deveria ter vindo. O erro estava no nascedouro. Quem contratou? Quem endossou? Quem escalou? O bom momento encobriu perigosamente as falhas estruturais e gerenciais.

Ainda há tempo para fugir do rebaixamento, mas simplesmente promover uma limpeza não vai resolver. Gallo precisa fazer o time jogar com humildade, aplicação e sabedoria. Por enquanto a torcida -- sempre pequena, pela grandeza do clube -- declara apoio incondicional. Mas se perder do Inter sem demonstrar luta em cada palmo do campo, pode ter certeza que o bicho vai pegar no final. Aí eu quero ver quem vai segurar as pontas!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O céu, o inferno e as estrelas

Estrelas sobem e descem no mundo do futebol. E não poderia mesmo ser diferente. A dinâmica do esporte bretão não permite vacilos, vaidades exacerbadas, negligência e antiprofissionalismo.

Os clubes-estrelas do Grande ABC fazem parte desse mundo louco. Se não, vejamos! Na elite do futebol nacional, o Santo André já esteve bem próximo do céu da Libertadores. Agora, em 14º lugar na classificação geral, está a distantes nove pontos de uma das quatro vagas. Em contraposição, periga a apenas três pontinhos do inferno da Série B.

Pra complicar, parece estar ladeira abaixo, enquanto que o adversário desta quarta-feira, em Florianópolis, vem em ascensão meteórica, embalado. Um bom momento para o Ramalhão surpreender e voltar com um bom resultado. Se perder outra, o fogo do inferno vai deixar alguém com o rabo quentíssimo.

Por outro lado, na Série B, o São Caetano melhorou bastante. Está certo que está tão distante do céu ( Série A) quanto o Santo André, com os mesmos nove pontos de diferença ( 18 para 27) para o quarto colocado. E ainda sente a coisa arder pra valer, já que um ponto do primeiro a ser rebaixado para a Série C não significa nada. Paga o preço de um início vexatório!

O detalhe é que, além de em evolução, o Azulão joga em casa, amanhã, contra o Brasiliense. Se voltar a vencer, pode respirar mais aliviado. Aí, com prazer -- porque sou, acima de tudo, esporte regional -- darei o braço a torcer, já que ainda não vejo Antonio Carlos Zago como técnico ideal. Os resultados podem me desmentir.

Já no Paulista da Segunda Divisão a grata surpresa (?) é o líder Palestra/Santo André de Sandro Gaúcho e Fábio Cassetari. Três jogos e três vitórias no Grupo 12. Muito legal! Animador! Já o Grêmio Mauaense jogou e perdeu duas vezes. É o lanterna do Grupo 10. Embora na mesma divisão, vivem situações opostas. As estruturas são o retrato mais fiel das realidades estampadas dentro de campo.

Enquanto isso, o estruturado São Bernardo começou a Copa Paulista dando a impressão de que iria longe, mas parece em queda livre. Ganhou duas seguidas, mas vem de um empate e duas derrotas. Clube de Edson Boaro e Juninho Fonseca -- ambos ex-Ponte Preta, Corinthians e Seleção Brasileira -- perdeu o prumo. E a vaga à Copa do Brasil é um sonho cada vez mais distante.

De Primeira

Off-side ( fora de jogo, impedimento, fora de área, lado de fora): não é minha especialidade, mas a cobertura política do DGABC referente a Santo André é um fiasco. Até parece que não acontece nada nos altos e nos subterrâneos do Paço Municipal de uma cidade com mais de 680 mil habitantes. Acorda, minha gente! O leitor não tem muitas opções.

Por falar em meio de comunicação, Flávio Prado abusa dos potentes microfones da Jovem Pan para deitar falação de forma descontrolada em alguns jogadores de futebol. Depois de dizer que Ronaldo não tinha condições de jogar "nem um minuto", agora vem definir Douglas como "um meia insignificante", Edu como "muito mais jogador do que Christian" -- no momento, é uma incógnita -- e que André Santos é "limitadíssimo, não joga nada". Exceção a Ronaldo, nenhum deles é ( ou foi) craque, mas ninguém é perna-de-pau. Todos foram importantíssimos nas últimas conquistas alvi-negras. Adjetivos devem ser usados com parcimônia. Respeito é bom, caro jornalista! Você desaprendeu ou acha que é Deus. como a maioria dos nossos amigos de profissão?

Off-side 2: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo deu um show de bola domingo no Parque Central. Sou fã de música sertaneja, mas, enquanto fazia meus 12 quilômetros, foi inevitável não receber a bênção sonora do maestro Roberto Tibiriçá. Deixar de ouvir e aplaudir soaria como heresia. Uma pena, mas o público ( educado, lógico!) era de jogo do Santo André. Merecia um Pacaembu lotado em dia de Corinthians. Bravo! Bravo! Prefeitura acertou e, desta vez, o tempo colaborou.