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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vôlei a caminho da Superliga

A se confirmarem as expectativas da rica Confederação Brasileira de Voleibol, 17 pobres clubes brasileiros devem disputar a Superliga Masculina a partir de 3 de dezembro. Lógico que nem todos são clubes, apenas times, e apenas adultos. Lógico, também, que nem todos são pobres.

O que se quer dizer, na realidade, e com clareza, é que a CBV dos campeões mundiais e olímpicos nada na grana, enquanto que a maioria dos seus filiados vive na penúria, a passar o chapéu, na esperança de parceiros que os levem a enfrentar gastos de primeira grandeza.

Exemplos não faltam. Um deles está em Santo André. E a história conquistas inesquecíveis não tem servido para absolutamente nada. Nos últimos 15 anos, na era pós-Pirelli -- um bicho-papão quase imbatível sob a batuta de capitães como Moreno e William --, o vôlei andreense tem vivido quase à mingua. Da abnegação de Marcelo Madeira, Celsinho, Gatão, Chicão e cia.

A confirmação da participação na Superliga só ocorreu ontem, na bacia das almas. Mas sem patrocínio, já que a GAC Logistics abandonou o barco e a Prefeitura vai ter de bancar tudo sozinha. Vão juntar quirelas. De novo!

Considerando-se o orçamento de 2009 já comprometido, só resta suplementar por meio do Tesouro ou remanejar verba. A esta altura do campeonato, é quase impossível. Então... é rezar para que a peça orçamentária de 2010 contemple o Esporte -- com E maiúsculo, como um todo -- com mais respeito. Pago pra ver! Torço a favor.

Em São Bernardo, tudo parece sob controle. Mas não é bem assim. O banco Santander já desistiu de continuar. Investimento está garantido só até o final da Superliga, provavelmente em maio/junho. É aí que a roda pega! Se em Santo André R$ 500 mil anuais fazem o time ficar entre os oito melhores do País, em São Bernardo o buraco é um pouco mais embaixo.

Especialistas dizem José Montanaro Júnior, o nosso grande Montanaro, também presidente do Brasil Vôlei Clube/São Bernardo -- o antigo Banespa -- calcula valor bem próximo de R$ 6 milhões anuais para bancar um vôlei de primeira linha, um pacotão da base ao adulto, com possibilidades de revelar talentos e ganhar títulos estaduais e nacionais.

A garantia é de que o prefeito Luiz Marinho e o secretário de Esportes, José Luiz Ferrarezi, estão empenhados, de fato, em conquistar parceiros que sejam capazes de manter o vôlei masculino de alto nível em São Bernardo. Estariam flertando com várias empresas. Particularmente, não acredito muito. Pura impressão.

Em se tratando de PT, nem sei se o handebol -- o feminino foi campeão nacional e o masculino caiu nas semifinais -- continuará tão forte na imprescindível parceria com a Metodista, também "sócia" do basquete. Só não podem se esquecer de que o trabalho da universidade vai muito além de títulos no alto rendimento.

Já em São Caetano, a representação na Superliga fica por conta do time "importado" da Ulbra, enquanto que o feminino disputa uma semifinal do Paulista com Osasco. Patrocínio da Blausiegel tem sido superimportante. Em São Bernardo, o time comandado por José Alexandre Devesa foi bem mas não tinha como chegar às semifinais.

Já Santo André está novamente em fase de formação. Peneiras para meninas de 89 a 95 estão marcadas para 12 de dezembro, no Dell"Antonia. O competente Guilherme vai escolher as melhores. Tomara que os Jogos Escolares não tenham sido em vão. Tomara!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O basquete da Laís

Agora há pouco, na saída do Complexo Esportivo Pedro Dell'Antonia, um jovem torcedor me perguntou quanto tinha sido o "basquete da Laís". É isso mesmo! Laís e Arilza estão há tanto tempo à frente do basquete feminino de Santo André que acabam por personificar a modalidade. Para alguns, maldosos ou invejosos, elas se adonaram do basquete e ponto final.

Não é tudo isso! Porém, cabe discussão. Só não se sustenta quando o argumento omite o principal: Laís e Arilza trabalham, são guerreiras e vitoriosas. Não se conta a história do basquete feminino andreense e nacional sem a citação da dupla dinâmica.

Só que a dupla dinâmica tem lá seus limites. Não é todo dia que os santos milagreiros entram em acordo e todos rezam ao lado de e por Santo André. Como na final dos Jogos Abertos, quando as meninas ficaram com o título.

E ontem não foi diferente. Não era dia de santo. Deu a lógica de quem tem parceiros e investe muito mais. Não há como cobrar mais. Debilitada clínica e fisicamente, a cubana Ariadna jogou pouco tempo e seus pontos fizeram muita falta. A boa atuação de Simone não foi suficiente, as mãos de Lilians não foram tão precisas e Fabiana precisa de tempo para se adaptar ao grupo.

Além de pontuar pouco, o basquete da Laís caiu fisicamente, defendeu sem a consistência tão preconizada pela treinadora em todas as preleções. Ganhou o primeiro quarto de 16 a 15, mas fechou o primeiro tempo perdendo de 33 a 31. No segundo, foram pobres 17 pontos, contra 26 de Ourinhos, que também não jogou lá essas coisas.

Pois é, garoto, sinto lhe informar que o basquete da Laís -- e de nós todos, andreenses de nascimento ou de coração -- perdeu de 59 a 48 pela segunda rodada do 12º Campeonato Nacional de Basquete Feminino.

Único participante de todas as edições, o time da Laís foi campeão em 99, com Janeth e cia. E continua à procura de um parceiro que se junte à Prefeitura com o objetivo de contratar e voltar a ganhar títulos. Não é fácil, mas um sabiá me contou que está a caminho. Tomara!

O Zorro e a mula-sem-cabeça

Domingo de manhã. Lá estou novamente na delícia do Parque dos Sabiás, o Parque Central, umdos futuros cartões postais de Santo André. Se o Poder Público souber trabalhar o produto com sabedoria.

De repente, um assobio conhecido -- assovio também serve, segundo o professor Pasquale. Achei estranho, parecia coisa do Zorro, antigo torcedor do Santo André. Calma! O assobio não era para um cavalo branco chamado Silver. Tampouco o Zorro é aquele. Só ganhou o apelido porque, na adolescência sempre foi bom de bola mas extremamente mascarado. Também era brigão, marrento e debochado.

E não é que o assobio fez eco novamente e percebi que alguém no alto da ciclovia, ali perto do Sabina, sem máscara mas com um capacete preto, acena insistentemente.

-- Ei, Raddão, peraí! Sou o Zorro, antigo torcedor do Ramalhão, gritou já cortando caminho pelo canteiro de belas flores amarelas.

Ao se aproximar, sem antes escorregar e quase cair com a bicicleta no último laguinho, lá onde os cachorros adoram nadar, foi inevitável.

-- Cara, como você envelheceu! Rugas, cabelos brancos... Com certeza, não joga mais bola?

-- Ainda brinco um pouco. Engano! Tubo bem com você?

-- Bom, você sempre enganou. Eu, sim, jogava muita bola. Metia um gol atrás do outro, lembra? E tirava o sarro de todo mundo. Mas a bola me puniu, como você sempre alertava, lembra?

--Lembro! O que aconteceu?

-- Peguei um becão maluco pela frente e ele quase me partiu em quatro. Estou com 56 anos e isso foi no ano 2000. Fiz graça e acabei com a perna quebrada em dois lugares, além de romper o ligamento cruzado anterior e estourar os dois meniscos do joelho direito. Justo o da perna boa, acredita?

-- Acredito! Por falar em acreditar, você ainda acredita que o nosso Santo André pode escapar do rebaixamento?

-- Você acredita em saci?

-- Saci?

-- É, saci-pererê, aquele neguinho de uma perna só, chapeuzinho vermelho e arteiro que nem ele só, principalmente com animais. Dizem que ele faz tranças no rabo do cavalo.

--Não!

-- E em curupira?

-- Curupira ou currupira?

-- Tanto faz, ô jornalista! É aquele que, dizem, tem os calcanhares pra frente e os dedos dos pés pra trás.

-- O quê?

-- Acredita ou não?

--Não!

-- Como bom caipira, você acredita em lobisomem, pelo menos?

-- Não acredito também não. Nunca vi! Mas lá em Rio Pardo eles diziam que na quaresma o Joaquim Balaieiro virava lobo e assustava a molecada. Na quaresma eu não passava na frente da tapera dele não!

-- Lá também tinha asssombração? E mula-sem-cabeça, aquela besta com três pés, dois atrás e um na frente?

-- Os mais velhos diziam que sim. Se borravam nas calças e estalavam os olhos de tanto medo. Já vi muita mula com cabeça. Sem cabeça, nunca! Mas é tudo lenda, folclore. Tudo superstição, coisa do povão desinformado. Não acredito não!

-- Se você não acredita nisso, também não leva a sério quando alguém fala em branca de neve, papai noel, fantasma e coisas do gênero.

-- Lógico que não! Já sou grandinho!

--Então, por que vem me perguntar se eu ainda acredito na salvação do Santo André. Situação é igual. Pura utopia, lenda. Nada mais nos resta diferente de abraçar o inimigo São Caetano. Mesmo que seja um abraço de tamanduá! Não confio mais e passei a torcer contra desde que mandaram o Sérgio Guedes embora. Agora, que assumam as consequências.

-- E se ganhar do Goiás hoje à noite?

-- Esquece, não vai ganhar. Vai perder, assim como o Botafogo vai penar contra o Barueri. E o Fluminense vai lotar o Maracanã e ganhar de novo. Se bobear, quem cai, além da gente, do Sport e do Náutico, é o Botafogo. A tabela deles é uma pedreira. E olha que o time deles é melhor que o nosso.

-- Percebeu que já demos a volta inteira na pista? E você empurrando a bicicleta!

-- Ela está pior que o Santo André. Furou o pneu de novo. Não tem mais jeito. Preciso ir embora. Dê um beijo na filha do conselheiro.

-- Em quem?

-- Na mineirinha linda dos olhos esverdeados! Tchau!

-- Zorro, o conselheiro morreu!

-- Mas a filha dele não!

A kombi e a linguagem dos sinais

Sábado de manhã, Parque dos Sabiás, mais conhecido como Parque Central. Antes mesmo de entrar pelo portão principal, percebi que havia bastante gente. Crianças brincando, adultos correndo ou caminhando, ciclistas pedalando em velocidade aceitável e até atletas em nítido ritmo de treinamento.

Lógico que também lá estavam pessoas mal-educadas. Daquelas que não limpam o cocozinho do animal de estimação e muito menos o cocozão do cachorro São Bernardo que mais parece um filhote de hipopótamo. Tão mal-educadas quanto alguns pescadores que sujam os lagos ou pescam onde a placa, se ainda existisse de forma integral, orientaria sobre a proibição.

Por falar em educação e orientação, as lixeiras quebradas foram repostas, mas as placas detonadas pelos maus elementos ainda dependem de atitude do Poder Público. Sem se esquecer de que é preciso repor, fiscalizar e punir, se for o caso. Nosso problema maior vem do berço e se chama educação.

Pois bem... Logo na entrada, ali no primeiro lago, percebi que uma kombi, com identificação da Coopflora/Jardinagem e Paisagismo -- contratada de Prefeitura, descia no local adequado mas em velocidade visivelmente acima do exigido. Discretamente, fiz o característico sinal com uma das mãos, sugerindo que o motorista reduzisse para não colocar os pedestres em risco.

De forma acintosa, e provavelmente proferindo algum palavrão que não consegui identificar, o distinto cavalheiro mostrou o volante com as duas mãos, como que desafiando para que eu assumisse a direção do veículo. Segui minha caminhada pista acima. A kombi, na mesma toada, desceu e ganhou a rua pelo acesso principal.

Ficaram, no entanto, algumas perguntas para quem procura exercer o direito de cidadão: a kombi não deveria sair pela esquerda, pelo portão junto à favela Gamboa? O gentleman "chofer" não deveria estar em velocidade compatível e respeitar os frequentadores do espaço? Quem orienta os condutores ou fiscaliza os veículos que adentram ao parque? Que punição as empresas recebem? Responsáveis da Prefeitura sabem que a infração também é cometida pelo pessoal da Gib/Alimentação, tanto no Central quanto no Tamoio, onde já os vi cortando caminho pelo meio do jardim para não ter de dar a volta por trás do Corintinha? E quando a conduta inadequada é dos próprios funcionários públicos, inclusive policiais militares e guardas vicis, como também já presenciei?

Com certeza, não podemos ficar por conta da linguagem dos sinais. Um alerta, um aceno, um palavrão e nada mais. Repito o aviso-cidadão: condutas, acesso e trânsito interno dos parques merecem fiscalização eficaz e contínua, além de maior atenção do governo Aidan Ravin.

domingo, 8 de novembro de 2009

Ramalhão acredita na "cigana" e se dá mal

Em título, linha fina e matéria do nosso (?) Diario do Grande ABC de ontem, algumas palavras e frases foram tão recorrentes quanto perigosas e inadequadas. Por opção do jornalista responsável pelo texto e, lógico, de quem endossou a edição, usaram-se: Santo André busca benefício do "pouco caso" corintiano; de olho em 2010, Timão não dá atenção ao jogo de amanhã; ...Timão apenas cumpre tabela no Campeonato Brasileiro.

Detalhe é que nenhum dos entrevistados do dia -- Rômulo, Camilo, Cesinha e o técnico Sérgio Soares -- sugeriu claramente qualquer facilidade pelo fato de o Corinthians não brigar por título nem por vaga à Copa Libertadores, competição para a qual já está classificado, como campeão da Copa do Brasil. Pelo contrário, todos enalteceram o peso da camisa, a força da torcida e as qualidades coletivas e individuais do adversário.

Abordagem dos responsáveis, principalmente pelo título e pela linha fina da matéria, foi minimamente infeliz, ingênua, talvez tendenciosa. Não consigo entender a intenção ao se forçar a realidade do momento, da história e das declarações dos profissionais envolvidos.

Tanto que o jogo de agora há pouco no Pacaembu, diante de mais de 18 mil torcedores, mostrou um Corinthians "relaxado" com mais atitude do que um Santo André "motivado". Estranho paradoxo. Pra quem apenas "cumpre tabela", até que o Corinthians foi ousado demais. Pra quem precisava vencer, o Ramalhão foi apático demais. Para quem não daria atenção ao jogo, o Timão se aplicou demais. Pra quem está no fio da navalha, o Santo André correu menos, marcou menos, ousou menos e criou menos do que podia.

Os gols de Ronaldo e Dentinho, além das bolas na trave de Edno e Balbuena e outras três oportunidades contundentes mostram números superiores diante de um adversário que chegou com real perigo em apenas três ocasiões. O time de Sérgio Soares até que teve posse de bola, mas faltou-lhe objetividade. Ricardo Conceição fez falta como volante de contenção. Se bem que, pelo desenho do jogo de hoje, eram necessários dois cães de guarda à frente da zaga. O veterano Fernando não foi suficiente.

Deu impressão de que o grupo andreense confiou em excesso na leitura da "cigana". Acreditou no "pouco caso". Agora o clube está em 18º lugar com 35 pontos, ao lado do Náutico. O lanterna Sport tem 30. Com belo público no Maracanã, o esforçado Fluminense venceu o previsível Palmeiras -- Obina marcou um gol legal mas Simon errou feio e não validou --, somou 36 pontos e pulou para o 17º lugar, mas ainda está longe da salvação, já que o Botafogo ganhou do Coritiba e pulou para 41.

Próximos jogos do Santo André: Goiás (F), Avaí (C), Náutico (C) e Internacional (F). Se prevalecer a linha de corte de 45 pontos, Botafogo e Coritiba só precisam de mais quatro pontos para se livrar da degola, enquanto que o Ramalhão necessita de 10 em 12 a serem disputados.

Pra quem falava em rebaixamento como "nuvem passageira", está cada vez mais difícil o vice-presidente da Saged ( Santo André Gestão Empresarial Desportiva), Romualdo Magro Júnior, ser convincente. Outra previsão errada. Como se não bastasse a "cigana". Que pena! Intimamente, também errei nas previsões. Acreditei que nos últimos oito jogos ( dois minitorneios de quatro jogos) o time ganharia 13 pontos. Ganhou 10.

Viva as escolinhas de esporte!

Gol de placa a atitude do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC ao manter o Festival de Escolas de Esportes. Criado a cerca de quatro ou cinco anos, o evento tem tudo para promover a integração e motivar crianças, adolescentes, professores e dirigentes esportivos das sete cidades.

Ao lado de José Fiorizzi, Mauro Chekin, Vadão, Marquinhos, Paulinho, Chalé e outros abnegados pelas coisas do esporte regional, tive o prazer de representar a Prefeitura de Santo André no Grupo de Trabalho do Esporte criado pelo Consórcio.

Festivais nas modalidades de vôlei, basquete, handebol, futsal e futebol, até 15 anos de idade, cresceram de forma gradativa e consistente, conforme pretensão dos esportistas coordenados por Fiorizzi. Meninos e meninas do Grande ABC ganharam oportunidade interessante, que vem preencher o calendário regional, tão pobre de eventos tão importantes para os jovens valores.

Por aí já há várias revelações dos festivais das escolinhas de iniciação esportiva integrando equipes competitivas. Isso quer dizer que não há segredos para quem acredita, investe e dá continuidade a um trabalho sério e comprometido. E olha que o investimento financeiro do Consórcio é bem pequeno.

Neste ano, de 14 de novembro a cinco de dezembro, os festivais vão acontecer novamente em sedes itinerantes: Mauá (futsal), São Bernardo (vôlei), Diadema (futebol), Santo André (handebol) e São Caetano (basquete). Isso é muito legal e não poderia ser abandonado, como chegou a ser cogitado por alguns dirigentes incompetentes e preguiçosos. Ainda bem! Viva as escolinhas. Aplausos aos técnicos que prestigiam os festivais e dão espaços também para as revelações.
O esporte agradece.

Água no chope da tetracampeã Metodista

Com méritos, agora há pouco no Ginásio do Baetão, a Metodista/São Bernardo conquistou o tetracampeonato da Liga Nacional de Handebol Feminino. Mesmo com a derrota de 26 a 20 para Blumenau, a equipe de Eduardo Carlone ficou com o título porque em Brusque abriu expressiva vantagem de oito gols --25 a 17.

Festa foi meio sem graça, porque derrota soa como água no chope de quem fez uma campanha irrepreensível e tinha tudo para ser campeã invicta. E só não foi porque abusou do direito de errar no segundo tempo, enquanto que Blumenau, mesmo sem a excepcional Fabi, mudou da água pro vinho. Fez uma primeira etapa fraca ofensivamente e esbarrou nos erros de finalização ou nas defesas de Ariadne, de novo. Com confiança e muita velocidade nos contra-ataques, o time de Aline Pará foi pra cima.

Com incrível vantagem de 13 gols -- 11 a 6 no primeiro tempo mais os oito gols de diferença -- a Metodista perdeu a concentração e desandou no emocional. Como consequência, erros atrás de erros que só não terminaram em perda do título porque a vantagem foi conquistada em Brusque.

Apesar do decepcionante segundo tempo, a Metodista reuniu virtudes indiscutíveis e teve uma campanha brilhante. Melhor estrutura e melhor elenco do País, sob o comando geral de Alberto Rigollo, a Metodista só perdeu três jogos no ano.

Um deles foi para Santo André, na decisão dos Jogos Regionais. Santo André que, sem patrocínio, ficou fora da Liga. Santo André que não fica devendo nada para equipes como Blumenau, Concórdia e Caxias do Sul. Santo André que, por falta de investimento compatível, a cada ano vê seus destaques e revelações baterem asa.

Já a Liga Nacional Masculina tem o início das semifinais programado para esta quinta-feira, com Metodista (4º) x Pinheiros (1º) e USCS/São Caetano (3º) x Unopar/Londrina (2º). Favoritismo é do EC Pinheiros, mas ninguém ganha de véspera. O susto das meninas da Meto fica como exemplo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Esporte, escola e visibilidade

Dois canais da ESPN mostraram ontem à noite o basquete masculino e o handebol feminino da Metodista/São Bernardo.

Na primeira partida da decisão da Liga Nacional de Handebol Feminino, em Brusque (SC), a Metodista nadou de braçada e atropelou Blumenau. Após início equilibrado, a equipe de Eduardo Carlone e da boa goleira Ariadne tomou as rédeas do jogo e ganhou de 25 a 17. Por isso leva oito gols de vantagem para o jogo final, domingo de manhã no Baetão. Está com as duas mãos na taça e bem perto do tetra. Com méritos!

No mesmo horário, em Sorocaba, pelo Paulista de Basquete Masculino, o outro canal da ESPN apresentou a vitória da Liga Soracabana sobre a Metodista/São Bernardo por 89 a 82. O primeiro tempo foi pau-a-pau, o terceiro quarto da Metodista foi ridículo -- especialmente no ataque -- e o quarto final das feras de Sidney Coppini foi excepcional. Tanto que a diferença caiu de 24 para apenas sete pontos. São Bernardo e Santo André lutam pela oitava vaga à próxima fase. Não está fácil.

O mais importante a ser analisado, no entanto, não são os resultados da Metodista. O destaque fica por conta das mais de três horas -- três horas, isso mesmo! -- de exposição televisiva da marca Metodista e da cidade de São Bernardo. É visibilidade pra mais de metro, de quilômetro.

Universidade e Prefeitura tiveram um marketing extraordinário. O que deveria servir de exemplo para todos, especialmente Santo André, praticamente sem parceiros-patrocinadores no esporte de alto rendimento.

O vôlei masculino vai disputar a Superliga com importante mas pequeno apoio da GAC Logistics. O basquete vive pedindo esmola e ninguém liga. No feminino, as bravas meninas de Laís e Arilza vão para o Nacional com a cara e a coragem de sempre. No masculino, o time do Pizza está no Paulista sem parceria. Já o handebol feminino ficou de fora da Liga Nacional por falta de grana.

E não adianta a gente pensar que a Prefeitura é obrigada a bancar tudo sozinha. Não é bem assim! O que se faz necessário, há muito tempo, é o governo municipal tomar a frente e convidar empresários de vários setores para uma conversa. Urge a criação de um setor de captação de recursos sem perfil de enganação ou troca-troca. Que seja sinônimo de conhecimento, capacidade, abnegação e profissionalismo. Para trabalhar em conjunto com o Departamento de Esporte. Meia-boca resolve!

Como sugestão, o primeiro passo poderia ser um convite para o segmento educacional, das escolas particulares e das universidades andreenses. Quem garante que, com um projeto decente, sério, de longo prazo, e a presença do prefeito, o pessoal do Etip, do Singular, do Arbos, do Pueri Domus, do Pentágono, do Bosque, do Educandário e outros não poderia se sensibilizar? Parceria poderia ter início em equipes de base. Aidan Ravin tem o que oferecer aos "sócios".

E as nossas universidades? Por que não incorporam de fato o esporte e se juntam -- ou voltam a se unir -- ao Poder Público, como fazem Metodista em São Bernardo e USCS (Imes) em São Caetano. Como exemplos, a Fefisa, hoje parceira no Núcleo de Educação Física, já patrocinou o handebol. O Singular já encampou vários eventos e também foi parceiro do basquete masculino ao lado do Carrefour, se não me engano. Onde está a força da UniABC? Como é a cara da UniA, hoje Grupo Anhanguera de Ensino. Se os outros podem, por que Santo André não? Yes, we can!


De Primeira

* Preciso ser repetitivo: até quando o belo espaço dos nossos outdoors vai divulgar evento que aconteceu em julho? Não é possível que o setor de Comunicação da Prefeitura de Santo André não se digne a retirar dos olhos da população algo que já rolou a quase quatro meses: os Jogos Regionais. Incompetência ou má vontade? Talvez o secretário da Pasta não tenha tempo. Não faltam projetos e eventos do próprio Esporte para serem divulgados.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Jogo rápido

Como cidadão, torcedor e verdadeiro patrão, não custa opinar rapidamente sobre:

1) Os nobres vereadores e as emendas umbilicais

Que festa! Emendas individuais ao orçamento do prefeito de Santo André, Aidan Ravin, para 2010 soam como absurdo cala-boca para os nossos "nobres" representantes na Câmara Municipal. Salvo raríssimas exceções, trata-se de um bando de incompetentes egocêntricos e bairristas. Milagrosamente, os seis vereadores do PT disseram não porque reivindicam a manutenção do Orçamento Participativo, que não era uma maravilha mas poderia ser aperfeiçoado. Mas todos são semelhantes. Não se iluda! Os outros 15 festeiros com dinheiro público aprovaram as cotas individuais propostas pelo governo do PTB e vão poder fazer emendas umbilicais no valor de R$ 200 mil cada, por ano. O total do cofre da alegria, semelhante ao do Governo Federal com deputados e senadores, chega a R$ 4.2 milhões anuais. Lógico que tudo isso em nome de uma nojeira também conhecida como governabilidade. Nada mais do que um troca-troca de favores. Quase todas as propostas executivas serão aprovadas e quase nenhuma proposta legislativa -- leia-se emenda umbilical -- será rejeitada. Sugestão de um esportista de coração e formação: por que, em vez de dar esmola política com dinheiro do Tesouro, portanto, nosso, o prefeito não olha com mais carinho para o ESPORTE. Esses R$ 4.2 milhões seriam muito melhor aproveitados. Investir no ESPORTE é investir no cidadão! Estou cansado de pedir e de olho no orçamento de 2010!

2) O Santo André ainda pode escapar da degola?

Lógico que ainda há esperanças de o Santo André se livrar do rebaixamento à Série B. A matemática está muito mais para o improvável, mas é preciso acreditar. Só que, ganhar 10 pontos em 15 a serem disputados é mais difícil do que os políticos de Santo André -- de hoje e de ontem -- olharem com o devido respeito para o ESPORTE. São três jogos fora ( Corinthians, Goiás e Internacional) e dois em casa, contra Avaí e Náutico. Se a ordem é não ficar em cima do muro, não acredito no milagre. Mas vou torcer muito. Rezar? Há coisas mais importantes a merecer orações.

3) O São Caetano virou o fio antes da hora?

Sim! O São Caetano virou o fio bem antes de a onça beber água. Por isso vai continuar de braços abertos, à espera do maior rival. Na Série B. Teve um início vergonholso e só se recuperou quando o técnico Antonio Carlos mostrou capacidade e ajeitou o time. Agora, está ladeira abaixo. Fogo morro acima e água morro abaixo, ninguém segura. É como mulher namoradeira e homem predador. Assim está o nosso Azulão. De fogo, virou água. E tenho certeza de que um dos itens que mais pesaram foi a severa punição imposta ao treinador por uma simples invasão (?) de campo para festejar um gol contra o Brasiliense no último minuto. Muito estranho!

4) Qual é a do São Bernardo?

Tenho me esforçado, mas até agora não entendi direito por que o São Bernardo praticamente abriu mão de ganhar a Copa Paulista e chegar à Copa do Brasil pelas mesmas vias que conduziram o Santo André ao título em 2004. A justificativa dos dirigentes fala em voltar todas as baterias e focar no Paulista da Segunda Divisão em 2010. Objetivo é o acesso. Tem boi na linha! Será que, mesmo ainda com possibilidades de ganhar o título, o Tigre não está preocupado em fazer dinheiro com a negociação imediata de alguns destaques. Preste atenção! E se a meninada fugir do ensaiado e ganhar a Copa? Enquanto isso, pelo lado do Palestra, é tudo ou nada diante do Taubaté. Sonho da filial do Ramalhão é disputar a Segundona.