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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Trânsito e servidores irresponsáveis

Está certo que estamos num país em que quase todo mundo se julga acima do bem, do mal e das leis. Quando tem ou pensa ter algum poder, então, a coisa fica ainda pior. A figurinha carimbada se esmera no jeitinho e vira um ditadorzinho de plantão.

Nos últimos 10 dias, presenciei servidores da Prefeitura de Santo André -- portanto, cidadãos sustentados pela grana dos nossos impostos -- com postura nada adequadas às funções que ocupam.

No Parque Central, mais uma vez, constatei um veículo -- Gol, DBA-1812 -- dirigido por um senhor de cabelos brancos sem a mínimo respeito a usuários preocupados apenas com a qualidade de vida.

Em velocidade e local incompatíveis, o distinto cavalheiro não mostrava qualquer cuidado com quem estava andando ou correndo na ciclovia ou na pista de pedriscos. Cheguei a sinalizar para que reduzisse a aceleração, mas não adiantou. Quem fiscaliza e pune o "fiscal"? Ninguém!

No meio da semana passada, troquei o Central pelo Jardim Tamoio. E durante a corrida matinal levei um susto. Em alta velocidade, uma viatura da Guarda Civil Municipal desceu o início da Coronel Seabra na contramão e fez a conversão na esquina do Habbib's.

Não sei se o servidor irresponsável estava atrás de algum bandido ou simplesmente fazia graça. O que interessa é que não poderia ter colocado em risco a vida de outras pessoas.

Ontem por volta das 18h, irresponsabilidade semelhante coube ao elemento que conduzia uma viatura oficial -- caminhonete amarela. Exatamente quem deveria zelar pela segurança no trânsito da cidade. Um paradoxo que vai passar batido. Afinal, pode tudo.

Como que o nobre servidor pode fazer uma conversão na contramão, no cruzamento da Fernando Prestes com a Alfredo Fláquer? Nem horário de pico assusta a molecagem, a ousadia irresponsável.

Ou seria mera pretensão de demonstrar "otoridade" de quem simplesmente deveria cumprir seu dever e dar exemplo? Direção perigosa e multa só sem encaixam para pobres mortais? Mais um servidor que não serve. Mais um irresponsável.

Se eu fizesse isso, seria multado e possivelmente detido pelo tamanho da infração. Como foi alguém da Prefeitura, não vai acontecer nada. Ou vai, caro prefeitão? São apenas mais três exemplos para serem avaliados.

O relógio, a Matriz e o coroinha

Apesar de ser católico não fervoroso e de morar a apenas 200 metros da igreja, não posso me definir como frequentador assíduo da Matriz de Santo André. Pra quem não sabe, é aquela cor-de-rosa, acima da Avenida Perimetral e próxima da Santa Casa e do Pronto-Socorro.

Há algum tempo, a igreja passa por pequenas reformas, principalmente, pelo que percebo, no telhado e na torre. E é aí que a roda pega. Na torre, onde está o antigo relógio que há cerca de meio século serve de orientação a moradores e trabalhadores da região.

Há bom tempo o relógio não funciona com a precisão suíça -- badaladas a mais ou a menos --, mas minha observação não se refere diretamente ao horário. Tem a ver com as novas cores do relógio.

Agora os indicativos de horas, pretos, estão sobre um fundo branco, enquanto que os mostradores, na cor laranja, se sobrepõem a um círculo azul.

Não sei de quem foi a idéia, mas não gostei. Além de feio, prejudicou a visibilidade. Principalmente pra quem não está tão próximo.

Inicialmente, pensei ter sido coisa de engenheiro, telhadista ou mestre de obras. Depois transferi a possível responsabilidade a beatas e ao padre. Pensei até em bispo, arcebispo e cardeal.

Só não joguei o arco-íris de cores de péssimo gosto nas costas do papa porque de lá, do Vaticano, sua santidade não se dignaria a tamanha presepada.

Moral da história: só pode ter sido coisa de coroinha.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Carrossel espanhol atropela meninos da Vila

Juro que tentei! Por pelo menos cinco minutos, retardei a corrida matinal no Parque Central e ousei empurrar o Santos pra cima do Barcelona. Só que cinco minutos foram suficientes para concluir que não adiantaria.

Então, me limitei torcer para que Neymar, Messi, Ganso, Iniesta, Xavi e cia fizessem um jogo épico. Estava na cara que o melhor time do mundo, no momento, ganharia. Mas seria legal um 4 a 3, um 5 a 4, sei lá.

Ao Santos de Muricy faltou tudo que sobrou ao Barcelona de Guardiola. A começar pelos próprios treinadores. Além de muito mais educado e privilegiado pelo elenco incomparável, o espanhol demonstra conhecer mais de futebol.

Na montagem dos times, Muricy entrou com um 3-5-2, que, inexplicavelmente, virou 5-3-2 com a variante para 5-2-1-2. Ou não? A linha de cinco defensores -- Danilo, Bruno, Edu Dracena, Durval e Leo -- era tão nítida quanto lenta e conservadora.

No meio-campo, em vez de povoar, Muricy montou um triângulo inerte, morto, com dois volantes (Henrique e Arouca) e um armador, Ganso, preguiçoso e atônito. Um aluno assustado, sem mobilidade. Um craque que virou estátua.

Moral da história: a bola nem chegava na dupla de ataque. Aí, após o vexame, os entendidos se limitaram a criticar Neymar e Borges. Como? A bola não chegou, cara-pálida! Fazer o quê?

Por isso tudo o Santos começou a ser massacrado logo na escalação. O passeio estava marcado e Muricy contribuiu para tal desastre.

Enquanto isso, Guardiola montou um Barça bem próximo do carrossel holandês que encantou o mundo na Copa de 74 mas perdeu da Alemanha.

Muita rotatividade. Muito toque de bola. Muita criatividade. E a dose exata de marcação ostensiva e adiantada, para reduzir o espaço do campeão da Libertadores da América.

Difícil é definir o esquema proposto pelo campeão do mundo: 3-7-0, 3-1-6-0, 4-6-0, 4-4-2, 3-1-4-2 e 3-1-3-3 são apenas seis das mais de 20 opções. Prefiro ficar com o 3-1-4-2 com variação para o 3-1-6-0.

Tento explicar:Puyol, Piquè e Abidal formavam um linha de três zagueiros que se transformava em linha de quatro quando sem a bola -- fato raro, né? -- porque Busquets recuava em sincronia perfeita com quatro armadores atacantes excepcionais -- Xavi, Fábregas, Iniesta e um argentino genial chamado Messi -- e dois alas-pontas em dia de craque.

Principalmente o brasileiro Daniel Alves, um dos melhores em campo ao lado de Messi e Xavi. Pela esquerda, o filho de Mazinho, Thiago, era mais técnica do que velocidade. Os artilheiros Alex Sanches e Davi Villa não fizeram falta.

Com quatro, cinco ou seis jogadores ativos no meio-campo, contra apenas três santistas plantados feito um pé de jequitibá, não poderia dar outra. É morte certa pra qualquer time do mundo.

O nosso Santos poderia jogar mais? Poderia! Correr mais? Também poderia! Contemplar menos? Lógico! Mesmo assim, perderia de um conjunto coeso, harmônico. Como perderiam o Corinthians campeão brasileiro, o Vasco, o São Paulo, o Real Madrid, o Milan... Mas não seria um baile. Especialmente se Muricy escalasse com sabedoria.

Venceu o melhor. Quatro foi pouco! Venceu um carrossel que roda menos mas toca mais a bola do que a Holanda do grande Cruyff. Um carrossel que costuma atropelar espectadores privilegiados -- os meninos da Vila -- com cara de desavisados.

Um carrossell que não é o melhor de todos os tempos, mas se junta ao Santos de Pelé, ao Palmeiras de Ademir da Guia, o Flamengo de Zico, ao Cruzeiro de Tostão, ao Internacional de Falcão, ao Milan de Van Basten, ao Real Madrid de Di Stefano, ao Benfica de Eusébio, ao Ajax de Cruyff...

Bom pra quem, como nós, gosta de futebol-arte. Então, bola pra frente! Que a tristeza santista seja passageira. A safra é boa. Que a alegria proporcionada pelo Barcelona seja como a paixão pelo futebol: eterna.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pacote de fim de ano

Não escrevo há bom tempo. Acho que faltou vontade. Também faltou tempo. Prioridades foram outras. Filhos e netos, por exemplo.

Muitas coisas aconteceram nos últimos 45 dias. A começar pela salvação do São Caetano. Apenas na rodada derradeira o Azulão escapou da Série C do Brasileiro.

Tomara que os dirigentes tenham entendido o recado da bola e deixem de creditar culpa exclusiva a técnicos e elenco. Alta cúpula, a começar pelo presidente Nairo, devem assumir erros e agir com mais profissionalismo e menos personalismo em 2012.

Pelos lados de Santo André, fica até difícil externar opinião que não seja crítica e repetitiva. Em 2011 o Ramalhão, comandado pelo Saged de Ronan Maria Pinto, foi um mar de incompetências.

Só se salvou de cair para a Série D nacional porque o Brasil de Pelotas foi punido pelo STJD. As mesmas lições do Azulão servem para o Ramalhão. Se é que os donos da bola e do poder vão se dignar a aprender.

O São Bernardo, embora bem organizado, também não brilhou. Assim como o Santo André, despencou no Paulista, e não conseguiu o almejado título da Copa Paulista que o levaria à Copa do Brasil.

Dirigentes do Tigre garantem que aprenderam a lição e que em 2012 o clube vai voltar para a elite estadual. Do trio regional, parece o mais competente. Dentro e fora das quatro linhas.

Ainda no Grande ABC, mas fora do futebol, o título de São Bernardo nos Jogos Abertos do Interior não surpreendeu. Municipalidade investiu forte em competências, de técnicos e atletas. Nada mais lógico do que a conquista que não vinha desde 71.

Exatamente o oposto de São Caetano, bicho-papão de títulos da Olimpíada caipira, mas que ficou em sexto lugar. Cortou investimento financeiro, demitiu técnicos e atletas e caiu do cavalo.

Outra grande perda foi abrir mão do experiente e competente Mauro Chekin, trocado por um político. Mais uma vez, o esporte como moeda de troca... Bem-feito! Deu no que deu. Que o prefeito José Auríchio ao menos se coce.

Santo André, como só poderia acontecer, voltou a dar vexame. Ficou em 13º, "prêmio" pra quem não respeita o esporte, não investe grana e tampouco em competências técnicas. Esporte não é mesmo a menina-dos-olhos de Aidan Ravin.

O mesmo prefeitão que tem dado as costas ao Ramalhão ao deixar o Estádio Bruno Daniel às traças. Quando se digna a dar respostas ao torcedor-cidadão, não tem consistência. Parece menosprezar a inteligência de seus interlocutores. Que pena!

Fora da região, deu a lógica no Brasileiro com a vitória do Coríntians. Só não sei se vai dar a lógica no Japão. Isso se a finalíssima do Mundial Interclubes for mesmo entre o Santos de Neymar e o Barcelona de Messi.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Azulão estilingado em pleno voo

E não é que o São Caetano está de volta rente ao chão e bem próximo de um abismo também conhecido com Série C!

Alvejado em pleno voo de salvação, o Azulão não alcançou a imunidade chancelada por um conjunto de competências e vive outra vez a ameaça de rebaixamento.

Lógico que a derrota para o Goiás não estava nos planos de Márcio Araújo, mas agora não adianta chorar o leite derramado. Estilingada é doída e pode ser fatal.

Exagerar nos cuidados defensivos é tão perigoso quanto sair desasperadamente para o ataque e se expor. Por isso a opção de jogar com apenas um atacante de ofício é discutível. Deu no que deu!

É possível, até, que a quarta vítima da degola só seja conhecida na última rodada. Além do São Caetano, Icasa e Asa são os maiores candidatos.

Com 44 pontos e mais nove a disputar -- Náutico, Criciuma e Vitória --, o Azulão de asa quebrada não pode se dar ao luxo de levar mais uma pedrada.

CORINTHIANS AINDA É FAVORITO

Por incrível que pareça, o Corinthians não jogou nada contra o América, perdeu, mas ainda é favorito ao título brasileiro.

Conforme o próprio Tite Fala Muito reconheceu, o rendimento foi medíocre em quesitos determinantes de vitórias e derrotas: técnico, tático, físico e emocional.

Por sorte, o Santos do incrível Neymar atropelou o Vasco de Dedé e salvou a lavoura corintiana. Pelo menos por enquanto.

Só que Fluminense e Flamengo também chegaram pra colheita final e o Timão não pode mais se dar ao luxo de novos vacilos.

Por isso não tenho dúvida de que domingo, contra o Atlético Paranaense, com o Pacaembu lotado, a história vai ser diferente.

Impossível ser pior do que domingo. Impossível não brigar do primeiro ao último minuto. Impossível não olhar para a arquibancada sem sentir vergonha na cara.

Por isso vai dar Corinthians. Mesmo com seus limites técnicos e táticos, vai dar Corinthians. Chega de depender da desgraça alheia para ser feliz!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Corínthians é favorito por 77 pontos

Embora Botafogo, Flamengo, Fluminense,São Paulo e até o Inter ainda tenham possibilidades de chegar ao título do Brasileiro, não há como negar que a disputa tende mesmo a ficar polarizada entre Corinthians e Vasco.

Hoje, o time carioca é líder com 57 pontos ganhos, 16 vitórias e saldo de 14 gols. O Timão está em segundo com 55 pontos, 16 vitórias e 13 gols de saldo. Botafogo, Flamengo, Fluminense, São Paulo e Inter vêm a seguir.

Com apenas Corinthians e Vasco na balança, a quem, de fato, cabe favoritismo? Apesar dos dois pontos de vantagem vascaina e do discurso politicamente correto de técnico e jogadores corintianos, entendo que o Corinthians tem mais condições de ser campeão.

Por quê? Porque o caminho dos comandados de Tite Fala Muito é bem menos tortuoso e problemático. Juntos, os sete adversários do Corinthians do meu amigo Lance conquistaram apenas 238 pontos no campeonato.

E olha que os cinco últimos colocados vão encarar o Timão: América Mineiro(25 pontos ganhos), Avaí (29), Atlético Paranaense (31), Ceará (32) e Atlético Mineiro (33). Os outros dois são Figueirense (8º com 47 pontos) e Palmeiras (13º com 41 pontos), no único clássico envolvendo o alvinegro de tanta gente.

Como argumentar que os adversários do Vasco não têm mais peso se, juntos, conquistaram 315 pontos. Portanto, uma diferença significativa de 77 pontos. Dá pra desprezar em nome de uma tola hipocrisia?

O Vasco vai pegar três clássicos e três paulistas, além do Avaí (19º com 29 pontos). Os adversários são fortes, alguns estão bem colocados e outros têm ao menos tradição.

O bom mas instável Botafogo é o 3º colocado com 52 pontos, contra os mesmos 52 do Flamengo e 50 do Fluminense. Outro adversário do Vasco é o São Paulo, 6º com 49. Santos (12º com 42) e Palmeiras (13º com 41) têm mais time do que os últimos colocados. Ou não?

Isto posto, como ficar afirmando que o caminho de Corinthians e Vasco tem obstáculos semelhantes? Argumento de que os times com a corda no pescoço vão fazer de tudo para não cair é válido e verdadeiro, mas discutível.

Como não reconhecer que é bem mais difícil pegar o Flamengo lutando pelo título ou pela Libertadores do que o respeitável mas desesperado Avaí brigando pra não ser rebaixado?

Tem mais peso o vexame da queda para a Segunda Divisão do que a não conquista do título ou da vaga. Nervos de ameaçados vão ficar muito mais à flor da pele. Além das limitações técnicas a bola vai pegar fogo em pés descontrolados. E a necessidade de vitória diante do Corínthians vai significar erros inevitáveis e espaços generosos.

Se o Corínthians do metódico e nem sempre corajoso Tite exagerar no respeito, vai mostrar a bunda quando se abaixar para fazer reverência. Aí, pode esquecer! Perde do América, do Avaí...

Basta jogar o que sabe e se impor, sem medo. Aliás, que eu saiba, medo não faz parte do menu de nenhum campeão. Mesmo que São Paulo e Palmeiras voltem a entregar, como no ano passado, o Corinthians tem tudo pra ser campeão. Com cuidado, mas sem tantas desculpas relacionadas ao imponderável futebol clube.

sábado, 22 de outubro de 2011

Voo sem turbulência rumo à salvação

Agora sim, o São Caetano respira sem o incômodo dos aparelhos. Agora sim, dá pra afirmar que o Azulão protagoniza um voo sem turbulência, sem asa quebrada. Ainda corre risco, mas tem tudo para se livrar.

A goleada de agora há pouco sobre o ABC não só aumenta a invencibilidade do técnico Márcio Araújo para nove jogos como faz com que o São Caetano fique a quatro pontos da zona de rebaixamento.

Nas mãos de Márcio Araújo a equipe ganhou cinco jogos e empatou quatro. Portanto, somou 19 de 27 pontos disputados. Na classificação, está em um digno 12º lugar, com 43 pontos ganhos.

Os 4 a 0 de hoje foram amplamente merecidos. Mas poderiam ser enganosos e injustos se o Azulão não tivesse achado o 1 a 0 exatamente quando não jogava nada -- Antonio Flávio aos 29 minutos, após Nunes fazer o pivô.

Até aquele momento o ABC era muito mais time, principalmente pelo início, quando jogou com liberdade e teve três chances agudas.

Melhor postado nos três setores, o ABC dominava um São Caetano apático, de marcação complacente, sem criatividade, sem triangulações laterais e sem poder de penetração.

Depois do gol, no entanto, tudo mudou. O Azulão, que já vinha se encontrando gradativamente, melhorou de vez e chegou ao segundo gol aos 36 com Souza.

O ABC voltou para o segundo tempo com a mesma disposição ofensiva do início. Dominou e perdeu uma oportunidade, mas desandou ao tomar o terceiro gol, aos 13 minutos -- Ailton em novo arremate de fora da área.

A partir daí o Azulão administrou a partida, ditou o andamento e só acelerou quando quis. O ABC se entregou e levou o quarto gol aos 36, quando Geovane penetrou pela meia-direita e finalizou forte.

Mais uma vez, o São Caetano venceu e convenceu. Finalmente, estabilizou um voo que teimava em entrar em turbulência a cada rodada, antes da chegada de Márcio Araújo.

Agora a salvação do rebaixamento está bem próxima. Uma vitória e um empate talvez sejam suficientes para que um vexame maior seja evitado. E que tudo sirva de lição.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Só pra lembrar, prefeitão!

Só pra não dizerem que me esqueci... Só pra não pensarem que deixei de enxergar e de fazer questionamentos, críticas, elogios e sugestões ao prefeitão Aidan Ravin. São apenas 10 observações.

1) Não adianta anunciar 25% de aumento no efetivo da Guarda Civil Municipal de Santo André se não se privilegiarem perfil, comprometimento, profissionalismo e competência. Ontem mesmo, no Parque Central, uma viatura passou -- ou passeou? -- a menos de 50 metros de quatro adolescentes usuários de drogas -- em atividade intensa, lógico -- e ninguém fez nada. Ali, poucos se dignam a trabalhar, de fato, pela população. Afinal, qual a orientação? E cadê o comando?

2)Também vi, tanto ontem quanto hoje, veículos oficiais em locais e velocidade não compatíveis. Mais uma vez, condutores de caminhões de água e de pedriscos, ônibus de servidores municipais, trator, pick-up e Gol da SOSP estão pouco preocupados com a segurança dos munícipes usuários. Onde já se viu os veículos transitarem livre e irresponsavelmente inclusive pelo parque infantil, teoricamente reservado às crianças? Até viatura da PM já vi passeando por ali. Quanta preguiça! Custa descer do carro e andar um pouquinho? Talvez o bandidos mais perigosos estejam entre as crianças, né?

3)Prefeitura também não parece muito preocupada com os inúmeros acessos irregulares espalhados pelo parque. Um dos muitos exemplos é o muro caído há mais de oito meses junto ao portão de acesso da Javaés.

4) Cuidado com a água e com os esgotos -- possivelmente clandestinos -- é outro item que clama por maior atenção. Mau cheiro e cor estranha só não são detectados por quem não quer.

5) Falta de comunicação, orientação e fiscalização também se mantém no elenco de falhas da administração municipal. Será que é tão difícil e oneroso colocar placas orientando o usuário? Pode ou não pode pescar? E nadar? Pode ou não cachorro bravo e sujão, o que significa dono mal-educado? Pode ou não pode plantar um simples girassol com o neto? Parece que não, já que os funcionários insensíveis meteram roçadeira.

6) Por falar em nadar, será que o prefeitão está esperando alguma criança morrer afogada naquele último laguinho e a notícia virar manchete do DGABC, como no Tancão do Guaraciaba? Aí vão fiscalizar?

7) Mais uma do Parque Central -- pra mim, Parque dos Sabiás: área de alongamento junto ao lago da entrada principal foi desmontada e está sendo reconstruída. Fui informado de que ali seria uma praça de exercícios do idoso, agora deslocada para perto do parque infantil por interferência de alguns "amigos do parque". Detalhe é que lá em cima, e longe da entrada, não é o ideal para nenhum idoso. Tampouco pra se fiscalizar a utilização. Lógico que faltaram pesquisa e comunicação. Afogadilho dá nisso, prefeitão!

8) Pra quem também se preocupa com o mínimo de higiene e limpeza, o número de lixeiras em razoável estado de conservação continua irrisório. Não há reposição. Usuário sem educação divide a culpa com quem não cuida, o Poder Público.

9) Segunda-feira, pós-shows, é um desastre para o munícipe não afeito a chiqueiros. Área entre o palco do lago e o principal portão de acesso mais parece um lixão. Passe lá um dia desses, caro prefeitão! Não se esqueça da máscara!

10) Previsão de instalação da Praça do Exercício do Idoso no Jardim Tamoio já era. Prazo estourou e ali não há nenhum aparelho. Parceria com o Governo do Estado vai custar absurdos R$ 187 mil e a empresa responsável é a "famosa" Consladel, aquela dos radares e das multas. Abre o olho, prefeitão! Não sou seu fã como gestor (?), mas torço muito por você!

Quando o nosso prefeito quiser, posso acompanhá-lo numa caminhada pelos parques. De surpresa, de preferência. E sem assessores ou puxa-sacos de plantão.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Azulão fora da degola, mas ainda em perigo

A vitória do São Caetano ontem em Barueri deve ser rotulada de excepcional. Não importa se o Barueri teve mais volume e o Azulão só enfiou 3 a 0 no final. Intensidade nem sempre ganha jogo.

Pra quem se contentaria com a igualdade fora de casa, o resultado de contragolpes mortais e marcação ostensiva se configura como brilhante. Mais significativo, até, do que o bom empate em Arapiraca, diante de um ASA estritamente doméstico.

Nas mãos do agora bem menos contestado e mais confiável Márcio Araújo, o Azulão está invicto há oito jogos. Foram quatro vitórias e quatro empates.

Nem sempre jogando bem e nem sempre escalado ou alterado com coerência, mas com desempenho e eficácia suficientes para fazer 16 pontos em 24 possíveis. Os mesmos insignificantes 16 pontos que o clube ganhou nos 15 primeiros jogos do campeonato.

Agora em 14º lugar com 40 pontos, nove vitórias -- empatou muito, 13 vezes -- e fora da zona de rebaixamento, o São Caetano só não pode achar que está a salvo e se descuidar. Alívio ainda não é definitivo.

Com apenas três pontos de diferença para o primeiro (17º) da degola (o Guarani), o Azulão não pode abdicar da seriedade e da concentração nos sete jogos (21 pontos) restantes.

Embora os estudiosos de plantão garantam que 46 pontos livram da Série C, é bom colocar a barba de molho e atualizar a margem pra 47/48. E com pelo menos mais duas vitórias.

Nada melhor do que a primeira delas se efetivar neste sábado, no Anacleto Campanella, diante da torcida. O ABC é o 12º colocado com 42 pontos e 10 vitórias. Jogo de seis pontos que pode valer uma temporada inteira.

Por sinal, um temporada medíocre, que não pode ser simplesmente apagada de uma curta mas bela história de conquistas. Há necessidade de que o dono do poder, sim, o "presidente" Nairo, venha a público e dê explicações claras e convincentes.

Engana-se quem pensa que a culpa do vexame deve ser dividida apenas entre técnicos e jogadores. Engana-se quem pensa que a morte de Batata abalou tanto assim o minúsculo mas respeitável mundo azul.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pai

Olá, Pai, tudo bem?

Tô com saudade! E ela dói!

Demorei pra te escrever, né?

Será que onde você está é mesmo melhor do que aqui na Terra?

Já encontrou suas irmãs e os tios Waldomiro, Artur, Zico, Ganchinho e Landão pra pôr a conversa em dia?

E o João Sernaglia, seu grande amigo nas caçadas de sabiás e nas sinfonias de curiós, canarinhos-da-terra e azulões?

Afinal, ninguém é de ferro, né? Tomar uma pinguinha ou uma caracu com os amigos do peito também não faz mal. Pode mandar goela abaixo.

Aquela caipirinha de maracujá da chácara também está liberada. Coada, acompanhada de linguiça apimentada, mandioca frita, pão e queijo da venda. Ainda não consigo fazer igual. Jamais conseguirei! Quer saber? Nem quero! Quando subir -- se subir -- tomo a sua.

Se todos estiverem no céu, como é provável, Deus perdoa, pede um suco e faz companhia. Sem rezar! Se estiverem um degrau abaixo, o diabo toma junto.

Pois é, Pai... Quase não consigo escrever. E nem bem comecei. Eta lágrima teimosa, sô!O nariz não para de escorrer. Queria muito falar da saudade que carrego no peito, mas fico travado. E molhado, lógico!

Queria ao menos externar meu eterno sentimento de gratidão. Do fundo do coração. Sei que disse antes de o senhor partir, mas é uma dívida eterna para com aquele Pai de sapatão furado. Diga-se, na sola e na joanete do pé direito.

Queria falar da Cerâmica Rio-Pardense, do caminhão GMC que eu "dirigia" no seu colo. Meu Pai, seu Valério, o Italiano, era o melhor motorista do mundo. O GMC gemia carregado de barro, lenha, vasos, telhas, talhas, filtros e cia.

Pelas estradas de terra do Sul de Minas o GMC azul vivia encravando. Era o nosso ganha-pão, o sustento. Ajudou a formar três filhos -- eu, a Valéria e o Moisés.

Te juro, eu queria falar da marmoraria de chão batido e telhado torto em sociedade com o Mané. O sempre risonho e piadista Mané Trapaia, que, aposentado, lendo no banco da praça da matriz, morreu atropelado, acredite, por carro sem freio e sem motorista. É o cúmulo do azar, né?

Dizem que quando o Mané jogava bola, em São João da Boa Vista, o técnico do time o escalava com a seguinte justificativa, incontestável: "O Mané não joga nada, mas é o que mais trapaia o ponta".

Naquele tempo o futebol tinha ponta e atrapalhá-lo já era uma virtude. Será o que Mané atrapalharia seu xará, o Garrincha. Só se fosse contando piada e tomando várias.

Voltando às pedras que também sustentaram uma família. Me lembro da serra barulhenta e paquidérmica, ainda dos tempos do disco não diamantado. Da maceta batendo forte e coordenadamente no ponteiro afiado, a trabalhar a pedra bruta com a magia e a perfeição de um artista.

Não era mole, não! Na cabeça, para minimizar o pó de mármore contínuo, um simples boné de pano, às vezes de jornal, sem aba. Imagem inesquecível de quem sofria calado para ajudar uma costureira, dona Jandyra, a criar três filhos.

A pequena e velha forja e as duas antigas máquinas de lustrar também não saem da minha memória. Assim como o semblante de um Pai a empurrar blocos de pedra enormes com a ajuda de dois rolos de madeira desgastados. Ou simplesmente carregar nos braços.

Meu Pai era o homem mais forte da então pequena São José do Rio Pardo. Portanto, o mais forte do mundo. Por isso, mesmo com certa idade, era tão bom no braço-de-ferro. Lembra, Moisés, quando tínhamos a academia e dávamos aula? O máximo que conseguimos foi empatar. Haja braço!

Meu Pai também era o nadador mais rápido do mundo. Hoje, colocaria Cesar Cielo, Gustavo Borges e Xuxa no chinelo. Foi com ele que eu aprendi a nadar. Lá no açudão da Boa Esperança.

Como me esquecer do Pai mais "corajoso" do mundo? E não era só por causa do quintal à noite, do porão escuro ou do mato amedrontador durante as caçadas noturnas -- claro! -- de paca.

Acredite se quiser, Pai, mas, em pleno meio-dia, eu ficava cagando de medo só de levar o almoço pro senhor no cemitério. Detalhe: na marmita, o ovo frito tinha lugar cativo. Por gosto e/ou falta de melhor mistura.

Imagine, então, o senhor ali, junto de tantos mortos, assentando túmulo a noite toda, às vésperas de Finados, pra honrar o compromisso do melhor marmorista da cidade. Minto, melhor do mundo!

Também queria falar das poucas brincadeiras, das corridas até a esquina, na casa do seu Pedro Fargetti, seu patrão na época da cerâmica. O senhor tirava os chinelões, enfiava nas mãos, me dava distância e ainda me deixava sair antes.

Depois eu voltava a cavalo, nos seus ombros. Exatamente como faço hoje, com seu bisneto, o esperto Victor. Ele já gosta de pescar tilapinha, viu Pai? Victor é meu xodó e também gosta de bola. Como o senhor me ensinou a gostar vendo os jogos do Rio Pardo na Terceira Divisão.

Das caçadas nas fazendas Boa Esperança e Belo Horizonte, com água de mina tomada na folha, lima gelada, arranha-gato, inhambu e pomba juriti, eu também tenho muito a lembrar. Hoje, nem pensar!

Naquela época, meu Pai era o melhor "atirador" do mundo. Que pontaria com aquela cartucheira (32 ou 28), de dois canos, vendida com pesar pra ajudar na festa do meu casamento. Só me contaram 10 anos depois. Coisas de Pai.

Lógico que o senhor também era bom no estilingue, na malha -- foi campeão regional ao lado do seu Azael -- e na bocha. Bom ponteiro, ótimo atirador. Com certeza, o melhor do mundo! Sem mirar, a bocha subia mais do que o normal, descrevia uma parábola e pimba! As canchas do Tartarugão, do Angelim, do Toninho e da Grama são testemunhas.

Chi... de novo travei... E novamente chorei. Teria muito, muito mesmo, a dizer. Eu queria cuidar do senhor, mas o destino o levou antes. O lento câncer de próstata, o maldito Mal de Alzheimer e uma inesperada parada cardiorrespiratória roubaram meu bem mais valioso antes da hora. Sem sofrimento aparente, sereno, mas eu não queria.

O trator 8.5, que teve duas peruas Rural inesquecíveis nos anos 70 -- lembram-se, meus filhos? -- foi embora antes da última pescaria de traíra no açude do Hélio Escudeiro. Mas eu, o Moisés, o Bruno, o Felipe, o Nando, o Fábio, o Danilo e o Victor ainda vamos lá naquele canto.

O mesmo cantinho, perto do barranco e da cerca, onde o melhor pescador do mundo nos mostrava como fisgar as bitelas. Que categoria! Que alegria! Fora a gritaria! "Vamu tomá uma pra festejá!"

Exatamente no dia do professor, 15 de outubro, o senhor faria 86 anos. Mas não deu tempo nem de vir na festinha do primeiro aniversário da nossa pequena Julia, a filhinha da princesa-mãe, Maira. Seus bisnetos estão lindos e com saúde.

Mas, por favor, não me deixe sozinho em tarefa tão importante. Como um anjo de bigode e cabelos brancos, me ajude a fazê-los mais decentes, mais gente, mais felizes.

Sei que o senhor nunca foi muito de ler. Mas se tiver um tempinho, acesse o blogdoraddi. Por enquanto, é a alternativa pra matar a saudade que tanto me machuca.
Por enquanto, é a melhor opção pra repetir o quanto sou grato e o quanto te amei.

Com virtudes e defeitos -- prefiro esquecer -- inerentes ao ser humano. Sem precisar ser o melhor pai do mundo. Sem necessidade de ser perfeito. Nem herói. Simplesmente, Pai! Meu pai! De quem jamais deixarei de me orgulhar. Mais uma vez, obrigado por tudo!

domingo, 16 de outubro de 2011

Julia

Não me pergunte por que!
Mas eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou te amar

Você ainda é uma menina
Estamos juntos há um ano
Admiração e emoção sem limite
Certeza de que sempre vou te amar

Amar teu sorriso
Amar teu olhar
Amar tua beleza
Pra sempre vou te amar

Amar seu jeito de andar
Amar seu jeito gostoso de gargalhar
Amar sua arte de provocar
Eu sei que vou te amar

Contigo vou papar e fazer ninar
Vou brincar, abraçar, beijar
Te dar carinho sem parar, sem pensar
Princesa, pra sempre eu vou te amar

A cada amanhecer eu vou te amar
A cada por do sol eu vou te amar
A cada lágrima ou graça eu vou te amar
Eu sei que vou te amar

Onde quer que eu esteja
Eu sei que vou te proteger, te apoiar
A cada chegada tua eu vou sorrir
Meus olhos vão brilhar e os braços se abrir pra te abraçar

Onde quer que eu esteja
Meu coração vai palpitar, disparar
A cada despedida eu sei que vou chorar
Mas para sempre eu vou te amar

A cada lição de vida
Eu sei que vou te amar
A cada vitória ou derrota, acerto ou erro
Quero ali estar, ao seu lado, a te amar

O tempo vai passar
Vovô vai ficar velhinho (mais)
Mas com alegria vai te olhar, se orgulhar
E, com sinceridade, pra sempre vai te amar

Se um dia o vovô não mais escrever
Se um dia o vovô babão não mais falar
Se um dia o vovô não mais enxergar
Ainda assim, o vovô sabe que vai te amar

Por favor, me guarde no fundo do coração
Jamais se esqueça da minha gratidão por você existir
Afinal, descobri que a neta maravilhosa é mais do que paixão
Por isso, minha pequena Julia...

Como diz o poeta
Eu sei que vou te amar
Em todos os cantos e por todos os encantos
Eternamente eu vou te amar

Parabéns!
Vô Raddi
17 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Enfim, um Azulão convincente

Sim, o São Caetano ainda é o 17º colocado do Campeonato Brasileiro da Série B!

Sim, também está na zona de rebaixamento e corre sério risco de ir para a Série C!

Sim, o São Caetano de hoje ainda não é nem sombra daquele que na década passada empolgou o Brasil e chegou a ser vice-campeão da Libertadores da América.

Sim, o time de hoje está bem distante daquele vice-campeão brasileiro por duas vezes e campeão paulista nas mãos de Muricy Ramalho.

Porém, finalmente, o São Caetano que se viu ontem no Recife foi capaz ao menos de lembrar que já esteve no topo do ranking nacional.

A vitória diante do instável mas sempre caseiro Sport foi o que de mais importante poderia ter acontecido ao grupo de Márcio Araújo.

Mesmo abalado emocionalmente após duas derrotas, o Sport ameaçou pressionar com o apoio da torcida. Deu algum trabalho e poderia ter chegado ao gol no início do jogo.

Mas não passou disso. Antes mesmo do primeiro dos dois gols do lateral Artur o São Caetano já dava mostras de que desta vez tudo seria diferente.

A começar pela segurança defensiva, com laterais subindo pouco, zagueiros internos atentos às antecipações e às coberturas e, principalmente, com uma linha de três volantes disposta a não dar espaços. Especialmente ao articulador Marcelinho Paraíba.

Com os gols, tudo ficou mais fácil. O Sport perdeu o controle nervoso e a bola passou a queimar nos pés dos "pernambucanos".

No segundo tempo o time de PC Gusmão voltou mais disposto e chegou a diminuir num gol irregular, mas o Azulão não se abalou.

Mesmo sem ser tão criativo, o São Caetano chegou a criar mais duas boas oportunidades em contragolpes, além do gol de Nunes em jogada de Ailton. Além disso, manteve o alto poder combativo e se aplicou do começo ao fim. Coisa rara neste campeonato.

Agora, faltam apenas 10 rodadas para o grupo sacramentar o que esboçou no Recife. Se mantiver o alto grau de competitividade, ficará mais perto de conquistar 12/13 pontos salvadores.

Só que ainda é cedo para se qualificar a reação como consistente. Jogo desta sexta-feira, no Anacleto Campanella, deve dar mostras mais claras de aonde o time pode chegar.

Vila Nova também está na zona de degola. Não dá nem pra imaginar resultado diferente de vitória convincente. Também não quer dizer que Márcio Araújo deva exercitar a máxima de que "em time que ganha não se mexe".

Balela! Cada jogo tem sua história. Adversário deve ser respeitado com cuidados defensivos pertinentes. Mas fazer reverência não significa curvar-se demais e mostrar a bunda.

Por isso eu escalaria o Azulão no 4-2-2-2. A começar por zagueiros internos atentos e sem algemar laterais. Os dois volantes, Ricardo Conceição e Souza, teriam tarefas definidas para marcar, mas não se omitiriam na hora de encostar nos meias e até nos atacantes.

O quadrado do meio-campo teria dois meias: o mais dinâmico e ousado Ailton ao lado de Kléber ou até mesmo um atacante improvisado. Na frente, Antonio Flávio e Nunes começariam jogando.

Um time totalmente ofensivo, sem medo de ir pra cima. A ousadia pode ser sinônimo de risco, mas, em casa, o Azulão não pode ter medo nem da irresistível Portuguesa.

domingo, 2 de outubro de 2011

Bom empate do Azulão. Apesar do medo

Empate com a líder e provável campeã da Série B não pode ser considerado um mau resultado. Mas o 3 a 3 com a Portuguesa ainda mostrou um São Caetano sem confiança, sem ousadia, sem determinação e sem futebol de gente grande.

Mais uma vez! A começar pela escalação no 4-3-1-2, com quatro zagueiros, três volantes em linha, um pseudo-articulador isolado e dois atacantes entregues às traças, inúmeras vezes cercados por cinco ou seis adversários.

O pior é que nem mesmo com sete jogadores atrás da linha da bola o Azulão passava segurança defensiva. Pelo contrário: bastou a Lusa apertar com Edno às costas de Artur e sem a devida cobertura de Thiago Martinelli para sair o gol de Ananias. Goleiro Luís também falhou.

Mesmo perdendo o meio-campo, o São Caetano chegou à igualdade com Kléber batendo de fora da área. Weverton estava um pouco adiantado e tomou por cobertura. Bola desceu muito rapidamente.

Meu amigo e conterrâneo Vitor, ex-goleiro do Santo André e hoje empresário de jogador, garante que Weverton não falhou.

Melhor posicionada e com rapidez tanto para atacar quanto para defender, a Portuguesa voltou a marcar com o pequenino Ananias cabeceando outro cruzamento da esquerda. Zagueiros internos e o terceiro volante pela esquerda, Revson, falharam.

Teimosamense, considerando-se a situação do Azulão na tábua de classificação, o técnico Márcio Araújo retornou para a segunda etapa com o mesmo time e a mesma postura, chamando a Portuguesa novamente pra cima.

Apesar disso, o lateral Bruno Recife aproveitou cruzamento de Souza e empatou mais uma vez. Mas a Portuguesa não se abalou com a falha da zaga. Intensificou o ritmo e perdeu dois gols com Edno.

Aparentemente feliz com o resultado, Márcio Araújo tirou o atacante de velocidade, Antonio Flávio, e colocou o meia Ailton -- pelo jeito, ainda meio fora de ritmo --, adiantando Kléber para encostar em Nunes.

Pelo andar da carruagem, estava na cara que o domínio luso seria transformado em gol. Mesmo porque, mesmo defendendo com sete ou oito, o São Caetano conseguia dar espaços entre os três compartimentos.

Bastou tomar o gol, em nova falha defensiva, para que Márcio Araújo, ainda que tardiamente, trocasse um dos volantes -- Revson -- pelo centroavante Ricardo Xavier. Como prêmio pela ousadia mais do que necessária, Kléber igualou de novo após erro da zaga.

No final de um jogo marcado por deslizes defensivos, alguns torcedores do Azulão contestaram a postura excessivamente respeitosa -- ou medrosa? -- imposta pelo treinador. Tanto quanto outros enalteceram a conquista de um ponto importante após três desvantagens no placar.

Resultado não tira o Azulão do zona de rebaixamento (17º colocado com 30 pontos ganhos e seis vitórias) nem mostra perspectivas positivas para o jogo de terça-feira no Recife contra o sempre caseiro Sport.

Agora restam 11 rodadas. São 33 pontos em disputa e o São Caetano precisa fazer pelo menos mais 15 ou 16 se quiser escapar da degola. Aproveitamento atual não chega a
40%. Para se salvar, precisa atingir cerca de 50% nas próximas rodadas.

Se técnico e dirigentes não botarem pressão pra cima do elenco, poder de reação continuará sem dar mostras de consistência. Pena que só faltem 11 jogos. Estivéssemos no meio do campeonato, o ideal seria fazer uma faxina. Se é que no São Caetano alguém tem peito pra isso.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O voo curto de um pássaro ferido

Não há dúvidas de que no momento o Azulão nada mais é do que um pássaro ferido, à procura de um ninho seguro. Também não ficam dúvidas de que a vitória sobre o lanterna Duque de Caxias foi merecida e importante.

Porém, o futebol apresentado pelo São Caetano em Volta Redonda ainda está longe do que se exige para quem precisa encontrar o prumo para fugir da a clara ameaça de rebaixamento.

Os erros do São Caetano começam pela escalação. Opções do técnico Márcio Araújo devem ser respeitadas. Tanto quanto podem ser contestadas.

Embora ocupando a mesma zona de degola na classificação, o Azulão tem mais time e elenco do que o Duque de Caxias. E precisava vencer. Ousar com cuidado é bem diferente de se acovardar. Daí a não concordância com a escalação no 4-3-1-2.

Quatro zagueiros, com a excessiva retenção dos laterais, tudo bem! Mas escalar três volantes com alguma mobilidade mas sem capacidade de criação e sem poder de finalização eficaz é dar sopa pro azar. Muita transpiração e pouca inspiração.

Por que não colocar só dois volantes e escalar dois meias com mais sentido de penetração, armação e conclusão? Kléber não é um articulador de primeira grandeza e ainda ficou sozinho.

O elo entre meio-campo e ataque não armou e nem se aproximou com a constância exigida por quem joga mais perto do gol. Daí que a bola não chegou em Ricardo Xavier e Antonio Flávio.

Acho, até, que Márcio Araújo fez besteira ao tirar um centroavante não municiado em vez de trocar um volante por um armador de chegada como Ailton. Eu faria essa alteração aos três minutos do primeiro tempo.Isso mesmo!

Só que o treinador credenciado à execração deu sorte porque Nunes entrou e empatou no início do segundo tempo. E o jogo mudou. Depois de ficar assustado com o gol do Duque no segundo minuto de jogo e só se recuperar depois dos 30, o Azulão voltou melhor na segunda etapa. Efeito do gol, lógico!

Com mais vontade e mais velocidade, o Azulão não abdicou da marcação mas ao menos liberou laterais para subir constante e alternadamente. Assim como soltou ainda mais um dos volantes -- Souza ou Ricardo Conceição, já que Augusto Recife mais parecia quinto zagueiro.

Melhor postado e com Kléber a se movimentar com certa desenvoltura, sem isolar os atacantes, o São Caetano transformou a posse de bola em domínio efetivo, enquanto que o Duque de Caxias afrouxou a marcação.

Daí a tomar mais dois gols foi um pulo. Mesmo com Márcio Araújo errando de novo ao trocar Souza pelo zagueiro Revson. Excesso de zelo e com o jogador errado.

É bom não se empolgar com o resultado positivo. Sábado, em casa, contra a líder e embalada Portuguesa, o Azulão não pode se dar ao luxo de escalar errado e mexer errado. Se não vacilar, tem condições de ganhar e sair do sufoco. Mas vai ser pedreira.

Voo de ontem ainda foi curto, rasante. De filhotinho! Quem sabe o voo mais longo de uma vitória contra o líder não represente um decolar definitivo?

sábado, 24 de setembro de 2011

Pássaro ferido

Cara, te juro que não tenho mais saco para escrever sobre a triste e perigosíssima regularidade do São Caetano. Em contraposição, sinto necessidade de expor o que penso, o que vejo.

E, infelizmente, o que vejo, hoje, é um presente que não consegue prospectar um futuro feliz para o Azulão. Repito: não sinto firmeza!

Entra rodada, sai rodada, o Azulão não sai do lugar. Só derrapa e não alça voo. Mais parece um pássaro preguiçoso. Não voa, não briga, não canta e não gala nem a mais tentadora das fêmeas.

Sinceramente, fico preocupadíssimo com o time do conterrâneo e gente finíssima Márcio Araújo. Já se foram dois terços do campeonato e o Azulão continua lá, na zona de degola.

Hoje, mais uma vez, decepcionou. Sem pegada consistente -- garra, mesmo -- e sem criatividade, voltou a empatar em casa.

Mesmo com a pseudo-segurança defensiva de um 3-5-2 com variação para 4-3-1-2, perdeu a concentração, teve falhas individuais em momentos cruciais e, mais uma vez, cedeu a igualdade nos minutos finais.

Isso já não é síndrome de fim de jogo. Tem mais cheiro de incompetência emocional e técnica em prol do coletivo. Não é possível!

Agora são cinco jogos de jejum exatamente na hora de a onça beber água. Ah, mas o time é bom e tem bons valores individuais. E daí? Time bom é aquele que joga, vence e não vive no sufoco. Individualidades não são sinônimo de coletivo vencedor.

Pior é que nem sei se Márcio Araújo -- bom moço que precisa ser muito mais exigente do que conciliador -- tem tempo para montar e colocar em prática um esquema capaz de salvar o São Caetano.

Márcio é competente, mas isso não basta. É imprescindível que, além de jogar com consciência e organização, o time coloque a bunda no chão, não seja tão frouxo e tenha sangue nos olhos.

O Azulão é um pássaro ferido. Se não brigar para escapar da arapuca e pontuar de forma significativa nas próximas três rodadas, pode encomendar uma gaiola dourada para encarar a escuridão da Série C.

É triste, mas sinto cheiro de clássico regional com o Santo André, que acertou a renovação com o técnico Rotta. É o fim da linha. Para ambos.

Enquanto isso, pelos lados de São Bernardo, o Tigre vem de quatro derrotas, um empate e apenas uma vitória na reta final da Copa Paulista.

É líder e está classificado à próxima fase, mas ultimamente anda miando como gatinho a pedir leitinho. Que tigre é esse?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enfim, um não à indecência

Finalmente, uma das sete Câmaras Municipais do Grande ABC resolveu agir com um mínimo de decência. Falo como leigo em política, minha praia é esporte, mas com satisfação momentânea.

Ao contrário das outras seis casas legislativas, Santo André não acatou a Emenda Constitucional 58/09. Votou pela manutenção de 21 em vez de ampliar para 27 o número de vereadores para a próxima legislatura.

Dezessete "nobres edis" disseram não à alteração com base na proporcionalidade calculada pelo número de habitantes -- 670 mil.

Apenas dois -- o presidente José de Araújo (PMDB) e o médico Marcelo Chehade (PSDB) -- voltaram pela indecência. Que os eleitores não se esqueçam!

O PSB, representado por Almir Cicote e José Ricardo, se omitiu. Ficou em cima do muro. Atitude tão pequena quanto a indecência.

Felizmente, ao menos desta vez, prevaleceu o bom senso do apelo popular. Lógico, dos 17 contrários, muitos não o fizeram por convicção. Apenas satisfizeram o voz do povo. Fizeram média pensando nas próximas eleições.

Afinal, pra que dividir o bolo com outros, né? Quer saber, 21 já é uma extravagância. Se é que deveria existir algum.

Trabalhar com eficiência e competência poucos querem. O objetivo é olhar para o próprio umbigo e privilegiar família, amiguinhos, assessores e cabos eleitorais. Nada mais.

Lamentavelmente, as outras Câmaras da região aderiram ao trem da alegria e vão continuar a fazer festa com o dinheiro do povo. Sempre sobra pro rabo de alguém.

Lamentavelmente, somos passivos. Trouxas, até! Somos cordeirinhos demais. Ou não seria o caso de a população, o cidadão comum, contestar com vigor e fazer valer sua voz, sua força?

domingo, 18 de setembro de 2011

Ramalhão escapa, Azulão derrapa, Tigre reage

O São Bernardo Futebol Clube voltou a ser a exceção do futebol profissional do Grande ABC no final de semana. O Santo André escorregou mas não caiu; São Caetano derrapou de novo e não saiu da boate da luz vermelha, mais conhecida como zona da degola.

Pela Copa Paulista -- a mesma Copa Estado de São Paulo conquistada pelo Santo André e que serviu de degrau para o título da Copa do Brasil em 2004 --, o Tigre finalmente reagiu depois de três derrotas seguidas.

Começou perdendo em pleno Primeiro de Maio, mas virou pra cima do São José e ganhou de 2 a 1. Com isso, mantém a liderança do Grupo D com quatro pontos de vantagem sobre o Taboão da Serra.

Já o instável São Caetano esteve bem perto de se reencontrar com a vitória na estréia do meu amigo e também rio-pardense Márcio Araújo. Porém, cedeu o empate no final e continua na incômoda quadra de rebaixamento da Série B.

Situação fica cada vez mais complicada e o novo treinador vai ter trabalho para livrar do Azulão de um alçapão nada agradável. Produtividade tem de crescer muito se quiser somar pelo menos 46 pontos e se livrar do vexame nacional.

Por falar em vexame, o Santo André só escapou de mais um rebaixamento em pleno aniversário de 44 anos porque o STJD puniu o Brasil de Pelotas com a perda de seis pontos.

Se dependesse do futebol medíocre, estaria na Série D, já que, agora há pouco, em Pelotas, apenas empatou de 1 a 1 com o Brasil. Resultado o deixaria na lanterna da chave e o rebaixaria para a Série D.

Resta saber o que será do Ramalhão nos próximos meses. Sem competição, praticamente sem apoio da torcida e com má administração da gestão empresarial, o Santo André vai viver momentos complicadíssimos.

Se a propalada dívida superior a R$ 10 milhões for mesmo verdadeira, a bomba pode deixar as mãos pouco hábeis do Saged e cair perigosamente no colo do clube sócio-esportivo comandado por Celso Luís de Almeida. Belo presente, hein, Celsinho?

domingo, 11 de setembro de 2011

Ramalhão volta para a UTI

A performance do futebol profissional do Grande ABC no final de semana foi simplesmente desastrosa. Só lambança!

Como se não bastassem as derrotas do ameaçado São Caetano para o Bragantino (Série B) e do ainda líder São Bernardo para o Taboão da Serra (Copa Paulista), hoje foi a vez do Santo André.

Em pleno Bruno Daniel, o Ramalhão jogou melhor mas perdeu de 2 a 0 da desfalcada Chapecoense e volta para UTI, onde, de novo, corre sério risco de morrer nos cafundós da Série D nacional.

Joinville (15 pontos ganhos) e Chapecoense (13) já estão classificados para a próxima fase. Caxias (8 pontos ganhos, duas vitórias e deficit de dois gols), Brasil (7 PG, 2V e deficit de quatro gols) e Santo André (7 PG, 2V e deficit de cinco gols) ainda lutam no Grupo D para evitar a queda.

Na última rodada da primeira fase, domingo, a Chapecoense recebe o Caxias e o Brasil pega o Santo André em Pelotas. Jogo de Chapecó só tem importância para o Caxias. Aí reside o perigo maior.

Para não depender do resultado do Caxias, o Ramalhão precisa vencer. Se perder, cai. Se empatar, soma oito pontos, mas perde do Brasil no saldo de gols e fica na dependência de derrota do Caxias por mais de três gols de diferença.

Situação é dificílima, mas ganhar em Pelotas não é impossível. O Brasil tem sido tão irregular quanto o Santo André. Como ainda está vivo, ao time de Rotta só resta lutar com nunca se não quiser perpetrar o vexame de quase sempre.

sábado, 10 de setembro de 2011

Azulão perde mais uma

O São Caetano perdeu do Bragantino -- 2 a 0 -- em pleno Anacleto Campanella e continua como sério candidato ao rebaixamento para a Série C do Brasileiro.

O Azulão entrou com formação teoricamente mais cautelosa, num 4-3-1-2 com variação para 4-3-2-1, dependendo o posicionamento de Luciano Mandi.Já o Bragantino veio com o seu já tradicional 3-5-2, procurando congestionar o meio-campo.

No entanto, ao contrário do que a escalação de três volantes possa sugerir, o Azulão não abdicou do ataque no primeiro tempo. De forma moderada, liberou laterais para subirem ao ataque e teve aproximação constante e chegadas perigosas dos meio-campistas para concluir.

Geovane não ficou tão isolado. Mas faltou principalmente finalizar com precisão. Oportunidades foram criadas e desperdiçadas na mesma proporção.

Também ao contrário do que a escalação de tantos volantes possa sugerir, o time do técnico Vadão não foi nenhuma fortaleza defensiva. Tanto que em pelo menos três ocasiões foi pego de calça curta. Deu espaços e por pouco não levou o gol no contra-ataque.

O segundo tempo nem bem havia começado quando Romarinho aproveitou contraataque pela esquerda, falha de marcação e cobertura, e bateu no canto esquerdo baixo do estreante Fábio.

O São Caetano sentiu o gol e permitiu que o agora mais aceso time do técnico Marcelo Veiga -- ex-lateral do Santo André e do Santos -- crescesse, dominasse e voltasse a ameaçar com real perigo aos 5 e aos 8 minutos.

Aos 11 minutos Vadão trocou um volante e um meia -- Augusto Recife e Ailton -- por dois meias -- Kléber e Renatinho -- ofensivos e teoricamente com mais velocidade e poder de finalização.

Bem arrumado taticamente e com recuo estratégico, o Bragantino manteve o bloqueio defensivo e a saída rápida para o ataque. Aos 16 minutos o Bragantino trocou o meia Leo Jaime pelo artilheiro Otacílio Neto.

As modificações do Azulão não deram resultado. Visivelmente abalado, o time não teve sentido de penetração, não melhorou a pontaria e se limitou a ameaçar o gol de Gilvan em apenas duas oportunidades, mesmo assim, sem tanta contundência.

Aos 31 minutos Vadão trocou outro volante -- Leo Mineiro -- por mais um atacante (Magnum). Mesmo assim, o time não melhorou, continuou apático e desligado, e o empate não saiu. Pior: aos 40, Otacílio cruzou da esquerda, Fábio soltou e Lincoln fez 2 a 0.



RAMALHÃO JOGA O DESTINO

O Santo André joga praticamente seu destino na Série C do Brasileiro amanhã à tarde no Bruno Daniel.

Recebe a Chapecoense e precisa vencer para não voltar a ficar em situação delicada, com sério risco de rebaixamento.

Time do amigo Rotta vem de belo resultado em Caxias do Sul e o fator emocional pode ser extremamente positivo para conquistar nova vitória.

É bom lembrar que o jogo está mantido para a 16h, o que, pela falta de iluminação artificial, pode provocar problemas de visibilidade se o tempo estiver fechado.

TIGRE QUER SER GATINHO?

Difícil acreditar, mas parece que o São Bernardo está louco para dar sopa pro azar na Copa Paulista. Será que o Tigre está querendo virar gatinho na hora errada?

Justo no momento de garantir classificação, o time de Luís Carlos Martins volta a perder, desta vez para o Taboão da Serra. O que será que acontece pelos lados da Capital do Automóvel?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ramalhão respira, Azulão empaca, Tigre derrapa

Na coluna/texto da semana passada o São Caetano aparecia no sufoco na Série B do Campeonato Brasileiro. Já o Santo André estava na UTI, no fio da navalha para ser rebaixado na Série C. Enquanto isso, o estável São Bernardo passeava. Estava na boa na Copa Paulista.

Hoje a situação já é um pouco diferente. O Ramalhão ganhou surpreendentemente em Caxias do Sul e, embora ainda lanterna do Grupo D, respira sem ajuda de aparelhos e passa a ter possibilidades reais de superar Caxias e/ou Brasil.

Chapecoense, em casa, e Brasil, em Pelotas, são os próximos adversários na luta para se livrar da degola. Time de Rotta ganhou moral e isso é fundamental, alémde alentador.

Por outro lado, o Azulão -- ah, o Azulão! -- não toma jeito. Empacou! Estava no sufoco da zona de rebaixamento e lá continua. Levou uma sonora estilingada em Varginha quando queria pelo menos o empate diante do Boa Esporte.

Pior: levou de quatro jogando de quatro. Agora recebe o Bragantino, osso duro de roer. Dizem que Vadão pode cair. Ainda não acredito. Pelo nos próximos três jogos.

O Tigre, ainda líder do Grupo 4 da Copa Paulista, derrapou e perdeu do Paulista de Jundiaí. Não mostrou o brilho nem a organização tática de outros jogos. Tem gordura pra queimar, mas não pode entrar na descendente no momento de garantir a vaga.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vitória da mediocridade. Mas importante

São Caetano medíocre. Salgueiro mais medíocre. Futebol medíocre. E esse medíocre não é de razoável não! É de ruim mesmo. O retrato do jogo de ontem no Anacleto Campanella não poderia ser pior.

No entanto, a vitória do Azulão -- 3 a 1 com três gols de Ricardo Xavier -- diante de adversário candidatíssimo ao descenso para a Série C do Brasileiro não deve ser menosprezada.

É de suma importância para quem sai momentaneamente da zona de degola e fortalece em vez de fragilizar o lado emocional de quem se vê coagido a vencer de qualquer maneira.

Considerando-se a fragilidade do time pernambucano e o poder individual do São Caetano, deveríamos ter assistido a um atropelamento.

Não só não foi o que aconteceu como o Azulão esteve prestes perder. Tomou o primeiro gol e empatou, mas no início do segundo tempo Marcos Tamandaré poderia ter colocado o Salgueiro em vantagem mas desperdiçou o pênalti.

Foi aí que o São Caetano encontrou a vantagem em penalidade sofrida por Luciano Mandi e convertida por Ricardo Xavier. Como cachorro picado por cobra tem medo de linguiça, o técnico Vadão tratou de se proteger defensivamente.

Quando percebeu que o Salgueiro estava entregue, mexeu outra vez no time, foi novamente mais ofensivo e chegou ao terceiro gol. Mas ganhou sem convencer.

Defensivamente, o Azulão mostrou laterais -- Arthur e Bruno Recife -- excessivamente presos, limitados à marcação quando têm perfil e potencial para ousar mais. Minimamente, poderiam chegar vez ou outra ao fundo ou triangular com meias e atacantes.

O goleiro Leandro não compromete, mas o titular, Luiz, passa mais segurança. Os zagueiros internos, Domingos e Eli Sabiá, agora mais protegidos por dois volantes de contenção, ainda têm alguns vacilos, principalmente na cobertura. Parece faltar concentração, como no gol, quando Thiago Martinelli já estava no lugar de Domingos, contundido.

Os volantes Augusto Recife e Leo Mineiro deram conta do recado e tendem a se entender bem com o decorrer dos jogos. Leo Mineiro se impõe mais que Souza como volante.

Dos meias armadores, só Ailton me convence. Ainda prefiro um canhoto de ofício para cadenciar e acelerar, criar e finalizar com desenvoltura. Roger não ajuda a marcar e é muito individualista, além de meio mala e mascarado. Joga menos do que pensa. Quer ser Neymar. Um sonho distante.

No ataque, Luciano Mandi faz um trabalho interessante porque também fecha espaços pelas laterais e chega com qualidade quando ousa penetrar e concluir. Dependendo do adversário ou do momento do jogo, poderia ser meia, ao lado de Ailton.

Nesse caso, o bom Ricardo Xavier -- mais jogador que Nunes -- teria os rápidos Antonio Flávio ou Geovane como companhia. Pode até dar certo.

Moral da história: se quiser mesmo chegar aos 45/46 pontos ganhos e se livrar da degola, o Azulão precisa trocar a mediocridade de ontem pelo bom futebol de um passado não muito distante.

Os primeiros três pontos no início do returno podem ajudar na difícil caminhada.
Sonhar com o acesso não é impossível, mas a dura realidade mostra que é mais prudente evitar a queda. Quem diria?

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Azulão no sufoco, Ramalhão na UTI e Tigre na boa

O tempo passa e o futebol profissional do Grande ABC não muda. Para o bem e para o mal. Exceção momentânea solitária é o São Bernardo, recém-rebaixado da elite paulista.

O São Caetano tenta sair mas patina no lamaçal do Campeonato Brasileiro da Série B. O Santo André fica no prejuízo até quando não joga na Série C. O São Bernardo Futebol Clube é um rolo compressor na Copa Paulista.

Já o Esporte Clube São Bernardo perdeu em Jacareí e está eliminado da Segundona paulista. Faz companhia para Grêmio Mauense e Palestra naquela que, na prática, é a quarta divisão.

O ainda instável e nada consistente Azulão conquistou bom empate em Criciuma, mas encerra o primeiro turno da Série B como 17º colocado, na zona de rebaixamento, à frente apenas de Guarani, Salgueiro e Duque de Caxias.

Com apenas quatro vitórias, nove empates, seis derrotas, 25 gols a favor e 29 contra -- deficit de quatro -- em 19 jogos, o time dirigido por Vadão precisa vencer e convencer urgentemente.

Nada melhor do que começar atropelando o Salgueiro, amanhã no Anacleto Campanella, para sair do sufoco.

O abalado e conturbado Ramalhão consegue se dar mal até quando folga. Não sai da UTI. Com apenas 4 pontos ganhos -- uma vitória, um empate e três derrotas --, o time de Rotta é o lanterna do Grupo D.

O Caxias, que tinha apenas 5 pontos ganhos, foi a Joinville e, surpreendentemente, quebrou a invencibilidade do adversário ao enfiar 4 a 2. Alcançou oito pontos, está em terceiro e domingo recebe justamente o Santo André.

O quarto colocado é o Brasil, que, em Pelotas, perdeu de 1 a 0 da agora líder Chapecoense -- 10 pontos ganhos, contra 9 do Joinville.

Além de viajar para Caxias do Sul, no dia 11 o Ramalhão recebe a Chapecoense e no dia 18 encerra participação -- possivelmente rebaixado ou com a corda no pescoço -- em Pelotas.

Se alguém acreditar em milagre, que sonhe com a classificação como um os dois melhores do grupo. Se gosta de apostar alguma ficha em político milongueiro, não custa nutrir esperanças de que o Ramalhão ainda se salve de outro vexame.

Por seu lado, a verdadeira salvação do Grande ABC continua nas mãos do São Bernardo de Luís Carlos Martins. Arrumadinho, o Tigre voltou a vencer no final de semana -- 2 a 1 no Juventus -- é lidera do Grupo 4 da Copa com 10 pontos de folga.

São sete vitórias, um empate e apenas uma derrota. Não dá pra contestar. As possibilidades de título e vaga na Copa do Brasil são concretas. É o futebol levado a sério. Pena que alguns vizinhos que já foram campeões não aprendam.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O adeus do zagueiro do lápis azul

Foram 14 anos de um relacionamento leal. Nem sempre imune a turbulências comuns para quem tem sangue italiano, senso de justiça à flor da pele e personalidade antagônica a bajuladores e hipócritas de plantão.

Foram 14 anos de respeito, de aprendizado contínuo com quem sempre fez da exemplar independência editorial um dos pilares de um jornalismo comprometido com a região, com a informação, com a ética e com o profissionalismo.

Foram 14 anos de Diario do Grande ABC em duas etapas: de 75 a 88 e entre 97 e 98. Desde a revisão até a redação, como editor de Esportes, a convivência com o poder.

Mas não o poder do empresário predador e irresponsável. O poder de cada título, de cada palavra, de cada crítica mais ácida. Cortante, dura,porém embasada, imparcial e justa. Com o perdão da redundância, que o digam os maus políticos da época.

E também o poder daquele maldito lápis azul -- marca e corta texto -- com o qual convivi desde os tempos de revisor, em 75. Juro que no início, com apenas 22 anos de idade e formado em Educação Física, eu tremia de medo. Do lápis azul -- símbolo da censura durante a ditadura portuguesa -- e das advertências do poderoso chefão.

Por sorte, revisava o editorial, importantíssimo, naquela época, ao lado dos experientes Mário Polesi (irmão de Fausto) e Orlando Barbeito, duas pessoas às quais também serei eternamente grato.

Depois, já na redação, fui me acostumando com a presença constante daquele senhor imponente, que, vítima de parada cardíaca, nos deixou na manhã de ontem.

Fausto Polesi não foi meu mestre. Meu mestre, outro a quem serei eternamente grato, é o amigo Daniel Lima. Mas o Fausto também foi importante na minha formação e na minha postura profissional.

Tivemos, sim, alguns arranca-rabos. Por que não? Quase sempre no campo profissional. Mas sempre prevaleceram o bom senso e a lealdade, a sinceridade, o olho no olho. Mesmo quando o homem estava nervoso e com semblante alterado de raiva.

Lembro-me de que, na década de 80, cheguei a ter um Confidencial engavetado. Guardo-o até hoje, como relíquia marcada de azul. O famoso e temido lápis azul. No caso, relembrando Portugal, sinônimo de censura.

O assunto eram os Jogos Escolares de Santo André.Os homens públicos cujas atitudes --ou falta de -- foram criticadas com rigor eram amigos íntimos da cúpula da rua Catequese. A incompetência teve um manto protetor, em detrimento da ética e da moralidade esportiva.

Até hoje, não sei de quem partiu a ordem, mas entendo que a liberdade jornalística pregada e exercitada por Polesi não permitiria, individualmente, tamanha afronta profissional.

Não gostei mas entendi e, uma semana depois, escrevi o que queria, de outra forma. Não sem inventar que meu cachorro -- Rosnec, o censor -- tinha comido a coluna anterior. Pelo menos, sobrevivi com a consciência em paz, sem violentar meus princípios!

Também levei um puxão de orelhas na sala do quarto andar quando meti bronca numa atitude intempestiva de um então presidente do Esporte Clube Santo André, que, alcoolizado, invadiu o vestiário e ofendeu jogadores e comissão técnica num intervalo de jogo.

À época, meu companheiro de zaga na Seleção da Imprensa do Grande ABC e de chope após algum jogo do Corintians questionou a notícia e pediu a fonte. Sustentei a informação e não revelei a fonte,lógico, atitudes que aprendi um pouco com ele mesmo.

Minhas fontes estavam dentro do próprio vestiário. As palavras do diretor de redação foram mais ou menos estas:"Garoto, gosto desse jeitão italiano. Nós ainda vamos brigar muito. Por isso você trabalha comigo. Mas você insiste em enfiar o dedo na tomada. Cuidado! Posso cortar sua mesada". (rsrsrs)

Pra bom entendedor..."Obrigado. Fique à vontade. Não vou mudar" -- afirmei sorrindo, olhando nos seus olhos e simulando me ajoelhar de mãos postas. Mais risos.

Pedi demissão do DGABC pela primeira vez em março de 88, quando a cabeça de um excelente profissional foi cortada após pressão comercial de uma multinacional, a GM, dona de um grande time de futsal mas não da verdade.

"Como vocês podem demitir um repórter se o responsável sou eu, como editor? Será que um homem vale menos que um anúncio, Italiano? Se for assim, quero que você também me demita, agora. Por favor".

Vermelho, bravo, com a boca torta e um sorriso emblemático, o editor-chefe não titubeou: " Decisão de demitir o repórter não é exclusivamente minha. Faço parte da diretoria. E também não vou te mandar embora. Quero você aqui".

Eu sabia. Não precisava dizer mais nada. Duas semanas depois eu deixei o DGABC, demitido com todos os direitos trabalhistas, para voltar quase 10 anos depois, com indicação do próprio Fausto para o filho Alexandre, então editor-chefe em substituição ao pai, agora "apenas" diretor de redação.

Enfim... São apenas algumas recordações de quem não descarta gratidão. Foi-se um corintiano verdadeiro (Jorge Alvinegro era um dos pseudônimos do grande editorialista).

Foi-se um ex-presidente do Santo André que jamais deixou de ser torcedor de carteirinha. Foi-se mais um companheiro com muitos feitos relevantes e com tantos defeitos quanto nós. Foi-se a voz mais forte do cidadão mais fraco.

Foi-se um ex-tecelão cujo sobrenome deveria ser Trabalho. Foi-se o homem nascido aqui na Alfredo Fláquer que virou jornalista de fato e fez escola sem sonhar com honras de herói. Obrigado, zagueiro! Não se esqueça de levar o lápis azul.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ramalhão à beira do precipício

O final de semana não foi nada bom para o futebol profissional do Grande ABC. Exceção, mais uma vez, foi o São Bernardo. São Caetano e Santo André tiveram os chamados empates-derrotas, cada um com seu devido peso real.

Líder absoluto do Grupo 4 da Copa Paulista -- 19 pontos ganhos, contra 12 de Paulista e Juventus -- o Tigre foi a Taubaté e arrancou um empate nos acréscimos.

Com seis vitórias, um empate e apenas uma derrota, o bom time de Luiz Carlos Martins dá toda pinta de que vai mesmo brigar pelo título e consequente vaga na Copa do Brasil 2012.

Já o Santo André, mesmo sem jogar bem, poderia ter deixado o Bruno Daniel com uma vitória heróica -- jogou com um a menos desde os sete minutos do primeiro tempo -- mas cedeu o empate ao líder Joinville.

Moral da história: com três derrotas, um empate e uma vitória, o Ramalhão é o lanterna do Grupo D e se perder do Caxias, dia 4 de setembro em Caxias do Sul, deixa a beira do precipício e salta de vez para o rebaixamento à Série D.

Pra completar, depois do jogo o pau quebrou à porta dos vestiários. Torcedores (?) das chamadas organizadas foram tirar satisfação com jogadores, que, provavelmente ofendidos, teriam feito gestos obscenos em direção às arquibancadas.

Onde estavam os seguranças para coibir a invasão? E se o clube perder o mando de jogo contra a Chapecoense?

Tal atitude, de ambas as partes, só complica ainda mais a situação de quem não se garante e flerta com o caos de forma rotineira nas últimas temporadas.

Somatório de incompetências costuma macular a beleza da história e punir com o vexame da insolvência. Mais uma vez, só nos resta rezar. Se bem que... já estamos acostumados.





sábado, 20 de agosto de 2011

Azulão continua na zona

O São Caetano voltou a empatar e continua na zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro. Agora há pouco, em Bragança Paulista, apenas 143 pagantes viram um bom jogo e a igualdade de 2 a 2 com o Vitória.

O campo pesado devido às chuvas sugeria um primeiro tempo mais truncado, mas não foi o que aconteceu. São Caetano e Vitória até que conseguiram fazer a bola rolar e tiveram bons momentos de gol.

Ricardo Xavier marcou para o Azulão em bola roubada por Bruno Recife e Neto Baiano empatou em seguida, após bela jogada de Marquinhos em cima de Domingos -- tem nome, fama de xerifão e fala muito, mas não inspira confiança.

Ao São Caetano faltaram maior compactação e consistência defensiva, principalmente na direita com Artur e no meio-campo com Souza. Por isso o time baiano trabalhou a bola com desenvoltura e chegou com certa facilidade.

Ofensivamente, o Azulão chegou apenas esporadicamente porque não teve em Ailton um bom articulador e em Antonio Flávio um segundo atacante sem tanta mobilidade. Se bem que nos 15 minutos finais a marcação do Vitória facilitou um pouco.

Na segunda etapa o jogo não mudou muito, mas o São Caetano, agora com Leo Mineiro no lugar do pouco produtivo Souza, foi superior. Mais agressivo e liberando Artur para subir, o Azulão teve mais domínio e chegou com perigo duas vezes com Ricardo Xavier.

No entanto, deu espaço para o Vitória contra-atacar e tomou o segundo gol aos 29 minutos, em jogada de Lúcio Flávio pela direita e conclusão de Marquinhos às costas da zaga.

Gol tomado, o técnico Vadão trocou o volante Ricardo Conceição pelo meia-atacante Geovane, além de Antonio Flávio por Magnun. Em vantagem, o Vitória manteve a postura sem exageros defensivos e se limitou a contragolpear, se aproveitando de espaços generosos.

Quando o placar parecia definido, o volante Zé Luiz foi expulso e o São Caetano, com um a mais, saiu decididamente pro tudo ou nada.

Deu certo: aos 47 minutos, em chute cruzado de Artur, Luciano Mandi desviou de cabeça e estabeleceu uma igualdade justa mas que não tira o Azulão da incômoda zona de rebaixamento.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Só o Tigre se salva!

De caçula empolgado a gatinho rebaixado na elite paulista, o São Bernardo é a exceção momentânea do futebol profissional do Grande ABC.

Líder disparado da Copa Paulista, que já classificou o Santo André para conquistar a Copa do Brasil em 2004, o Tigre nada de braçadas.

Neste domingo de manhã a equipe de Luiz Carlos Martins vai ao Vale do Paraíba enfrentar o Taubaté em busca da sétima vitória consecutiva.

Enquanto isso, o São Caetano não sai do lugar. O Azulão não canta nem quando desencanta. Dá impressão de cantar/piar afinando de medo de outro macho disposto a marcar território. Parece voar sempre com uma asa quebrada.

Por falta de planejamento e/ou responsabilidade, Prefeitura e clube comeram bola na manutenção do gramado do Anacleto Campanella.

Vítima dos milionários shows de aniversário do município bancados pelo cidadão comum por meio de impostos, o gramado foi pra cucuia. Sufocada, a semente de inverno não germinou a contento e exigiu replantio.

É a mesma que deu trabalho também no Bruno Daniel, onde foi plantada tardiamente.Por isso o Azulão joga contra o Vitória amanhã em Bragança Paulista, pela Série B do Brasileiro. O que, cá entre nós, não deve fazer muita diferença.

Afinal, o time não está bem nem dentro nem fora de casa. Por isso está na zona de degola e ameaçado de encontrar o rival na Série C de 2012. E o quesito torcida jamais fez a diferença em se tratando de São Caetano.

Já o capenga Santo André, outro que também não tem (mais) a torcida dos velhos tempos, recebe o Joinville domingo à tarde no Brunão.

Pelo que vi outro dia, ninguém vai poder reclamar do gramado, bem mais compactado e bom pra quem sabe jogar.

Talvez aí esteja o problema. O Ramalhão não tem um bom time, e pega exatamente o líder do grupo. Se não se desdobrar em aplicação e transpiração, vai sofrer para escapar de outro resultado negativo.

E se não vencer a coisa vai ficar preta, pretíssima. Meu amigo Oldegar, mais conhecido como Agepê, deve estar se descabelando ao imaginar novo rebaixamento. Caxias é o lanterna mas no returno pega o Ramalhão em casa. Portanto...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Jogos Escolares, sinônimo de talento

Em tempos de vacas magras, nada melhor do que minimamente se exercitar a inteligência.

Para muitos dirigentes do esporte regional, a tarefa de trabalhar sem orçamento público satisfatório é hercúlea. Coisa de outro mundo!

Por incompetência ou pressa de se colherem os louros das conquistas em no mínimo quatro anos, muitos fazem questão de não valorizar categorias de base e eventos não profissionais. Olhares focam exclusivamente no resultado do alto rendimento.

Exemplos são os Jogos Escolares. Independentemente de onde aconteçam, as competições estudantis representam uma das melhores opções para a formação de equipes competitivas.

No momento é disputada a 42ª (?) edição dos Jogos Escolares de Santo André. É imprescindível que o evento tenha investimento adequado e dedicação plena do Poder Público e das instituições envolvidas.

Tão imprescindível quanto a presença de técnicos e auxiliares técnicos de todas as modalidades e categorias em busca de talentos que ainda brotam nas escolas.

No caso de Santo André, Laís, Arilza, Madeira, Celsinho, Piazza, Marcão, Speiller, Gil, Audrey, Lee, Luzia, Fátima, Fernando, Laranjeira e cia -- da elite ou não -- devem dar as caras e abrir os olhos em quadras, pistas, piscinas e dojôs da vida.

É bom que se diga que Laís e Arilza sempre fizeram isso. Por isso, vira e mexe o basquete feminino tem alguma revelação. São frutos de um bom e penoso trabalho.

Sem nenhum constrangimento, os tops do esporte devem contatar alunos e professores. De escolas particulares e estaduais, além de representantes do Departamento de Esportes com o mínimo de comprometimento profissional.

Com olheiros-garimpeiros, fica muito menos difícil encontrar pedras preciosas e lapidá-las, em todos os sentidos, para no futuro representarem a cidade em competições de alto nível.

Isso vale para todos os municípios do Grande ABC que se dignarem a respeitar e valorizar o esporte como alavanca de inserção social. No mínimo!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Enfim, Azulão desencanta

Após jejum de mais de um mês, enfim, o São Caetano desencantou. Voltou a vencer e saiu da vexatória zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro.

Vexatória principalmente por se tratar de clube novo, mas que já foi campeão paulista, vice da Libertadores e por duas vezes disputou a finalíssima da elite nacional.

Sobrou para o bom Goiás, um time em ascensão e que com 1 a 0 entrava no G-4 do bem, o do acesso, e mantinha o Azulão no G-4 do mal, o do descenso.

Já pensou o São Caetano a fazer companhia para o Santo André na Série C? Se é que o Ramalhão não vai cair para a D!

Mesmo sem cantar nem encantar, o Azulão reuniu forças e méritos para virar e ganhar de 2 a 1 num jogo dos mais interessantes, com bons momentos técnicos e nuances táticas com cheiro de Série A.

Desta vez o time de Vadão foi mais consistente e bem mais inteligente. Também demonstrou aplicação louvável em busca do resultado.

Agora, é esperar pelo complemento da rodada e torcer contra os vizinhos dos degraus inferiores para não voltar à zona de degola.

RAMALHÃO NO FIO DA NAVALHA

Com três derrotas e apenas uma vitória, o Santo André é o quarto colocado da Série C. O Caxias está em último, mas tem um jogo a menos.

Próximo jogo, dia 21 no Bruno Daniel, contra o bom Joinville, pode apresentar o Ramalhão na lanterna. Portanto, será o fiel da balança para quem precisa vencer para não ratificar a previsão de sério candidato a nova queda.

E é aí que a roda pega! O time não é bom e está no fio na navalha. O componente emocional vai ser determinante. Sob pressão interna e externa, o grupo de Rotta vai pular miudinho.

Como a tendência é decidir o direito (?) de não cair com o Caxias, não pode se esquecer de que faz o jogo do returno no Sul, na casa do adversário direto. Pra quem esbarra nas próprias limitações, até a torcida pode fazer a diferença.

GOL DE PAULINHO SERRA

Entrevista do vereador Paulinho Serra ao amigo Daniel Lima -- CapitalSocial -- tem tudo a ver com uma família com cheiro de gol.

Pra quem não sabe, os Paulinhos, pai e filho, sempre foram artilheiros de ofício. Por isso a intimidade com o gol.

Respostas de PS soam como um grito de gol. Salvo raras exceções verborrágicas, na maioria, são posições maduras, consistentes, diretas, cortantes e transparentes. Tudo coisa rara em 99% dos políticos.

Tomara que as palavras de Paulinho sejam verdadeiras! E se for mesmo candidato à Prefeitura de Santo André, que não se esqueça de que acaba de fazer um discurso de peso, de comprometimento.

GOL CONTRA DE ISRAEL ZEKCER

Tenho enorme apreço e gratidão à diretora da Fefisa, Dinah Zekcer. Por isso, antecipo o meu pedido de desculpas à vice-prefeita.

Porém, não posso deixar de me surpreender (?) negativamente com a atitude do nobre vereador Israel Zekcer.

Sessão solene para homenagear o jornalista Milton Neves com o título de cidadão benemérito é uma afronta ao verdadeiro cidadão andreense. É se comparar a um monte de cidades provincianas por esse Brasil a fora. É dar uma demonstração clara de puxa-saquismo inconsequente.

Com todo respeito, caro dr. Israel, que importância real tem ator-animador de auditório para a cidade como um todo? O quê de relevância o moço fez pela cidade? Ao menos apoia alguma instituição assistencial, como bem faz em outras paragens?

Com certeza, Santo André, dentro e fora do segmento esportivo, tem cidadãos -- hoje esquecidos -- que reúnem mais méritos. Endeusado ou demonizado, admirado ou criticado profissionalmente, o radialista não recusaria.

Afinal, para muitas pessoas, Milton Neves reúne lá seus méritos e não tem culpa de ter nome, poder e visibilidade. Tudo isso interessa aos políticos. E eu que sempre pensei que a Câmara tivesse atribuições mais nobres, mas cidadãs...

Gol contra, sem sombra de dúvidas! E se o Paulinho Serra endossou a indicação estapafúrdia, também participou do gol contra.


sábado, 6 de agosto de 2011

Gramado bem mais decente

Estive quinta-feira de manhã no Estádio Bruno José Daniel. Depois, fui ao Colégio São José buscar o neto, Victor.

De longe, ali do gol de entrada, pude perceber que os restos da demolição da marquize ainda são recolhidos e triturados. Vai longe! Tomara que fique bom!

De perto, ligeiro passeio pelo gramado foi suficiente para perceber que já não falamos de um pasto. Tampouco, brejo. Dá pra jogar.

Grama já está mais compactada, embora ainda exista bastante areia e as proximidades dos gols necessitem de mais tempo para ficar no ponto, sem buracos e depressões.

O importante é que para dia 21, contra o mesmo Joinville de amanhã, o gramado já estará bem melhor, mais decente, sem fazer ninguém passar a vergonha da estréia diante do Brasil.

TICO BEM MELHOR

Baleado no início da semana em suposta tentativa de assalto no Parque Novo Oratório, meu amigo Tico já deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Assunção.

Felizmente, os deuses de todos os tatames do mundo estavam de plantão. Tico está fora de perigo, mas ainda necessita de cuidados médicos, carinho e sossego.

Tomara que o quanto antes nosso eterno campeão, ícone do judô nacional da década de 70, reúna forças para cuidar dos seus alunos e reencontrar seus amigos de verdade.

SAÚDE BEM MELHOR?

Se depender da promessa de campanha e do anúncio feito pelo prefeito Ainda Ravin, a saúde de Santo André deve dar um salto de qualidade nos próximos anos.

Serão construídas seis Unidades de Pronto Atendimento e cinco Unidades de Saúde da Família, além de reformas importantes como a do posto de Paranapiacaba e da valorização de agentes de saúde.

Bola dentro do prefeitão. Investir em saúde, educação e segurança, entre outros, é prioridade. Aidan garante investimento de R$ 30 milhões em benefício do cidadão andreense. É ver pra crer!

METODISTA NA UTI?

Não consigo entender com clareza o que acontece na Metodista. Dívida de R$ 183 milhões com o INSS está mal explicada. Além de não ser novidade porque está sendo discutida há quase uma década.

Estranho é o DGABC, mesmo sem consistência, transformar o assunto em manchete principal e apenas depois de 15 dias dar um pirulito -- matéria de uma coluna -- bem às escondidas.

Leilão de imóveis para saldar parte das possíveis dívidas está marcado para terça-feira. Garantem que tudo é jogo de cena e que não vai acontecer nada.

Também há quem garanta que o fato não vai afetar em nada o bom investimento que a entidade de São Bernardo canaliza para o esporte, especialmente o handebol campeão.

Que justiça seja feita! Se a Metodista for devedora e estiver mesmo na UTI, que pague. Se não for, que seja respeitada. E que não abandone o esporte.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tico, mais uma vítima da violência

O corpo sempre foi avantajado. Hoje, com o peso de 56 anos de idade, mais ainda. Fortão, um guarda-roupa. Inteligente, conciliador, justo. Fala mansa e muita atenção antes de se manifestar. Violência zero.

Segunda-feira à tarde. Diante da EMEIF Professor Darcy Chagas, Rua Tanganica, Parque Novo Oratório, Santo André. Violência mil.

Fox preto, Peugeot verde, suposta tentativa de assalto, hipotética reação ou fuga. Atiradores disparam. Um professor de Educação Física é atingido quando chega ao trabalho. Segurança zero!

Tiros na região das costelas. Pulmão perfurado, bala alojada, cirurgia salvadora, UTI do Hospital e Maternidade Assunção, em São Bernardo, até onde Carlos Eduardo Santos Motta ainda foi dirigindo o Fox. Coragem, loucura ou pura necessidade? Por que tão longe?

Ex-atleta da Pirelli imbatível, campeão pan e sul-americano, ícone do judô nacional na década de 70, Tico também ganhou a Copa Latina e foi à Olimpíada de Montreal (Canadá), em 76, além de disputar vários mundiais.

Títulos estaduais e nacionais, então, nem se fala. No tatame, quantos koshiguruma, uchi-mata, o-uchi-gari, tomae-nague, kata-gatame. Na pontuação, sobravam ippons, wazaris, yukos, kokas...

Conquistas,golpes, pontos, medalhas... Hoje, talvez nada disso tenha tanta importância para o nosso campeão.

A essência está na vida de mais uma vítima de uma violência que campeia sem fronteiras. E os nossos nobres governantes insistem no exercício de roubar descaradamente ou desperdiçar...

A beleza do mundo de Tico está na arte de formar cidadãos e fazer amigos. Isso sim ninguém rouba e não tem preço. Uma palavra de apoio, um abraço verdadeiro, um beijo de irmão, uma cumplicidade de amigo.

Assim é o Tico. Ele não precisa ser perfeito. Seu estado é estável, mas o eterno campeão ainda corre riscos. Por isso ainda estava na UTI hoje à noite.

Orações não lhe faltam. Amigos não lhe faltam. Carinhos não lhe faltam. Porque grandeza não lhe falta!!! Tico é merecedor.

Que todos os deuses dos tatames o protejam! Que em breve os dojôs da vida o recebam de braços abertos, com olhar carinhoso e sorriso permanente.

Que a generosidade de Carlos Eduardo se some à firmeza de Tico, nosso eterno campeão, na luta mais difícil de uma linda história dedicada ao próximo e ao esporte. Força, AMIGO! Ippon neles!

Decreto revogado? Por que?

Há cerca de um mês, sob o título "Parques:responsabilidade de todos", comentei o Decreto 16.170, de 20 de maio de 2011.

Texto sobre ato aprovado pelo prefeito Aidan Ravin tecia considerações gerais e alertava para a importância de se estabelecerem e se cumprirem regras claras para a utilização dos parques de Santo André.

Comentário cobrava a participação da administração municipal e da população em geral. Afinal, todos nós temos responsabilidades no zelo pelo bem público.

Também abria os olhos para falhas do decreto e não garantia sucesso na empreitada. Mas clamava por um voto de confiança dos usuários.

Pois bem! Na semana passada, ao ver cachorros, ambulantes e pescadores à vontade no Parque Central, questionei os agentes públicos em serviço sobre o tal decreto.

Um respondeu que o decreto foi revogado devido às reclamações dos usuários e à impossibilidade de fiscalização. Outro disse que não tinha certeza da revogação, mas achava que sim.

Nota-se, portanto, que foi mais uma lambança da administração. Mais uma precipitação. Ali, ninguém comunica, ninguém orienta, ninguém fiscaliza como deveria.

Que desculpa será que a Prefeitura vai dar? Tentou acertar, mas falhou. Errou antes ou errou agora? O que será que a SOSP -- Secretaria de Obras e Serviços Públicos -- tem a dizer? Se é que tem!

O que vai justificar por meio do senhor Alberto Casalinho, o mesmo que não parece muito disposto a ver esclarecido o assalto ocorrido no estacionamento da secretaria. Será que alguém tem culpa no Cartório?

Vão jogar a respnsabilidade exclusivamente no DPAV -- Departamento de Parques e Áreas Verdes --diretoria da SOSP, ou em outro setor da Municipalidade? A Guarda Civil Municipal? Quem sabe?

Prefeitão precisa tomar mais cuidado com o que endossa e assina. Se não tem condições de fiscalizar e fazer cumprir, não adianta assinar decreto nenhum.

O que parecia um alento, soa como mais uma trapalhada de quem capricha em executar tudo pela metade. Literalmente, nas coxas, sem consistência e sem medir consequências além da ponta do nariz. Que pena!

domingo, 31 de julho de 2011

Enfim, Ramalhão vence

Que bom! Enfim, o Santo André conseguiu a primeira vitória na Série C do Campeonato Brasileiro. A vítima foi o Caxias.

Bem que eu queria ter ido ao gélido Bruno Daniel e me juntar aos 448 pagantes, mas na hora H pulei fora.

Fugi da chuva e do frio. Preferi a comodidade da TV. Assisti às derrotas de Corinthians e São Paulo.

Na estréia do técnico Rotta, quem viu disse que o time jogou pro gasto. Nada de excepcional. O mais importante, no entanto, foi vencer e sair da lanterna do Grupo D.

Pelo menos serve de alento. Psicologicamente, motiva e faz diferença. Agora a equipe pode respirar e manter o sonho de classificação, já que está a apenas um ponto dos líderes.

No final de semana, o Ramalhão viaja até Joinville e o Brasil recebe o Caxias. A líder Chapecoense, que hoje perdeu em Joinville, folga.

AZULÃO SÓ EMPATA. DE NOVO!

De novo! Ontem, na Vila Belmiro, pela Série B, o instável São Caetano voltou a ceder o empate depois de fazer 1 a 0 no Paraná.

O Azulão não jogou mal, mas mantém a triste sina de não conseguir manter a vantagem e agora está em 16º lugar com apenas 16 pontos ganhos em 14 jogos -- três vitórias, sete empates e quatro derrotas.

Pior é que o time de Vadão não passa segurança. Está a apenas um ponto da zona de rebaixamento e a sete do grupo de acesso. Portuguesa (30), Ponte Preta (26), Paraná (24) e Náutico (23) são os líderes.

No degrau de degola estão, pela ordem, Guarani (15 pontos ganhos), Bragantino (15), Salgueiro (13) e o lanterna Duque de Caxias (4).

Nesta terça-feira, fora de casa, o Azulão enfrenta o Guarani. É reagir ou contratar uma junta de psicólogos.

Deu São Bernardo! Com méritos

São Bernardo reuniu méritos indiscutíveis para superar a hegemonia de 12 anos de São Caetano e ficar com o título da 55ª edição dos Jogos Regionais/1ª Região, encerrados ontem em Santo André.

Com a fragilização de São Caetano após o corte de investimento, São Bernardo se aproveitou e totalizou 346 pontos, contra 318 do ano passado no Guarujá, quando ficou em terceiro.

Santos ficou em segundo com 332, contra 327 de 2010, quando foi vice-campeã. São Caetano ficou em terceiro com 277 pontos, 102 a menos do que no ano passado, quando foi campeã.

Santo André também se deu bem na redistribuição da pontuação de São Caetano. No Guarujá, decepcionou com 174 pontos e o sétimo lugar. É bom lembrar que, se não fosse sede, como rebaixada, deveria disputar a Segunda Divisão.

Em casa, Santo André foi bem melhor na classificação e na pontuação: somou 246 pontos e ficou em quarto lugar, como em 2009, quando também foi anfitriã.

Na sequência da classificação da Primeira Divisão, Osasco fez 218, Praia Grande 206, Cubatão 148, Guarujá 141 e São Vicente 104. As três últimas caem, mas Cubatão alega que Santo André deveria estar na Segunda.

Quem sobe para a elite em 2012 é Ribeirão Pires, campeã da Segunda com 214,5 pontos. Em 2010 Ribeirão Pires ficou em quarto com 169. Portanto, uma bela evolução. Mas precisa se reforçar e melhorar nas modalidades coletivas.

Em segundo ficou Mongaguá com 185 -- também sobe -- e em terceiro Embu das Artes com 150. Mauá ficou quarto, também com 150, três a menos do que em 2010, quando terminou em sétimo. Melhor classificação não significa mais pontuação. Quase não saiu do lugar.

Cotia terminou em quinto com 136 pontos, 11 a mais que Diadema, de quem se esperava mais. Em 2010 Diadema disputou a Primeira, só fez 79 pontos (8º) e foi rebaixada. Está na descendente.

A sétima representante do Grande ABC, Rio Grande da Serra, fez 7 pontos e terminou em 19º lugar. No Guarujá, RGS fez apenas um ponto e terminou em 21º. Ainda engatinha.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Rotta está de volta. Precisa de sorte!

O ex-artilheiro Sandro Gaúcho foi demitido para dar lugar ao ex-meio-campista Rotta no comando do Santo André, lanterna do Grupo D da Série C do Campeonato Brasileiro.

Rotta fez sucesso como jogador na década de 80, ao lado de Élcio e Arnaldinho. Foi técnico do Ramalhão em 2003 e 2007. Agora retorna ao antigo ninho sonhando levar o clube de volta à Série B, mas deve se dar por contente se conseguir evitar mais um rebaixamento.

O time é limitado, já perdeu dois jogos e tem adversários reconhecidamente difíceis de serem batidos, principalmente quando jogam em casa. Rotta é trabalhador, mas não é milagreiro. Vai precisar de sorte!

Domingo o Santo André recebe o Caxias. Se ganhar, pode pensar mais seriamente na classificação à próxima fase. Se empatar ou perder, pode colocar as barbas de molho porque a coisa vai ficar ainda mais preta.

A situação financeira não é boa, mas bem que o Saged -- Santo André Gestão Empresarial e Desportiva -- poderia dar um jeito. Com dois ou três reforços de peso, Rotta teria maiores possibilidades de fazer sucesso. Com está, sei não...

São Caetano e o medo de ganhar

Não é possível! De novo? O São Caetano vencia o forte ABC, em Natal, por 2 a 0 e acabou cedendo o empate. E olha que poderia até ter perdido. Sempre exposto, desnecessariamente, Luiz fez grandes defesas.

A exclamação -- com cheiro de decepção -- faz sentido, já que ultimamente o Azulão tem feito de maus resultados uma rotina perigosa para quem sonha com o céu mas está tão próximo do G-4 do mal, mais conhecido com inferno do rebaixamento.

Tem bom time, tem elenco forte e tem técnico com currículo respeitável, com amplas possibilidades de levar o clube de volta à elite nacional. Mas patina, patina e não sai do atoleiro. Perde tanto ponto ganho quanto o centroavante perna-de-pau perde gol feito.

O centroavante Nunes, mais falastrão e reclamão do que artilheiro, porém útil como referência ofensiva, provoca o grupo e garante que o time não tem ambição de vitória. Ontem, teve tanta ambição desnecessária e desmedida que quase perdeu. Foi burro. Faltou inteligência competitiva.

O companheiro Daniel Lima, a quem devoto muito respeito e igual gratidão, afirma que o São Caetano não sabe ganhar. Não sem razão, justifica que com 2 a 0, fora, o técnico Vadão poderia tomar mais cuidados defensivos.

Ouso entender que o problema é muito mais de competência emocional do que técnica. Comparação com o nosso vôlei feminino não seria nenhuma afronta. Perder um set na final pode levar à perda do título.

Também ouso garantir que nem sempre a frase " o medo de perder tira a vontade de ganhar" está totalmente correta. No caso, deve ser questionada.

Azulão tem amarelado. Calma! Explico: não joga mal, mas parece estar com medo de ganhar. Não sabe lidar com o placar favorável.

Tem sido um mau administrador. Despreza o pensar, a inteligência, antes de agir. A frase poderia ser: o medo de ganhar reduz drasticamente a chance de vencer.

Sugestão: que a diretoria do São Caetano traga a competente psicóloga Susy Fleury para uma palestra capaz de mexer com os brios dos pupilos de Vadão. Quem sabe a amiga de Vanderlei Luxemburgo não dê jeito?

São Bernardo e Ribeirão Pires na ponta

Conforme o boletim 7 da organização,divulgado ontem, São Bernardo e Ribeirão Pires são os líderes da 55ª edição dos Jogos Regionais da 1ª Região, que estão sendo disputaos em Santo André, São Caetano, São Bernardo e Mauá.

Com 179 pontos, São Bernardo livra 18 pontos de Santos, uma das mais cotadas para ganhar o título da Primeira Divisão. São Caetano aparece em terceiro com 143 pontos, contra 132 de Osasco (tem mais primeiros lugares) e Santo André.

A sexta colocação está com Praia Grande com 103 pontos, contra 74 de Cubatão, 66 do Guarujá e apenas 45 de São Vicente.

São Bernardo e Santos devem disputar o primeiro lugar na classificação geral até o último dia da competição, enquanto que a briga pelo quarto lugar fica entre Santo André e Osasco.

Pelo andar da carruagem, Santo André deve mesmo repetir 2009, quando também foi anfitriã e ficou em quarto lugar.

Na Segunda Divisão, Ribeirão Pires é uma gratíssima surpresa e tem tudo para ascender à elite. Está em primeiro com 123 pontos, contra 87 de Barueri e 76 de Mongaguá. Mauá está em quarto com 69 e Diadema em oitavo com 44.

Pena que nossos ginásios, pistas, piscinas e campos continuem lotados apenas de atletas e alguns familiares. Nenhuma surpresa!

domingo, 24 de julho de 2011

Santos lidera Regionais

Após quatro dias de competições, Santos confirma tendência e já aparece como líder da 55ª edição dos Jogos Regionais da 1ª Região, que está sendo disputada em Santo André, São Caetano, São Bernardo e Mauá.

Conforme contagem de hoje à tarde, a cidade do Litoral tem 50 pontos, contra 45 de São Bernardo e São Caetano. Tudo dentro do previsto.

Osasco aparece em quarto lugar com 39 pontos, um a mais que Praia Grande e quatro a mais que Santo André, sexta colocada. Tudo conforme previsto.
Cubatão tem 17 e São Vicente apenas 6.

Na Segunda Divisão, liderança para Ribeirão Pires com 27 pontos. Barueri está em segundo com 21 pontos, mesma soma de Mauá. Taboão da Serra vem em quarto com 17 e Mongaguá em quinto com 13. Diadema está em sexto com 10. Tudo dentro da lógica.

SANTO ANDRÉ: DERROTA PERIGOSA

Santo André viajou mais de mil quilômetros -- só de ida -- para perder de 3 a 0 da Chapecoense, hoje à tarde em Santa Catarina.

Segunda derrota consecutiva na Série C do Brasileirão já liga o sinal de alerta. Perigo à vista. O fantasma de novo rebaixamento volta a rondar a casa do Ramalhão.

CORINTHIANS: DERROTA MERECIDA

A derrota do até então invicto Corinthians para o pragmático Cruzeiro foi justa. O time de Joel Santana marcou com sabedoria, anulou peças chaves de Tite, fez inúmeras faltas e especulou em contragolpes.

O Corinthians dominou mas não soube fugir da marcação e ainda perdeu três ou quatro boas oportunidades de gol. Lidson fez falta.

O Corínthians até construiu, mas para concluir não mostrou a competência que o adversário teve para destruir. Melhor perder agora. E olha que o juizão não deu um pênalti do bom estreante Ramon.

URUGUAI: VITÓRIA MERECIDA

Com méritos indiscutíveis, o Uruguai derrotou o Paraguai por 3 a 0, hoje em Buenos Aires, e ficou com o título da Copa América.

Enquanto Brasil e Argentina ficaram pelo caminho, o Uruguai de Forlan, Lugano e Suarez mostrou a costumeira aplicação defensiva e em momento algum abdicou do ataque ou do contra-ataque. A armadilha estava pronta para o terceiro gol.

Sem dúvida, um time em que todos jogam e se entregam por todos. Limitado, não ruim, mas guerreiro. Bem diferente dos brilhos individuais de brasileiros que se acham acima do bem e do mal.

sábado, 23 de julho de 2011

Vôlei "sub-40" do Palmeiras? É o fim da picada!

Com toda sinceridade, não vai aqui qualquer sentido de chacota em relação a jogadores veteranos, independentemente da modalidade esportiva.

Porém, o vôlei masculino de Santo André disputar os Jogos Regionais representado pelo "Sub-40" do Palmeiras é o fim da picada.

Os veteranos contratados pelo diretor de Esportes de Santo André podem até chegar ao título -- tomara mesmo! --, mas não faz sentido. Não tem cabimento! É mais uma afronta à bela história esportiva da cidade.

Como será que estão se sentindo ex-ícones do vôlei mundial como os capitães Moreno e William, que sempre deram o sangue e honraram as cores de Santo André e do Brasil como poucos? Devem ver o ginásio vazio e sonhar com arquibancadas lotadas. Bons tempos!

Com certeza, os veteranos palmeirenses mal sabem onde fica o Complexo Dell'Antonia de tantas conquistas. Assim como não sabiam nem o grito de guerra no jogo de estreia. Será que sabem o nome do prefeito? Mas eles não tem culpa de nada. São convidados.

Foram chamados às pressas porque, pouco antes do encerramento das inscrições aos Regionais, Santo André ainda não tinha time nem patrocínio.

Por falta de sensibilidade, humildade, competência e planejamento, o diretor ausente pediu socorro. Apenas pra fazer número e dar uma satisfação, sem consistência. Justificativa? Falta de verba.

Logo após o acerto com o "Sub-40", apareceram os patrocínios salvadores e o time, menos amador e mais profissional, foi montado às pressas pelo técnico Marcelo Madeira.

Só que os veteranos verdes do técnico Eduardo Tormar, o Duzão, já estavam entrosados e inscritos, enquanto que os de Marcelo Madeira, não. Saia justa, lógico!

Moral de história: os meninos de Madeira treinam para ganhar conjunto, disputar a Liga Nacional e tentar uma vaga na Superliga. Já os respeitáveis "velhinhos" do Duzão representam nosso vôlei nos Jogos Regionais.

Pois é, William, meu eterno "capita", quem diria? Toda história maravilhosa que você e seus inúmeros companheiros escreveram é jogada às traças, num canto qualquer, de uma prefeitura qualquer, por um dirigente qualquer.

Ainda bem que quem os viu jogar com tanto amor à camisa jamais se esquecerá de reverenciá-los, de respeitá-los eternamente.