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terça-feira, 28 de junho de 2011

Chico Mendes, bela opção

Já não existem atividades rurais, nem as olarias e cerâmicas que marcaram o início do século passado ali na divisa de São Caetano com São Paulo e São Bernardo.

Porém, hoje lá está o Parque Chico Mendes, fincado no bairro Cerâmica. São 140 mil metros quadrados de opções que contemplam esporte, lazer e cultura para todas as idades.

Não ia ao Chico Mendes há muito tempo. Foi bem legal curtir a manhã de domingo. Melhor ainda que a chuva ameaçou, ameaçou e só caiu quando já estávamos no caminho de casa.

Pistas de caminhadas e corridas leves estão bem conservadas. Com cimento, asfalto ou terra batida, são aceitáveis. Só acho que a de terra batida -- cerca de mil metros, sempre à sombra de belas árvores -- precisa de alguns cuidados simples de manutenção.

Também entendo que os percursos fechados ou mais abertos, maiores, a maioria pelo asfalto, necessitam de melhor demarcação de distância, além de pelo menos um bebedouro na parte de cima, ali perto de heliponto. Se é que não passou despercebido.

Muita gente, principalmente jovens, adultos e até idosos, corria ou caminhava com vitalidade. Ou simplesmente passeava de forma descontraída.

Nas quadras, lotadas, a predominância era de jovens -- homens e mulheres -- jogando futsal ou vôlei. No belo parquinho, crianças se deliciavam sem qualquer preocupação. Mesmo porque, lá estavam pais e avós com olhares sempre atentos.

No palco da praça do chafariz, a apresentação de um grupo de capoeira chamava a atenção. Tanto quanto a feirinha, que oferecia desde lanches aaté artesanato.

Também achei interessante a presença de uma viatura de resgate dos Bombeiros, para possível socorro mais emergencial.

Não poderia faltar -- e não falta -- o posto médico, ao menos para o controle de pressão dos interessados, além de uma pequena lanchonete e sanitários com cuidados que podem ser melhorados.

Os lagos não me pareceram tão limpos. Se é que há, não pude observar possíveis peixes. Talvez estivessem mais no fundo, por causa do frio. Só vi tartarugas. A cascata que desce do alto -- lógico, né? --, junto à imagem, também é atração.

Quanto à segurança, não me pareceu muito melhor do que a de Santo André, quase sempre motivo de minhas críticas. Só vi dois guardas de moto na parte baixa.

Ninguém da lei, nenhum agente público, andando ou postado em lugares estratégicos. Tomara que durante a semana, com menos usuários, todos se sintam mais seguros.

Levei 20 minutos do centro de Santo André até o parque. Estacionei o carro na rua, mas se chegasse antes da 10h poderia usufruir da comodidade interna.

Enfim, uma bela opção para todos os gostos e todas as idades. Só que uma Prefeitura rica pode cuidar um pouco melhor.

sábado, 25 de junho de 2011

Pelos parques da vida

Quer dizer que, do alto de um belo prédio, o garotão de classe alta pega uma espinguarda de chumbinho e resolve brincar de tiro ao alvo com as crianças que se divertiam no Jardim Tamoio, aqui no Ipiranguinha?

Quer dizer que o universitário de 19 anos, provavelmente tão rico quanto imbecil, se julga no direito de mentir discaradamente ao justificar que atirou na direção de obras (inexistentes) e não teve intenção de acertar as crianças?

Quer dizer que o futuro advogado (irresponsável) tem um verdadeiro arsenal no apartamento? Portanto, bem credenciado como potencial futuro assassino pelas esquinas da vida. Pelos cinemas de vida. Pelas escolas de Realengo da vida.

E pensar que estamos no centro de uma das cidades mais desenvolvidas do País!Teoricamente, com cuidados maiores e riscos menores.

E pensar que por ali circulam milhares de pessoas que num futuro bem próximo poderiam muito bem estar na mira de armas mais potentes, capazes de matar.

Se é que os próprios pais não são frequentadores da hoje mal-cuidada pista de caminhada. Como eu.

Se é que os irmãos menores -- se é que os tem -- não admiram o mesmo chafariz ou brincam no parquinho. Ao lado do meu neto.

Resta saber se o garotão será reeducado, investigado a fundo e punido. A estas horas, é possível que já esteja fora da prisão.

Mas... e amanhã? Será que nossos olhares estarão voltados para o "atirador de elite", entrincheirado no alto de uma sacada?


E A FIGUEIRA CENTENÁRIA SOBREVIVE


Informações veiculadas em jornais andreenses dão conta de que a figueira centenária fincada no Parque Celso Daniel vai ser preservada. Amputada, mas preservada como símbolo de respeito à história e ao meio-ambiente.

A "figueira assassina" chegou a ter a pena de morte decretada pelos responsáveis pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos, mas no início da semana o Condephasa votou pela sobrevida de quem não tem mais forças para deixar a UTI.

Mesmo sobrando praticamente só o tronco, decisão do conselho parece acertada. A morte da aposentada, vítima da queda de um grande galho, há mais de dois meses, não pode entrar na conta da árvore histórica.

Independentemente de partidos políticos, as responsabilidades devem ser creditadas ao Poder Público, que há mais de uma década empurra os cuidados e a decisão com a barriga da incompetência.


E O MURO CONTINUA NO CHÃO

Há mais de 100 dias, a tempestade que desabou sobre o Grande ABC provocou estragos significativos. Um deles foi a queda de um muro junto ao portão de acesso Javaés, do Parque Central.

O detalhe é que até o hoje a Municipalidade não se dignou a reerguer ou exigir que o proprietário do terreno reergua o muro.

Além de facilitar o acesso em horários em que o parque está fechado -- existem vários outros, ao lado da favela, principalmente -- com parte do muro no chão ficou fácil para que consumidores de drogas façam uso do cantinho estratégico.

Sem interferência dos responsáveis pela segurança. A atitude da Guarda Civil Municipal e da PM tem melhorado, mas alguns agentes públicos ainda ficam muito tempo entocados.

P.s.: ainda sobre o PC, mas ocorrido na quarta-feira à tarde, quando eu lá estava com meu neto, o Victor, a treinar cambalhotas no gramado recém-aparado. Um caminhão amarelo, da Prefeitura, com número 526 (?), trafegava em velocidade incompatível com o local. Pura irresponsabilidade de quem deveria dar exemplo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Canyons inesquecíveis!

Pelo menos quem acompanha o blog com mais constância deve ter percebido que não escrevo há algum tempo. Juro que não é preguiça! Nem falta de assunto.

É que me permiti viajar bastante e realizar o sonho antigo de conhecer as serras gaúchas e os canyons na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

Viagem longa, de carro, é cansativa, mas quase sempre vale a pena. Foram 1185km até Canela (RS), pelas BRs 116 e 101, a bela opção litorânea. Na volta, 1085km por dentro, pela BR-116, desde Vacaria (RS), passando por Lages (SC) e Curitiba (PR). Sem escapar de um mundaréu de caminhões da capital paranaense até perto de São Paulo.

Canela (Castelinho, Cachoeira do Caracol e Parque da Ferradura),Gramado, Nova Petrópolis (lua cheia com direito a eclipse entre montanhas), São Francisco de Paula e Bento Gonçalves ( passeio da Maria Fumaça, até Carlos Barbosa, é bem legal) têm inúmeras atrações.

Pra tudo quanto é gosto, como todos sabem, mas o que marcou mesmo foi conhecer os canyons. Localizados na pequena e ainda pouco estruturada mas hospitaleira e bela Cambará do Sul (RS) os canyons de Itaimbezinho e Fortaleza são inesquecíveis.

Há apenas 18km do centrinho e da única rua asfaltada de Cambará do Sul, o Itaimbezinho, no Parque Nacional dos Aparados da Serra, chega a uma profundidade de 720m.

Acessos principais pela "trilha-estrada" do Cotovelo -- 6km, ida e volta, a pé, com três horas de percurso pra quem é bem mole ou sedentário -- e pela do Vértice -- 3km tranquilos com direito às belas cachoeiras Véu de Noiva e Andorinhas. Nomes criativos, né?

No dia seguinte, agora monitorados por uma guia -- a bela gaúcha Maitê -- e as simpáticas companhias dos casais André/Cris e André/..., fomos conhecer o belíssimo canyon Fortaleza, na Serra Geral.

Após 22km de van numa estrada de terra razoável, caminhamos menos de 30 minutos para enxergar as lagunas e Torres, no litoral, e depois atingir a divisa com Praia Grande, que está em Santa Catarina e não tem praia.

Segundo a extrovertida Maitê, a divisa estava ali, a apenas um metro, paredão a baixo.Moral da história: se algum maluco tentar o suicídio no RS, vai voar ou morrer em SC. Se algum molecão gozador resolver fazer xixi atrás da moita, vai molhar os catarinenses. Se o vento deixar...

O cenário não tem igual. Divino! Maravilhoso! Não há outra definição. Mais uma obra-prima da natureza que tanto insistimos em desrespeitar. Cerca de 900m de fundura, como diríamos em Rio Pardo . Ainda mais belo do que o Itaimbezinho. Mas havia mais por se ver.

Nova trilha, e lá estávamos a atravessar as águas límpidas do rio. E eu e o André Paulista falando de futebol... Sobre pedras, chegamos à outra margem e vislumbramos, quase sob nossos pés, parte da Cachoeira do Tigre Preto.

Mais uns 500 metros, e a avistamos na sua beleza plena. Por inteiro. Linda! No final do passeio, ali bem perto, a Pedra do Segredo. Rocha sobre rocha num equíbrio de gerar inquietação e admiração.

Tudo na medida certa, porque em seguida as nuvens que prometiam um chuvão mandaram uma chuvinha que não chegou a tirar a poeira da estrada. O frio também chegou sem assustar. E se assustasse, não faria frente para um banho quente, uma boa lareira e o bom vinho presenteado pelo amigo-irmão Zé Luiz.

Valeu a pena! Voltei mais rico, porque mais feliz. Já sinto dentro d'alma o galopear de uma saudade. Foram oito dias e quase 2 mil e 800 km de paisagens deslumbrantes, culturas exuberantes e muita música gaúcha.

Eu e a Angela voltaremos para conhecer a Serra do Rio do Rastro. Não sei quando, mas tenho certeza. Assim como sei que ainda vou à Serra do Cipó, à Chapada dos Veadeiros, à Chapada Diamantina, ao Pico da Bandeira, Patagônia Chilena, Machu Pichu, Santiago de Compostela, Roma, Lisboa...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Parques: responsabilidade de todos

Decreto 16.170, de 20 de maio último, tem como objetivo organizar a utilização dos parques públicos de Santo André. Estabelece novas regras, com a expectativa de proporcionar "maior segurança e facilitar o acesso" do usuário.

Segundo o decreto, é proibido pescar, nadar, andar de patins e skate, cães soltos ou sem focinheira. Ficam vetados, ainda, o consumo de bebidas alcoólicas e comércio de ambulantes sem autorização, além de panfletagem ou qualquer tipo de propaganda.

Também não se permite plantar árvores ou retirar flores sem autorização do Departamento de Parques e Áreas Verdes. Circular com veículos motorizados, só autorizados ou oficiais.

Outras restrições: colocar redes em árvores, empinar pipas com cerol na linha, alimentar peixes e aves e fazer filmagens sem autorização da Secretaria de Comunicação ou do DPAV. E quem tiver mais de 10 anos não pode utilizar os brinquedos.

Em síntese, é o que propõe o decreto municipal que já está gerando visões diferentes e conflito de interesses. Mesmo porque, não deve ter sido discutido com a população, não é claro e deixa de contemplar itens essenciais para o bom andamento de várias atividades nos espaços.

Polêmicas à parte, resta saber se todos os interessados em usufruir dos parques ou em proporcionar melhor qualidade de vida ao cidadão estarão comprometidos com causa tão relevante.

Embora tardia, a atitude do Poder Público merece um voto de confiança. Mas com muita desconfiança, já que a tendência é que as regras custem a sair do papel. Quando saem.

É importante que a Prefeitura saiba educar, saiba se comunicar, saiba orientar com clareza -- onde estão as prometidas placas educativas? Que também saiba fiscalizar, que ouse punir e colocar o agente público pra trabalhar.

Assim como é essencial que o cidadão seja educado, colabore, denuncie mazelas, cobre bons serviços do Poder Público e se disponha a cumprir as regras determinadas pelo decreto.

Responsabilidade é de todos Portanto, o exercício pleno da cidadania também implica em deveres. É direito, mas não basta exigir atitudes só da Administração.

Nosso principal cartão postal merece o carinho e o comprometimento de todos. O preço da omissão, de qualquer das partes, pode ser fatal.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um Azulão mais leve

São Caetano da vitória sobre o Bragantino foi bem melhor do que o que perdeu do Ituiutaba em pleno Anacleto Campanella.

Bem melhor não significa ter sido excepcional. Pelo menos desta vez a equipe de Márcio Goiano mostrou mais leveza, mais velocidade, mais objetividade, além de maior aproximação dos três setores e das individualidades.

Também não deu tanto mole defensivamente, embora não tenha sido uma perfeição. Mesmo porque, o Bragantino mostrou fragilidades pouco comuns enquanto nas mãos de Marcelo Veiga.

Por isso o Azulão teve mais posse de bola, foi superior e mereceu vencer. O 4-4-2 foi mais produtivo do que aquele estranho 4-3-1-2. Três volantes em linha é dose! Só não gostei de Nunes e Eduardo juntos. Não dá liga!

Respeito a capacidade do treinador, mas parece melhor colocar um velocista ao lado de Eduardo e contar com a aproximação dos meias, além de liberar um pouco mais os laterais.

Um Azulão mais leve pode voar mais alto e mais longe. Só não pode se dar ao luxo de oscilar, jogar mal e perder pontos em casa.

Time de C não chega na B

Intenção não é exalar pessimismo antes de a bola rolar, de o Brasileiro/Série C começar. Porém, não há como fazer rodeios, como deixar de ser realista, quando o assunto é o Santo André.

Como todos sabem, o grupo do Santo André sugere enormes dificuldades para quem quer se classificar em primeiro ou segundo e passar aos dois quadrangulares que levarão os melhores à Série B. Chapecoense, Joinville, Caxias e Brasil de Pelotas estão muito a fim das vagas.

Não vai ser mole, não! Quem bobear vai ficar na rabeira da chave e cair direto para a Série D. Pior: pelo andar da carruagem no que se refere à composição do elenco, o Ramalhão pode ser o escolhido.

Pelo menos já tem experiência de sobra. Conhece cada pedrinha do caminho do desfiladeiro. Pode até se classificar, desde que comece bem e o fator emocional ajude um pouco.

Mas não é a tendência. Sem grana pra contratar, o Ramalhão/Saged está fazendo um catadão barato pra ver no que dá. Se é que não pretende apenas se manter na C.

Pode se dar muito mal, infelizmente, porque está montando um elenco limitado. Pelo menos aparentemente. Não sinto firmeza. E acho que o técnico Sandro Gaúcho também
não.

Pra galgar um lugar ao sol depois de tantas decepções o Santo André vai ter de suar sangue. Com time de Série C/D não se retorna à Série B. Seria sonhar demais.

A não ser que nos próximos dias o Ramalhão contrate Messi, Piqué, Iniesta, Xavi e Daniel Alves. É, acho que exagerei. Messi e Iniesta já ajudariam bem.