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domingo, 29 de maio de 2011

Encurralado, o Poder se coça

Tomara não seja necessário bater na madeira três vezes. Tomara o elogio não soe como precipitação momentânea de alguém meio chato, mas justo por natureza.

Mas parece que, finalmente, o esporte andreense começa a ser encarado com o mínimo de respeito. Encurralados, os homens da administração municipal se coçaram e responderam.

Não sem tempo, o prefeito Aidan Ravin dá mostras de que pode ser útil para alavancar projetos, programas e patrocínios.

Ao lado do supersecretário Nilson Bonome, agora o prefeitão tem vindo a público com constância. Tem dado a cara a tapa. Embora nem sempre com respostas convincentes.

Pessoas próximas do poder dizem que Aidan, mesmo sem intimidade com o esporte -- exceção ao nosso Corinthians -- tem usado seu peso como chefe do Executivo.

Prefeitão tem sido essencial nos contatos com o Governo Estadual e com empresários dispostos a configurar parcerias que alavanquem e salvem um esporte relegado a plano secundário.

Com interferência e "acertos" do Poder Público -- leia-se, Bonome --, a chegada de pelo menos três patrocinadores significa que o vôlei masculino vai sobreviver. Ainda não vai ser campeão de nada, mas não vai morrer.

Já o basquete da Laís, campeão nacional e agora estadual, tem o apoio do Semasa e está por anunciar, segundo o próprio Aidan, a parceria com a Construtora Gafisa. Semasa poderia apoiar o handebol.

Prefeitura também está a divulgar conversação com o Governo Estadual para a implantação de dois centros de excelência, de ginástica artística e natação paraolímpica. É esperar pra ver.

Intenção não é efetivação. Mas é sempre bom saber que o Poder, quando questionado e pressionado, se vê na obrigação de dar uma satisfação ao cidadão comum.


NOVA CONCEPÇÃO. E ATITUDE?

Prefeitura também anunciou durante a última semana mudança de concepção na Guarda Civil Municipal, excluindo a ROMU e privilegiando patrulhamento em escolas. Até aí, pouco a contestar. Mas é imprescindível enxergar a cidade como um todo.

Contratação de mais guardas, compra e mudança de cor de veículos, além investimento em infra-estrutura, igualmente fazem parte do pacote.

Tudo isso é importante para que o cidadão andreense tenha o mínimo de segurança. Só que nada disso terá valor efetivo se a atitude do funcionário público -- ou de quem os comanda -- não for alterada. Capacitar, motivar, liderar e cobrar.

Insisto no exemplo do que vejo nos parques da cidade. Sei que GCM não é policial. Nem pode se arvorar de xerife à caça de bandidos. No entanto, alguns deles poderiam ao menos sair da toca.

Salvo raríssimas exceções, o que acompanho bem de perto no Parque Central é uma afronta ao cidadão pagador de impostos. Não vou repetir o que acontece toda hora.Via blog, já convidei o prefeitão para dar um passeio no parque, de surpresa. Sem resultado.

Ao menos Aidan Ravin poderia chamar o secretário de Segurança e o chefe da GCM para uma conversa séria. A não ser que todos entendam que furtos de bicicleta, passeio de motos em alta velocidade na ciclovia, tráfico e consumo de drogas sejam fatos corriqueiros, normais.

Isso sem falar em carros roubados no entorno ou no estacionamento, bem às barbas de quem deveria zelar ou ao menos acionar a PM, que, por sinal tem aparecido por ali com constância.

Não me surpreenderia se os "chefes" concluíssem que os guardas civis são os únicos culpados. Afinal, estamos numa terra chamada Brasil.

Fico indignado! Custa capacitar e aumentar o efetivo local? Custa tomar providência para que o nosso potencial cartão postal não vire terra de ninguém? Não bastam a falta de comunicação, orientação, fiscalização e punição?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um título para Laís, a Grande

São 20h e 28min do dia 25 de maio de 2011. Se eu fosse a Laís, anunciaria agora o fim de uma carreira excepcional como técnica de basquete. Uma conquista para Laís. Então, pare Laís.

Se há alguém que mereça com louvor o título conquistado com a vitória de agora há pouco em Americana, esse alguém se chama Laís Elena Aranha. Todas são importantes, mas só foram tão grandes porque comandadas por ela e por Arilza.

Laís é um dos ícones do esporte nacional. É sinônimo de Santo André, sinônimo de Pirelli, de Lacta, de Arcor, de Polty. É sinônimo de esporte, de basquete.

Também pode ser chamada de armadora, ala, pivô, defesa, ataque, trabalho, dedicação, abnegação, persistência, humildade... esperança. E competência, muita competência no que faz.

Até quando briga pelo seu basquete, pelas suas meninas e por investimentos dignos numa cidade que já não respeita o esporte como antigamente. Só que, diferente de muitos, ela nunca deu as costas para a sua Santo André.

Sabem por que Laís merece tal reconhecimento? Porque faz tudo com prazer, com amor incomum. É muito mais coração do que razão. Por isso jamais abriu mão de um time batalhador do começo ao fim. De um time que se supera a partir do poder do suor, da luta infinita.

Trazida pelas mãos do saudoso Paulo Albano, Laís chegou em 64 como jogadora da Pirelli. Passou pela Seleção Brasileira e virou técnica das equipes de base da mesma Pirelli em 78.

É bicampeã nacional e depois de 16 anos volta a triunfar no Paulista. A vitória de 71a 65 sobre Americana vem coroar uma carreira brilhante. Sobram méritos pra quem sempre fez do basquete uma devoção.

Laís já anunciou a aposentadoria para o fim de ano. Mas, se a conheço bem, já deve estar de olho nas medalhas de ouro nos Regionais e Abertos.

Porém, poderia passar o bastão para sua fiel escudeira, Arilza, amanhã, logo de manhã, diante do prefeito e das meninas campeãs.

Seria a coroação, o reconhecimento a quem para por cima, como campeã estadual e nacional. Pense bem, "Gorda". Já que você gosta tanto de futebol, faça como o Pelé. Quem sabe como supervisora?

Nem precisa abandonar as quadras. Mesmo porque, elas ficariam silenciosas, vazias sem você, sem sua voz rouca, sem seus gritos, suas duras, suas reclamações, suas lágrimas e até mesmo alguns palavrões. As quadras ficariam muito sem graça sem você e sua família.

Sobre o jogo que quebrou um jejum de 16 anos? Melhor deixar pra lá e apenas resumir. Foi equilibrado no primeiro tempo. Venceu quem foi superior no segundo e mereceu. Santo André teve mais competência técnica, tática, física e emocional. Foi coração e defendeu com galhardia do começo ao fim. Bem ao estilo da guerreira Laís, a Grande.

Que no futuro o nobre sentimento de gratidão não seja ignorado quando se pronunciar o nome de Laís Elena Aranha, protagonista de uma linda história de amor ao basquete, de amor ao esporte, de amor à vida.

E o vôlei campeão sobrevive!

Embora contra a vontade de muita gente sem história, sem comprometimento e sem vínculo com o esporte, o vôlei de Santo André sobrevive.

Apesar de alguns dirigentes que primam pela inapetência e pela incompetência diretiva, o vôlei de Santo André sobrevive.

Valeu a pressão do cidadão comum, dos amantes do esporte e até mesmo de políticos mais interessados em votos nas próximas eleições.

Valeu a solidez da posição do supersecretário Nilson Bonome, o homem forte da administração Aidan Ravin. Garantiu e cumpriu.

Bonome, o mesmo que bateu de frente com o diretor de Esportes, Almir Padalino,foi intermediário e conseguiu três patrocinadores importantes para ajudar a Prefeitura a bancar o vôlei masculino até maio de 2012.

Lógico que o "acerto" com Marabraz, Santa Helena e Fratta vai além do vôlei. Rede de lojas de móveis, grupo do setor médico e construtora terão suas vantagens junto ao Poder Público. Nada é de graça nesse meio.

Mas a Spread, patrocinadora da última temporada, deve ficar de fora. Pessoal está bravo com o desrespeito do diretor de Esportes, que teria prejudicado da imagem da empresa ao anunciar a extinção da modalidade antes do término do contrato, em julho.

Só não imaginem que R$ 520 mil vão fazer milagre. Quinto lugar na Superliga, no final do ano -- depende de classificação -- seria como ganhar o Mundial. Oitavo estará de bom tamanho.

Antes, porém, temos Jogos Regionais -- com time meia-boca --, Paulista e Jogos Abertos. Marcelo Madeira, competente e protagonista nos sacrifícios dos últimos anos, vai assumir a tarefa.

É bom não esquecer das escolinhas e das categorias de base que darão motivação e sustentação a longo prazo.

É bom não esquecer que o vôlei está salvo momentaneamente, mas o esporte depende de mais trabalho, mais respeito e mais investimento.

Orçamento inferior a R$ 2 milhões por ano para Esporte e Lazer é pífio. Dizem que a parte do Esporte beira R$ 1,3 milhão. Ridículo! Ninguém faz milagre! Nem mesmo profissionais competentes.

Ao invés de aumentar o investimento, Aidan Ravin reduziu. Respeito é bom, prefeitão, e você não é burro. Pelo contrário. Então, mãos à obra. O cidadão andreense está de olho.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Azulão no 4-3-1-2?

A estréia do São Caetano na Série B do Campeonato Brasileiro não pode ser considerada ótima nem ruim. Foi boa. Apenas.

Embora tenha mais time que o debutante Salgueiro, o empate de 1 a 1 na Grande Recife foi justo. Um ponto que deve ser contabilizado como positivo.

Jogo fora de casa, contra um time que não é bobo, nunca é fácil. O Salgueiro chegou junto e mostrou técnica limitada. Mas não poupou aplicação defensiva e velocidade nos contraataques.

O São Caetano foi melhor, teve mais, organização, domínio e posse de bola, mas pecou na criatividade e na restrita gama de opções ofensivas.

Se no final do ano passado e no Paulista a equipe privilegiou o 3-5-2 (três zagueiros, três meio-campistas com dois alas e dois atacantes), na apresentação de sexta-feira foi diferente.

Embora meu amigo Daniel -- com as devidas explicações sobre variantes e poscionamentos -- veja o time no tradicional 4-4-2 ( quatro zagueiros em linha, três volantes mais um meia de ligação e dois atacantes) prefiro definir o esquema como 4-3-1-2.

A linha formada por dois zagueiros internos( Eli Sabiá e Tiago Martinelli invertidos, por sinal, como escreve Daniel) e dois laterais sem tanta liberdade ofensiva é clara. Primeiro defender!

Porém, vejo problema na formação do meio-campo. Sei que ainda é cedo e o técnico Márcio Goiano não é bobo. Mas, sinceramente, jogar com três volantes de ofício,em linha, compacta o setor defensivo mas restringe o criativo.É necessário treinar muito.

Não importa se mais ou menos marcadores ou apoiadores. Os três -- Augusto Recife, Ricardo Conceição e Souza -- são no máximo primeiro e segundo volantes que sabem tocar.

Souza, ex-Palmeiras, pode até conduzir e chegar um pouco mais, mas não arma, tem errado passes fáceis e finalizado sem pontaria. Também precisa jogar mais pro grupo e enxergar companheiros bem posicionados.

Moral da história: sem boas jogadas ofensivas dos laterais, sem chegadas de surpresa, sem triangulações pelas beiradas do campo e com a armação/interligação limitada ao bom Ailton, vai ficar difícil fazer tantos gols e chancelar o selo de time ofensivo.

Mesmo sem rigidez espartana na opção tática -- afinal, cada jogo é a uma história -- entendo que deveria prevalecer o quadrado de meio-campo. Quadrado mesmo, "de quatro vértices", com um meia de cada lado para facilitar o jogo curto, de aproximação vertical e infiltração. Sem essa de 3 + 1!

Ah, também não gostei da dupla Antonio Flávio-Nunes. Prefiro o Eduardo, autor do gol, ao Nunes, que já deu o que tinha de dar. Tanto que o time melhorou com as trocas de Márcio Goiano.

Se o Azulão vai ficar entre os quatro que sobem após 38 rodadas? Muito cedo! Com 10 rodadas fica mais fácil ver quem tem garrafa velha pra vender. Dificilmente deixaremos de disputar uma das vagas. Só se o vacilo for enorme.

O título e as meninas da Laís

As meninas da Laís têm plenas condições de conquistar o título do Campeonato Paulista amanhã à noite em Americana.

Depois de fazerem 2 a 0 no playoff final, com uma vitória no Interior e outra aqui, as feras dormiram campeãs e acordaram com um 75 a 47 humilhante nas costas. Pior: diante de uma boa torcida, pronta para gritar "é campeã".

Pra ser sincero, não jogaram nada. Perderam contragolpes e passes primários. Se empolgaram, perderam a concentração e se esqueceram de jogar.

Laís Elena repete o surrado e correto discurso de atitude e marcação opressiva, exatamente o que faltou no jogo de domingo.

Por isso acredito que amanhã deve ser diferente. Basta jogar basquete de gente grande! Ao contrário do ano passado, agora o ligeiro favoritismo é de Santo André.

Mesmo com apoio da torcida, Americana joga pressionada pela necessidade de ganhar e forçar a decisão na quinta partida se quiser ser bi. Santo André pode se aproveitar do fator emocional. Nervos estarão à flor da pele.

No banco de reservas, dois grandes treinadores. Laís e Zanon sabem tudo de basquete e merecem estar na decisão de um campeonato de apenas cinco times. Por isso pautado pelo fracasso. Tudo para o calendário se adequar e beneficiar a Seleção Brasileira, dizem.

O importante é que alguém entrará para a história como campeão. Que o título fique com as quatro de Santo André convocadas para a Seleção Brasileira.

Simone (lesionada e fora do campeonato), Micaela, Nádia e Jaqueline vão medir forças com Carina, Clarissa, Fernanda e Babi. Andreenses têm mais peso.

Vence quem defender mais e tiver mais competência emocional. Torcida não ganha jogo sozinha.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Esporte, muito além do vôlei (II)

Finalmente, o prefeito Aidan Ravin vem a público, por meio do Diario do Grande ABC, e tenta esclarecer a situação do vôlei masculino de Santo André. Frases do prefeito:

"Para você ter um time competitivo de vôlei, tem de ser um investimento grande. A Prefeitura não tem como assumir um investimento desse. Temos de investir em times de base, não no profissional, porque o dinheiro é pesado".

"Por enquanto continua. Não tem como competir com outros estados que firmaram parcerias com multinacionais. Se não achar patrocinador, temos como arcar somente com time mais simples".

"Não posso empenhar uma verba de R$ 2 milhões se eu só tenho R$ 200 mil".

Frases do supersecretário Nilson Bonome na audiência pública de segunda-feira na Câmara Municipal, quando o diretor de Esportes, Almir Padalino, tentava, sem sucesso, justificar a anunciada extinção do vôlei:

"Vamos esquecer o passado e nos preocupar com o presente. Não adianta ficar culpando as pessoas que por aqui passaram. É preciso resolver o problema".

"O time terá a mesma verba da última temporada. Mesmo sem apoio da iniciativa privada ( e a Spread?), a Prefeitura vai bancar esta despesa. Mas o vôlei não irá acabar".

Aparentemente, prefeitão e braço-direito entram em rota de colizão. Tanto que a manchete de página do DGABC estampa: Aidan não fala a mesma língua de Bonome e defende Padalino.

Isso não importa! O que realmente interessa é quem defenda o esporte em vez de ignorá-lo ou considerá-lo de segunda linha.

Aidan não fala em extinção; fala em redução de investimento público, em time ainda mais limitado. Não está totalmente errado quando alega que o investimento tem de ser grande. Mas isso não é novidade pra ninguém. Alguém disse que precisamos disputar títulos?

Prefeito cita investimento na base, mas peca quando sugere o fim do vôlei "profissional". O vôlei é caro, sim senhor! Não dá para o Poder Público bancar sozinho. Sem parceria privada, esquece! Apenas um time meia-boca. Mas ao menos um time que represente a cidade com dignidade.

Um vôlei de ponta, pra ser campeão ou vice da Superliga ou do Campeonato Paulista, não custa menos que R$ 2 milhões por ano.

Valor praticamente equivale à verba total do Departamento de Esportes de Santo André nos últimos anos. Orçamento pífio, por sinal, já que fica bem próximo de insignificante 0,1% do total de um município de 680 mil habitantes e tido como um dos mais importantes do País.

A chiadeira está focada no vôlei, mas a indignação deve ser pelo descaso com o esporte como um todo. Mesmo que prioridades devam ser respeitadas, o descaso dos homens públicos com o esporte vem de longa data.

Ninguém está aqui para exigir que o prefeito tire da saúde, da educação, da segurança, da inclusão social, da habitação, ou do próprio bolso, para por no esporte, que, por sinal, é ferramenta de todos os segmentos citados.

Porém, daí a encarar o esporte como prioridade "85" vai uma distância lunática. Poderes executivo e legislativo brincam com coisa séria; ignoram a importância do esporte.

Difícil acreditar que na discussão da peça orçamentária nenhuma voz se levante para exigir mais investimento e mais respeito ao esporte e ao lazer em todas as suas valências.

Incrível, mas parece que ninguém do alto escalão ou do baixo clero andreense fica indignado com o tratamento dedicado (?) a um esporte que já nos deu tantas glórias. A maioria dos homens públicos só sabe reclamar e priorizar apenas o que lhes interessa.

Duvido que um dia o prefeitão tenha dado a cara a tapa para tentar um patrocínio mais interessante. Semasa não vale! É autarquia municipal. Poderia pelo menos usar sua influência e se empenhar. Tem peso! Será que tem peito?

Duvido que o sempre ausente secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo tenha movido uma palha para ajudar seu diretor de Esportes a alavancar parcerias mais consistentes.

É mais fácil jogá-lo na arena, como segunda-feira na Câmara Municipal, para dar explicações sobre a anunciada extinção do vôlei.

Câmara Municipal também não faz nada. Lei de incentivo ao esporte -- com isenção fiscal -- parece um bicho-de-sete-cabeças. É mais fácil legislar em causa própria ou para beneficiar amigos.

No alto rendimento, a exceção andreense é o basquete feminino, campeão nacional e prestes a conquistar o título estadual. O investimento do Semasa é pequeno, mas ajuda muito.

Laís, Arilza e cia, inclusive familiares de atletas, fazem das tripas coração para bancar escolinhas, base e competitivo. O masculino, tão caro quanto o vôlei, está fora das principais competições.

O handebol também não tem patrocínio e por pouco não ficou novamente fora da Liga Nacional. Até as jogadoras se mobilizaram para arrumar transporte e disputar a competição.

A natação, obviamente, não nada de braçadas.Quando revela e lapida verdadeiras pedras preciosas, as perde para vizinhos ricos como São Caetano e São Bernardo. O mesmo acontece com o judô. Laís, Audrey, Piazza, Gil e cia fazem milagre há muito tempo. Assim como o Madeira cansou de fazer com o vôlei.

E aí o prefeito fala em investimento na base! Primeiro que fala mas faz pouco. Mostre os números reais, caro prefeito! Como seus antecessores, investe o mínimo na base, nos eventos, na educação física e no lazer. Salvo raríssimas exceções, não somos campeões de nada nas categorias de formação.

Sem investimento, pessoas certas e trabalho sério, com política pública a longo prazo, nada feito. Só conversa fiada para justificar falta de sensibilidade e respeito com as coisas do esporte.

Repito, pela enésima vez: é preciso ter mais ação, dedicação, comprometimento. Não adianta viver do brilhante passado pirelliano. A não ser que alguém tire da cartola uma grande empresa disposta a bancar 80% do alto rendimento. Aí voltaremos a ganhar tudo.

Hoje, é necessário pensar com grandeza e responsabilidade social; fazer esporte para o cidadão. A cadeia completa, mas com apenas quatro ou cinco modalidades escolhidas a dedo. Exatamente o quê o vôlei não tem há muito tempo. Há mais de uma década, dormimos no falso berço esplêndido do comodismo.

Pouco revelamos e pouco trabalhamos a iniciação. Não valorizamos nossas promessas, não encaminhamos nem cativamos nossos raros meninos de ouro para ficar e representar a cidade com o orgulho de antigamente.

Não damos o devido valor às crianças e aos importantíssimos Jogos Escolares, celeiros naturais de adolescentes sedentos por ao menos uma oportunidade de ser alguém.

Falar em falta de grana é fácil. Não vai cair do céu. Nem em forma de mensalão. Duro é convencer por que não se investe mais no esporte. Duro é engolir que se tira do esporte enquanto inserção e ascensão social mas se promovem os Jogos Regionais -- R$ 220 mil do Estado e R$ 120 do município.

Pois é... O prefeito reclama que não tem dinheiro pra bancar um time mediano, razoável, mas aceita substituir a rica São Caetano na organização dos Regionais, em julho.

Substituir não é bem o termo, já que vai dividir o evento com São Caetano e São Bernardo. Tá na cara que é uma jogada política para agradar o governador Geraldo Alckmin. Evento terá significado quase zero para a população. Mas, politicamente...

Outro detalhe que deve ter colaborado para reduzir o investimento é a reforma do Estádio Bruno Daniel. Está certo que é para o futebol, mas com sacrifício do próprio esporte?

Tomara que o momento delicado sirva para reflexão. Que Aidan use a inteligência, seja justo e olhe o esporte com mais carinho. Que tenha a grandeza de respeitar a história e a importância do esporte. Se quiser ser respeitado pelos homens do esporte.

Que Aidan tome decisões corretas, independentemente de palavras conflitantes de secretários e diretores de plantão. Que se limite a defender e olhar o esporte como direito legítimo do cidadão.

Ninguém clama por investimentos de campeões e conquistas históricas; apenas respeito, consideração.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Esporte, muito além do vôlei

Segunda-feira foi conturbada na Câmara Municipal de Santo André. Calma, pessoal!Desta vez os vereadores não tiveram espaço para expor incompetências, falar besteiras ou trocar farpas em plenário.

Audiência pública provocada por abaixo-assinado com mais de duas mil adesões para questionar o anunciado fim do vôlei masculino da cidade foi das mais concorridas.

Pra variar, o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Edson Salvo de Mello, fugiu da raia. O que não é novidade! Ele é um estranho no ninho. Não conhece o assunto, não respeita o esporte e não se expõe.

O chefe fujão mandou o diretor de Esportes, Almir Padalino, para dar a cara a tapa e tentar justificar o anunciado fim do oneroso mas tradicional vôlei masculino de tantas glórias.

Além de respostas superficiais, dizem que o diretor foi uma ponte pênsil de insegurança, um verdadeiro muro de lamentações e acusações contra administrações anteriores. Não convenceu!

Pior! Depois de uma hora e meia de blá-blá-blá, o diretor solitário -- e, dizem as más línguas, extremamente individualista, convencido e pretensioso -- foi desmentido pelo próprio supersecretário Nilson Bonome.

O homem-forte da administração Aidan Ravin falou forte e garantiu a continuidade da equipe: "Vamos esquecer o passado e no preocupar com o presente. Não adianta ficar culpando as pessoas que por aqui passaram. É preciso resolver o problema... O vôlei não vai acabar" -- afirmou Bonome.

Resolver como? Não é fácil! O esporte é caro. E palavras não são sinônimo de ação, de atitudes coerentes, de respeito, de identificação, de competência, de estrutura, de organização, de trabalho, de profissionalismo, de comprometimento, de sensibilidade, de carinho, de visão, de investimento.

Falta tudo isso ao esporte de Santo André. E não é de agora. E não apenas ao vôlei. Falta um pouco de tudo para todas as modalidades. E por culpa de todos nós. A responsabilidade principal é do poder público, mas onde está o empresariado? Onde está a sociedade?

Como disse Moreno, ex-diretor de Esportes e ex-ícone do vôlei mundial, a sociedade, que antes compartilhava e enchia ginásios, hoje está longe, insensível.

Como lembra o amigo e também ex-capitão William, outro expoente do vôlei que chegou a ser cogitado para comandar o Esporte, Santo André chegou a ceder 60% de delegações olímpicas e hoje, lamentavelmente, disputa a Segunda Divisão dos Jogos Abertos.

Está certo que a realidade é outra. Pensar nas conquistas quase sempre respaldadas pela Pirelli é inevitável. Mas reviver aquela história brilhante e sonhar com uma Santo André a respirar e se orgulhar das conquistas do esporte é utopia.

Nosso basquete feminino é exceção. Mas não tem público, não sensibiliza. Campeão nacional e perto do título paulista, o time de Laís e Arilza joga para poucos.

Isso não significa, no entanto, que nosso esporte deva ser esquecido, desrespeitado, ignorado. Querendo, dá para implantar uma política pública de esporte a longo prazo.

O problema é que achar algum político minimamente identificado e comprometido com as coisas do esporte. Como já escrevi, todos são muito semelhantes nas incompetências. Alguém confia?

sábado, 14 de maio de 2011

Basquete de Laís na final. E a torcida?

Depois de ganhar o título da Liga Nacional, o basquete feminino de Santo André -- também conhecido como basquete da Laís -- está de novo na decisão do Campeonato Paulista.

Ontem à tarde, no quase vazio Complexo Esportivo Pedro Dell'Antonia, as meninas não encontraram maiores dificuldades para superar Catanduva e chegar à melhor-de-cinco da finalíssima.

Para conquistar um título estadual que não vem desde 95, Santo André precisa superar Americana, que agora há pouco passou por Ourinhos com méritos e tenta repetir a conquista de 2010, exatamente em cima de Santo André.

Triste foi ver um time tão competente, tão certinho, tão aplicado, jogar para pouquíssimos torcedores. Nada mais do que parentes, amigos e a meninada das escolinhas de Arilza e cia.

Uma pena! E isso acontece há bom tempo. Tenho saudade da época em que o torcedor prestigiava o futebol, o vôlei, o basquete, enfim, o esporte andreense.

O basquete que as meninas da Laís tem mostrado nos últimos meses é digno de ginásio lotado. O basquete de Êga, Kátia e cia merece muito mais do que os gritos de meia duzia de componentes da Furia Andreense. Com todo respeito!

Assim como no ano passado, a final tem tudo para primar pelo equilíbrio. A começar pelo comando no banco de reservas. Laís e Zanon privilegiam sistemas defensivos, exatamente onde se iniciam contraataques sustentados que terminam em sucesso.

Só que, na minha opinião, ao contrário de 2010, hoje o ligeiro favoritismo fica com Santo André, um time mais consistente, mais organizado, mais equilibrado e com individualidades de maior peso na hora de decidir.

Se Americana tem Karina, Carla, Silvinha e Fernanda, Santo André tem Êga, Ariadna, Kátia e Micaela em excelente fase. A cubana Ariadna é excepcional. Parece o Neymar do basquete. Possessa! Indomável!

Fica a torcida para o público prestigie. Fica a sugestão para que a Prefeitura divulgue o evento à exaustão e lote o Dell'Antonia.

Autarquia da PMSA e "patrocinador" da equipe, com certeza o Semasa vai intensificar o apoio pontual e, quem sabe, renovar a parceria.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Inocência comovente

Conversa de homem. Quer dizer, de um avô cinquentão com o neto de apenas quatro anos.

-- Vô Raddi, minha mãe mandô te dá um abraço bem forte quando você me pegá aqui na minha escola.

-- Então, tá esperando o quê, já tamu no carro.

-- Então tá! Da aí um abraço de amigão do peito!

Abraço dado, nó na garganta e lágrima inevitável. Também indisfarçável.

Esperto, ligeiro, Victor percebe e não perde tempo.

-- Vô Raddi, cê tá chorano? Por que?

-- Tô! É saudade. Tô triste por causa do vô, do bisavô Valério.

-- Ele foi embora, lá pro céu, né vô?

-- Pois é, Vitão, foi!

-- Do que ele subiu pro céu?

Silêncio. Silêncio de um vô que não sabe o quê responder.

Dois ou três segundos depois...

-- Não sei! Só sei que papai do céu chamou. Chegou a hora e o bisavô Valério foi. Nem teimou. Foi sereno. Mas foi melhor assim. Ele não sofreu. Só não sei se ele foi de avião ou outra coisa.

-- Eu sei! Foi de para-queda.

-- Não, meu, para-quedas não dá!

-- Então foi de balão!

-- Pode ser. Pode ser.

-- Vô, não chora não. Não fica triste. Agora ele virô estrelinha, como o bisavô Mário.

-- É mesmo?

-- É sim! Olha... Agora ele vai virá um ovo.

-- Um ovo?

-- É! Presta atenção, vô Raddi! Depois que ele vira ovo, ele pula de para-queda e volta pra cá, pra terra.

-- Nossa, que legal!

-- Fica tudo normal. E nois vamu lá na chácara pescá tilapinha, né?

-- Tilapinha?

-- É! Tilapinha, tilapona, que nem o vô Valério. Até traíra, bem grandona, que nem o vô Valério.

-- Muito legal! Então, vamu esperá.

-- Tá bom!

Três/quatro minutos depois, no caminho da casa da Maira, a ferinha volta a fazer pergunta "fácil".

-- Vô Raddi, ainda bem que nois paramu na fera, comemu pastel e tomamu caldo de cana. Daí você esqueceu e parou de chorá, né?

-- É! Verdade!

-- Vô, você tamém vai virá estrelinha?

-- Vou. Mas quero demorá. Quero vê você crescê.

-- Mas eu não quero que você vire estrelinha, nunca. Tá bom?

De novo, silêncio e lágrima. Frutos de uma inocência comovente.

Obrigado, meu neto! Obrigado meus filhos! Obrigado meu pai! Por tudo.



P.S.: dias depois, no complemento da "conversa de homem", Victor encontrou a solução para que eu não vire estrelinha, nunca: "Vô Raddi, já sei. Vou fechar o céu". Estamos recrutando pedreiros e serventes para levantar "um muro enorme". E vamos terminar antes de sair o estádio do meu Corinthians. Alguém duvida?

domingo, 8 de maio de 2011

O rio-pardense nota 10

O rio-pardense Cléber Wellington Abade acaba de encerrar a carreira de árbitro de futebol. E, contrariando minha expectativa e meu medo, o fez de forma brilhante.

Clebinho pode até ter tido algum errinho insignificante na primeira final do Paulistão, mas merece nota 10 pela importância da partida.

Considerado chamariz de raios e tempestades, de problemas e polêmicas, desta vez ele foi quase perfeito no 0 a 0 entre Corinthians e Santos.

Do primeiro ao último minuto, Clebinho mostrou o que deveria ter mostrado durante toda a carreira, pautada por altos e baixos. Daí a desconfiança geral.

Porém, para a felicidade da comunidade rio-pardense, hoje foi diferente. Por vários motivos, todos determinantes de uma boa ou má arbitragem.

Primeiro: nosso Porto Real deixou que os holofotes focalizassem estrelas como Neymar. Não chamou as luzes, nem os raios, para si.

Segundo: não perdeu a concentração num segundo sequer. Não oscilou entre bons e
maus momentos.

Terceiro: acompanhou os lances muito de perto, com atenção, seriedade e preparo físico invejáveis.

Quarto: no quesito disciplina, foi quase impecável porque controlou o emocional dos dois times, com advertências e cartões na hora e na medida certas.

Quinto: tecnicamente, Clebinho mostrou que conhece arbitragem. Pena que nem sempre tenha aplicado tudo que sabe.

Sexto: teve critérios claros para apitar faltas para os dois times. Não ficou picando o jogo a cada dividida ou reclamação.

Sétimo: foi elogiado por técnicos e jogadores, fato raro nos dias de hoje. É mais fácil transferir responsabilidades -- né, Felipão?

Quer saber? Abade foi o homem do jogo. Pau a pau com Neymar, o possesso, o endiabrado. Imaginem se ele não estivesse cansado de tantas viagens!

Quanto ao jogo em si, foi equilibrado. Considerando-se esquemas defensivos e ofensivos, domínio, posse de bola e contudência de oportunidades, o resultado foi justo.

Melhor para o Santos, que agora decide na Vila Belmiro, com apoio da torcida. Apesar do cansaço e de pelo menos dois desfalques importantes, o time de Muricy e Neymar vive melhor momento.

O rio-pardense e a sopa pro azar

Faltam apenas oito minutos para começar a primeira final do Paulistão. Mas ainda dá tempo de ratificar opinião que tenho externado há pelo menos cinco anos.

Não tenho nada contra o cidadão Cléber Wellington Abade. Pelo contrário. Torço por ele. Afinal, somos conterrâneos. Somos rio-pardenses.

Estive ontem em São José do Rio Pardo. A cidade toda torce por seu filho, o Clebinho. Nada mais coerente para que o funcionário da Caixa Econômica Federal encerre carreira de forma gloriosa.

Porém, há poréns. O sorteio apontou o maior para-raios do futebol nacional para apitar a primeira final. É muita sopa pro azar.

A probabilidade de Cléber Wellington Abade ser alvo das maiores atenções e protagonizar um clássico com lances polêmicos e eventos estranhos é enorme.

Se Porto Real-RJ é a cidade brasileira com maior densidade de raios por quilômetro quadrado -- São Caetano é a segunda -- Clebinho é o juizão com maior possibilidade de o raio cair na própria cabeça em plena tarde ensolarada, de céu azul, como hoje.

Não há necessidade de rememorar, mas aposto que o jogo terá anormalidades e escorregões da arbitragem. Não considero Abade um bom árbitro. Além de "azarado", ele apita mal.

Vamos acompanhar de perto. O jogo começou. Boa sorte ao nosso Porto Real.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Brunão: Aidan está certo e não é o único culpado

" O Aidan não faz nada em Santo André. Muito menos pelo esporte. Onde já se viu não arrumar aquela marquise do Bruno Daniel. O gramado, então, é uma vergonha! Time ruim com gramado ruim só pode dar em rebaixamento".

Ouvi a frase hoje de manhã, numa lotérica aqui perto de casa. Provavelmente, aquele senhor de cabelos brancos não leu o Diario do Grande ABC de hoje.

Porém, independentemente de ele ter ou não lido a matéria sobre a anunciada grande reforma do Brunão, não posso concordar plenamente com o desabafo. Respeito, mas não endosso.

Pela idade, provável, ele deveria saber que o estádio também já é quarentão. Como provável torcedor, ou ex, também deveria saber que o comprometimento da cobertura das numeradas é de conhecimento do poder público há mais de 15 anos.

Todos brincaram de empurrar com a barriga Vistorias anteriores foram condescendentes. Portanto, a culpa não é só do prefeito atual.

Sobrou pra ele, inclusive com direito a pressão direcionada de torcidas organizadas e da "assessoria de imprensa" de alta patente fincada do outro lado da avenida.

Aidan Ravin pegou o bonde andando e agora é éncurralado, pressionado a fazer o que outros governos não fizeram. A cidade merece? Sim! O esporte, como um todo e direito do cidadão, merece. Não só o futebol.

Só não sei se o time merece. Se é que não vai pedir licença na Federação Paulista. Também não sei se a reforma, prevista para nove meses em duas etapas, vai mesmo sair do papel.

Só acredito vendo começo, meio e fim da obra. O custo de R$ 8 milhões não é pequeno e vai sacrificar outros setores da sociedade.

Também não sei se eu investiria na reforma. O ideal -- já escrevi sobre isso -- seria uma arena multiuso, em que o futebol poderia utilizar sem monopolizar.

Eventos como shows musicais seriam imprescindíveis para manter o espaço e ainda investir em outros segmentos do esporte. Será que o trauma Menudos ainda não foi superado?

Quanto ao gramado, concordo que esteja uma vergonha. Há muito tempo o pasto não é tão mal cuidado como nos dois últimos anos.

O barato saiu caro, mas não queiram jogar a culpa nos funcionários da Prefeitura. Faltou investir com o mínimo de responsabilidade.

Porém, o prefeitão tem razão quando afirma que o Ramalhão precisa ajudar, pelo menos na manutenção do gramado. O Poder Público já cede e mantém o estádio, além de disponibilizar vários funcionários, sem nada cobrar da gestão empresarial que comanda o futebol profissional da cidade.

Nada mais justo que o Saged dê uma contribuição e se responsabilize pelo tapete verde que deveria ser qualquer gramado decente. Talvez simples permutas publicitárias. Esqueci que Série C nacional e Segundona estadual não têm TV/visibilidade. Esqueçam!

domingo, 1 de maio de 2011

Corinthians finalista. Sem jogar

O Corinthians não precisou jogar para chegar à decisão do Campeonato Paulista contra o Santos. Mesmo com um jogador a menos na maioria do jogo, o Palmeiras foi superior hoje no Pacaembu.

O empate de 1 a 1 levou a definição para os pênaltis e o Timão acabou por vencer após Julio César defender a péssima cobrança de João Victor, e Ramirez marcar a sexta batida corintiana.

Como era de se esperar, o clima pré-jogo foi determinante para que a arbitragem do pressionado Paulo César de Oliveira fosse tumultuada, principalmente no primeiro tempo.

A expulsão de Danilo após dividida com Liedson é discutível. Eu daria amarelo ou vermelho para os dois. A exclusão do sempre chorão Luiz Felipe Scolari também me pareceu excesso de rigidez. Mas o "santinho" Felipão não fez falta nenhuma para o time.

Em campo, até parecia que o omisso Corinthians jogava com 10 e o valente Palmeiras com 11. O Timão se acovardou e levou o jogo no banho-maria. Lento, preguiçoso, pouco criativo e sem poder ofensivo, o time de Tite não fez por merecer o resultado.

Ao Palmeiras sobraram aplicação defensiva e vocação ofensiva. Só que vocação não é sinônimo de eficácia. Tampouco de criatividade e gol.Perigo, mesmo, só em bola parada. Kléber voltou a ficar isolado, especialmente após a saída de Valdívia.

Muitos acham graça, mas será que ninguém avisou o chileno de que chute no vazio é meio-caminho para distensão ou contratura muscular. Deu no que deu! O destaque do jogo saiu para o zagueiro Leandro Amaro entrar.

Embora alguns pseudojornalistas/atores/animadores de auditório insistam em falar em "apito amigo", o Corinthians não precisou da arbitragem para vencer. Achou o gol de empate e foi mais eficiente nas penalidades.

Também entendo que, apesar de Deola ser um grande goleiro, se Marcos lá estivesse o classificado seria outro.

Se diante do Santos o time de Tite mostrar a mesma "bolinha" de agora há pouco, vai ficar difícil segurar os meninos da vila (3). Mas ninguém perde de véspera! Favoritismo santista, só no papel.