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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Por fora de (quase) tudo

Acabo de chegar de "férias". Portanto, estou por fora de tudo. Ou quase tudo! Como fiquei dois dias em Jacareí, no paraíso do Márcio e da Elaine, e mais oito em Penedo, praticamente me afastei intencionalmente do mundo.

Pra quem não conhece -- e não sabe o que está perdendo --, Penedo é distrito de Itatiaia (RJ), ali na divisa com São Paulo e não tão distante de Minas. Fruto de colonização finlandesa, Penedo é uma delícia. Pra tudo quanto é gosto.

Na parte que me toca, até vou às lojinhas e aos restaurantes à europeia -- sem contar o sorvete e o chocolate --, mas curto mesmo aquele churrasco com bom vinho em família no alto do Penedo, bem colado nas montanhas vizinhas dos picos de Agulhas Negras e Prateleiras, dentro do Parque Nacional de Itatiaia.

Muito mato, muita sombra, sol na medida certa, muitos pássaros, muita água, cachoeiras geladas, muita terra, muitas trilhas e, o melhor, muito, mas muito sossego ao lado da piscina natural e da sauna finlandesa.

O som do silêncio, o brilho incomum das estrelas e a lua (quase cheia) tão próxima chegam a ser instigantes. Fazem pensar! Fazem sonhar! A vida bem vivida é realmente uma dádiva divina.

Apenas um rádio ultrapassado nos coloca em contato com as notícias do mundo. Se não interessar, é só não ligar. Ou deixar na música gostosa da Rádio JB/Jornal do Brasil.

MPB e sucessos antigos, nacionais e internacionais, a dar com pau. Combinam com a natureza exuberante. Pra quê o bom sertanejo que tanto curto? CD pra quê? TV pra quê? Parafernálias eletrônicas pra quê?

Por isso ainda estou fora de sintonia. Não sei nada do Santo André na Série C do Campeonato Brasileiro. Ampliou invencibilidade e entrou no G-4 do acesso ou novo empate derrubou ainda mais as pretensões do Ramalhão? Se perdeu, piorou!

E o São Caetano, será que aumentou a invencibilidade pra 11 jogos e entrou no G-4 da Série B? Jogava em Ipatinga, contra o lanterna. Portanto, mesmo fora de casa, tinha tudo para confirmar ascensão nas mãos de Sérgio Guedes. Mesmo sujeito a instabilidades ocasionais, como o tempo, o Azulão sonha com o acesso.

São Bernardo está na Copa Paulista, que pode levar à Copa do Brasil. Tigre do técnico Edson Boaro, meu conterrâneo de Rio Pardo, faz do evento um laboratório para a elite estadual. Vai ser difícil chegar. Nem sei como anda.

E o meu Corinthians? Tomara que tenha voltado a jogar como campeão da Libertadores e escapado de vez da ameaça de rebaixamento ao lado do Palmeiras e do Santos. Espero, sinceramente, que os três tenham vencido nos últimos 10 dias. Quanto ao São Paulo, dou de ombros como torcedor, mas respeito sempre como jornalista profissional.

E na Fórmula-1? Torço muito pro Bruno Senna. Por causa do tio que se foi tão jovem e transformou nossas manhãs de domingos em dias comuns. Falta algo! Quanto ao Massa, acho que já deu o que tinha de dar. Espero que Fernando Alonso tenha disparado na liderança do Mundial.

Nossa! Não vejo a hora de saber o que está a acontecer em Londres. Gosto muito de Jogos Olímpicos. Tomara que nossos atletas estejam a fazer sucesso suficiente para ganharmos mais do que 16 medalhas. Com pelo menos cinco de ouro, incluindo o futebol de Neymar, Oscar, Lucas e cia.

Mesmo distante do esporte e de um sem-número de benesses/transtornos do dia a dia ( trânsito, tv, telefone, internet, políticos de ocasião, vizinho mal-educado, parente interesseiro, padeiro careiro, vendedor inconveniente, comprador egoista, médico incompetente, advogado enrolão, pedreiro mancadão, mecânico enganador, motorista irresponsável...) o descanso de aposentado foi legal.

Melhor quando os netos chegaram para fazer o final de semana da Angela e do vô babão ser ainda mais especial. Os olhos brilham, o coração perde o compasso a cada sorriso, a cada choro, a cada palavra, a cada olhar, a cada tombo, a cada leve sinal da doce existência do Victor e da Júlia.

Valeu a pena ficar por fora do mundo normal, acelerado, insensível!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

São Caetano faz 3 a 0 e administra invencibilidade

O São Caetano acaba de derrotar o Barueri por 3 a 0 e aumentar a invencibilidade do técnico Sérgio Guedes para 10 jogos. São seis vitórias e quatro empates que significam 22 pontos ganhos, aproveitamento de 61,1% e o quinto lugar na Série B do Brasileiro, a apenas um ponto do G-4 do acesso.

Jogo do Anacleto Campanella teve dois tempos distintos, um como consequência do outro. Isto porque no primeiro o Azulão simplesmente atropelou o Barueri e fez 3 a 0 num espaço de 10 minutos. No segundo, só administrou.

Fruto de superioridade nos três setores ( o Barueri não conseguia marcar, nem sair jogando, nem criar, nem atacar com perigo, exceção a dois momentos esporádicos com o esperto Thiago Brito), o São Caetano fez 1 a 0 aos 19 minutos com Gabriel, 2 a 0 aos 24 com Marcelo Costa e ampliou aos 29 com Danielzinho.

Se o primeiro tempo poderia ter sido 5 a 0, no segundo o Azulão se preocupou apenas em quebrar o ritmo de jogo e administrar o resultado. Já o Barueri, provavelmente depois de puxão de orelhas do técnico Estevam Soares, voltou com atitude diferente.

Mais aplicado na marcação -- o São Caetano facilitou --, mais rápido, menos estático e mais ousado, o Barueri criou pelo menos quatro momentos de perigo. Não marcou, mas escancarou falhas no sistema defensivo do Azulão e assustou o goleiro Fábio.

Próximo jogo do Azulão em franca ascensão será dia 28, no outro sábado, fora de casa, exatamente contra o lanterna Ipatinga.

Outros resultados de hoje: América Mineiro 1 x l Guarani, América de Natal 2 x 1 Ipatinga e Guaratinguetá 0 x 0 Boa Esporte. Rodada será completada amanhã.

Criciuma, América Mineiro, Vitória e América de Natal estão no G-4. ABC, Guaratinguetá, Barueri e Ipatinga seriam os rebaixados à Série C em 2013.

Jogos Olímpicos: Brasil igual em Londres

Expectativas mais otimistas dão conta de que a performance do esporte olímpico brasileiro em Londres será bem semelhante à de Pequim. Portanto, mais do que 16 medalhas, no total, será lucro. Prova de que não evoluímos nos últimos quatro anos.

Na China, em 2008, o Brasil terminou em 23º lugar com três medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze. Em Atenas, 2004, ficamos com o 16º posto, com cinco douradas, duas prateadas e três bronzeadas. Em Sidney, 2000, ganhamos 12 medalhas no total, sendo seis de prata e seis de bronze. Terminamos na 53ª colocação, sem nenhum ouro.

Em Pequim, os anfitriões quebraram a hegemonia americana ao conquistar 51 medalhas de ouro e terminar em primeiro lugar. A Rússia ficou em terceiro lugar com 23 de ouro, 13 a menos dos que os Estados Unidos. Agora, briga pelo título geral não deve ter novidades.

Em Londres, como sempre, o Brasil é uma incógnita nos esportes coletivos. Futebol masculino parece mais perto do ouro inédito do que o feminino. Futebol de hoje à tarde, nos 2 a 0 diante da Grã-Bretanha, ainda pode evoluir. Individualismo de craque é bom, mas em excesso pode significar a derrocada do coletivismo.

Basquete feminino não tem força para chegar entre as quatro primeiras. Já o masculino tem mostrado evolução, especialmente na estratégia de defesa, alicerce para a construção de grandes vitórias.

Handebol masculino ficou de fora dos Jogos, mas o feminino com certeza vai passar da primeira fase e ficar entre os oito melhores do mundo. Como o time é bom e tem experiência internacional, pode até beliscar uma medalha de bronze. Também, se perder o primeiro jogo, a competência emocional vai pra cucuia junto com a sonhada classificação.

Já o vôlei desta vez não aparece como favorito, nem no masculino nem no feminino. Fase de ambas as seleções não é boa e dificilmente uma delas voltará com o ouro. Porém, o time de Bernardinho tem mais poder de reação do que o de José Roberto Guimarães.

Vitorioso como técnico, Zé Roberto também fez sucesso como levantador da campeoníssima Pirelli/Santo André na época de Brunoro, Moreno e do eterno capitão William. Foi aluno do tradicional Américo Brasiliense e da nossa Fefisa.

Vôlei de praia é outra modalidade capaz de garimpar ouro na Inglaterra. Tanto no feminino quanto no masculino.

Nos considerados esportes individuais, quase certeza de medalha ( com grandes possibilidades de ouro) é com Cesar Cielo na natação, que pode trazer pelo menos mais três.

No atletismo, revezamento 4x100m masculino tem possibilidades de bronze, mas chances maiores de medalha são com o fundista Marilson Gomes (mora em Santo André e compete pela BMF/São Caetano, assim como Fabiana Murer, favorita no salto com vara ao lado da russa Yelena Ysinbayeva). Se não se lesionar, Maurren Maggi é mais vez candidata a medalha no salto em extensão.

Ginástica artística também deve trazer medalhas, especialmente com Diego Hipólito, nascido em Santo André mas radicado no Rio, e Arthur Zanetti, de São Caetano. Feminino também tem chances se Daiane dos Santos estiver mesmo recuperada e não se deixar abater pelo furacão emocional.

Outras conquistas podem vir com os tradicionais e sempre fortes iatismo e judô. Taekwondo, boxe e hipismo também podem beliscar pelo menos uma medalha de bronze.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jardim suspenso de promessas eleitorais

Jardins Suspensos da Babilônia eram considerados uma das sete maravilhas da antiguidade. Só que, de suspensos, não tinham nada. Homenagem do rei Nabucodonosor II à esposa preferida (?), Amitis, eram jardins sobrepostos de forma encantadora.

Jardim suspenso do Parque Antártica também existiu até outro dia. O gramado do Palmeiras não era maravilhoso, porém, mais suspenso do que os jardins da Mesopotâmia.

Agora, em ano eleitoral, Santo André parece inclinado a criar um jardim suspenso -- ou seria uma ilha da fantasia? -- ali na Perimetral. Mais precisamente, bem em frente do antigo Napolitano.

Calma, não é mais uma obra de Aidan Ravin, a ser inaugurada antes das eleições. Sem bem que ali, coladinha, há uma UPA quase pronta para a festa política do PTB. Assim como seria de outro partido.

No jardim suspenso da Perimetral há cavaletes de propaganda eleitoral pra todos os cantos e todos os gostos. PT, PTB, PDT... Uma festa dos reis das promessas não cumpridas.

Os candidatos fizeram um acordo para preservar a cidade limpa. Primeiro que, como sempre, não vão cumprir. Segundo que, em breve, ali estarão todas as promessas para conquistar o eleitor quase sempre desavisado.

Pura enganação! Vale tudo! Vale falar besteira no rádio. Vale tomar cafezinho 20 vezes por dia. Vale moer e tomar caldo de cana nas feiras-livres, assim como entrar na favela para fingir proximidade com os mais necessitados.

Vale dormir com o inimigo e elogiar o mais cafajeste dos adversários políticos. Aquele que um dia foi chamado de mentiroso, corrupto e incompetente.

Vale fazer um plano de governo mirabolante para enganar os eleitores. Também não é falta de escrúpulo inventar mil mentiras para denegrir a imagem do oponente que pode ficar com o sonhado poder. Vale tudo!

Ali, entre as placas publicitárias, dá pra viajar e imaginar o que cada um daqueles candidatos estará pensando para ludibriar o povo andreense. O de sempre!

"A educação será meu carro-chefe. Não faltará creche, tampouco vaga na pré-escola. Vou dar bolsa de estudo para pobres, negros, pardos, brancos, amarelos, italianos, japoneses, espanhois, portugueses, alemães e holandeses. Vamos criar quatro universidades federais gratuitas" -- diz o candidato professor ou marido de professora.

"A saúde´é prioridade zero. Vou investir 70% do orçamento na saúde da população carente. Vou construir o hospital da mulher, o do idoso, o da criança, o das pessoas com deficiência e o dos políticos aposentados. Vou dobrar o número de unidades básicas de saúde, triplicar o salário dos médicos e enfermeiras, além de comprar mais 80 ambulâncias com UTI móvel" -- garante o médico no afã que conquistar votos por conta da péssima qualidade de vida da população.

"Se eleito, ninguém, nenhum cidadão de Santo André, vai ficar sem moradia digna. Mesmo que tenhamos de permitir a invasão dos terrenos desocupados para depois construir com ajuda do governo federal e do estadual. Esgoto sem tratamento, nunca mais. Falta de água, jamais. Falta de energia elétrica, nem pensar! Ah, os apartamentos terão no mínimo 80 metros quadrados" -- afirma o engenheiro com os cálculos na ponta da língua para não estourar o orçamento, que já inclui as propinas.

"O trânsito de Santo André foi esquecido. Vou mudar tudo! Sem dexiar de dividir a preocupação com os vizinhos. Vamos desviar o Tamanduateí e fazer uma hidrovia, uma espécia de Rodoanel aquático. Transporte público vai ser excepcional. Com passagem a apenas R$ 0,60, todo mundo vai poder deixar os carros em casa. As avenidas serão ampliadas, estendidas e recapeadas com asfalto de Primeiro Mundo. Isso sem contar os oito viadutos ligando nada a lugar nenhum. Tudo iluminado e com segurança" -- garante o candidato que tem Carteira de Habilitação Classe A.



E por aí vai... educação, saúde, habitação, trânsito, segurança, emprego, industrialização, saneamento, cultura... E o esporte? Será que algum candidato vai falar de esporte? Lógico que sim! Nestas horas, o esporte é lembrado. É sinônimo de voto, de apoio eleitoral.

Quase todos prometerão transformar o relegado Estádio Bruno Daniel numa arena multiuso e ajudar a recolocar o Ramalhão na elite do futebol paulista e brasileiro.

Também será criada a Secretaria de Esporte e Lazer, para coordenar os segmentos com competência inquestionável. Primeira atitude será pressionar vereadores e prefeito para que se crie uma lei de incentivo ao esporte.

Depois, a promessa mais lógica é de investimento de pelo menos 2% do orçamento na nova secretaria. Objetivos: valorizar o alto rendimento, a formação, os eventos, o idoso, as pessoas com deficiência e até mesmo o futebol amador.

Isto posto, só falta dar alguns retoques no Pedro Dell'Antonia e construir mais ginásios poliesportivos, pistas, piscinas e campos de várzea para a comunidade.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Azulão, a invencibilidade e a previsão do tempo

"Dia começa aberto, ensolarado, mas o tempo pode ficar nublado e sujeito a instabilidades ocasionais no decorrer do período". A previsão padrão do meteorologista é o retrato do futebol do São Caetano.

Voltou a ser assim hoje em Fortaleza, no empate de 2 a 2 com o Ceará. A igualdade fora de casa é interessante, eleva a invencibilidade para nove jogos e mantém o Azulão na quinta posição da Série B do Brasileiro.

Sobrou voluntariedade, dedicação, mas de novo faltou a regularidade que se exige de quem sonha com o acesso. Apesar dos gols de Éder, meias e atacantes pouco produziram. Mesmo sem ser tão efetivo, o sistema defensivo se salvou.

Detalhe curioso é que os quatro gols tiveram origem em bola parada. Motta, em pênaltis claros, marcou os dois do Ceará. Éder, de falta, fez os dois do São Caetano.

Os primeiros 15 minutos do Azulão foram tão promissores quanto o dia que começa ensolarado. Com personalidade e marcando firme, criou duas oportunidades de gol em 12minutos. Na segunda, Leandrão marcou de cabeça mas o juiz trapalhão ( deu 12 cartões amarelos e dois vermelhos) viu falta e não validou o gol.

Como o jogo era franco, o Ceará, empurrado pela torcida, tomou a iniciativa e também chegou com Eusébio exigindo boa defesa de Fábio.

Se no início o São Caetano não era uma primazia, mas marcava com a habitual desenvoltura, depois, só deu Ceará.

Mesmo sem criar chances contundentes, o time cearense tinha mais posse de bola, velocidade na transição e presença ofensiva, exatamente o que faltava ao time de Sérgio Guedes.

O São Caetano tomou o primeiro gol aos 37 minutos, em contra-ataque mortal pela meia-ponta-esquerda, às costas do lateral Samuel Santos. Leandro Chaves foi derrubado pelo goleiro Fábio e Motta bateu com categoria.

Mesmo abusando dos passes errados e da bola quebrada da defesa, o Azulão empatou aos 45 minutos. Na cobrança de falta de Éder, os zagueiros Wagner e Gabriel subiram com o goleiro Fernando Henrique. Houve falta mas o juizão deu o gol.

São Caetano voltou para o segundo tempo com o lento Somália no lugar do lesionado e pouco móvel Leandrão, mas a postura ofensiva do time não melhorou. As instabilidades ocasionais anunciavam inevitáveis precipitações de chuva no decorrer do período.

E não demorou! Logo aos três minutos, Moradei, que já tinha cartão amarelo, fez falta no meio do campo para evitar o contragolpe e foi expulso. Com um homem a menos, o São Caetano prendeu ainda mais os laterais e trocou o meia Marcelo Costa ( de novo sem brilho) pelo volante Marcone.

Em casa, com um jogador a mais e precisando da vitória, o Ceará fez o oposto: trocou o volante Jardel pelo meia Thiaguinho e depois o pouco produtivo Itamar pelo mais ousado Romário.

O 4-3-2 do Azulão, com falhas na marcação mas espírito competitivo, foi engolido pelo 4-3-3 do Ceará, que passou a pressionar sem dar chances para o contragolpe. Aos 14 minutos, Motta exigiu grande defesa de Fábio e no rebote Gabriel, que havia falhado no cruzamento, salvou.

Pelo excesso de faltas e de cartões, o jogo ficou truncado. Dominado e sem poder ofensivo, o São Caetano viu o tempo ficar ainda mais carregado, carrancudo, quando Romário esteve por marcar, de cabeça, aos 29 e aos 32 minutos.

A chuva prevista caiu pra valer só aos 43 minutos: Motta concluiu da marca do pênalti, a bola passou por Fábio e o lateral Samuel Santos salvou com o braço. Outra expulsão e outra penalidade bem batida.

Com dois homens a menos e a apenas seis minutos do final, o São Caetano resolveu atacar e fazer o que menos se esperava: aos 46, Somália sofreu falta na entrada da área e Éder bateu com extrema categoria, agora sem ajuda de ninguém, para colocar a bola no ângulo direito de Fernando Henrique.

Festa pelo empate heroico, com sabor de vitória, pela manutenção da invencibilidade de Sérgio Guedes e pela proximidade do G-4 do acesso. Mas fica a desconfiança pela instabilidade ocasional.

Jogo de sexta-feira, em casa, contra o ameaçado Barueri, vai mostrar se o meteorologista tem razão.

Título não é sinônimo de atenção plena ao esporte

Mesmo que de forma compartilhada com São Bernardo, São Caetano, Mauá e até São Paulo, Santo André acaba de sediar a 56ª edição dos Jogos Regionais da 1ª Região Esportiva.

Classificação final da Primeira Divisão apontou São Caetano em primeiro, seguida por São Bernardo, Santos, Santo André, Osasco, Praia Grande, Mongaguá e Ribeirão Pires.

Com o resultado, São Caetano se soma a São Bernardo na elite dos Jogos Abertos de Bauru, enquanto que Santo André vai disputar a Segundona.

Ribeirão Pires volta para a Segunda Divisão dos Regionais de 2013. Se Aidan Ravin for reeleito pode querer Santo André como sede vitalícia. Até aprender!

Já a Segunda Divisão dos Regionais terminou com Mauá em terceiro, Diadema em oitavo e Rio Grande da Serra em 21º. Considerando-se a grandeza dos municípios, nenhuma surpresa!

O resumão é pra deixar claro que ser campeão (nos Regionais, nos Abertos ou em qualquer competição regional ou nacional) nem sempre significa que todo o segmento esportivo seja tratado com a atenção e o respeito que sua importância merece. O que vale é o somatório.

Os Jogos mostram hegemonia e superioridade inquestionáveis de São Caetano e São Bernardo. Com indicadores socioeconômicos dos mais respeitáveis, investimentos dignos, competência profissional e infra-estrutura compatível, as conquistas são consequência natural.

Pela pujança econômica, Santo André bem que poderia investir mais e estar no mesmo patamar dos vizinhos vencedores. Mas, aqui, o sonho acalentado por Aidan Ravin parece ser outro. A exemplo de uma infinidade, premiado como Prefeito Amigo da Criança, agora ele reúne deméritos para pleitear o selo de Prefeito Inimigo do Esporte.

Mas o esporte pleno, de verdade, é bem maior do que a simples competição por medalhas, troféus e visibilidade discutível. O alto rendimento é apenas uma das inúmeras valências capazes de delinear o corpo inteiro do esporte.

Como será que as autoridades da São Caetano campeã tratam a formação e toda a cadeia das categorias de base de várias modalidades? E a São Bernardo campeã dos Regionais e dos Abertos do ano passado? Será que lá o esporte é respeitado enquanto ação social, instrumento de educação, saúde, inserção socioeconômica e até mesmo ferramenta de combate à violência?

E na cidade do Prefeito Inimigo do Esporte? Será que o esporte educacional é valorizado por meio de parcerias? E os Jogos Escolares? Refletem, mesmo, na prática, a grande oportunidade de revelação de talentos a serem lapidados para galgar os degraus de quem sonha com a medalha de ouro?

Será que a São Caetano de invejáveis índices da desenvolvimento humano cuida, de fato, de seus valorosos velhinhos, muitos deles aposentados da GM e das antigas cerâmicas? Em termos esportivos e de lazer, o que a cidade oferece para o idoso? Ginástica para a Terceira Idade, musculação, bocha, malha, truco, damas...

Será que a poderosa São Bernardo das automobilísticas e suas vertentes olha o esporte com o devido valor? É preciso checar. Não basta botar dinheiro e ganhar holofotes ( e visibilidade política) com as conquistas do futebol, do vôlei e do handebol.

É necessário muito mais! Será que as pessoas com deficiências são lembradas e respeitadas quando o assunto é atividade física adequada às necessidades de cada um?

E quanto à difusão esportiva? Será que o ABC promove eventos para todos os públicos? Maratonas pedestres e aquáticas, provas ciclísticas, Jogos Escolares e para Idosos, apresentações de ginástica para adultos e Terceira Idade, competições de judô e natação?

Hé espaço na agenda e dotação orçamentária para torneios de futebol, futsal, handebol, vôlei e basquete, todos entre crianças e adolescentes, como aqueles patrocinados pelo Consórcio Intermunicipal que nem sei se ainda existem?

Será que as sete cidades do Grande ABC, cada uma dentro das suas possibilidades, pensam, de verdade, com seriedade, no esporte dos 3Ds? Diversificação de atividades oferecidas, distribuição geográfica proporcional das opções e democratização dos espaços de forma gratuita.

Se a política dos 3Ds for implantada para todos, e não para poucos, com responsabilidade profissional e qualidade, é ponto para a sociedade. Sem privilégios! Mas é bom tomar cuidado com alguns professores de Educação Física que exercitam a enganação e o corporativismo como se ensinassem fundamentos de basquete.

E o futebol amador, como é tratado por todos? Com raríssimas exceções, nossos campos distritais servem a poucos, que se adonam do que deveria ser da comunidade. Quase sempre, o espaço é dominado pelo dono do "buteco", que faz um puxadinho e mora ao lado do vestiário com a família. Álcool, droga, roubos e até prostituição não são raros.

E a verba do esporte amador prometida antes das eleições? Nada de entregar de mão beijada para alguns dirigentes de times ou de ligas que não cumprem suas obrigações e ainda pagam jogadores de cidades da Região Metropolitana e do Litoral.

Valores limitados podem ser canalizados para o fubebol amador, mas com regras rígidas. Melhor mesmo seria restringir e fiscalizar gastos com arbitragem e premiação. Ligas nem sempre apresentam nota fiscal autêntica mas as Prefeituras acabam pagando sem a devida comprovação dos gastos.

Quanto à manutenção dos campos, deveria ser feita em parceria. Clube com permissão de uso, Poder Público e até mesmo empresas parceiras poderiam dividir as obrigações. Se não cumprir as exigências, perde a permissão/concessão. Simples e justo!

Por falar em espaços públicos, como será que nossas cidades têm lidado com a infra-estrutura esportiva? Sabe-se que, no quesito futebol profissional, enquanto São Bernardo e São Caetano cuidam do Primeiro de Maio e do Anacleto Campanella, Santo André faz promessas vazias e finge que não ignora o estado terminal do Bruno Daniel.

Como andam nossos ginásios poliesportivos, nossas quadras, piscinas, pistas e nossas áreas específicas para ginástica artística, judô, karatê e até mesmo o skate, que, embora encarado por alguns como lazer, é modalidade esportiva há muito tempo? Nossos Cesas, Ceus e cia têm fortalecido a formação e o esporte educacional ou sobrepõem atividades?

E meus companheiros de Educação Física, será que respeitam e são respeitados, motivados e valorizados? Como estão os salários dos professores, seus benefícios sociais, planos de carreira e condições de trabalho? É prudente dar valor a quem merece e mostrar o caminho da roça para os vagabundos.

Além de formar cidadãos, o esporte incorpora tudo isso; depende de tudo isso para crescer. Os títulos de Jogos Regionais e Abertos (feitos para poucos) são importantes como espelho e motivação a partir dos ídolos, mas não bastam. Como um todo, e para todos, o esporte é muito mais importante como direito do munícipe.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

25 km de parques, cinemas e doces lembranças

Pode parecer loucura, mas boa parte do domingo deste caipira e da esposa e companheira de viagem, Angela, foi de parques, cinemas e doces lembranças.
Tudo em 25km de caminhadas, amparadas por água de coco, castanha do pará, polenguinho e chocolate.

A começar pela rua Santo André, onde moramos. Por volta das 9h30min, descemos a Abílio Soares, cortamos a avenida exatamente onde era o antigo restaurante Napolitano, defronte ao Cine Santo André, na Alfredo Fláquer, e saímos na Gertrudes de Lima.

Primeira parada mais demorada para lembrar da história foi ali, bem atrás do antigo Cine Teatro Carlos Gomes. O primeiro (com 804 lugares) deu lugar à avenida Perimetral; o segundo (1.400 lugares) está infestado de desrespeito à beleza histórica.

De cinema, não tem mais nada. Dos fundos se enxergam andaimes e até a rua Senador Fláquer. Parece um esqueleto. São quatro paredes e nada mais, além de lembranças de uma adolescência vivida num dos cinemas mais antigos do Brasil. O que havia de patrimônio histórico a ser tombado e preservado está avirando saudade. Infelizmente!

Lamentamos o triste fim e seguimos "viagem". Afinal, nossa proposta era fazer o que denominamos Circuito dos 4 Parques (e quatro cinemas?). Senador Fláquer vazia e Oliveira Lima idem.

Pouquíssimas pessoas, mau cheiro e muita sujeira. Lá embaixo, quase na linha do trem, o saudoso Cine Tangará, que já comportou 3089 espectadores. Virou templo, igreja, salão ou coisa do gênero. Não muda muito. Ninguém escapa do dízimo.

Portas abertas e aquelas cadeiras antigas nos fizeram relembrar das matinês, das tardes de domingo; de namoros escondidos e beijos proibidos. Isso quando o maldito "lanterninha" não chegava. O senhor do flagra não dava moleza.

Sorrimos e picamos a mula, em passo acelerado. Antes de atravessar a passarela para ganhar o outro lado da linha, paramos quando a memória retrocedeu e captou a velha cancela. Antigamente, o "sino" tocava quando o trem se aproximava, a cancela descia e, de mala e cuia, o povão esperava, já sem tanta paciência.

Passarela superada, passamos defronte à antiga e famosa Rhodia de tantos empregos que se foram e poucos postos que se preservaram. Sobre o muro, deu pra ver os enormes galpões, as amplas alamedas e os gramados ainda bem cuidados.

Mas o odor de produtos químicos continua insuportável. Chega a irritar os olhos. Tanto quanto o do rio Tamanduateí, que atravessamos antes de subir a rua e chegar ao Parque Regional da Criança.

Fincado no Jaçatuba, o nosso P-1 está bem cuidado. Como sempre, e em todos os parques, os guardas municipais estavam de braços cruzados, jogando conversa fora ou falando ao celular. E olha que estava frio, viu! Custava andar um pouco?

Bem cuidada e com pedriscos, pista de caminhadas e corridas tinha poucas pessoas se exercitando. Bem diferente da academia ao ar livre, com vários aparelhos ocupados e apenas dois ( os de sempre) interditados. Quadra de tênis tinha pelo menos quatro candidatos na fila de espera.

Parque infantil estava recheado de ferinhas, com preferência por escorregadores, túneis, gira-giras, labirinto e muita areia. No campinho de futebol, de terra, rolava um 4x4 mirim com muita vontade mas sem qualquer talento precoce.

Hora de descer a avenida Itamarati, passar diante do Carrefour -- ali era o antigo clube da Rhodia, frequentado por nossos pais -- e, pelo velho viaduto da estação, ao lado do atual Grand Plaza, ganhar a entrada secundária do Parque Celso Daniel.

Ali mesmo na Industrial, ao lado dos novos hotéis. Onde antes ficavam a General Electric, a Fichet, a IAP, a Copas e tantas outras grandes indústrias que faliram ou se mandaram com o tempo, em busca de privilégios fiscais.

Nosso P-2 é aquele que um dia já foi Chácara GE, Chácara São Luiz e Parque Duque de Caxias. Belo, com árvores frondosas ( incluindo os restos da figueira centenária), cuidado e bem frequentado. São várias opções de pistas, com serragem ideal para minimizar o impacto.

Academia ao ar livre estava lotada. Exceção a dois aparelhos interditados, que serviam de mero apoio para conversas sem fim de quem fingia se exercitar. Parquinho também estava repleto, assim como o campo de futebol do rachão e as quadras externas.

Discretamente, alguns casais de meia idade esperavam o início da concorrida aula de dança. Bem interessante, mas não é o meu forte! Ao lado, as crianças, poucas, tinham como opção as brincadeiras do Expresso Lazer.

Duas voltas, e pé na estrada. Quer dizer, na avenida D. Pedro II. Paço municipal (com pichações inconcebíveis e eternamente sem guardas municipais a protegê-lo), Ramiro Colleoni e avenida Pereira Barreto. Com ninguém é de ferro, um pit stop estratégico no banheiro do Shopping ABC; e chegamos ao Parque Central pela ciclovia.

Antigamente, ali no P-3 havia lagoas naturais, hortas e até criação de gado. Lembro-me de que o curral, onde se tirava o leite, era nos fundos da casa da tia Itália, colado na torre da Eletropaulo e num eucalipto enorme. Volta e meia, quando eu vinha de São José do Rio Pardo, em férias infantis, nossas pipas ali se enroscavam. Olha o perigo da molecagem!

Demos apenas mais uma volta. Suficiente para ver muita criança brincando, poucos pescadores -- por causa do frio, lógico --, vários atletas de fim de semana na pista razoável e um sem-número de cachorros. Alguns puxaram aos donos. Bem mal-educados e sujões.

Não passamos na academia, mas tive tempo de reparar no pintassilgo solitário, no casal de canários da terra, no par de corujas assustadas sobre o cupinzeiro, nos seis quero-queros quietos e fora da área e no bem-te-vi à procura de uma fêmea para fazer a corte.

João-de-barro e sua companheira preferiam a corridinha rápida ao vôo rasante; não se intimidavam com o passa-passa de humanos apressados junto ao segundo lago, onde os biguás se deliciavam com tilapinhas e a garcinha solitária só ficava na sobra. Literalmente, corria e tentava comer pelas beiradas. Deu dó!

De repente, o telefone toca. Não, não era para a pobre garcinha; nem para o preguiçoso socó. Maira, Danilo, Victor e a pequena Júlia nos convidam para comer um cupim "no capricho". Aceitamos, lógico, mas avisamos que nossa meta seria cumprida no Ipiranguinha, ali onde está fincado o Corintinha de tanta tradição.

Um clube histórico, que completa 100 anos em agosto e onde o rei Pelé, a 7 de setembro de 1956, fez seu primeiro gol como jogador do inesquecível Santos bicampeão mundial interclubes em 62 e 63.

Futebol à parte, chegamos ao P-4 rapidinho. Não sem antes comprar o DGABC na banca do seu Zé e da dona Zélia, ao lado de onde já foi a Harmonia. Academia foi nossa por uma década. Muitos alunos e bons amigos.

Entramos no Ipiranguinha pela lateral e notamos, de cara, que na recém-implantada Praça do Exercício do Idoso só havia três pessoas. Um senhor, um adulto jovem e uma criança esperta brincando de trepa-trepa.

Já a academia ao ar livre, lá em cima, estava lotada e desta vez sem aparelhos quebrados. Único alerta é que duas crianças e dois adolescentes arteiros abusavam de um lugar que não é adequado para a idade. Afinal, o velho parquinho está a apenas 10 metros.

Tradicional feirinha (ou feirão?) de artesanato e outros quetais, principalmente tentações comestíveis, tinha bastante gente. Pista para caminhantes e corredores -- como nós -- poderia ser cuidada com mais carinho. Manutenção fica a dever.

Observação pesarosa fica por conta do que, infelizmente, não mais se vê. Há muito tempo, o símbolo do índio já não encabeça, um prédio que já foi posto a baixo. Nem igreja, nem cinema, nem estacionamento.

Pois é... outro cinema de tanta gente (1747 lugares) se foi. O Cine Tamoyo não ficou nem como patrimônio histórico. Virou poeira! Provavelmente, as telas e os atores que nos maravilhavam serão substituídos por centros cirúrgicos, tomógrafos, UTIs, médicos e inúmeros cidadãos em busca de uma saúde menos indecente e irresponsável.

Cumprido o Circuito dos Quatro Parques, devoramos o delicioso cupim ao lado de quem amamos, ali na vila Linda. Após o novo pit stop, esse longo e com direito a caipirinha de limão cavalo e sobremesa, voltamos pra casa, a pé. Quase seis horas depois, cansados, mas sem bolhas. Optamos pela Carijós, para evitar as subidas.

O P-4 foi legal, um desafio cansativo devido ao piso duro, mas compensador! O C-4, nem tanto. Afinal, sem a dignidade da memória, hoje os cinemas de rua de várias gerações de andreenses são apenas saudades. Doces lembranças de tardes de domingo que não voltam mais.

sábado, 14 de julho de 2012

Azulão ganha e Ramalhão só empata

O futebol profissional do Grande ABC teve uma vitória e um empate-derrota nas rodadas de hoje das Séries B e C do Campeonato Brasileiro.

A vitória foi do São Caetano, que não mostrou futebol convincente diante do Joinville. O 1 a 0, gol de pênalti de Marcelo Costa, significa a ampliação da invencibilidade do técnico Sérgio Guedes para oito jogos.

Com 60% de aproveitamento, agora o Azulão está em quinto lugar na Série B com 18 pontos ganhos, a apenas dois do G-4 do acesso, liderado pelo Criciuma.

O São Caetano foi bem, como um todo, no primeiro tempo, mas caiu demais no segundo, quando o Joinville melhorou a marcação e dominou. Não fosse a boa performance do sistema defensivo( o melhor do campeonato), dificilmente o Azulão sairia com a vitória.

Próximo jogo do time da Região será terça-feira, em Fortaleza, diante do Ceará.

Já o empate-derrota pra quem joga como mandante aconteceu em Araras, onde o Santo André fez o segundo dos três jogos de punição imposta pelo STJD.

Pelo Grupo B da Série-B, o Ramalhão, que vinha de boa vitória sobre o Brasiliense, empatou de 0 a 0 com o Vila Nova.

Foi um pouco melhor e manteve a invencibilidade, mas desperdiçou as poucas oportunidades de gol que criou. E ainda levou uma bola na trave no final do jogo.

Santo André é o terceiro colocado do grupo com cinco pontos ganhos, atrás de Madureira (9) e Macaé (6). Sábado, no Rio, o Ramalhão pega exatamente o líder, também invicto.

Regionais: ABC ganha 79% dos títulos

Terminou hoje, em Santo André, a 56ª edição dos Jogos Regionais da 1ª Região Esportiva. No último dia, a campeã São Caetano ganhou os títulos de basquete masculino-21 (87 a 69 sobre Barueri) e futebol feminino livre (3 a 2 sobre Cotia).

Vice-campeã na classificação geral, São Bernardo, ganhou medalha de ouro no futsal feminino-21 (4 a 2 sobre Osasco), enquanto que Osasco ficou em primeiro no futsal masculino livre com o empate de 1 a 1 com Mauá.

Dos 57 títulos em jogo na Primeira Divisão, o Grande ABC confirmou supremacia ao ganhar nada menos que 45 ( 79%), sendo 28 com São Caetano, 13 com São Bernardo e quatro com Santo André. Os outros títulos ficaram com Santos (nove), Osasco, Barueri e Praia Grande.

Classificação final apresentou São Caetano em primeiro com 379 pontos, 102 a mais do que em 2011, quando ficou em terceiro lugar. São Bernardo foi vice com 330 pontos, 16a menos do que no ano passado, quando foi campeã.

Santos terminou em terceiro lugar com 306 pontos, 26 a menos do que em 2011, quando terminou em segundo. Santo André fez um ponto a menos do que no ano passado (245 a 246) e repetiu o quarto lugar.

Osasco também repetiu o quinto lugar de 2011, mas com 22 pontos a mais, enquanto que Praia Grande fez 20 pontos a mais e ficou no mesmo sexto lugar. Mongaguá, 7ª com 69 pontos, e Ribeirão Pires, 8ª com apenas 9 pontos, voltam à Segundona em 2013.

São Caetano (campeã dos Regionais 2012) e São Bernardo (campeã dos Abertos de 2011) garantiram vaga na elite, em novembro, em Bauru. Santos e Santo André vão disputar a Segundona.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DA SEGUNDA DIVISÃO

Guarujá (campeã) e Cubatão (vice) voltam à Primeira Divisão dos Jogos Regionais em 2013. Guarujá ficou em primeiro na Segunda Divisão de Santo André com 259,5 pontos, contra 208 de Cubatão e 185,5 de Mauá.

São Vicente ficou em quarto com 160,5 pontos, Cotia em quinto com 157,5, Embu das Artes em sexto com 130, Taboão da Serra em sétimo com 109 e Diadema terminou em oitavo com 106. Rio Grande da Serra foi a 21ª e penúltima colocada com sete pontos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Investimento + competência = elite nos Abertos

Conforme previsto, considerando-se o alto nível de investimento, competência e de respeito ao esporte, São Caetano e São Bernardo serão os representantes do Grande ABC na elite dos Jogos Abertos do Interior.

Santo André, cuja administração destina orçamento pífio e trata o esporte com certo menosprezo, vai disputar a Segunda Divisão em Bauru. Ribeirão Pires, que subiu no ano passado, nem deveria ter disputado os Regionais. Volta para a Segundona em 2013. Não se preparou, foi figurante e terminou na lanterna.

Com 357 pontos e 26 dos 54 títulos já definidos, São Caetano confirmou hoje a conquista da 56ª edição dos Jogos Regionais da 1ª Região Esportiva e a vaga na Primeira Divisão dos Abertos. Em 2011 São Caetano ficou em terceiro.

Segunda colocação da tradicional competição poliesportiva, novamente sediada por Santo André, fica com São Bernardo, independente das finais de amanhã -- futebol feminino, futsal masculino e basquete masculino-21.

Campeã do ano passado e já classificada para a Olimpíada Caipira, São Bernardo conquistou até agora 13 títulos e soma 313 pontos. Santos, com nove títulos, está em terceiro com 301, mas não pode alcançar as cidades do Grande ABC. Por isso, em novembro, vai disputar a Segundona.

Santo André, com quatro títulos e nenhuma prioridade ao alto rendimento, assumiu hoje a imaginada quarta colocação com 222 pontos, mas pode perder a vaga para Osasco, que está em sexto com 213. A anfitriã depende dos resultados do último dia dos Regionais para repetir ou não a classificação do ano passado.

Praia Grande está em quinto lugar com 218 pontos, mas não chega por estar fora das decisões de amanhã. Mongaguá, com 55 pontos, e Ribeirão Pires, com nove, estão rebaixadas para 2013.

Hoje, São Caetano ganhou ouro em xadrez masculino-21, taekwondo masculino e feminino e bocha; São Bernardo foi primeira no basquete masculino e em damas; Santo André triunfou com o sempre favorito basquete feminino e Santos no xadrez masculino livre.

A liderança da Segunda Divisão dos Regionais de Santo André está com Guarujá, com 239,5 pontos, enquanto que Cubatão está em segundo com 202. Ambas sobem para a Primeira Divisão em 2013.

Mauá está em terceiro com 170,5 pontos, contra 151,5 de São Vicente, 139,5 de Cotia, 116 de Embu das Artes e 101 de Diadema, a sétima colocada. Rio Grande da Serra,com 7 pontos, é a penúltima colocada.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Santos assume segundo lugar nos Regionais

Após nove dias de competições e 46 títulos definidos, os Jogos Regionais da 1ª Região Esportiva estão chegando ao fim, com altos e baixos das sete representantes do Grande ABC.

Na Primeira Divisão, saldo positivo para São Caetano e São Bernardo. São Caetano é líder e está próxima da vaga na elite dos Jogos Abertos. Só não disputa a elite em Bauru se ficar atrás de Santos.

A diferença para Santos, que ontem fez expressivos 65 pontos e assumiu o segundo lugar, é de 39 (314 a 275). Com quatro pontos a menos, São Bernardo caiu para o terceiro lugar, mas, como campeã dos Jogos Regionais e Abertos de 2011, tem vaga assegurada em Bauru.

Como previsto, principalmente em função do baixo investimento no esporte, Santo André briga pelo quarto lugar com Praia Grande e Osasco. Está em quinto, com apenas três pontos de vantagem sobre Osasco. Portanto, também pode cair para sexto. Todas vão disputar a Segundona em novembro, na Cidade sem Limites.

Outra representante do Grande ABC, a caçula Ribeirão Pires teve participação insignificante e volta para a Segunda Divisão dos Regionais em 2013.

Mauá, Diadema e Rio Grande da Serra não apresentam surpresas na Segunda Divisão. Nenhuma delas deve subir. Mauá está em terceiro, ainda com chances, mas é pouco provável que tome a vice-liderança de Cubatão. Ontem, Guarujá assumiu o primeiro lugar.

Diadema tem oscilado entre o sexto e o oitavo lugares, enquanto que a ainda frágil Rio Grande da Serra ocupa a última colocação ao lado de Juquitiba.

CLASSIFICAÇÃO OFICIAL

Primeira Divisão: 1º) São Caetano, com 314 pontos; 2º) Santos, 275; 3º) São Bernardo, 271 4º) Praia Grande, 198; 5º) Santo André, 183; 6º) Osasco, 180; 7º) Mongaguá, 42 e 8º) Ribeirão Pires, 4.

Ontem, São Caetano ficou com a medalha de ouro na natação masculina, no tênis de mesa masculino e no basquete feminino-21. São Bernardo ganhou na ginástica rítmica e no tênis de mesa feminino-21.

Santo André conquistou ouro no tênis de mesa masculino-21, Santos ganhou no tênis de mesa feminino livre e na natação feminina e Barueri ganhou no futsal masculino- 21.

Até agora, São Caetano tem 22 títulos, Santos tem oito, São Bernardo, 11; Santo André, três; Praia Grande e Barueri, um.

Observação: boletim oficial só foi publicado no site oficial dos Jogos nos primeiros minutos de hoje, sexta-feira, penúltimo dia de competições.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Palmeiras valente e campeão invicto

De forma invicta, o valente Palmeiras acaba de calar o Estádio Couto Pereira, em Curitiba, e ganhar o título da Copa do Brasil, além da vaga na Libertadores de 2013.

Para quem poderia até perder, o empate de l a l com o bom Coritiba e a consequente conquista foram incontestáveis. Betinho, com passagem apagada pelo São Caetano, foi um dos heróis e fez o gol do campeão.

O primeiro tempo da decisão foi o oposto do que aconteceu no primeiro jogo, na Arena Barueri, quando o Coritiba foi bem superior.

O inteligente Palmeiras foi melhor. Marcou com determinação e não abdicou do jogo quando retomou a posse de bola. Em velocidade, principalmente pela esquerda, o time de Felipão contragolpeava com perigo.

Apenas o armador Daniel Carvalho destoava, pela lentidão e pelos passes errados. Mesmo assim, foi o Palmeiras quem esteve mais próximo de marcar, com Juninho, Betinho e Marcos Assunção.

Nervoso, marcando mal, rifando a bola e atacando sem a mínima organização, ontem o Coritiba foi decepcionante. Só chegou uma vez com real perigo, aos 29 minutos, com Rafinha. Faltou ao time de Marcelo Oliveira alguém capaz de pensar e ao mesmo tempo incendiar o time.

Mesmo assim, o Coritiba voltou com os experientes Tcheco e Lincoln ainda no banco e Airton no lugar do lateral-direito Jonas, que jogou sobrecarregado por falta de dobra na marcação ou cobertura.

Mais disposto, determinado e ousado -- e não poderia ser diferente -- o time paranaense voltou pressionando. Mas faltou criatividade e o time exagerou nos levantamentos. Até os 10 minutos, criou só uma oportunidade, com Everton Costa.

Aos 12 minutos Felipão colocou o mais aplicado e tático Luan -- 10 minutos depois ele sentiu lesão muscular -- no lugar do apagado Daniel Carvalho. Por seu lado, o Coritiba fez o inverso: trocou o marcador Sergio Manoel pelo mais ofensivo Lincoln.

Quatro minutos depois, a pressão e as substituições deram resultado. Lincoln sofreu falta e Airton cobrou com categoria, no canto direito alto de Bruno, para fazer 1 a 0.

A partir daí, era de se esperar que o jogo ficasse eletrizante, com o Coritiba correndo todos os riscos possíveis para chegar ao segundo gol. Mas não deu tempo porque Betinho empatou aos 20 minutos, de cabeça, após falta cobrada por Marcos Assunção, que ainda mandou uma bola na trave.

Para chegar ao título, o Coritiba precisava fazer 4 a 1. Dominado pelos nervos e sem espaços devido à forte marcação do Palmeiras, só chegou duas vezes, com Anderson Aquino e Rafinha. Pouco pelo tamanho do seu futebol!

Sem ser pressionado, o Palmeiras se limitava a marcar e fazer o tempo correr, sob o canto de sua torcida. Depois de 14 anos da conquista da Copa do Brasil em 98, também com Felipão, enfim, outro título tão sonhado. E a vaga na Libertadores.

Méritos de um time limitado, mas valente. Muito valente! Ao Coritiba sobrou o consolo do vice, como no ano passado, quando perdeu a decisão para o Vasco.

São Caetano mais perto da elite dos Abertos

A quarta-feira, oitavo dia de competições dos Jogos Regionais de Santo André, teve a definição de títulos de karatê, xadrez e vôlei de praia da Primeira Divisão. E São Caetano deu passo importante para ficar com o título.

Líder e principal candidata à vaga na elite dos Jogos Abertos de Bauru, a cidade foi ouro no vôlei de praia masculino e no karatê masculino e feminino. Campeã no ano passado, São Bernardo ganhou no vôlei de praia feminino e no xadrez feminino-21, enquanto que Santos foi melhor no xadrez feminino livre.

Já foram definidos 37 títulos, com destaque para São Caetano, que conquistou 19, contra nove de São Bernardo, seis de Santos, dois de Santo André e um de Praia Grande.

São Caetano, São Bernardo e Santos estão nos três primeiros lugares, enquanto que Santo André, Praia Grande e Osasco brigam pelo quarto. A tendência é que São Caetano faça companhia a São Bernardo (confirmada por ter sido campeã)na Primeirona, em Bauru, enquanto que Santos e Santo André ficariam mesmo na Segundona.

O campeão disputa Primeira Divisão dos Jogos Abertos, em novembro. Se São Bernardo for bi em Santo André, abre a vaga para o vice. Os dois últimos caem para a Segundona dos Regionais do ano que vem. Como previsto, Ribeirão Pires e Mongaguá.

Por problemas técnicos, a Coordenadoria de Esportes e Lazer do Estado (promotora do evento) só conseguiu divulgar o boletim de número 8 hoje. Ainda assim, por enquanto, 9h30min) sem a confirmação oficial da classificação geral. ***

Destaques da programação de hoje, além das definições dos títulos de natação e ginástica artística: Santo André x São Bernardo no basquete feminino livre, às 17h no Dell'Antonia; Santo André x São Caetano no futebol feminino livre, às 15h no campo do Nacional (Cidade dos Meninos), Santo André x São Bernardo no futsal masculino livre, às 19h no Camilópolis (Noêmia Assumpção), e São Caetano x São Bernardo no futsal femino 21, às 16h no Joaquim Cambaúva, em São Caetano.

CLASSIFICAÇÃO ATUALIZADA

*** P.S.: Boletim 8, retificado, agora com a classificação oficial após as competições de ontem: Primeira Divisão - 1º) São Caetano, 253 pontos; 2º) São Bernardo, 221; 3º)Santos, 210; 4º)Praia Grande, 164; 5º) Santo André, 154; 6º) Osasco, 147; 7º)Mongaguá, 34 e 8º) Ribeirão Pires, 4.

Segunda Divisão - 1º) Cubatão, 154; 2º) Guarujá, 145,5; 3º) Mauá, 100,5; 4º)São Vicente, 96,5; 5º) Embu das Artes, 93; 6º) Cotia, 90,5; 7º) Diadema, 71 e 8º) Barueri, 67. Rio Grande da Serra está em último lugar com apenas um ponto ganho.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Regionais: líder S. Caetano já ganhou 16 títulos

O sexto dia de competições dos Jogos Regionais de Santo André foi marcado pelo início de várias modalidades e pela decisão do título de futebol masculino da Primeira Divisão.

A medalha de ouro ficou com Santos, que derrotou Osasco por 2 a 1 e ganhou nove pontos, mas continua em terceiro lugar na classificação geral, agora com
174. Osasco está em sexto lugar, agora com 123 pontos, apenas quatro a menos que Santo André, cujo futebol decepcinou ao terminar em sétimo.

A briga pela medalha de prata, São Caetano venceu São Bernardo por 2 a 1, fez mais seis pontos e se mantém como líder geral com 207, à frente de São Bernardo, agora com 180 pontos.

Hoje, São Caetano também ganhou medalha de ouro na natação (PPD). São Bernardo ficou em segundo, Santos em terceiro, Praia Grande em quarto e Santo André em quinto.

Dos 31 títulos definidos nos Regionais, São Caetano ganhou 16. Vice-líder, São Bernardo levou sete ouros. Santos conquistou cinco títulos, enquanto que Santo André está com dois e Praia Grande com um.

Os Regionais são classificatórios aos Jogos Abertos do Interior, que serão disputados em novembro. A princípio, os campeões dos oito Regionais estarão entre os 14 municípios que competirão na elite em Bauru.

Na Primeira Região, apenas São Bernardo tem vaga garantida, pois foi campeã nos Abertos de Mogi das Cruzes. São Caetano, Santos e Santo André, com mínimas possibilidades, brigam pela vaga. Se São Bernardo ganhar novamente os Regionais, o vice se classifica à Primeira Divisão dos Abertos.

Além dos oito qualificados nos Regionais, estarão presentes Bauru (cidade-sede),os três primeiros da Primeira Divisão dos Abertos de 2011 (São Bernardo, São José dos Campos e Piracicaba)e campeão e vice da Segunda Divisão (Guarulhos e Santana do Parnaíba).

Arena Brunão. É muito bom pra ser verdade!

Não é novidade pra ninguém, mas o DGABC de ontem voltou a divulgar fantástica e ainda utópica intenção do prefeito Aidan Ravin.

Agora bem perto das eleições municipais, o prefeitão garante que vai mesmo transformar o quase abandonado Estádio Bruno José Daniel numa moderna arena multiuso.

Incrível, mas o provavelmente bom repórter de política do Diario publicou a matéria como revelação. Talvez Fabio Martins tenha errado apenas na escolha do verbo. Mas alguém comeu bola. Possível interesse, ou blefe, já rola há algum tempo.

É que a gente nunca sabe quando o chefe do Executivo andreense está blefando, falando a verdade ou simplesmente contando com o ovo antes de a galinha botar. No caso, uma verdadeira galinha dos ovos de ouro.

Prefeitão não me parece um falastrão, mas já passou pelas três fases em diversas ocasiões. Independente do assunto, as palavras do candidato nem sempre são confiáveis.

Anunciado investimento de grupos português e espanhol chegaria à casa dos R$60 milhões. Arena multiuso com um novo Brunão, além de centro de convenção, minishopping e torres comerciais, com planejamento urbanístico de primeiro mundo.

Problema é que o prefeitão anda fazendo esta e outras promessas ligadas ao esporte há algum tempo, mas, até agora, nada. Não dá pra confiar. Pela matéria, Aidan diz que o acordo está praticamente certo.

É muito bom pra ser verdade! Se as palavras não fossem ditas por um político, em ano eleitoral, seria sensacional. Como 90% dos escolhidos pelos eleitores são cínicos, mentirosos e incompetentes, só acredito vendo. Preto no branco! Aí, sim, aplausos à ousadia.

Por enquanto, vejo como apenas mais uma promessa de outro sério candidato ao prêmio Prefeito Inimigo do Esporte. Amigo da Criança, mas Inimigo do Esporte. Se for fantasia, enganação barata, sem consistência, é mais fácil Aidan ganhar o novo selo do que a eleição.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Santo André faz 34 pontos e já é 5ª nos Regionais

Sempre protagonistas, São Caetano e São Bernardo brigam cabeça a cabeça pela liderança e pelo título dos Jogos Regionais de Santo André. No ano passado deu São Bernardo, Santos, São Caetano e Santo André, pela ordem.

O boletim oficial de nº 4, após as competições de sábado, mostrava São Caetano em primeiro com 104 pontos, apenas cinco à frente da vizinha, rival direta. Santos vinha em terceiro com 82. Santo André estava em sexto com 58 pontos.

Boletim 5, de ontem, apresentava São Caetano com 163 pontos, 25 a mais que São Bernardo, a campeã do ano passado. Santos vinha em terceiro com 126 pontos, a 37 pontos do líder. A anfitriã, ainda coadjuvante mas em ascensão, continuava em sexto, com 84 pontos.

Encerradas 11 das 22 modalidades em disputa, o B6, divulgado agora há pouco, traz São Caetano com 189 pontos, São Bernardo com 165, Santos com 156 e Praia Grande com 120. Em quinto, com apenas dois pontos a menos, aparece Santo André, em sexto Osasco com 115, em sétimo Mongaguá com 26 e em oitavo Ribeirão Pires com apenas quatro.

Santo André foi a cidade que mais pontuou hoje, com o título de malha -- antes, já ganhara ouro na ginástica artística feminina até 14 anos --, os vices de vôlei masculino-21 e damas, e os dois quartos lugares em ciclismo, além de um ponto de bonificação.

Por isso assumiu o quinto lugar na classificação geral e está prestes a ultrapassar Praia Grande, chegando ao previsto quarto lugar. Osasco caiu de quarto para sexto e Praia Grande de quinto para quarto.

No dia, Santos fez 30 pontos, São Bernardo 27, São Caetano 26, Praia Grande 16, Mongaguá nove, Osasco seis e Ribeirão Pires quatro.

Hoje, foram definidos cinco títulos. São Caetano foi campeã no ciclismo masculino e no vôlei masculino-21, além de vice no ciclismo feminino e terceira na malha.

São Bernardo ganhou medalha de ouro com damas, foi vice na malha e terceiro no ciclismo, tanto masculino quanto feminino. O único titulo de hoje que não ficou no Grande ABC foi o do ciclismo feminino, conquistado por Santos.

Pela Segunda Divisão, Cubatão mantém a liderança com 108 pontos. Em segundo continua Guarujá com 99,5 pontos, em terceiro Mauá com 92, em quarto São Vicente com 83, em quinto Embu das Artes com 82, em sexto Cotia com 71,5, em sétimo Diadema com 67 e em oitavo Carapicuíba com 62.

Jogos Regionais são classificatórios aos Jogos Abertos do Interior. Bauru será sede, em novembro.

São Caetano lidera Jogos Regionais

Após quatro dias de competição, São Caetano lidera a 56ª edição dos Jogos Regionais, sediados por Santo André e compartilhados com São Bernardo, São Caetano, Mauá e São Paulo, que também recebem sete modalidades.

São Caetano está na ponta da Primeira Divisão com 163 pontos, contra 138 de São Bernardo, 126 de Santos, 109 de Osasco e 104 de Praia Grande. A anfitriã oficial, Santo André, aparece em sexto lugar com 84 pontos, contra apenas 17 de Mongaguá, que está em sétimo.

No quarto dia de JR (para poucos), São Caetano passeou e ganhou quatro medalhas de ouro no judô e no atletismo. No vôlei e no tênis, o passeio dourado foi de São Bernardo.

Segunda Divisão é liderada por Cubatão com 92 pontos, contra 76,5 do Guarujá. Mauá vem em terceiro com 67, Cotia em quarto com 61,5 e São Vicente com 57. Diadema está em sexto lugar com 56 pontos.

Disputados por 30 municípios, em 22 modalidades, os Regionais vão até dia 14, o próximo sábado. Já foram encerrados atletismo, capoeira, biribol, judô, ginástica artística, tênis e handebol.

Líderes na contagem geral e por enquanto os maiores ganhadores de medalhas de ouro nesta edição, São Caetano e São Bernardo são mais uma vez favoritas a conquistar o título. Santo André sonha com o quarto lugar.

domingo, 8 de julho de 2012

UFC: cortaram a língua do falastrão

Chael Sonnen fala muito. Pior é que o americano descarrega uma carreta de besteira cada vez que abre a boca. O cara liga o automático e destramela.

Sonnen parece matraca de Semana Santa, aquela da procissão. Promove um evento de UFC como poucos, mas exagera. Vomita ofensas pessoais! Exala desrespeito e preconceito!

Por isso, embora não seja nenhum mamão-com-açúcar, mereceu o pau que levou do brasileiro Anderson Silva, hoje de madrugada em Las Vegas.

O americano foi melhor no primeiro assalto. Mas foram cinco minutos de superioridade estéril, sem contundência e sem competência para finalizar. Vacilão, pretensioso, acabou dominado e nocauteado inapelavelmente no segundo assalto.

Foi a 15ª vitória consecutiva do invicto campeão mundial dos pesos meio-médios. O Corinthians é um dos patrocinadores da fera por meio de Ronaldo Fenômeno. Parceria de quem conhece o caminho das conquistas.

Confesso que, mesmo com muito sono, fiquei acordado até de madrugada só para ver a luta, mas não sou fã do MMA. Consigo admirar o judô, a capoeira, o jiu-jitsu e principalmente o boxe, mas ainda vejo o MMA como briga de rua (das antigas, de braços e pernas) com predominância de pancadaria.

O pugilismo também tem seu lado violento, é até discutível como esporte, mas sempre tive ídolos no boxe técnico, bem jogado. Nobre arte, na verdadeira acepção da palavra. Respeito, mas jamais aplaudi brutamontes como joe Frazier, Mike Tayson, Primo Carnera, Maguila e cia.

Sempre preferi enaltecer a técnica de pugilistas como Éder Jofre ( o nosso eterno Galo de Ouro), Sugar Ray Leonard, Muhamad Ali, Julio Cesar Chavez e o recém-falecido e lendário Teófilo Stevenson, o tricampeão olímpico cubano que deu as costas ao profissionalismo.

Há técnicas no MMA, lógico, mas a porrada come solta. Quem sabe algumas regras mais rígidas não me façam mudar de idéia? Meus filhos curtem muito. Principalmente o Fábio, o mais velho, que também adora carros. Felizmente, o respeito de opiniões é mútuo.

Então, por que assisti? Porque me senti ofendido com a prepotência e a falta de educação do americano. Torci mesmo para que o corintiano o cobrisse de pancada e ainda arrancasse um pedaço da língua do falastrão, que chegou a ofender a família de Anderson e o povo brasileiro.

De posse do cinturão, de forma sensata, foi legal Anderson Silva pegar o microfone e sugerir que, por educação, o público aplaudisse também o papagaio nocauteado. Em seguida, malandra e ironicamente, Anderson o convidou para um churrasco em sua "humilde residência".

Juro que estava com receio de derrota, mas as respostas do brasileiro, no octógono e no gogó, foram à altura de um campeão.

sábado, 7 de julho de 2012

Ouros merecidos para o handebol de S. Bernardo

Com méritos indiscutíveis, o handebol de São Bernardo ganhou duas medalhas de ouro agora há pouco no Ginásio Noêmia Assumpção, em Santo André.

Público no Camilópolis foi maior do que o da abertura dos Jogos Regionais (para poucos), quarta-feira no vazio Dell'Antonia. Também, não precisava muito.

No feminino, após 10 a 7 no primeiro tempo, São Bernardo superou Santo André por 18 a 13 e vingou a derrota sofrida no primeiro turno do Campeonato Paulista.

Santo André começou o clássico melhor, dando a impressão de que a decisão seria mesmo equilibrada, complicada. Mas São Bernardo reagiu, melhorou a transição ao encurtar a marcação e acertar os passes e as finalizações, até então deficientes. Por isso abriu três gols. Mesmo sem ser brilhante.

Na segunda etapa, São Bernardo (Metodista) abriu quatro gols, mas o jogo mudou momentaneamente quando a goleira Flávia fez mais uma boa defesa em contragolpe puxado por Tayra.

Motivadas, as meninas do técnico Piazza cresceram e diminuiram a diferença para dois gols ao passar a jogar no 4-2, com variação para o 3-3. Piazza utilizou até mesmo a marcação quase individual, mais adiantada, pressionando no meio da quadra.

Sem tempo para pensar e espaços para jogar, São Bernardo voltou a crescer com consistência exatamente quando a mesma Flávia -- aparentemente por discordar da marcação de um tiro de sete metros/pênalti -- deu um bico na grade de proteção. Punida pela reação, ficou fora por dois minutos e o time jamais foi o mesmo.

Mais forte, mais veloz e mais organizado taticamente, o time do ex-jogador Agberto dominou as ações ofensivas, se aplicou na marcação e abriu 18 a 11. Só no final permitiu mais dois gols andreenses. Mas o jogo estava ganho.

Vitória justa de quem foi melhor. Mais uma medalha de ouro incontestável!

Antes, pelo masculino, São Bernardo confirmou favoritismo quilométrico e ficou com o título ao massacrar Taboão da Serra. Foi mais de 50 a menos de 10. Acho! E explico:

Como a medalha dourada estava ganha e era jogo/passeio de um time só, preferi ir até o lado oposto da arquibancada para dar um abraço carinhoso no amigo Alberto Rigollo, gerente de esportes da Metodista e uma das figuras mais importantes do handebol brasileiro.

Não perdi nada além do resultado final. O abraço sincero não poderia ser adiado. E o jogo estava definido. Ganhei o sábado ao rever um amigo que respira handebol e já fez muito pelo esporte.

Só pra fazer constar: quem confiou no DGABC para ver a final feminina dançou. O Diario informou que a decisão começaria às 18h30 quando o boletim oficial anunciava 17h. Ainda bem que eu liguei para o sempre dedicado e eficiente PH...

Em tempo: o atropelamento da Metodista terminou 49 a 7.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Deu Palmeiras! Sobrou incompetência!

1- Não foi houve falta sobre Valdívia no lance que originou o primeiro gol do Palmeiras no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil.Incompetência!

2- Betinho e Jonas se agarraram. Não foi pênalti, mas o árbitro Wilton Pereira Sampaio entendeu diferente. Aos 46 minutos do primeiro tempo, Valdívia bateu com categoria. Competência!

2- O pênalti de Márcio Araújo sobre Tcheco foi claríssimo. Um rapa rídículo. E o juizão não titubeou. Segue o jogo! Incompetência!

3- Expulsão de Valdívia foi exagerada. Incompetência! Lance normal significou o segundo cartão amarelo. Desfalque sensível para o jogo de volta, assim como Barcos, operado.

Em compensação, Henrique, outro expulso injustamente contra o Grêmio, volta. Fortalece o meio-campo de quem pode até perder e induz Felipão a escalar três volantes, um meia e dois atacantes de velocidade para ser campeão no contragolpe.

4- Maurício Ramos merecia cartão amarelo quando agarrou Júnior Urso em contragolpe com cheiro de gol. Jogador do Coritiba quase ficou sem calção. Juizão estava colado mas não deu nada. Incompetência!

5- Além de todos esses lances capitais, o árbitro inverteu ou deixou de marcar inúmeras faltas e saídas de bola, de lado a lado. Valdívia também apanhou muito e os cartões para o Coritiba foram econômicos. Um conjunto de incompetências!

Arbitragem foi lastimável, uma das piores do ano, e pode ter decidido o título da Copa do Brasil. Só que o Palmeiras não tem culpa de nada.

Levou um baile no primeiro tempo. Não achou a bola. Mas achou um gol de bola parada. Muito melhor, o Coritiba de Marcelo Oliveira perdeu quatro chances incríveis. Faltou competência na conclusão.

No segundo tempo, o Palmeiras marcou melhor e se aplicou dentro das próprias limitações. Mesmo sem força ofensiva, poderia ter decidido o jogo e o título se Maikon Leite não desperdiçasse o contra-ataque. Competência e incompetência!

O Coritiba, embora ainda melhor, rápido e mais envolvente, chegou menos. Pagou pelos pecados capitais da primeira etapa. Agora, vai ter de jogar o que sabe ( e sabe muito) para reverter o resultado. Díficil! Mas não falta competência. É muito mais time!

O Palmeiras ganhou porque teve competência para fazer dois gols. O de Thiago Heleno, de cabeça, também começou com outra falta cobrada por Marcos Assunção.

O Coritiba perdeu porque não foi competente para fazer ao menos um durante o passeio. Já o juizão foi incompetente do primeiro ao último minuto.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sob o testemunho da lua cheia

Particularmente, prefiro a maravilha do futebol-arte. Admiro o futebol criativo, de plasticidade técnica. Aprendi vendo Pelé, Ademir da Guia, Gérson, Pedro Rocha, Rivelino...

Particularmente, acho imprescindível ter objetividade e jogar de forma verticalizada, sempre em direção ao gol. Também sou adepto de 90 minutos carregados de emoção, com lances que fazem o coração acelerar descompassado.

Particularmente, hoje, sou fã do futebol de Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Iniesta, Fábregas, Xavi e cia bela. Sou fã de quem sabe jogar.

Pois é... O contraditório é que nem sempre a estrela ganha o jogo. Beleza não é sinônimo de título. O fenomenal Barcelona eliminado e o limitado Chelsea campeão da Liga dos Campeões são exemplos indiscutíveis de paradoxos explicáveis. Competência!

Assim como o Barcelona de Iniesta, Xavi e Messi, o Santos de Neymar, Ganso e Arouca foi eliminado na semifinal da Libertadores. O algoz foi o Corinthians, que acaba de ganhar o título inédito ao passar por um Boca Juniors que se apoia na história de seis conquistas mas hoje não assusta ninguém. Merece respeito, mas não mete medo.

Empurrado por 40 mil loucos e sob o clarão da lua cheia, foi assim ontem no Pacaembu. Se estivesse chovendo, também seria assim.

Quando o Corinthians de Emerson não foi submisso e ousou atacar, o Boca de Riquelme abriu as pernas. Se apequenou e, bem marcado,dominado, começou a querer dar porrada.

Cantado em prosa e verso, o Boca não criou nada. Os guerreiros incansáveis não deixaram. O Corinthians de Tite não permitiu. Os operários e a estratégia de jogo de Tite não permitiram.

Como devoto e torcedor do Corinthians, prefiro a ousadia ofensiva. Não tenho medo de correr risco, de perder. Faz parte. O que não pode é se acovardar. Mas sou obrigado a reconhecer que Tite foi o principal homem do campeão invicto.

A começar pela capacidade de gerenciar pessoas, de administrar egos, de liderar com profissionalismo, ética e invejável conjugação de justiça e comprometimento.

Tite teve cômpetência para armar como deveria armar, treinar o que tinha de aprimorar, barrar quem tinha de melhorar. Sem olhar a quem.

Também substituiu quem não estava bem e manteve personalidade para não entrar na pilha de quem exigia o time no ataque, sufocando um Boca matreiro, mas não invencível.

Depois de um primeiro tempo murcho, chato, sem chances de gol e perigoso ( bom só para o Boca), estava na cara que o Timão de tanta gente sofrida voltaria para o segundo diferente, mais com cara de Corinthians do que de Tite.

O defensivismo de doação do conjunto foi executado com perfeição. Como sempre! Tanto que é a melhor defesa da história da Libertadores.

O ofensivismo de ocasião foi objetivo, produtivo e fatal. Meu nome é Émerson! As limitações táticas, físicas e defensivas dos argentinos são visíveis. Por isso, respeito em excesso tinha cheiro de angústia e covardia. Sem contar o nervosismo que fazia a bola queimar nos pés, dando chances para a marcação chegar.

Mas, inteligente e concentrado, o iluminado Tite sabia o que estava fazendo. Sua leitura de jogo era racional e perfeita. Bem diferente da visão apaixonada do torcedor comum. Assim é o futebol moderno, mais à europeia.

Por isso deu Corinthians! Os deuses da justiça estavam de plantão. Não adiantou meio-mundo torcer contra. O Corinthians foi maior! A inveja perdeu! A humilhação está enterrada. O bulling soterrado! Que encontre outra vítima!

Pra quem gosta da arte e da plasticidade, foi mais um jogo sem graça, como Chelsea x Barcelona. Principalmente para argentinos e anticorintianos mais abusados.

Pra quem enxerga o desenho tático, a dedicação, e sente a carga emocional de uma decisão, foi um prato cheio. Principalmente para 30 milhões de corintianos. Que agora sonham com o Chelsea.

Fui festejar na Perimetral, onde encontrei vários amigos. Entre eles um palmeirense. Todos "animados". Gritei! Cantei! Chorei! E daí?

Voltei às duas da manhã. Rouco e cheirando cerveja. Mas feliz. Muito feliz! Ainda sob o inseparável e doce testemunho da lua cheia.

Nem prefeitão prestigia os Regionais

Não sei se o corintiano Aidan Ravin estava concentrado para a importantíssima decisão contra o Boca. Quem sabe?

Só sei que o prefeitão alegou compromissos particulares e não compareceu à abertura da 56ª edição dos Jogos Regionais, ontem à noite no Ginásio Poliesportivo Pedro Dell'Antonia.

Mais uma bola fora de quem bem que poderia ser homenageado pelo desserviço que presta ao esporte andreense.

Que tal um selo "comemorativo" em que se destaque o descaso com que as autoridades máximas do Município tratam o esporte da cidade? Não criaram o Prefeito Amigo da Criança, Amigo do Idoso? Então, que tal Prefeito Inimigo do Esporte?

Está certo que o Dell'Antonia estava quase vazio, como estarão todos os equipamentos esportivos em que se disputarão os "jogos para poucos".

Mas... bem que Aidan poderia ao menos ser elegante com atletas e dirigentes de Santo André e das outras 29 participantes. Que belo anfitrião, hein?

Outro fato que não pode passar despercebido. Respeito a opção dos organizadores, mas não concordo com o convite para a medalhista Adriana Behar acender a pira dos Jogos Regionais.

Embora tenha destaque no cenário nacional e internacional, com inúmeras conquistas no vôlei de praia, especialmente com as medalhas de prata nas Olimpíadas de Sidney e Atenas, Adriana Behar poderia ser descartada em benefício de um nome regional.

Ou será que em em Santo André, principalmente, ou mesmo São Bernardo e São Caetano, não há atletas, ou ex, dignos de uma homenagem em casa, diante do torcedor que faz o ídolo?

No caso, quem pisou na bola não foi o prefeitão, não! Aidan levou bola nas costas e não teve cobertura. Quem teve a incumbência não foi feliz na escolha.

Por falar em bola nas costas, comando do Departamento de Esportes precisa ficar atento a professores de Educação Física que fazem de conta nas academias ao ar livre.

De novo, flagrei outro exemplo de braço curto! Ninguém me contou, não! Cobertor de professores de Educação Física é insuficiente, mas, quando mal utilizado, o frio é inevitável. Cuidado, da bola nas costas para o gol contra é um pulinho!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Azulão: vôo da instabilidade ou da turbulência?

Juro que ainda não consegui definir com certeza cravada o que aconteceu ontem à noite em Guaratinguetá.

Com méritos indiscutíveis, o São Caetano ganhou de 1 a 0 e assumiu a quinta colocação da Série B com 15 pontos ganhos e 55,5% de aproveitamento.

Porém, mesmo aumentando a invencibilidade de Sérgio Guedes para seis jogos, o Azulão voltou a voar com instabilidade nada aconselhável para quem sonha com o acesso.

O início do vôo, logo após a decolagem, foi típico de turbulência. Bem pior do que a instabilidade tolerável demonstrada até o final do primeiro tempo.

Equipe da região levou um sufoco danado até os 15 minutos, quando o Guará desfilou em alta velocidade pelas laterais e às costas dos volantes, e criou três oportunidades de gol.

E o São Caetano passivo, só assistindo, sem reação que ao menos o levasse a marcar melhor, armar e atacar com o mínimo de organização.

Tanto que só ameaçou uma vez, aos 23 minutos, com Leandrão cabeceando para bela defesa de Saulo após levantamento de Diego, da esquerda.

Mesmo com menos ímpeto, o time do técnico Pintado voltou a criar três boas oportunidades de gol dos 30 aos 46 minutos.

Já a segunda etapa do vôo do Azulão foi sinônimo de tranquilidade. Com o dedo do comandante Guedes. Sem se incomodar com o espaço aéreo de um inimigo agora inofensivo, o São Caetano foi totalmente diferente.

Simplesmente, engoliu um adversário agora perdido, desorganizado e sem forças. Bem típico de quem está na zona da degola.

Entradas de Somália para se movimentar e receber a bola mais perto dos meio-campistas e de Danielzinho para se deslocar por vazios em profusão foram determinantes.

Até Marcelo Costa e Éder, até então sumidos, apareceram pro jogo coletivo, inclusive ajudando os volantes na marcação e na redução de espaços.

Laterais também cresceram. Tanto na defesa quanto no ataque, onde foram válvulas importantes para dar fluidez às triangulações.

Por isso o Azulão fez 1 a 0 aos oito minutos com Éder cobrando sofrida por Somália e poderia ter feito o segundo gol aos 11. Danielzinho sofreu pênalti de Saulo e Somália atrasou a bola para o o goleiro.

Isso mesmo! Parecia aquela brincadeira de pai batendo pênalti para o filhinho defender com "enorme sacrifício". Ou o vô Raddi batendo bola com o Victor.

Muita displicência pro meu gosto. Talvez tenha dado branco no negrão. Perdoável pra quem não perdeu o jogo. Se o Azulão perdesse, a coisa ir ficar preta pro lado do artilheiro.

Apesar da cena hilária, grotesca, que poderia abalar o emocional da equipe, o São Caetano manteve o vôo sem turbulência. E o Guará não teve a reação esperada pra quem joga em casa, perde só de 1 a 0 e acaba de ver seu goleiro pegar um pênalti.

Tanto que Samuel Santos e Marcelo Costa voltaram a perder situações claras para o São Caetano aos 19 e aos 20 minutos. Quatro minutos depois, mais como fruto da necessidade do que da organização, o Guará esteve bem perto. Luiz fez defesa dificílima. Puro reflexo!

Senhor do jogo e muito mais time, o São Caetano ainda chegou com perigo aos 37 minutos, em dose dupla, com Somália e Danielzinho, talvez os motivos principais para que o vôo terminasse com uma aterrissagem tranquila.

Próxima partida do São Caetano será dia 14, no outro sábado, no Anacleto Campanella, contra o Joinville. Tomara que sem turbulência capaz de assustar até mesmo os passageiros mais experientes.

Regionais para poucos

Por absoluta falta de divulgação, quase ninguém sabe que os Jogos Regionais começam hoje. Talvez porque já não interesse tanto para a população!

De novo, o prefeitão dá uma de bom samaritano e assume responsabilidade desnecessária. Pela terceira vez em apenas quatro anos, no mandato de Aidan Ravin, Santo André será a cidade-sede, agora da 56ª edição.

Quase às escondidas, sem a mínima visibilidade e com importância discutível, evento do Estado vai até o dia 14. São 30 municípios a disputar 22 modalidades. Infelizmente, para poucos!

Sinceramente, alguém sabia? Provavelmente, não! Hoje em dia, o evento não tem o glamour nem a credibilidade de antigamente. Fica restrito a atletas, dirigentes, família, parentes e amigos.

Portanto, deixou de ser um acontecimento capaz de mobilizar o cidadão comum para prestigiar e lotar arquibancadas de estádios, ginásios, pistas e piscinas. Torcida? Talvez nas finais. Se a anfitriã não voltar a dar vexame, triste rotina nos últimos tempos.

Poucos conseguem entender direito por que de novo em Santo André. Sabe-se que cidades como Cotia, Praia Grande e Caieiras, por exemplo, alegaram não ter interesse por causa do inchaço da Segunda Divisão.

Obviamente, falta-lhes melhor estrutura física para alojar e botar todo mundo pra competir. Ginásios poliesportivos e outros equipamentos esportivos decentes não são pra qualquer cidade.

Aí entra a "salvadora" Santo André, que, sem qualquer demérito, assume suas limitações com "humildade comovente" e vai compartilhar o evento com as vizinhas São Bernardo, São Caetano e Mauá. Mesmo porque, não tem campos de futebol suficientes e pistas de atletismo à altura.

Em 2009, supostamente por sugestão de um diretor com passagem meteórica pelo poder, o então recém-empossado prefeito assumiu a bucha mais para marcar presença e agradecer os padrinhos do PSDB do que por qualquer motivação esportiva e social.

No ano passado, novamente Santo André apareceu para salvar a pele de alguém e/ou daquela cidade - acho até que foi a São Caetano comandada pelo PTB -- que fugiu da raia na útima hora.

Lógico que isso só aconteceu porque a relação de, outro prefeito do PTB, com o governador Geraldo Alkmin era das melhores. E interesseira pela troca de favores.

Promoção do Estado, que agora investe R$ 330 mil (eram R$ 220 mil) na cidade-sede, perde credibilidade por absoluta falta de interesse ou condições de sediar competição tão tradicional quanto esvaziada.

Acho, até, que, assim como os Jogos Abertos, os Regionais poderiam ser promovidos em anos alternados e com outro formato, que motivasse e valorizasse todos os envolvidos, de atletas a munícipes.

Em abril, com apenas três meses de antecedência, bem a toque de caixa, Santo André pintou mais uma vez como opção parceira de interesses políticos do Estado e vai promover os Jogos. A troco de quê? Vai ganhar o quê?

Estranho, muito estranho! Lógico que Santo André tem mais estrutura que a maioria das cidades da primeira região. Mas pra quê ser anfitriã mais uma vez em quatro anos? Atualmente, nem força competitiva a cidade tem!

Paradoxal, ainda, é observar que, mesmo com competência profissional discutível e de exceção, a filosofia (com a qual concordo, desde que não se despreze o espelho do ídolo vencedor) parece mais voltada para a formação, a base, os eventos e a Educação Física. Enfim, o pouco que couber no orçamento irrisório, ridículo.

Mas, pra quê, se o esporte não é prioridade, muito menos o alto rendimento, sinônimo de alto investimento? A Santo André de hoje não é nada esportiva, muito menos competitiva.

É mera coadjuvante. Rebaixada para a Segunda Divisão em 2010, só disputou a Primeira no ano passado porque foi anfitriã. Como ficou em quarto, permanece na "elite". Se ficar em quarto de novo, atrás de São Bernardo, Santos e São Caetano, pode soltar foguetes. Entre as três melhores, é zebra bem-vinda.

Tá na cara! Lá atrás, o governador mandou e o prefeitão, boa gente mas que sempre tratou o esporte com descaso irresponsável, determinou que o secretário municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo faça cumprir. Que os servidores se matem!


Julho já chegou! Com ele, mais um capítulo nebuloso da troca de favores que não vai acrescentar nada ao esporte andreense. E não me venham com a velha história de legado.

Cidadão andreense não vai ganhar nada de novo. Não vai mudar em nada a situação de desrespeito com a qual, independente de partido, nos defrontamos há muito tempo.

Chefe do Executivo promete mas não cumpre. Pelo menos quando o assunto é esporte. Suas palavras desconexas e sem consistência são levadas pelo vento do desrespeito, do descaso de quem olha para o esporte com asco.

Promete secretaria e não apoia nem diretoria, embora os puxa-sacos e dependentes de sempre não assumam a verdadeira opinião. Promete investimento e corta orçamento.

Promete a" primeira grande reforma no Bruno Daniel" e dá de ombros pra quem acreditou no out-door em que se propunha a "cuidar da paixão andreense".

Prefeitão não olha com a devida atenção para o mundo esportivo, da formação ao alto rendimento, do social ao educacional, do futebol amador ao profissional, da infra-estrutura aos eventos. E agora promove Regionais para poucos!

Os homens comprometidos com o esporte andreense podem resolver dar as costas ao prefeitão. Nas urnas! Se bem que, pela semelhança de incompetências, ninguém garante que o possível sucessor seja menos ruim.

Nós, cidadãos, aceitamos ouvir propostas viáveis, senhores candidatos! Sem tapeação eleitoral! O plano de governo de Aidan Ravin já era uma enganação no palavreado pomposo, tão abrangente quanto superficial. A execução (ou não) é uma afronta, uma piada de mau gosto. Uma pena!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Os riscos da Copa e os melhores da Euro

Primeira Copa do Mundo de Futebol aconteceu em 1930, no Uruguai, o campeão. Até agora foram 19 torneios, com nove conquistas da América do Sul e 10 da Europa.

Brasil (campeão cinco vezes), Argentina (duas) e Uruguai (duas) são os títulos daqui. Itália (quatro), Alemanha (três), Espanha, Inglaterra e França são os europeus vitoriosos.

Primeira das 14 Eurocopas foi vencida pela então União Soviética, em 1960. Grécia, Dinamarca, Holanda, Tchecoslováquia e Itália ganharam uma vez. A França ganhou duas; Alemanha e Espanha foram campeãs três vezes. A Espanha com direito ao autêntico bi do último domingo.

No "confronto" das copas, fica a impressão de que sequem caminhos opostos. Quanto mais importância e notoriedade a Eurocopa ganha, mais a Copa do Mundo perde.

Visibilidade, qualidade técnica, credibilidade, organização e até aporte financeiro fazem com que a Eurocopa seja tratada como menina dos olhos de potências mundiais fincadas no velho continente, onde, paradoxalmente, a economia e o desemprego vivem de mãos dadas com o temor da insolvência.

Enquanto na Copa do Mundo, com o dobro de participantes e muitas galinhas mortas, só começa, de fato, quando sobram 16, a Eurocopa é mais seletiva e não costuma dar lugar para meros coadjuvantes de terceiro escalão. São jogos equilibrados desde a abertura.

Neste ano, Ucrânia e Polônia receberam a nata. Com raríssimas exceções, só quem sabe jogar: Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Dinamarca, República Tcheca, Croácia, Suécia, Russia, Grécia e Irlanda.

Se o futebol sul-americano não ganhar da Copa do Mundo de 2014, no Brasil,de forma convincente, a Eurocopa vai ficar ainda forte e o ranking mundial mais recheado de europeus nas primeiras posições.

Especialmente se a hegemonia espanhola não for quebrada e se o Brasil não se dignar a organizar a competição com competência.

OS MELHORES DA EURO

Para não perder o costume após grandes eventos futebolísticos, todos nós, metidos a técnicos de futebol, nos julgamos no direito -- e temos -- de escalar a seleção dos melhores.

Então, aqui vai a minha, sem rígido respeito ao posicionamento que os jogadores ocuparam nas suas devidas equipes. Entre os titulares, ratificando a competência da campeã no sistema defensivo e no setor de criação, são seis espanhóis.

Os melhores goleiros foram Casillas, Neuer e Buffon. Fico com o capitão espanhol.

Nas laterais, escolha também recai sobre os espanhóis Sérgio Ramos e Jordi Alba, mas o alemão Boateng e o português Coentrão foram bem.

Zaga interna tem a presença de Piqué e do brasileiro naturalizado português Pepe (desta vez sem rompantes de instabilidade emocional). Segurança e personalidade. O polêmico inglês Terry também foi bem, assim como o italiano Bonucci.

Com o selecionado europeu a jogar no 4-2-3-1, fica difícil não escalar o alemão Schweinsteiger e o espanhol Xabi Alonso como volantes modernos, que defendem, organizam e atacam com desenvoltura.

Pirlo poderia até aparecer como volante, mas seria um dos armadores porque não se limita a uma faixa do campo, tem ótima bola parada e levou a Itália à decisão. Xavi fica de fora porque só foi Xavi na final, exatamente onde Pirlo não brilhou.

O motorzinho alemão Ozil e o cerebral espanhol Iniesta seriam os meias. Ozil conduziu a Alemanha aos seus melhores momentos. Iniesta jogou por dois, ele e Xavi, e foi escolhido pela UEFA como destaque da Euro.

Atacantes como o instável Balotelli, o solitário Ibrahimovic e o esquecido Fernando Torres alternaram bons e maus momentos, por isso a escolha recai em Cristiano Ronaldo, uma estrela de primeira grandeza que por pouco não levou Portugal à final.

O melhor jogador da Euro fica mesmo com o campeão Iniesta. Pirlo, Cristiano Ronaldo e Schweinsteiger correram por fora, mas não ganharam o título.

Como revelação, Jordi Alba parece mesmo a melhor opção. Que pique pra receber o passe milimétrico de Xavi e fazer o segundo gol da Espanha na decisão, hein! Recordista mundial, o jamaicano Usain Bolt comeria poeira!

Melhor técnico, na minha opinião, foi o português Paulo Bento, com menção honrosa para o italiano Cesare Prandelli. O campeão, Vicente del Bosque, parece repetir a história de Lula no Santos de Pelé. Falar o quê para um bando de craques? Juiz mais eficiente também é português: Pedro Proença.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O cavalo, o tucano, o estupro e a garupa

Resultado do cruzamento do Alter-Real português com uma égua Crioula, de origem argentina ou brasileira, o cavalo Mangalarga é inteligente, leve e elegante.

O baio é aquele amarelo torrado. O ruço tem pelagem preta, encabelada de branco com crinas grisalhas. O alazão é marrom avermelhado. Branco, preto, cinza, não importa a cor do pelo. O Mangalarga Marchador é legítimo representante da raça brasileira.

Extremamente resistente, consegue cavalgar o dia inteiro, por longas distâncias. É pau-pra-toda-obra. Aceita sela pra enduro, passeio e esportes. Na lida com o gado, não geme, tira de letra. Peão de verdade não fica na mão, não!

Com arreio bom, então, é melhor ainda. As peças de selaria fazem com que o Mangalarga fique ainda mais imponente. Sela, freio ou bridão, cabresto, rédea, estribo, barbela, barrigueira, espora e demais apetrechos.

Quer saber? Não importam cor, raça e origem. Alter-Real, Árabe, Mangalarga, Crioulo, Pantaneiro, Campeiro, Andaluz, Quarto-de-Milha ou Puro-Sangue Inglês...

O detalhe em questão, a essência, é que nem sempre o cavalo para e deixa montar. Em Santo André, domado, ele passou bonito, vendendo saúde, arreado. E o "cavaleiro" deu de ombros. Pipocou! Ficou com medo de cair.

Diz o ditado que cavalo arreado só passa uma vez. Nem sempre dá garupa, mas não passa duas vezes, não! Aqui foi assim. Que pena!

Metido a peão, o não tão experiente Paulinho garantiu que subiria no lombo do tal. Gosta de fazer gols e política. Não sei se sabe pegar na rédea e encarar, sem medo.

Nem todo artilheiro é um bom peão. Assim como nem todo peão sabe fazer gol. Mas só o fato de não correr da raia já é alguma coisa.

Pois é, mas o peão Paulinho -- que não é o meu cunhado, lá de São José do Rio Pardo -- caiu do cavalo antes mesmo de colocar o pé no estribo. Dizem que foi vítima de um verdadeiro estupro partidário, perpetrado pelos coronéis do haras PSDB, de propriedade de Serra, Alckmin, Covas e cia.

O peão tucano sonhou, se paramentou, se candidatou, mas não montou. Rodeio poderia ser no Bruno Daniel, onde o que menos se faz ultimamente é jogar futebol com torcida. Quem manda desdenhar de acertos, confiar em macaco velho e dormir com o inimigo?

Nunca, jamais, em tempo algum, o agora ainda mais fragilizado PSDB andreense ficou tão perto de desbancar as pretensões de petistas, petebistas, peemedebistas e outros lobistas. Quem sabe com união interna e algumas coligações de peso pudesse fazer o prefeito?

Vítima de estupro na própria cama, no próprio ninho, o tucano vê o cavalo baio marchador se distanciar a galope. A espora vai comer, o chicote vai arder na anca do Turbante. Quem não montou -- ou não permitiu ao jovem peão ao menos tentar -- vai se arrepender.

Livre do cabresto do haras, e sem as rédeas da sonhada montaria, Paulinho Serra pediu o boné da desfiliação e levou alguns cavalariços. Agora, que aprenda a lição e escolha o melhor caminho!

Deixar a conturbada fazenda tucana já soa como passo digno de quem tem caráter. Só não pode se vitimizar eternamente. Seria sinônimo de se apequenar. Mesmo porque, em nenhum momento a candidatura foi uma certeza plena, 100%. Havia cheiro de sacanagem!

Como qualquer político, o peão não é perfeito. PS também dá bola fora e leva coices merecidos. Puro aprendizado. Mas tem personalidade quando sente o gosto amargo da traição.

Não sou expert no segmento político. Falo como cidadão comum e eleitor. Pela postura e pelas propostas de governo de PS divulgadas no CapitalSocial do amigo-irmão Daniel Lima, a política regional só tem a perder.

Entre ousar ser protagonista com possibilidades de vitória, o PSDB trocou de cavaleiro e preferiu ser coadjuvante ao lado do PDT de Salles.

Teve a grande chance de comandar o cavalo arreado, mas preferiu a garupa da comodidade, da incerteza e do acerto.

domingo, 1 de julho de 2012

Espanha bicampeã! Como a Espanha

Jogando bonito e dando espetáculo, como a Espanha campeã mundial em 2010, a Espanha acaba de golear a Itália por 4 a 0 e conquistar o inédito bicampeonato da Eurocopa e manter a hegemonia no futebol mundial.

Para ganhar o terceiro título europeu (1964, 2008 e 2012), agora há pouco em Kiev (Ucrânia), os espanhóis voltaram a apresentar planejamento tático, objetividade, agressividade, movimentação sincronizada e plasticidade técnica, características que os levaram, merecidamente, ao topo do ranking mundial.

Motivada pela bela vitória sobre a Alemanha nas semifinais, a valente Itália não se acovardou. Só se entregou aos 15 minutos do segundo tempo, quando ficou com um jogador a menos. Chegou a ter mais posse de bola, mas no todo a Espanha foi melhor.

Respondeu a todas as últimas cobranças e críticas porque substituiu o toque de bola lateral irritante por ousadia, trocas mais rápidas e verticalizadas, penetrações incisivas e até finalizações de fora.

Dono da melhor defesa e do melhor ataque da competição, o time de Vicente del Bosque trocou o cinza pelo vermelho vivo, a depressão pela alegria, o quadro falso pela arte verdadeira, de valor inestimável.

A Espanha ameaçou três vezes antes de fazer 1 a 0 com méritos, logo aos 13 minutos. De Xavi pra Iniesta, daí pra Fábregas na direita, às costas de Chiellini; o cruzamento encontra a cabeça de David Silva e o ângulo direito de Buffon. Indefensável!

Em desvantagem, a Itália foi mais à frente e, mesmo com o instável Balotelli bem marcado e sem brilho, deixou o jogo parelho e chegou duas vezes com Cassano. Mesmo ameaçada e mais atrás, estrategicamente, para contragolpear em velocidade, a Espanha chegou ao segundo gol aos 41 minutos, quando a Itália estava melhor.

Atuando como nos seus melhores dias, ao contrário do que mostrara até as semifinais, Xavi encontrou o lateral Jordi Alba entrando em diagonal, em altíssima velocidade. Na saída de Buffon, o toque foi mortal.

A Itália voltou para a segunda etapa sem Cassano e com Di Natale, que perdeu boa oportunidade logo aos 30 segundos. A Espanha respondeu em dobro com Fábregas, e Di Natale parou em Casillas aos seis minutos.

O jogo acabou para a Itália e o título espanhol ficou bem encaminhado aos 15 minutos, quando o brasileiro naturalizado italiano, Thiago Motta, que entrara aos 12, sentiu lesão na coxa direita e deixou o campo.

Como Cesare Prandelli já havia feito três alterações, a Itália passou a jogar com 10 e se entregou. De vez! A partir daí, a Espanha passeou e mostrou indiscutíveis qualidades técnicas e valores individuais.

Com espaços generosos para contra-atacar em velocidade, com deslocamentos e toques precisos, a Espanha voltou a marcar aos 38 minutos com Fernando Torres (outra assistência primordial de Xavi) e aos 44 com Juan Matta, que entrara três minutos antes no lugar de Iniesta, de novo um dos melhores em campo.

O espetáculo da Espanha, hoje, foi digno de quem é cobrado para ratificar o rótulo de melhor futebol do mundo. Nem sempre é possível. Aquele futebol que não dá sono! Aquele que engrandece a arte de quem quer e sabe jogar.

P.S: cerimônia de encerramento da Eurocopa também foi maravilhosa, assim como a atitude dos jogadores espanhóis aplaudindo a determinação e o fairplay dos italianos perdedores, que não apelaram. Criançada em campo, no final, foi um colírio para avôs,como este caipira.

Azulão perde dois pontos em casa

Por mais que se reconheça a qualidade do Paraná, o São Caetano ganhou apenas um ponto mas perdeu dois no empate de ontem.

O 1 a 1, em pleno Anacleto Campanella, significa deixar de ganhar dois pontos importantes para quem sonha entrar no G-4 que dá acesso à elite do futebol nacional.

Os mais otimistas podem argumentar que o São Caetano está invicto há seis jogos sob o comando de Sérgio Guedes e em sexto lugar, com aproveitamento de 50%. E daí?

Se jogasse melhor e vencesse, estaria em quinto lugar com 14 pontos ganhos, a apenas dois do Vitória, quarto colocado.

Além de não vencer, desta vez o Azulão não convenceu. O Paraná abriu o marcador aos seis minutos com Wellington batendo de longe. Leandrão empatou aos 43 após cruzamento de Diego da esquerda.

No primeiro tempo, o 4-4-2 de Sérgio Guedes foi dominado pelo 4-5-1 de intensa movimentação montado por Ricardinho, ex-armador do Corinthians e da Seleção Brasileira.

Na segunda etapa, o treinador do Azulão mexeu no posicionamento conjuntural e marcou melhor, mas a produtividade não melhorou o suficiente para se impor. O jogo ficou pelo menos mais equilibrado. Bom para o Paraná.

São Caetano volta a jogar terça-feira, no Vale do Paraíba, contra o Guaratinguetá. Com apenas cinco pontos ganhos e produtividade de 20,8%, o Guará está em 18º lugar.

Criciuma, Américas (de Natal e Mineiro) e Vitória estão no G-4 do bem. Rebaixados, hoje, seriam Guarani, Guaratinguetá, Ipatinga e Barueri.

Ramalhão perde dois pontos na estréia

Enfim, depois de inúmeros adiamentos por conta de ações na Justiça, começou o Campeonato Brasileiro da Série C.

Com mais tempo para treinar e encontrar a melhor formação e o esquema adequado, mas ainda sem ritmo de jogo, lógico, o Santo André estreou empatando de 1 a 1 com a Chapecoense, ontem em Araras.

Não vi o jogo, por isso não posso opinar. Só sei que o bom e experiente goleiro Marcelo Bonan defendeu um pênalti aos 46 minutos do segundo tempo.

Técnico Claudinei Peixoto entende que o time foi bem, mas teve altos e baixos devido à falta de ritmo de jogo. Normal!

Também reclamou das grandes dimensões do gramado. Maior ou menor, não tem nada a ver. É do mesmo tamanho para os dois.

Treinador disse ainda: "Ganhamos um ponto que vai fazer diferença lá na frente". Me permito não concordar.

O Ramalhão perdeu dois pontos que podem fazer muita diferença na hora da classificação ou da salvação do descenso.

Como mandante (joga fora porque cumpre punição de três jogos imposta pelo STJD da CBF), o Santo André ficou, sim, no prejuízo.

Próximo jogo do Ramalhão, pelo Grupo B da Série C, será domingo, fora, contra o Brasiliense.