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segunda-feira, 31 de maio de 2010

A conquista, o desmanche e o risco

Pode parecer contra-senso, mas a bela performance no Campeonato Paulista tem significado um grande problema para o Santo André na quase sempre difícil Série B do Campeonato Brasileiro.

O vice com sabor de título provocou estragos mais profundos do que se poderia esperar. Da conquista ao desmanche quase pleno foi um pulinho. Por sinal, um pulo para um abismo ameaçador chamado descenso.

Bom treinador, Sérgio Soares se viu obrigado a começar do zero. Com apenas uma vitória, três derrotas e um empate em cinco rodadas, o aproveitamento do Ramalhão é preocupante.

Tomara que a parada técnica da Copa do Mundo seja boa para o grupo ganhar músculos suficientes, se recuperar e encarar um campeonato longo. Se a reação não começar até pelo menos entre a 12ª e a 15ª rodada, é bom colocar a barba de molho porque o risco de nova queda será iminente.

Azulão mais sólido

Conforme previsto, pelo até agora o São Caetano tem mostrado mais solidez do que o Ramalhão. Após campanha de razoável pra boa no Paulista, o Azulão tem apresentado futebol convincente e maduro no início da Série B.

Lógico que tudo pode mudar. O Santo André tem condições de ser campeão e o rival pode até cair. Hoje, no entanto, os três compartimentos do time de Sérgio Guedes têm primado pela firmeza e pelo conjunto. Ao contrário do novo time dos vizinhos.

Tomara que o hiato provocado pela Copa do Mundo faça o São Caetano voltar ainda mais forte. Sérgio Guedes conhece do riscado e só deixou o Santo André porque foi atropelado por quem não conhece o mundo da bola.

sábado, 8 de maio de 2010

Começar de novo ...

Santo André e São Caetano iniciam daqui a pouco mais uma batalha pelos campos brasileiros. Diante do Icasa, no Castelão, o vice-campeão paulista precisa desconsiderar momentaneamente a conquista extraordinária e começar vida nova.

E olha que se trata de vida nova das mais difíceis. O Campeonato Brasileiro da Série B não é moleza. Desfigurado devido à perda de jogadores importantes, o Ramalhão vai pular miudinho.

Antes, vai ter de se acertar durante a maratona de viagens e jogos. Tanto pode ser campeão como ficar entre os quatro que sobem para elite. Também pode se dar mal e flertar com a ameaça de novo rebaixamento.

Já o Azulão pega o Figueirense no Canindé, já que o Campanella, a exemplo do Bruno Daniel, está interditado pela CBFpor falta de laudo. Nosso São Caetano também vai ter de esquecer que é o vice-campeão do Interior e que a boa campanha não é sinônimo caminho asfaltado no Brasileiro. Como a maioria de nossas estradas, há muitos buracos a serem superados.

Acho, até, que, inicialmente, o São Caetano terá menos dificuldades. Praticamente manteve a formação do Paulista. E Roberto Fonseca, além conhecer um pouco mais o elenco, vai poder manter padronagem tática à altura da competição.

Por falar em técnico, outro dia um torcedor do São Caetano me abordou, lá na psita da avenida Kennedy, é disse que Roberto Fonseca é melhor que Sérgio Soares, do Santo André. Não discordei como acrescentei uma comparação que pode chocar os torcedores do legítimo campeão paulista.

Sérgio Soares também é mais treinador que Dorival Júnior, ex-auxiliar técnico de Lui8z Carlos Ferreira no Santo André. A comparação não se limita aos dois jogos finais, quando o Ramalhão foi superior taticamente.

Falo como um todo. Pelo campeonato inteiro. Os dois são bons e logo-logo Sérgio Soares vai bater asas. Maior responsável pela bela campanha do Ramalhão, o ex-jogador do Juventus, do Palmeiras e do próprio Santo André vai dirigir um time grande. Pode escrever!

A grande vantagem de Sérgio Soares foi poder escalar e dirigir o time sem tanta intromissão do pessoal do Saged, dono do nosso futebol. Nuvem Passageira e cia pouco sabem de futebol. O silêncio foi providencial. Prova de sensatez após a derrocada de 2009.