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domingo, 22 de dezembro de 2013

Nosso handebol chega ao topo do mundo!

Um dia nosso futebol brilhou com Pelé, Garrincha e cia e ganhou o rótulo de melhor do mundo. Tanto que hoje somos pentacampeões.

Nosso  basquete também teve dias de glória com o bi mundial de Vlamir Marques, Amauri e outras feras inesquecíveis. Já Hortência e Paula foram protagonistas douradas no Mundial de 1994 na Austrália.

Nosso vôlei, então, não tem mais espaço para pôr medalhas e troféus. Virou bicho-papão olímpico e mundial nos últimos anos. Tanto no masculino quanto no feminino,  não tem pra ninguém.

Nos esportes coletivos, só faltava o handebol de Duda Amorim, Alexandra Nascimento e cia bela chegar ao topo do mundo. Não falta mais! Somos campeões mundiais. Invictos!

Agora há pouco, em Belgrado, diante da pressão de mais de 20 mil sérvios, a Seleção Brasileira de Handebol Feminino venceu a Sérvia por 22 a 20 e  conquistou um título inédito.

Inédito, histórico, heróico, surpreendente, suado, merecido... Foram nove vitórias maiúsculas de um país americano intruso diante das maiores potências mundiais fincadas na Europa. 

Uma a uma, foram desmoronando verdadeiras fortalezas: China, Argélia, Japão, Sérvia, Holanda, Hungria, Dinamarca ( tricampeã olímpica e terceira colocada no Mundial após vencer a Polônia por 30 a 26)...

Jogo de hoje foi equilibrado, eletrizante, emocionante. Brasileiras alternaram bons e maus momentos ofensivos e defensivos. Mas jamais faltou determinação. Tampouco coração! Em alguns momentos faltou concentração.

Como depois dos 15 minutos do segundo tempo. O Brasil foi para o intervalo -- não para os vestiários, por opção, para manter o clima de pressão contra -- ganhando de 13 a 11 após constante desvantagem.

Em quatro minutos,  abriu  extravagantes cinco gols (16 a 11), mas se perdeu. Deu branco e a concentração foi para o espaço. Competência emocional foi nitidamente abalada. Talvez pelo medo de perder a vantagem e o título.

Brasil ficou cerca de 10 minutos sem fazer gol. Foi quando o técnico dinamarquês, Morten Soubak, pediu tempo para "acordar" as meninas com palavras duras ("falta comprometimento"), mas fundamentais para que voltassem a jogar com garra, inteligência e confiança.

Só que a Sérvia manteve a reação, diminuiu a diferença aos poucos e, com apoio irrestrito das 20 mil vozes, chegou ao empate ( 19 a 19) quando faltavam apenas cinco minutos para o final.

Foi aí que Duda Amorim, Dani Piedade, Ana Paula e a jovem Déborah Hannah, da Metodista, fizeram a diferença com gols decisivos. No final, 22 a 20 para um time de guerreiras e silêncio quase sepulcral no ginásio.

Festa para o Brasil, festa para Duda Amorim ( escolhida a melhor do Mundial), festa para Bárbara Babi ( melhor goleira) e festa para Alexandra Nascimento ( artilheira da equipe e melhor jogadora do mundo em 2012).

No Everest do mundo do handebol existe, enfim,  uma bandeira brasileira a tremular. Depois de longa caminhada e escalada extenuante, o sonho dourado tido como impossível vira realidade e, finalmente,  abre as cortinas de um futuro muito melhor.

Particularmente, eu também não acreditava que o bom trabalho de todos -- inclusive dos representantes do Grande ABC, especialmente da Metodista  --  mostrasse resultado relevante antes de 2016.

Amanhã, a Imprensa brasileira -- incluindo o DGABC -- vai se tocar e dar em manchete o que sempre relegou para segundo plano. Amanhã,  o olhar campeão vai mais longe, vai ganhar novos horizontes.

Os Jogos Olímpicos de 2016 terão como palco o Brasil. Outra medalha de ouro seria a glória máxima, a confirmação de novo feito memorável. Alguém duvida?  E a  Capital Nacional do Handebol será protagonista. Alguém duvida?

P.S. -- nunca é demais repetir que o professor de Educação Física, aquele que, de fato, rala na escola, é tão campeão quanto nossas meninas de ouro.

sábado, 21 de dezembro de 2013

A importância do Grande ABC (e outros) na histórica conquista do handebol brasileiro

O invicto Brasil e a anfitriã Sérvia decidem o título do Mundial de Handebol Feminino amanhã à tarde, provavelmente diante de mais de 20 mil espectadores.

Na fase classificatória prevaleceu o equilíbrio, mas as brasileiras ganharam  de 25 a 23. Agora é outro jogo. A história é diferente. Final é final. Estarão em jogo competências táticas, técnicas, físicas e, principalmente, emocionais.

Independentemente de vencer, nossas meninas já entraram para a história ao chegarem ao topo de um mundo esportivo dominado pelos europeus.

As importantes vitórias  diante da Hungria -- 33 a 31 após duas prorrogações eletrizantes -- e da tricampeã olímpica Dinamarca -- ontem, por 27 a 21, de forma incontestável -- credenciam nossas feras ao título inédito.

Até agora, nossa principal classificação tinha sido o quinto lugar no Mundial de 2011 em São Paulo. Daí a grandeza o feito do time comando pelo dinamarquês Morten Soubak. Até ele está surpreso.

Classificação para a finalíssima vem comprovar a consistente evolução da modalidade na última década. Também graças à competência da Confederação Brasileira, comandada pelo professor Manoel Luiz de Oliveira.

Elogiar o  eficaz gerenciamento técnico e administrativo não significa concordar com o continuísmo, com a perpetuação do presidente,  no poder há cerca de três décadas.  É bom ficar claro!

Nosso handebol tem crescido também graças ao envolvimento das escolas --  professores de Educação Física são verdadeiras formiguinhas operárias -- ,  à organização das federações e ao intercâmbio com a Europa. Seis selecionadas estão no Hypo,  parceiro da CBHb na Áustria, e Duda Amorim ganhou a Liga Europeia pelo Gyori, da Hungria.

Por isso,  finalmente,  nossa Seleção chega com méritos indiscutíveis ao patamar tão sonhado pelos profissionais e amantes da modalidade.

E é bom lembrar que o Grande ABC tem importância significativa nessa evolução e nessa conquista. Afinal, a região, especialmente São Bernardo -- vai receber um centro de excelência e a sede da CBHb --  ainda merece ser rotulada de Capital Nacional da Handebol.

Por muito tempo, o handebol da Metodista, capitaneado pelo diretor técnico/supervisor Alberto Rigollo, manteve a hegemonia nacional nos dois naipes (gênero soaria melhor?).

Na Liga Nacional Feminina, há poucos dias, a boa equipe de Eduardo Carloni perdeu longa hegemonia para Concórdia. Ontem, no masculino, derrota para o campeãoTaubaté. Nada que ofusque a grandeza da Metodista como instituição Amiga do Esporte.

O técnico de Metodista, Eduardo Carloni,  tem  parcela na conquista mundial porque há muito tempo mostra competência e comprometimento com a modalidade. Inclusive quando se fala em revelações caseiras.

Outra figura regional  de proa, que não pode ser esquecida, é Rubens Piazza. O professor acaba de superar inúmeras problemas orçamentários e estruturais para ganhar o título estadual por Santo André. Outro abnegado sonhador, sem dúvida!

Das meninas que  estão na Sérvia, algumas já passaram ou foram reveladas por São Bernardo ou Santo André.  A jovem Déborah Hannah ainda é jogadora da Metodista, que não se limita  ao alto rendimento; tem  16 núcleos (escolinhas de esportes) fundamentais como celeiro de campeãs e, principalmente, ferramenta de inserção social.

Outros profissionais além quadras, vinculados ou não à região, também não podem ser desprezados, esquecidos. Roeram muito osso para, com méritos, o dinamarquês chegar ao filé mignon.

Ivonete Fagundes (Mesc), Sílvio Rodrigues (Metodista/Santo André e seleção) , Flávio Pontes (São Caetano),  Moesy Aguiar (ex-supervisor de Santo André), Alexandre Schneider (campeão nacional com o Concórdia), Rita Orsi (ex-Jundiaí e hoje na Comissão Técnica da Seleção), Marisa Loffredo (ex-Guaru), Antônio Guerra (Mauá/universo) , Marcos Garcia (Osasco) e tantos outros têm lugar cativo na história do handebol.

Os gols de Alexandra Nascimento -- melhor do mundo na temporada 2012 -- e as defesas de Bárbara (Babi) são fundamentais para quem agora sonha com o título. Tanto quanto merecem destaque Duda Amorim, Dani Piedade, Ana Paula, Mayara, Deonise, Dara, Déborah Hannah, Amanda...

Mas, pelo histórico, pela dedicação,  pelos primeiros passos,  também poderiam galgar os degraus da glória atletas e ex-atletas do nível das artilheiras Zezé e Aline Chicória e das goleiras Chana e Meg. Sem no esquecermos de Valéria, Viviane Jacques, Célia, Meg Montão (a miss), Lucila, Aline (hoje em Santo André), Sílvia Helena, Rosária, Pará e mais um montão de meninas-mulheres esportistas inesquecíveis que iniciaram a caminhada ao topo.

Enfim, o Brasil quebrou a maldição das quartas-de-final (jamais passara) e agora sonha com a medalha de ouro. Todos, portanto, são "campeões". Todos, indistintamente, devem ser reverenciados.  O Grande ABC faz parte dessa conquista.

       

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Três balelas do DST de Santo André

Texto publicado dia 10 de dezembro na coluna Palavra do Leitor, do Diário do Grande ABC, de minha autoria.  A primeira parte, em análise e discussão.

Providências já!

"Concordo plenamente com o meu vizinho,  Adanor Quadros. Trânsito na rua Santo André está caótico. Além disso, pessoas mal-educadas estacionam na frente das nossas garagens. Quando chamado, quase sempre o Trânsito aparece para multar, mas agentes alegam não ter guincho para rebocar. Especialmente se for conhecido ou figurão frequentador do botequim  da esquina". (...)

No dia 14,  veio a resposta da Prefeitura de Santo André, por meio do DST (Departamento de Segurança e Trânsito).

"A rua Santo André é via secundária, ligando a rua Guilherme Marconi à Coronel Fernando Prestes. Ressaltamos que não há registro de problemas potenciais nessa via. Quanto ao estacionamento irregular, informamos que, independentemente do local, qualquer reclamação recebida é tratada igualmente pela CMT (Central de Monitoramento de Trânsito). A informação de que não temos guincho  disponível não procede, visto que a CMT e os guinchos trabalham 24 horas, sete dias por semana e atendem pelo telefone 0800-7703194".

Como reiterei as afirmações anteriores em nova mensagem ao DGABC mas o texto ainda não foi publicado,  tomo a liberdade de repetir, aqui, os fatos verdadeiros, para que não pairem dúvidas.

Não me interessa se a rua Santo André é secundária ou terciária. Movimentação é intensa. É, também, rota alternativa para São Bernardo e outros bairros. Vivo aqui há anos e não tenho por que mentir.

Ao contrário do constante no texto da Prefeitura, há, sim, problemas potenciais que travam o fluxo de veículos. Só não vê quem não quer,  não enxerga  ou não cumpre o papel que lhe compete como servidor público.

Sugiro reavaliação do comando, inclusive de mão e contramão, e que se cumpra o prometido há mais de oito meses, conforme escreveu o dr. Adanor. Nenhuma providência foi tomada!

Quanto ao estacionamento irregular, nem todas as reclamações são atendidas igualmente pela CMT. Vizinhos residenciais e comerciais já  presenciaram o exercício descarado do "jeitinho brasileiro", do "deixa-pra-lá", de vistas grossas com sorriso matreiro,  de "engana-trouxa", de certos agentes --  felizmente, poucos, diga-se -- quando o correto seria comparecer ao local e multar sem conversa e sem ver a quem.

Até mesmo por telefone -- conforme outro vizinho, Franklin --  já houve garantias de presença de agentes que nunca aconteceram. Especialmente nas noites de sextas-feiras e nas tardes de sábado, quando o álcool de certos frequentadores entra pela porta e o juízo sai pela janela.

Nós, da rua Santo André e da coronel Ortiz, já somos conhecidos das telefonistas de plantão. "Já sei! É da rua Santo André. Por causa do bar, né? Fica tranquilo. Logo logo eles saem". Repito: principalmente de sexta à noite e sábado à tarde.

Portanto, bem diferente do que afirma a PSA. Quando os agentes vêm até aqui, alguns motoristas são multados, outros conversam e são protegidos. Talvez até convidados para tomar uma caipirinha de banana, laranja e vodka absolut com o prefeito e outros políticos.

Quanto à terceira incoerência,  sobre a existência ou não de guinchos, outra fanfarronice, outra afronta. Se o serviço é terceirizado e a empresa contratada não dá conta do recado, que seja punida e/ou substituída. Isso não exime a PSA de responsabilidade.

 Minha informação é tão procedente quanto verdadeira Se alguém blefou ou falou como político candidato foi o servidor público de plantão.

O DST sabe, ou deveria saber, que o comprometimento profissional não é unanimidade. Um agente disse isso para minha esposa no feriado de 20 de novembro, uma quarta-feira. Um casal amigo, também vizinho e com o mesmo tipo de transtorno, testemunhou e participou do diálogo.

Fui achar o mal-educado, ligeiramente alcoolizado e cheio de desculpas dantescas, no Botequim Carioca. O nobre proprietário da Ranger prata, placas final 51, foi multado (quero acreditar) mas o agente disse, com todas as letras, que não poderia desobstruir o meu acesso à garagem porque "a Prefeitura não tem guincho".

Sugiro, portanto, que os responsáveis pelo DST e pela CMT não transmitam informações distorcidas, que não se valham de justificativas unilaterais nem de  manipulações verbais para confrontar verdades indesmentíveis.

Será que na próxima vez vamos precisar  gravar as conversas e identificar o agente público? Se o cara falou besteira, é problema dele. Pode até ser exceção, mas que aconteceu, aconteceu. Portanto, procede, sim, senhores a serviço do poder!

Resposta oficial da Prefeitura soa como muleta semântica. Como lorota, como bazófia a enaltecer serviços "padrão FIFA"! Como farsa deslavada a escamotear mazelas e irresponsabilidades de poucos.

Fica a sugestão para que o Poder Público analise a situação com carinho e isenção. A não fluidez do trânsito deve ser estudada, com alternativas capazes de minimizar o transtorno diário, especialmente em horários de pico e no meio do dia. Não vale querer avaliar durante férias escolares!

Também poderiam estudar o que acontece com aquele estacionamento próximo da Padaria Brasileira. Um veículo para pra entrar, outro pra sair e, coladinho, existe um semáforo de três tempos.

Conclusão tão triste quanto lógica: ninguém anda, trava tudo! E mais: por que não reavaliar o tempo destinado à travessia de pedestres? Os direitos de todos precisam ser respeitados.

Sugestão do dr. Adanor é que naquele quarteirão  só se permita o estacionamento de um lado. A discutir. Por que não? Meu zeloso vizinho também alerta para veículos estacionados  irregularmente na Abílio Soares. 

Deixo, ainda, um questionamento: por que "zona azul" para estacionamento pago em inúmeras  ruas próximas e até em outros quarteirões da própria rua Santo André e não aqui, coincidentemente, próximo do Sindicato dos Rodoviários?

Por que não? Quem pediu? Quem avaliou? Quem decidiu? Quem implementou?  Administração Aidan? Quem mantém? Grana? Quem se beneficia? Justificar que se trata de quarteirão com predominância residencial é piada.

Concluindo: antes de respostas sem consistência, puras balelas, venham checar!  E tenham um pingo de humildade para reconhecer possíveis erros. Quando reclamamos, questionamos, alertamos, apenas exercemos nosso sagrado direito à cidadania. Pode ou  também dependemos de licença?  
























terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Enfim, o sonhado título estadual do handebol de Santo André. Valeu, Piazza! Valeu, meninas!

Há títulos e títulos. Alguns são bolas cantadas. Outros,  sustentados pelo poder econômico. Também há campeões amparados na arbitragem. Há, até, conquistas creditadas ao tapetão.

Alguns times são campeões na garra, na valentia, na marra. À fórceps, buscando forças quando as esperanças estão por um fio, por um segundo, por um gol, por um tiro de sete metros.

Outras vitórias maiúsculas são consequência de planejamento, organização, técnica, tática e/ou vigor físico. Também há campeões que unem todos esses predicados de grandes vencedores.

Existem títulos procurados, garimpados, e merecidos. Outros, nem tanto. Sorte? Dou pouco crédito à sorte quando o assunto é esporte. Se fosse loteria...

Trabalho, competência, comprometimento, determinação, confiança e inteligência emocional não dão espaço para simples obras do acaso.

Pra ser campeão, muitas vezes, é preciso comer o pão que o diabo amassou. Às vezes, passar fome e sentir sede.

Pra ser campeão, muitas vezes, é preciso abrir mão da família, especialmente esposa e filhos.  Amigos são raros.  Talvez se limitem aos de trabalho.

Pra ser campeão  também existem aqueles que abdicam da saúde, da qualidade de vida. Colesterol, pressão alta,  diabetes, hérnia de disco, estresse, gota e infarto viram "inimigos" inevitáveis.

Lazer? Nem pensar! É preciso treinar, treinar e treinar. Se quiser ganhar, um dia. Especialmente quando os orçamentos dos principais adversários têm o peso de um rolo compressor. São um convite à desistência, à desesperança.

Individualidade, vontades pessoais, identidade própria? Esquece! O sonho é ser campeão. Um dia! É preciso lutar, trabalhar, não desistir nunca. Mesmo que a esperança seja remota e que o principal adversário seja um vizinho  praticamente invencível.

O primo rico -- nada contra, lógico! -- normalmente não dá oportunidades ao primo pobre.  Prefeitura rica com patrocinador forte e profissionais competentes quase sempre são sinônimos de conquistas.

O primo pobre só se lasca. Orçamento geral é pífio. Fatia do handebol é ridícula. Patrocinador? Piada! Parece agulha no palheiro. Tão raro quanto santinhos na Papuda.

Apesar de todas as limitações,  o handebol feminino de Santo André acaba de conquistar um título estadual com cara de ineditismo. Não é, mas parece. Poucos sabem, mas no longínquo 1995 o Santo André Clube repartiu a conquista com o Clube Recreativo Maxion, de São Bernardo.

Ultimamente, Santo André só batia na trave. De 2009 a 2012 foram quatro vices. Por sete anos seguidos, só deu São Bernardo. Méritos indiscutíveis da Metodista comandada por Eduardo Carlone com a supervisão do competente amigo Alberto "Handebol" Rigollo.

No último sábado, no ginásio de Camilópolis, Santo André perdeu de São José dos Campos ( 19 a 26), mas ficou com o título do Superpaulistão porque venceu o primeiro jogo, fora, por  26 a 19.

Estava mesmo  na hora! Melhor, passava da hora! Finalmente, o primo pobre saboreou uma conquista com o doce sabor de inédita. Se possível, eu daria duas medalhas de ouro para o professor Rubens Piazza.

Guardadas as devidas proporções estruturais e econômicas, Piazza está para o handebol de Santo André assim como Alberto Rigollo está para o da Metodista/São Bernardo.

Ele é o cara! O treinador respira handebol há mais de três décadas. Não é perfeito, mas exercita uma dedicação incansável, exemplar.

Piazza já foi criticado, escanteado, questionado, quase humilhado. Para muitos, não tinha status para dirigir um grande time. Como, se jamais lhe ofereceram verba, estrutura e elenco para  ganhar a medalha de ouro?

Além de salários atrasados que motivaram até greve das atletas, até bola chegou a faltar. Situação vergonhosa para o Poder Público mas que não desmotivou o grupo em busca do triunfo maior.

Ao lado de Arch, Marcão, Adauto e cia bela, Rubens Piazza enfim colhe o fruto de um trabalho árduo, calcado no comprometimento e na esperança de todos.

Ao lado de Aline, Duda,  Flávia Vidal e outras meninas-feras, meninas guerreiras, Piazza tem a honra de saborear um título conquistado com méritos indiscutíveis.

Mesmo sem patrocinador e sem o devido respeito do Poder Público, que sempre fez pouco mais que o mínimo, sempre olhou a modalidade com certo desdém, o grupo comandado por Piazza chegou ao topo estadual.

Que em 2014, com a anunciada secretaria específica, o handebol e o Esporte de Santo André voltem a ser respeitados. Com orçamento digno -- fala-se em 57 milhões --  e pessoas competentes e comprometidas -- a conferir -- , é possível sonhar. É possível voltar a brilhar!

Piazza, você é o técnico, o líder, o cara! Obrigado! Estenda os cumprimentos e os louros da vitória às meninas e ao grupo de trabalho.

Sinta-se abraçado por uma cidade. Ao menos pelos verdadeiros esportistas. Aqueles que não lhe negarão respeito e aplausos.

Se tiver de chorar, chore lágrimas de felicidade, lágrimas de um verdadeiro campeão. E cuidado com o coração!


sábado, 14 de dezembro de 2013

Ramalhão no caminho certo

Depois de tantos rebaixamentos e inúmeras decepções dentro e fora de campo, parece que o Santo André está se esforçando para entrar nos eixos. Ao menos não está a pecar por omissão. Tampouco por  irresponsabilidade diretiva.

A herança do Saged(d) -- Santo André Gestão Empresarial e Desportiva (Desastrosa) -- quase foi letal. A transição com cara de salvação foi conturbada por conta de um sem-número de exemplos de incompetência.

Com certeza, não foi fácil para  os loucos apaixonados Celso Luiz de Almeida e Jairo Livólis assumirem tarefa tão indigesta.  Sem dúvida, uma verdadeira bucha de canhão.

Um clube sem patrocínio, sem time e principalmente sem credibilidade por conta das mazelas de quem assumiu  o futebol e destruiu a imagem do Ramalhão.

Dívidas trabalhistas, especialmente com o INSS, ainda são gigantescas,  mas o que interessa é que o futebol está vivo. Cambaleante, capenga e fragilizado, mas vivo.

Melhor do que isso. Dá a impressão de que o aplicado técnico Roberto Fonseca e os dois caras "malucos" podem levar o Santo André a dias melhores.

A começar pela equalização das dívidas, pela condução  técnica e pelas contratações.  Contratações  dos experientes volantes Diogo Orlando e Marcinho Guerreiro são bem-vindas. Desde que armadores, meias e -- por que não? --,   laterais tenham capacidade técnica e vitalidade cavalar.

Na frente, a preferência momentânea dos treinadores é por um goleador e um atacante de velocidade. Nunes é polêmico, mas  vivido, artilheiro e brigador. Pode fazer sucesso com outro goleador, mais leve, ou mesmo com um velocista capaz de ser opção de contragolpes mortais.

Sem falar que, segundo matéria do DGABC,  que também está por chegar mais um reforço de peso. Calma, não é o Valter! Pode  até pintar outro bom goleiro, mas os mais cotados são Neneca e Júlio César.  Ambos já fizeram bons campeonatos por aqui. Só que não são baratos.

Ex-São Bernardo e Guaratinguetá, o meio campista Michel e o lateral-esquerdo e armador Renato Peixe  também são rodados e donos de bom futebol. Se der liga, vai dar jogo.

Boa espinha dorsal, com perfil da A-2, e técnico de respeito significam meio caminho andado para não se decepcionar.  Quem sabe o Ramalhão possa de fato sonhar com o acesso?

Só não pode é repetir a performance ridícula do  vizinho e rival São Caetano, onde nomes de bom currículo decepcionaram. Por não fazer das individualidades um  conjunto forte, o Azulão dançou.

Um amontoado de bons jogadores não significa nada se o comando não acertar a mão, o esquema. Se não formar um time de verdade, com opções táticas capazes de impor respeito, não resiste.

Mesmo sem grana e atolado em dívidas, o Ramalhão  acredita na chegada de parceiros/patrocinadores importantes para 2014. Respaldo  seria importantíssimo para reduzir déficit e montar elenco. 

Se a Prefeitura participar -- sem abusos políticos e sem troca de favores duvidosos --  com a simples indicação de potenciais parceiros, a coisa fica melhor ainda. A cidade merece um time capaz. O torcedor merece voltar a sorrir e a se orgulhar. 

Caminho parece bem calçado e definido. Time não é fraco não! Só não pode tropeçar logo no início do Campeonato Paulista. Ganhar e convencer de cara é fundamental como elemento motivacional. O tiro é curto. Tem de ser certeiro, na mosca.        

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Secretário de segurança longe dos números reais

Matéria no caderno Setecidades do DGABC de segunda-feira mostra  que a segurança (?)  da vila Assunção servirá  como referência para a Operação Natal Seguro.

Cuidado, Papai Noel, é melhor pôr as barbas de molho. Trenó blindado é café pequeno! Baixada Fluminense é mais segura.

Implantada desde ontem pela Secretaria de Segurança Pública Urbana e Trânsito de Santo André junto com polícias Militar e Civil, além da Guarda Civil Municipal, ação conjunta visa atuar em centros comerciais e reduzir o número de roubos e furtos na época natalina.

Conforme o texto, "experiência bem-sucedida" na vila Assunção se repetirá. "Com atuação "presencial, a PM e da GCM  conseguiram reduzir o número de roubos e furtos no bairro em 70%, de julho a novembro, segundo dados do Infocrim (Sistema de Informações Criminais) usados pela polícia.

Lamento, mas os números (porcentuais) anunciados, provavelmente  pelo secretário de Segurança de Santo André, José Luiz Navarro, não condizem com a realidade.

São oficiais e merecem crédito, mas não são reais. Repórter e secretário poderiam até ter checado veracidade in loco, junto a comerciantes e moradores, sem rabo preso.

Números do Infocrim são oficiais, mas, repito, distorcidos da realidade, do que acontece no dia a dia.
Especialmente de sexta-feira a domingo à noite.

Ressalte-se:  por  interesses comerciais, preguiça, falta de confiança em atitudes das autoridades e/ou mal atendimento nas delegacias, a maioria não perde tempo com Boletim de Ocorrência.

"A presença de GCM, do PM e do policial civil dá resultado. Onde eles estão, não ocorrem crimes". Afirmação do entrevistado ao jornalista. Atenção especial à frase!

Na sequência da matéria, sem aspas do autor, o texto continua: Assim foi feito na vila Assunção, principalmente na região que abrange a rua Santo André e o largo da matriz, após reclamações de moradores.

E mais, ainda segundo o texto do DGABC: Devido ao alto número de ocorrências, o GGI ( Gabinete de Gestão Integrada) do município tratou de aumentar as ações de  ostensividade (?) e visibilidade (?) para coibir e diminuir os delitos.

Como jornalista aposentado, mas ainda sério, prefiro não avaliar a qualidade da matéria de forma global. Como cidadão e morador exatamente citada rua Santo André, posso e devo me manifestar.

É bom lembrar que a operação, de verdade, começou apenas ontem, inclusive com Base Comunitária Móvel registrando presença meteórica diante da igreja. Portanto, a informação não bate com a realidade.

Antes, o  que tínhamos, de fato, era a presença ocasional -- ocasional -- de viaturas da GCM ou da PM na praça diante da  Matriz, cujo padre foi vítima de dois assaltos em pouco tempo.

Nada além disso. Nada presencial mesmo. Nada ostensivo. Pelo contrário. Cheguei até a constatar um absurdo num domingo: durante a famosa e sempre lotada missa das 10h, lá estavam duas viaturas com quatro GCMs.

Me engana que eu gosto! Pressão pura! Visibilidade pra enganar os menos avisados! Alguém assaltaria o padre exatamente durante a missa das 10h? 

Se  algum malandro tivesse de agir, o faria às 16h30min, quando a igreja estava praticamente às moscas. Não havia nenhuma viatura da PM ou da  GCM. Tampouco algum agente público de segurança. Isso é apenas um detalhe.

Vamos aos números. É bom lembrar que vou me restringir somente ao que sei, ao que tomei conhecimento nos últimos meses no meu quarteirão, de apenas 150m de extensão, bem próximo da Matriz, teoricamente protegida e privilegiada. Imagine se falarmos da rua inteira ou do bairro como um todo.

Fatos -- eu disse fatos -- e serem acrescentados aos números do senhor secretário e possíveis BOs do Infocrim: sequestro relâmpago a uma jovem moradora do edifício Domus, três arrombamentos de veículos, além de três estepes surrupiados e um Fox vermelho furtado do outro lado da rua, a 12m dos meus olhos.

Num deles, houve tiroteio diante da minha casa. O segurança bancado pelo Botequim Carioca - ponto de encontro de políticos, autoridades e demais amigos do rei/poder --  atirou cinco vezes no casal de ladrões ocupantes de um Corolla automático roubado.

Atemorizado, junto à porta de vidro, e protegendo esposa, filha e netos, ainda presenciei o quinto disparo do segurança. O ladrão correu para a esquerda e a acompanhante para a direita. Sumiram!

Polícia até que chegou rápido, apesar da demora para o atendimento automático. Justificativa da PM para a  frieza e a lentidão na resposta telefônica via secretária eletrônica: excesso de ligações nos finais de semana. Bandidos correndo e eu sem ação,  ainda ouvindo aquela voz...

Calma, caro leitor, há outra ocorrência relevante, no mesmo quarteirão.  Há três meses, em plena semana de eleições sindicais, num belo finalzinho de tarde, levaram nada menos do que R$ 500 mil reais dos "cofres" do poderoso Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.

Não me perguntem por que tanto dinheiro assim na moita. Não me interessa! Só sei que ninguém viu nada. Se é que havia seguranças particulares, também não evitaram o limpa.

Com o perdão da ironia, isso tudo porque, segundo o secretário, com base na redução de 70% estampada pelo Infocrim, "onde a GCM, a PC e a PM estão não ocorrem crimes.

Então, onde eles estavam? Rezando?

Portanto, infelizmente, a segurança da nossa vila Assunção não serve de exemplo pra ninguém.  Se alguém tiver alguma dúvida, inclusive o jornalista e o secretário, basta dar um pulinho na outrora tranquila rua Santo André. Com segurança particular, claro!

Em tempo: minha casa está à venda. Local nobre! Laje blindada!     


sábado, 7 de dezembro de 2013

Sobre torneiras e lixeiras

Mesmo em recuperação de  forte gripe e estiramento muscular de segundo grau ( reto-femoral direito), voltei a caminhar hoje de manhã no Parque Central.

Horário, entre 10h e 11h, não foi dos melhores, reconheço. Um calorão danado. Nosso sonhado cartão postal  -- quem sabe quando nossas autoridades acordarem  de fato -- não estava lotado.

Pelo contrário. Pouca gente! Como em todas as ruas pelas quais passei aqui na vila Assunção. Pelo que vi depois, na TV, acho que todo mundo estava na 25 de Março. Já viu, né? Compras de Natal.

Detalhe, de hoje, é que, mais uma vez -- e quase sempre aos finais de semana -- não havia água nos bebedouros da parte alta, entre os acessos pelas ruas Visconde de Mauá e Javaés.

Havia placas -- muito mal localizadas, por sinal -- com orientação para economizar o precioso líquido, mas não havia água. Em alguns bebedouros, não havia nem torneira completa.

Dizem que os furtos são constantes e inevitáveis. Lógico! Ninguém toma conta. Os GCMs raramente saem da toca. Repito a sugestão: por que não colocar aquela torneira de tempo, de toque, embutida.

Como em São Bernardo, na avenida Kennedy,  e em Piracicaba, no belo parque à beira do grande rio. Apertou, usou, economizou.  Sem desperdício e sem ninguém a dilapidar o bem público.

Por falar em bebedouro, a dispensável placa de indicação (bebedouro para cães) continua lá, mas nada de água para os animais.

Depois,  querem advertir quando os donos colocam os cachorros para matar a sede nos bebedouros normais. Ninguém estará com a razão! Conflito poderia ser evitado.

Uma das alegações das administrações, há quase dois anos, é de que moradores de  rua estavam usando o local para se banhar. Mais uma desculpa esfarrapada!

Conversa fiada! Quem quer continua tomando banho, de sabonete e tudo, a 200m dali. Eu vi! Ninguém me contou, não!

E com direito a lavar a roupa e colocar para quarar no belo gramado dominado por duas viuvinhas e pelos três quero-queros  barulhentos e agressivos para proteger  dois filhotes recém-nascidos.

Citei as torneiras, mas sinto necessidade de voltar a falar também das lixeiras. Que vergonha, hein! Até quando, senhores do Departamento de Parques e Áreas Verdes, vinculado à Secretaria de Obras Públicas comandada por Paulinho Serra.

É fácil responder ao DGABC e afirmar que a partir de janeiro entra dinheiro do Governo Federal e o Parque Central vai passar por significativa revitalização. Parece que o GF é a salvação para tudo! Cuidado! Confiar em terceiros nem sempre é bom negócio.

Desde a metade da  gestão Aidan  Ravin o estado das lixeiras são um lixo. Poucas resistiram ao tempo e aos homens. Por falta de educação do usuário. Por falta de manutenção, orientação e fiscalização do Poder Público.

Problema não é de agora. São pelo menos três anos sem lixeiras inteiras. Compromisso do ex-prefeitão, dizem, era de abrir licitação para comprar  lixeiras  para vários espaços públicos. Seriam 70 só para o Central. Não comprou sequer uma!

Carlos Grana está no poder há um ano e também não fez nada. Parque passa por manutenção enganosa e maquiagem cíclica. Nada mais! É só frequentar e prestar bastante atenção. Inclusive nos esgotos e nos lagos.

Então, a responsabilidade é dos dois! Como o primeiro já era, que o segundo se vire! Ligue pra Dilma!

EM TEMPO: hoje, dois dias depois, não havia água, nem torneira, no parquinho das crianças. Absurdo²! Incompetência³!  Funcionária da administração culpou "molecada que rouba" e o "Semasa que não leva caminhão pipa". Com a palavra, o secretário e o prefeito. Se for pra mentir ou vir com conversa mole, é melhor calar a boca.  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Toda incompetência será perdoada. Inclusive do Esporte Clube Santo André/Saged. Uma vergonha!

À sombra do ex-sempre-presidente Lula e dos cínicos  da impunidade capitaneados por dona Dilma, o Governo Federal está prestes a cometer outro absurdo. Mais uma excrecência.

Projeto-de-lei de autoria do deputado federal  e futuro relator Vicente Cândido está no forno para ser estrategicamente apresentado por outro "nobre" da bancada da bola. Verdadeira afronta à dignidade e à inteligência do cidadão comum.

Anistiar 90% das dívidas dos clubes com o INSS e com a Receita Federal é um chute na bunda de qualquer ser humano minimamente comprometido com as letras da lei e com valores cultuados desde a infância.

Os outros 10% seriam saldados provavelmente com o dinheiro "transparente" do dono do hotel de Brasília que  pretende empregar o chefe dos mensaleiros.

Em síntese, ficaria assim: a dívida astronômica dos  principais clubes brasileiros, superior a R$ 4 bilhões, seria perdoada em troca de pseudos projetos sociais,  financiados pelo próprio governo.

Será que temos cara de trouxa, voz de trouxa, olhar de trouxa, ouvidos de trouxa, atitude de trouxa? Detalhe é que o Governo Federal vai emprestar a devedores contumazes, de longa data. Serasa e cartórios  são íntimos.

Quase todo dirigente de clube vinculado ao  futebol profissional  é como pau que nasce torto e morre torto.  A maioria pode envergar, mas não se emenda! Nem com a bolsa-Timemania. Nem com o questionável perdão do poder maior.

Deputados nada nobres anseiam pela chancela de dona Dilma para financiar, com o nosso dinheiro, duvidosos projetos sócio-esportivos para crianças carentes do entorno do devedor.

Os clubes ofereceriam praticamente só o espaço em troca da dívida. O resto o GF garante. Coisa de caloteiro respaldada por mensaleiro. Acho que me entendem! Soa como pleonasmo.

Então, no caso, o devedor, o dirigente irresponsável,  o mau gestor, vai ser premiado. Passa de ano com louvor. Lógico que, mais uma vez,  a maioria  não vai cumprir a tarefa primária. E se  pagar a derradeira promessa vai ser com o nosso joelho.

Merecem nota zero como gestores de recursos humanos e financeiros. São devedores, mas  a maioria investe milhões em contratações duvidosas e salários astronômicos para treinadores tratados como estrelas. Pura insensatez!

Débitos são consequência. Com o aval presidencial, contadores e/ou gerentes  administrativos  descontam e recolhem porcentagem de funcionários de todos os escalões --  de técnicos e jogadores a eletricistas, cozinheiras e cia --  dos clubes, mas não repassam ao INSS e à Receita Federal.

Até o FGTS, direito conquistado pelo trabalhador, é intencionalmente "esquecido". Pura fraude em todas as esferas. Quando dá, fazem acordo, depositam e saldam tudo ou parte no momento da rescisão trabalhista.

Todos os responsáveis deveriam, sim, responder criminalmente em vez de serem premiados com um perdão imperdoável. Como qualquer cidadão comum. Enquanto isso, o INSS vem a público para anunciar rombo atrás de rombo. E sobra para o aposentado, o sempre-enganado. 

Todos os grandes clubes serão beneficiados com o perdão quase certo. E também o nosso pequeno mas respeitável  Esporte Clube Santo André, de quem sou credor moral e legal na esfera do INSS. É bom não esquecer!

O quase sempre dedicado e escorregadio presidente do nosso Ramalhão, Celso Luiz de Almeida, afirma, veladamente, que a responsabilidade por débitos fiscais superiores a R$ 3 milhões é do desastroso ex-Saged comandado por Ronan Maria Pinto.

Poucos sabem, e não é nenhum pecado,  mas o ainda mandatário do clube do Parque Jaçatuba é chegado, companheiro, talvez  até amigo,  de Vicente Cândido, o anunciado deputado autor que vai virar relator para deitar e rolar no texto final da indecência governamental. Vale tudo pelos caloteiros! É nóis! 

Pausa para tomar fôlego... O petista Vicente Cândido também é amigo e  (dizem) sócio de Del Nero,  presidente da Federação Paulista, além de vice e candidato cotadíssimo à presidência da rica CBF.

Comandada por José Maria Marin, o chefe da confraria  que paga mensalinho para as federações em troca de votos que os eternizarão no poder, a CBF sempre escora os donos do poder, quem manda. Tanto quanto a FIFA de Joseph Blatter.

Cada um no seu curral e com significativa parcela de mandonismo. Para muitos, voz de prisão é café pequeno. Para nós, pobres mortais, que exigimos nada mais do que nossos direitos, nenhum beneplácito fiscal. E se falar muito, leva processo por calúnia. Verdade dói, né?

Experimente, leitor não privilegiado, não bolsista, não invasor, não mensaleiro, não puxa-saco... Experimente  só não pagar impostos, taxas, pensões alimentícias, contribuições sindicais, INSS, Cofins, IPTU, FGTS, IPVA e outras siglas. Além da vergonha, cadeia! Chi-lin-dró!

Enquanto isso, nos cada vez mais nojentos subterrâneos de Brasília, o Congresso está pronto para anistiar tamanha irresponsabilidade diretiva. É uma afronta à sensatez. Cheiro de promiscuidade!

No fundo, a molecagem, a esperteza dos dirigentes e seus protetores tem forte odor de sacanagem, de desonestidade. Não se limita à simples irresponsabilidade com o fisco e com os funcionários.

Falta pouco para mais um gol da bancada da bola. A mesma do desprezável jeitinho brasileiro. O calote está instituído, encastelado,  e o brasileiro de bem,  envergonhado. Afinal, perdoar é um ato divino... Mas perdoar sacanagem?

Desde que se ignorem as mazelas e se protejam  os interesses dos amigos do rei, institui-se no futebol a polpuda bolsa-incompetência ou bolsa-escola-da-malandragem. Assim como no bolsa-família, todos farão reverência e votarão nos indicados dos reis, no Planalto, na CBF e na FPF .

Com a bênção de  Dilma, Maluf, Lula, Sarney, Marin, Del Nero, Ricardo Teixeira, João Havelange, Joseph Blatter e todo o pessoal da Papuda. Todos aplaudem e respaldam o deslize clubista, mais conhecido como calote programado.

Alguma surpresa? Nenhuma, claro! Basta olhar o timaço...  Se ficarem na dúvida, consultem o  Joaquim ou o Francisco. Aprendam a exercitar a justiça com o juiz e com o Papa. Mesmo com certos exageros do juizão, convenhamos.











terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O adeus de mais dois gênios da bola

Desse jeito, o time do céu vai ficar imbatível. Mais dois craques se vão. A bola está órfã. Assim é a vida. Um dia Pelé também dirá adeus.

Numa semana se vai Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol. Na outra, Pedro Rocha, um maestro. Ou, como diziam na década de 70, dom Pedrito ou o imperador dom Pedro III.

Pouco posso falar de Nilton Santos. Sei que era difícil, carimbada, nos álbuns da época. Quando foi bicampeão do mundo no Chile, em 62, eu tinha apenas sete anos. Como parou em 64, o vi muito pouco, pela TV (preto e branco, lógico), com a camisa do grande Botafogo.

A Seleção de 62 tinha Gilmar, Djalma Santos, Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Zagalo, Pelé e cia. O Botafogo tinha Manga, Garrincha, Didi, Quarentinha, Zagalo, Amarildo e outras feras.

Ouvi muito sobre Nilton Santos porque ele era um dos ídolos do meu pai, também lateral-esquerdo e depois quarto-zagueiro. Seu Valério o colocava no mesmo  patamar de Garrincha, Didi, Djalma Santos, Leônidas, Zizinho,  Domingos da Guia e Luisinho, o Pequeno Polegar, ídolo do Corinthians.

Sempre de cabeça erguida, desfilava em campo. Exemplar raro de técnica e elegância no domínio e na condução da bola, raramente precisava pôr a bunda no chão. O contraponto daqueles laterais botinudos, valentões, limitados a marcar com porradas e carrinhos desnecessários. Naquela época, lateral era para colar no ponta. E fim de papo.

Porém, Nilton Santos -- que um dia sugeriu a contratação de Garrincha ao levar um baile do menino-gênio de pernas tortas -- não só marcava com categoria como ousava atacar, contradizendo a lógica e as ordens expressas dos treinadores de outrora.

Um homem simples, sem vaidades, de muitos amigos. Um craque de quatro  Copas do Mundo. Um craque do mundo. Agora um craque divino.

Tanto quanto o uruguaio Pedro Virgilio Rocha, considerado por Pelé um dos cinco maiores jogadores de futebol do mundo. Pedro Rocha também disputou quatro Mundiais. Não ganhou pela seleção uruguaia, mas pelo Penharol foi bicampeão mundial interclubes, tri da Libertadores e octa nacional.

Em 70, após a Copa do México, veio para o São Paulo, que não ganhava título há 13 anos. Dedicou-se mais à construção do Morumbi e permitiu que a hegemonia ficasse com o Santos de Pelé e o Palmeiras de Ademir da Guia, outro expoente da época.

Pelo Tricolor, dom Pedrito foi duas vezes campeão estadual e uma brasileiro, em 77. Encerrou carreira no Coritiba, como campeão. No São Paulo, formou um dos meio-campo mais  completos e eficientes que eu já vi, ao vivo.

Edson Cegonha ( pelas pernas longas), ex-lateral-esquerdo do Corinthians, e Gérson, ex-armador do Botafogo e da Seleção Brasileira,  completavam um trio de ouro num esquema que já alternava 4-2-4 com 4-3-3. Edson  marcava como poucos; Gérson ajudava na marcação, lançava e armava.

Pedro Rocha  cercava, armava, lançava, criava, penetrava e concluía com a competência de grandes. Fazia gol -- mais de 100 -- de tudo quanto era jeito. De falta, de fora da área, de dentro, de cabeça. Quase sempre com a classe dos geniais.

Pedro Rocha desfilava a sobriedade e a elegância de Ademir da Guia, com as passadas largas do Divino. Só que sempre foi bem mais meia goleador do que meia armador. El Verdugo (  o carrasco) foi sensacional.

Pode ser comparado ao Roberto Rivelino da década de 70 e a Zidane, o craque francês que nos humilhou na Copa de 98. Quer saber, pra mim, foi mais completo do que ambos.

Um artista operário inesquecível para uruguaios e brasileiros. Tanto quanto para são-paulinos, corintianos, palmeirenses e santistas. Torcedores do Penharol o idolatram até hoje.

Ouso dizer, sem menosprezo, que no São Paulo de hoje Pedro jogaria com uma perna só. Jadson e Ganso, que são bons e já vestiram a amarelinha, não jogam metade do que jogou Pedro Rocha.

Esse sim era craque. Por isso o time celeste transborda de felicidade. Os torcedores e fãs de deuses da bola já sentem saudade.

    

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Unimed ABC induz ou mente?

Ainda não consegui concluir se todos os funcionários da Unimed ABC são pagos para trabalhar com competência, respeito e profissionalismo. Acho que sim!

Porém, tenho certeza de  que alguns são coagidos para  não informar corretamente, induzir e/ou mentir, provavelmente sob a perigosa  coação/proteção empregatícia do manto patronal.

Como conveniado, já tive problemas nada agradáveis com a empresa. Ainda não mudei porque, infelizmente,  convênio médico é como qualquer prestadora de serviços, especialmente nos setores de telefonia, internet e TVs fechadas.

No principal dos enroscos, fui quase atendido (?) por um pseudodoutor boliviano. De madrugada, o sonolento irresponsável não conseguia nem ao menos concatenar uma frase. Imagine fazer a consulta e dar a receita. Poderia me levar a óbito.

Impaciente,  contei até 13 e meti a mão na mesa. Assustei o tal e quebrei o silêncio do pronto-socorro. Exigi ser atendido por uma enfermeira. E fui. Depois, formulei a reclamação e o doutorzinho  acabou demitido. Dizem!

Anteontem, a falha aparentemente simples, corriqueira, foi na informação, via telefone. Tudo começou porque me meti a voltar a jogar futebol após férias de um ano. Lesão reto-femoral  na coxa direita e necessidade de ultrassonografia simples para confirmar o tamanho  do prejuízo.

Liguei na Unimed. A atendente, Gisele,  não vacilou. A essência do diálogo:

-- O senhor tem de ligar na Vanguard para marcar. Posso transferir!

-- Moça, já liguei! Só tem vaga para dia 12 de dezembro. E minha coxa está arrebentada. Mal consigo andar.

-- Não posso fazer nada, senhor!

-- Não há outra opção em Santo André?

-- Não! Qual o seu plano?

-- Há ou não?  Independentemente de plano.

-- Um momento! Só mesmo em Mauá ou Ribeirão Pires.

-- Cê tá de brincadeira! Outro dia minha esposa, que tem o mesmo plano, fez ultrassom ali no bairro Jardim, com o dr. Iglésias, do DISA.  Confira a informação, por favor. Algo está errado!

-- Está confirmada, senhor. Só em Mauá e Ribeirão Pires. Ou na Vanguard!

-- Não acredito! Vou consultar o guia médico e procurar meus direitos. Boa tarde, Gisele!

-- Boa tarde, senhor. A Unimed ABC agradece sua ligação...

Cinco minutos depois, liguei no DISA. Não só fui bem atendido como dei sorte. Uma desistência facilitou minha vida e no dia seguinte, ontem de manhã, fiz o ultrassom com o dr. Rafael.

Resultado já está em mãos: estiramento de segundo grau, repouso, gelo, antiinflamatório, paciência e nada de bola. Nem montanha!

Moral da história: a Unimed ABC,  no caso representada pela solícita atendente, não deu a informação correta. Falhou, induziu e/ou mentiu descarada e insistentemente para que o procedimento acontecesse na Vanguard, coincidentemente, empresa de propriedade da Unimed ABC.

Portanto, caros leitores, cuidado com certas atitudes da Unimed ABC. E com todos os demais empresários amiguinhos do setor. Fala mais alto a ganância. O conveniado paga caro e se lasca.





quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Curtas, grossas e vergonhas da província

Como diz o amigo-irmão Daniel Lima, o Grande ABC é mesmo uma província. Aqui os coronéis ainda mandam. Feudos ainda existem.

Quem tem o poder do cargo, do nome ou da grana, deita e rola, faz o quê quer, quando quer. Manda prender e mandar soltar. Há, até, quem mande matar.

Gente graúda, de nome e sobrenome. Políticos, empresários. Enfim, reis e amigos íntimos dos reis. Mesmo que o rei esteja nu. Ou do padre. Ou dos dois.

Comecemos pelo padre. Já escrevi aqui que o cidadão comum não tem proteção adequada do Poder Público. Tanto estadual quanto municipal. Mas, após dois assaltos à paróquia,  o padre da Igreja Matriz de Santo André, meu vizinho,  se esbalda de seguranças na hora errada.

Lógico que não tem culpa, mas se dá ao luxo de ter a proteção de duas viaturas e quatro guardas civis municipais durante a sempre repleta missa das 10 da manhã. Pra quê?  Pra ficar jogando conversa fora?

Jogo de cena? No mesmo domingo, por volta das 16h, a igreja estava aberta, mas praticamente às moscas. Qualquer ladrãozinho de galinha faria a festa. Exagero de manhã para dar visibilidade e abandono à tarde, quando ninguém vai elogiar.

A mim, há dois meses, GCM sugeriu falar com o vereador Marcos Pinchiari e engrossar abaixo-assinado solicitando base comunitária se quisesse minimizar o problema de falta de segurança na região. Só não o mandei para aquele lugar porque estava diante da igreja.

Passemos do padre protegido ao vereador peroba. É muita petulância dos nobres edis da Câmara de Santo André. Principalmente do veteraníssimo José Araújo, que reza pela mesma cartilha do prefeito Carlos Grana. Ou de quem signifique poder maior.

Vai ser cara de pau assim na p.q.p. ! O camarada, pseudo representante do povo, se julga no direito de emparedar o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno, porque este ( corretamente, por sinal) não estaria a facilitar a vida dos seus apadrinhados.

O (nada) nobre vereador quer que o secretário interfira para privilegiar o agendamento de consultas e outros quetais para os indicados  dos asseclas do rei. Assim,  na cara dura!

Às favas o cidadão comum, que precisa pegar  fila e esperar meses por uma consulta ou um exame mais específico. Se for amigo/eleitor dos nobres dispensáveis -- com raríssimas exceções --, tudo deve ser facilitado.  Aos encastelados, tudo!

Se não for, que o prefeito fique esperto nas próximas votações. Ou dá ou desce, como diria o papagaio sacana no caminhão carregado de galinhas. Um absurdo! Um desrespeito ao cidadão pagador de impostos! Votem nele nas próximas eleições, seus trouxas, puxa-sacos e/ou cabos eleitorais.

Outra escorregadela vergonhosa da província está no esporte andreense. Mais especificamente na anunciada Secretaria de Esporte, prometida para um exemplar raro de incompetência como dirigente.

Insistir com Marta Sobral é um acinte. Coisa de prefeito com visão tacanha, que blefa, que finge não enxergar o óbvio. Esqueci que Grana é filhote do Lula. Normal, portanto, que alegue não saber de nada quando não lhe interessa.

Em um ano, a moça não fez absolutamente nada como diretora de Esporte,  estranha e estrategicamente lotada no Lazer, mas, teoricamente -- conversa fiada --,  sob as asas do Gabinete. Outra mentira deslavada.

Tudo jogo de cena. Temos cara de trouxa, prefeito?Marta foi uma escolha política errada e agora tem de ser bancada às custas de quê? Capricho ou medo de rasurar uma excrecência rotulada de governabilidade?

Poucos sabem -- e quase ninguém tem peito para confirmar -- que a ex-grande pivô de Santo André e da Seleção Brasileira é brigada com o ainda secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Raimundo Salles. Além disso,  tem ficha político-partidária assinada para apoiar Geraldo Alckmin.

Estranho né? Incompetência gerencial e  possível traição partidária merecem cargos e afagos como prêmio. Enquanto isso,  funcionários de carreira, técnicos, competentes, comprometidos, e raros, são jogados para escanteio.  Parecem marionetes a cada troca de gestão.

Do esporte para as ruas, para o Trânsito. Custo a acreditar, mas outro dia, quando minha esposa acionou o DST para que um veículo (quase sempre  de alguém mal-educado que estava no boteco do amigo dos políticos enchendo a cara), fosse retirado da frente da minha garagem, recebeu uma resposta estapafúrdia.

Os  agentes vieram multar o veículo -- se for conhecido de alguém do poder ou chorar eles costumam só avisar -- e, diante de duas testemunhas, disseram que não havia como remover o carro porque o DST não tem guincho. É brincadeira! Não acredito!

Numa cidade de 680 mil habitantes e com orçamento anual superior a R$ 3.2 bilhões, não é possível. Se não for mais uma desfaçatez dos agentes para não esticar a conversa, é uma vergonha. Não importa quem desrespeita a lei, tem de multar e guinchar, cara-pálida!

E assim segue a vida na província.  Aos amigos do rei, do prefeito, do vereador, do padre, do delegado e de outros poderes, o benefício da proteção. Aos cidadãos comuns,  a rigidez da lei. Sinto nojo!  



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A injustiça de um homem justo

Já escrevi que Alexandre Pato foi patético e irresponsável naquela cavadinha diante de Dida.

Já escrevi que Pato não tem a cara do Coríntians e que parece no mundo da lua. Ou da moda.

Já escrevi que Pato deveria se dedicar às passarelas e sair em revistas de celebridades, ao lado de beldades.

Já escrevi que o jovem promissor Pato não vale os R$ 40 milhões investidos pelo bicampeão mundial interclubes.

Também já escrevi que Tite é um dos melhores técnicos do futebol brasileiro e estrela de primeira grandeza, protagonista,  na conquista diante do Chelsea.

Já escrevi que Tite entende de bola, fala a linguagem do boleiro -- apesar da titebilidade -- e pensa o clube de sol a sol.

Já escrevi que Tite é paizão, bom ouvidor,  trabalhador e domina como poucos as táticas e estratégias do jogo da bola. Jogou e conhece os caprichos da bola.

Escrevi, também, que Tite fechou com o  grupo campeão e com a tática campeã -- hoje limitada ao defensivismo exacerbado -- , por isso caiu na arapuca da teimosia e quase levou o Corinthians à Série B.

Escrevi, ainda, e repito, que Tite é justo, muito justo,  com o grupo. Coisa rara no mundo atual. Especialmente no mundo da bola.

Isso tudo, no entanto, não define Tite como perfeito. Com direitos inabaláveis e opiniões incontestáveis.

Os bons também erram. Os trabalhadores também falham. Os conhecedores também vacilam.

Os ganhadores também perdem. Os convictos também dormem no ponto. Os justos também cometem injustiças.

Isso tudo para repetir, com todas as letras: mesmo de saída, Tite insiste, teima em não ser coerente  com o menino Pato, de quem exige maior participação e marcação permanente. Um exagero para quem nasceu pra fazer gol.

Em momento algum, no Corinthians, Tite foi, de fato, completamente justo com Pato. Pelo contrário. Todos -- Emerson, Romarinho, Danilo, Douglas e cia -- sempre tiveram oportunidades reais.

Falta de confiança? Retaliação por não aprovar a contratação? Vaidade? Brilho ofuscado? Inveja do elenco campeão? Não creio!

Debilidade física recorrente? Conversa fiada? Lesões incuráveis? Balela! Convicções táticas? Também não colam! Seria burrice para alguém tão íntegro e inteligente.

Emerson dá selinho, falha, corre feito louco e engana trouxa mas tem lugar garantido. Romarinho cai na noite, vira "artista" de novela mas é tratado com um bebê porque tenta executar as tarefas táticas defensivas determinadas pelo paizão. Como se fosse Jorge Henrique.

Danilo entra em má fase mas sai e volta. Sem fome de bola. Douglas alterna sonolência com lampejos de grande armador, mas tem chance. Até Maldonado e Ibson entram de vez em quando.

Com Guerrero lesionado, Renato Augusto, um ótimo meio-campista, quebra o galho de centroavante enquanto Pato fica toda hora no banco. Mesmo com melhor produtividade como goleador do ano, já que jogou bem menos que Guerreiro. Basta dividir minutos jogados por gols marcados. Perder gol, todo mundo perde.

Sem sequência de jogo, Pato paga o pato. Sem esquema ofensivo, Pato paga o pato. Sem meias e atacantes criativos, Pato paga o pato. Sem conjunto e com excesso de individualismo, Pato paga o Pato. Sem gols, Pato paga o pato. Sem time, Pato paga o pato.

É justo? Pato falhou feio, mas sabe jogar e não pode amargar sozinho o castigo reservado aos bodes expiatórios. Todos são campeões, todos perdem, todos ganham. Todos merecem uma nova oportunidade.

Soa contraditório, mas o excepcional Tite está a cometer o pecado da injustiça. Vai embora como campeão, com a nossa gratidão e com a chancela de homem justo, mas sem ter a humildade de reconhecer que passou do limite.

Quem sabe Pato possa dar a volta por cima com Mano Menezes?



 


 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Concórdia é campeã. Melhor para o handebol

Afirmei, ontem, com todas as letras, que a Metodista era favorita para chegar ao octacampeonato da Liga Nacional de Handebol Feminino. Caí do cavalo! Errei!

Agora há pouco, em Cabo Frio, a ligeiro favoritismo foi simplesmente pulverizado pela invicta Concórdia. Após 14 a 12 na primeira etapa, a equipe catarinense fechou a decisão em 27 a 22.

Com méritos e sem susto! Foi o troco do ano passado, quando perdeu a final de 22 a 20. Um título inédito e que deve fazer bem para o handebol nacional.

Afinal, concordem ou não os competentes dirigentes da nossa grande Metodista,  a quebra da hegemonia de sete anos significa o fim  de um ciclo vitorioso e deve motivar ainda mais outras praças esportivas. Afinal, caiu o bicho-papão!  

Alternando o esquema 5-1 com o 3-2-1, com a marcação individual sobre Amanda, da Seleção Brasileira, a Metodista começou um pouco melhor no conjunto, mas não tirou proveito para ampliar a vantagem.

No 6-0, com a marcação bem baixa, quase sobre a linha de área, Concórdia reagiu e chegou à igualdade em seis gols aos 11 minutos. Depois, jamais perdeu a vantagem.

Com marcação plantada e agressiva, e contra-ataques qualificados em velocidade, Concórdia chegou a abrir cinco gols -- 13 a 8 -- quando a Metodista perdeu a concentração e pecou tanto na defesa quanto nas finalizações. 

Quando não errou, parou na goleira Jéssica.  Reação no final do primeiro tempo só foi suficiente para reduzir a diferença -- 14 a 12 -- e dar esperanças de virar o jogo.

Mas Concórdia voltou para a segunda etapa com a mesma postura e com momentâneas variações de 6-0 para 5-1, enquanto que a equipe de Eduardo Carlone optou pelo 5-1, ainda com marcação individual sobre Amanda. No final, na hora do tudo ou nada, chegou a usar o 4-2, mas sem resultado.

A Metodista perdeu a concentração e p conjunto. Não teve a mesma consistência das semifinais e dependeu quase que exclusivamente da brilhante  Débora Hannah.

Com grandes atuações da goleira Jéssica e da armadora Amanda, o máximo que o time de Alexandre Schneider permitiu foi a diferença de um gol. Prevaleceu a distância confortável e administrável de três gols ( 16-13, 19-16, 22-19...).

Nem mesmo a performance de Débora Hannah  (da Seleção e eleita a melhor jogadora da Liga, enquanto que Flávia, de Santo André, foi a melhor goleira) evitou que a invicta Concórdia fechasse em 27 a 22.

Com méritos, estava quebrada a hegemonia da grande equipe de São Bernardo. O título inédito fica em boas mãos. E com um técnico que esbanja competência há muito tempo -- Alexandre Schneider. 

Torço pela Metodista e por Santo André, mas, sinceramente,  acho que vai ser melhor para o handebol como um todo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Handebol da Metodista perto do octa

Metodista/São Bernardo e Concórdia se enfrentam na grande decisão do título da Liga Nacional de Handebol Feminino.

Com investimento à altura, estrutura invejável e competência exemplar, dentro e fora das quadras, da base ao alto rendimento, a heptacampeã brasileira tem amplas condições de triunfar novamente amanhã à noite em Cabo Frio.

Ninguém ganha nem perde de véspera, mas a Metodista é, sim, favorita. Embora invicta no campeonato, Concórdia venceu mas apresentou flagrantes oscilações táticas e técnicas nas semifinais contra Santo André.

Campeã de 2012, a Metodista foi mais consistente, inteligente e competente nas duas vitórias diante de Blumenau. Se jogar tudo que pode, sem possível recaída técnica ou emocional,  time de Eduardo Carlone volta como octacampeão.

Nos jogos de volta das semifinais, ontem à noite, a Metodista fez 22 a 19 (12 a 8) diante de Blumenau, enquanto que  Concórdia, a vice-campeã do ano passado, superou Santo André por 23 a 20 (10 a 11). 

Os finalistas poderiam até perder em função das vantagens na primeira partida, mas voltaram a reunir méritos para vencer. Concórdia teve mais dificuldades, já que desta vez o time de Rubens Piazza -- sem patrocínio e com orçamento limitado --  marcou melhor e não se precipitou tanto no setor ofensivo.

Especialmente no primeiro tempo, Santo André defendeu -- 5/1 --  com determinação e atacou de forma sustentada, sem acelerar em momentos impróprios. Tanto que chegou a livrar três gols ( 11 a 8 ) e deu a impressão de que conseguiria reverter a desvantagem.

Só que Concórdia voltou para o segundo tempo com outra postura. Melhorou a marcação (principalmente sobre Aline e Audi), diminuiu os espaços e contra-atacou em velocidade.

Mesmo com as grandes defesas da pequenina goleira Flávia, o time de Alexandre Schneider se impôs, abriu cinco gols e administrou até o final ( 23 a 20).

No jogo de fundo, Blumenau precisava tirar uma diferença de 10 gols, mas acabou perdendo de três. Foi menos apático na marcação, mas ofensivamente mostrou lentidão, falta de ousadia nas penetrações e de competência nas conclusões.

Já a Metodista soube administrar a vantagem, sem perder a concentração. Quando falhou na defesa, contou novamente com as boas intervenções da goleira Ariadne. Outro destaque da octacampeã nacional foi a armadora Débora Hannah, da Seleção Brasileira.

Time por time, ligeiro favoritismo para a Metodista. Missão do time catarinense é ingrata, mas não  impossível. Hegemonia pode, sim, ser quebrada. E a invicta Concórdia merece respeito.

Só não consigo entender o porquê da realização de semifinais e final em Cabo Frio (RJ), sem o calor dos torcedores de São Bernardo, Santo André, Blumenau e Concórdia.

Coisas da competente Confederação Brasileira de Handebol, a dona do evento e dos acordos com o SporTV. O silêncio de um ginásio vazio machuca a alma do verdadeiro torcedor. Imagine em decisão!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Metodista atropela e Santo André derrapa nas semifinais da Liga Nacional de Handebol

Primeira rodada das semifinais da Liga Nacional de Handebol Feminino, ontem à noite em Cabo Frio, teve vitória e derrota dos representantes do Grande ABC.

Na preliminar, Santo André oscilou, derrapou e perdeu de 26 a 22 de Concórdia. Agora precisa vencer amanhã por pelo menos cinco gols de diferença se quiser  decidir no título em jogo único, na quinta-feira.

No jogo de fundo, a Metodista/São Bernardo também oscilou, mas atropelou Blumenau. A heptacampeã nacional fez 35 a 25 e  só não chega novamente à decisão se perder amanhã de  11 gols de diferença.

Primeiro tempo de Santo André, segundo colocado do Grupo A na fase classificatória, não foi bom.  Embora a vantagem do time catarinense, líder invicto do Grupo B, não superasse os dois gols, o resultado foi administrado sem transtornos.

Santo André aceitou o ritmo. Velocidade na transição quase sempre encontrava o momentaneamente passivo time do técnico Rubens Piazza mal posicionado defensivamente. Perdeu de 14 a 12 da vice-campeã do ano passado.

Segundo tempo, no entanto, foi bem diferente. Piazza mexeu na tática, nas peças individuais e com o emocional do grupo, que passou a defender de forma mais agressiva e compacta, além de não desperdiçar tantos contragolpes.

Jogo ficou equilibrado e Santo André chegou a assumir  vantagem -- 20 a 19 -- aos 15 minutos. Porém, voltou a pecar defensivamente nos sete minutos finais e acabou perdendo de 26 a 22.

Como o primeiro critério de desempate é o saldo de gols e o segundo é a melhor campanha, Santo André terá a difícil tarefa de vencer o time de Alexandre Schneider por diferença igual ou superior a cinco gols.

No jogo de fundo,  a campeoníssima Metodista passeou na primeira etapa, quando abriu 20 a 10. Blumenau foi lento no ataque e precipitado nas conclusões, além de decepcionar no bloqueio defensivo.

Rápida, insinuante e competente nas penetrações e nas conclusões, a campeã nacional não teve dificuldades para se impor. Quando falhou na defesa,  de novo contou com as intervenções precisas da goleira Ariadne.

Perdendo de 20 a 10, Blumenau voltou para a segunda etapa com postura mais competitiva e chegou a abrir 4 a 0, mas a Metodista  acordou após pedido de tempo e bronca do técnico Eduardo Carlone.

Foi o suficiente para readquirir a concentração e o domínio das ações. Tanto que brecou a reação catarinense e abriu 13 gols -- 33 a 20 -- quando faltavam  sete minutos para o final do jogo.

Quando necessário, Ariadne voltou a brilhar e a equipe de São Bernardo ( primeira colocada do Grupo A na fase classificatória) não deu mais chances de reação ao adversário (segundo do B).

Sem dificuldades, acelerou o ritmo quando quis ou administrou a boa vantagem, fechou em 35 a 25 e ficou muito perto da finalíssima.  Só perde a vaga se trocar a seriedade pela  negligência e pelo desrespeito ao adversário.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Azulão e Ramalhão de olho na elite

Minhas caminhadas e corridas no Parque Central quase sempre rendem oxigênio, resistência, força,  reflexão, distração e socialização.

Rendem também discussões saudáveis, questionamentos, lamentos, dores, suores, críticas e informações.  Sobre vários segmentos, diga-se. Nada de  limites e amarras esportivas.

Hoje cedo, por exemplo, caminhei um pouquinho ao lado do "Corintiano". Não sei seu nome, mas sei que é gente boa. Está bravo, lógico, com o seu Corinthians. Como eu.

Desta vez não falamos de Tite, nem de Pato. Nem de Libertadores. Tampouco de rebaixamento. Surpreendentemente,  assunto foi o Santo André que disputa a Série A-2 do Campeonato Paulista a partir de 26 de janeiro.

-- Fala aí, corintiano! Bom dia!

-- Vai Curíntia! Já Correu? Bom dia!

--  Hoje não vou correr não! Estou fora de forma pra  jogar futebol e tenho jogo à noite no Primeiro de Maio. Cadê a companhia?

-- Dei folga pra ela  -- disse, referindo-se à companheira inseparável, uma cachorrinha espertíssima.

--  Então,  hoje você vai se cansar mais. É ela que te puxa! -- provoquei.

Risos contidos e uma pergunta de supetão:

-- Será que o seu Santo André volta para a Primeira Divisão ou cai para a Terceira?

-- Sabe que eu não sei te responder. Pode acontecer de tudo! Só sei que o São Caetano, pelo elenco e pelo maior poder de investimento, tem obrigação de voltar.  Vai cair para a Série C do Brasileiro, mas no Estadual deve subir.

--   Pois é... Mas dizem que o Santo André anda devendo até as calças e não pode investir. Aí fica difícil montar time bom, né?

-- Verdade! Ramalhão deve bastante. Inclusive pra mim, pra  prestadores de serviço, pra fornecedores e, principalmente, ao Governo Federal. Culpa principal do maldito e incompetente Saged. Débitos fiscais, com impostos, são altos. Mesmo assim, no campo, tem condições de subir.

-- Como? Tem dívida e não tem time!

-- Pode sim! Se contratar certo e o técnico Roberto Fonseca acertar a mão e a tática, o time pode chegar. Especialmente se começar bem. Com várias vitórias em sequência.

-- Mas não basta começar bem. São todos contra todos em 19 rodadas. Sobem os quatro primeiros e caem os quatro últimos. Sem quadrangular!

-- Eu sei. Mas essa fórmula de disputa impõe jogar para vencer, sem especular.  Ficar em quinto ou oitavo não resolve nada. Por isso é importante acertar o time e começar bem. Ganhar 10 pontos nas cinco primeiras rodadas seria muito bom. Motivação pura. O time embalaria. Se perder seguidamente, aí complica.

-- Verdade! Não dá pra ficar em oitavo e esperar o mata-mata. Sobem os melhores e caem os piores. É mais justo! Quem são os seus favoritos?

-- Calma aí, corintiano! Nessa eu não entro. O São Caetano tem  obrigação de subir. Dos outros, não posso falar. São vários clubes tradicionais e outros novatos. Já pensou se pinta um novato forte e o Ramalhão vai para a Terceirona?

-- Aí já é demais, né? É possível? O Santo André está tão mal?

-- Não sei. Tudo pode acontecer. Estávamos na Série D nacional e agora precisamos reconquistar a vaga. Se não jogar pra valer, pode, sim, cair. Afinal, conhece o caminho como a palma da mão.

-- Não entendi?

-- O Santo André é especialista em queda livre. Com qualquer fórmula de disputa, é um verdadeiro para-quedista.

-- Entendi. Então, é bom você rezar em dobro.

-- Por que, em dobro?

-- Pelo nosso Curíntia e pelo seu Santo André. (rsrs)

-- Verdade! Cara, já deu minha hora. Vou curtir minhas paixões.

-- Quem? O Curíntia e o Santo André?

-- Não! Meus netos, corintiano, meus netos. Tchau!

-- Tchau! Vai com Deus. Dá um abraço naquele pequeninho que eu vi, viu, com a camisa do Palmeiras.

-- Obrigado! Com seis anos, o Victor ainda não sabe se torce pelo Palmeiras do pai, Danilo, ou pelo Corinthians do vô Raddi. Que Deus o ilumine! Qualquer opção será respeitada.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O poder e o mensalinho da CBF

Mais uma vez, o  sentimento é de indignação. Quando não, de nojo, asco. Sinto vontade de vomitar. Essas pessoas não merecem meu respeito. Privilégio não se restringe a políticos.

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin -- também político  --  acaba de confirmar que o bônus mensal de cada federação foi dobrado e passa a ser de R$ 100 mil.

No País do Mensalão do PT e de tantos outros partidos, o PAF -- Programa de Ajuda às Federações -- nada mais é que um mensalinho. Tudo para comprar a consciência e os votos dos  27 dirigentes estaduais do futebol.

É óbvio que as eleições do compadrio no ano que vem já estão bem encaminhadas. Cartas marcadas. Votos comprados. São 47 votos -- os outros 20 são dos clubes integrantes da elite nacional.

É uma excrecência, enojante. O poder e o mensalinho são irmãos siameses. Bandidos se locupletam. Por isso ninguém quer largar o poder. Os senhores feudais não abrem mão do trono. Nem do seu entorno.

Lógico que o vice Marco Polo del Nero, também presidente da Federação Paulista,  já está eleito. Portanto, tudo como dantes. De longa data. Sucessão sem oposição, de fato.

Almirante Heleno Nunes (CBD), João Havelange, Giulite Coutinho, Ricardo Teixeira -- o cara de pau  ainda está na folha de pagamento da CBF como assessor --, Marin, Del Nero... E por aí vai.

Confederação milionária, federação rica e clubes pobres, endividados, mesmo com todos os "jeitinhos" do Governo Federal para  cancelar ou minimizar as dívidas fiscais de maus pagadores.

Enfiam o dinheiro onde? Além de incompetentes, a maioria dos presidentes de clubes -- inclusive do Grande ABC -- come na mão do poder maior. Exatamente para não perder o poder, a vaga e as benesses.

Maldito ou bendito poder. Todos mamam nas tetas de um banco chamado futebol. E quase todos reclamam da falta de leite. Malandragem e incompetência mudaram de nome.

E o governo dos mil-jeitos,  mil-acertos e mil-conluios ainda enterra o pedido de CPI das suspeitíssimas federações estaduais. Depois de tudo certo, o poder maior interferiu e, em cima da hora,  alguns senadores mijaram para trás.

Nenhuma surpresa! Só mais uma decepção! Nobres políticos, não? Que Congresso é esse? Mais uma vez, a ordem é não investigar os amigos do rei.

A quem interessa? Somente aos poderosos. Esse é o país que queremos para os nossos filhos e netos?

domingo, 3 de novembro de 2013

Azulão sem bola e à espera de um milagre

São Caetano perdeu de 3 a 0 em Recife e cada vez mais depende de verdadeiro milagre para se livrar da Série C.

Com apenas oito vitórias, 31 pontos ganhos e medíocres 31,3% de aproveitamento, o Azulão só não entrega os pontos porque se apega à matemática. Bola, não tem mostrado.

Particularmente, repito: não acredito; é viola no saco. Teria de ganhar entre 12 e 14 pontos dos 15 restantes a disputar -- América Mineiro em casa,  Boa fora, Joinville e América de Natal (C) e ASA (F). 

Adversários não significam nenhum assombro, mas o São Caetano também não assusta ninguém. De novo, ontem, foi assim diante do Sport,  cada vez mais próximo do acesso.

Proposta de ganhar no contra-ataque não foi totalmente equivocada. Faz faltaram tática, execução e competência ofensiva diante de adversário nascido para atacar mas sem qualquer comprometimento defensivo.

Em casa, diante de 23 mil torcedores, o Sport se apresentava num 4-3-3 ousado, com raríssimas variações para um 4-4-2 mais conservador.

Além disso, pouco se preocupava com a proteção aos zagueiros internos. Tanto que o lateral-direito Patrick mais parecia ala/ponta e  Rittiery era tudo, menos volante.

Defensivamente, o time de Geninho era uma peneira, uma cratera. Só que, ofensivamente, o Azulão ficava a dever. Pintado optou por um 5-2-1-2, já que, na prática, o volante Fabinho foi escalado como central.

Como os laterais não subiam, para ao menos transformar o time num 3-5-2 mais consistente, nem jogava em bloco mais à frente, o São Caetano dava espaços às investidas de Patrick e às flutuações de Marcos Aurélio, Lucas Lima e  Felipe Azevedo.

Neto Baiano era o pivô. E foi exatamente dele o primeiro gol do Sport. Ele dominou levantamento no peito à frente de Ricardinho e às costas de Luís Eduardo e concluiu forte, de pé esquerdo.

Além do gol, o time pernambucano ainda chegou duas vezes com perigo, enquanto que o São Caetano ameaçou com Cassiano Boddini, Marcelo Soares e Wagner.

Azulão voltou para o segundo tempo tomando a iniciativa e em cinco minutos criou duas boas oportunidades de marcar, com Marcelo Soares e Wagner. Magrão fez bela defesa, salvando um Sport desconcentrado.

Mas, em seguida, Patrick assustou pela direita e aos 10 Neto Baiano fez 2 a 0, de cabeça, ao aproveitar cruzamento -- de novo Patrick --  e falha de Wagner, que olhou mais para a bola.

Azulão sentiu  o gol, mas nem assim Pintado não trocou o cuidado pela ousadia. Aos 14 minutos, substituiu Marcelo Soares por Paulo Henrique -- seis por meia dúzia, quando já poderia abrir mão do terceiro zagueiro.

Seis minutos depois, sim, trocou o zagueiro Wagner pelo meia Danilo Bueno. Mas nada mudou porque dois minutos depois Geninho sacou o artilheiro do jogo e colocou o zagueiro Pereira. Em seguida, sem mais opções ofensivas no banco, Pintado fez entrar o volante Anselmo no lugar de Éder.

De novo  4-3-1-2. Pra quem perdia de 2 a 0 e precisava pelo menos empatar, não foi a melhor opção. Tanto que o time não mais chegou com perigo ao gol de Magrão, enquanto que o Sport voltou a ameaçar aos 27 e a marcar aos 46 minutos, em belo chute de Marcos Aurélio, no ângulo esquerdo.

Deu no que deu! Resta acreditar no milagre da matemática e no olhar da divina providência. Futebol que é bom, quase nada.  

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Outra besteira de Felipão

Ninguém pode tirar os méritos de Felipão como técnico de futebol. Vitorioso no Sul, no Palmeiras, na Seleção Brasileira e -- por que não? -- na de Portugal.

A última conquista importante  do treinador -- a quem considero limitado taticamente e ultrapassado -- foi o título da Copa das Confederações, com vitória indiscutível sobre a Espanha campeã do mundo.

Nem por isso o gaúcho está imune a erros, a críticas e a vexames. As últimas: convocou o nada convincente e recém-lesionado Júlio César antes da hora, caiu na pegadinha dos espanhóis e entregou de bandeja a convocação antecipada do artilheiro Diego Costa.

Como se não bastasse, agora se acha no direito de falar pelos cotovelos em vez de simplesmente entender e respeitar a opção do jogador. " Deu as costas para um sonho de milhões de brasileiros. Está  desconvocado".

Diego não é o primeiro nem será o último a abrir mão da Seleção Brasileira. Até hoje, mais de 60 jogadores brasileiros optaram por outras  bandeiras. Mazzola, Vagner Lopes, Kurani, Donato, Eduardo da Silva, Marcos Sena, Deco, Liédson e tantos outros.  E daí?

O jovem sergipano faz sucesso no Atlético de Madrid, tem dupla cidadania e, por gratidão e por palavra anteriormente empenhada,  fez a escolha que entendeu como correta. Não disse não por dizer. Entendo que acertou ao optar pela Espanha. Deve ser respeitado. Nada mais! Bola pra frente!

Se vier ao Brasil e disputar mesmo a Copa do Mundo pela Espanha, que Diego Costa seja feliz. Se espanhóis e brasileiros se encontrarem, que o artilheiro faça o melhor pela camisa que escolheu. Se fizer gol,  é direito seu  vibrar. Qual o problema?

Luiz Felipe Scolari tem outras opções. Na pegadinha, disse que Fred é a primeira e Diego seria a segunda. Quanta babaquice de alguém tão rodado e ainda -- para alguns -- entre os melhores do mundo.

E agora, como ficam os candidatos em potencial, protegidos  ou esquecidos como Jô, Luís Fabiano, Leandro Damião, Pato (?) e outros? Felipão tem mais é que deixar de falar besteira. Que se limite a dirigir da melhor forma possível a Seleção Brasileira.

Outro que falou o que não devia -- o que não é novidade -- foi o presidente da CBF. José Maria Marin chegou a garantir  lutaria  para ter o artilheiro mas depois mudou o discurso, " pensando no futuro e para proteger o futebol brasileiro de países com futebol fraco mas dinheiro para garimpar jogadores brasileiros". 

Esse senhor deve estar Gagá! Dizem, até, que  o cartola queria pedir interferência governamental para que Diego Costa perdesse da dupla cidadania. Nem sei se isso é possível. Mas sei que é tão abusivo quanto absurdo. 

Além de ir contra a recém-anunciada desconvocação  por Felipão, com a anuência de Parreira, Marin quer mostrar os tentáculos do poder. Ridículo! Todos se julgam donos da Seleção Brasileira e não respeitam a opinião nem mesmo de jogadores.

domingo, 27 de outubro de 2013

Bom empate do Azulão com o Palmeiras campeão

Pena que o São Caetano já esteja no bico do corvo. Se não estivesse na iminência de cair para a Série C, até que o empate sem gols com o Palmeiras -- com a camisa da Seleção Brasileira -- poderia ser considerado bom resultado.

No Pacaembu, diante de mais de 35 mil pessoas prontas para festejar o acesso do campeão -- alguém duvida? -- até que o Azulão se saiu bem. Porém, como, segundo especialistas, tem 86,5% de possibilidades de cair, o ideal  mesmo seria ganhar três pontos.

Não mostrou futebol pra tanto. Foi dominado, mas não pressionado, na maioria do jogo. Alternou bons e maus momentos ofensivos  e teve duas ou três belas oportunidades em contragolpes. Defensivamente, foi bem.

Já o virtual campeão não encontrou facilidades e esbarrou na ansiedade. Pecou nas conclusões e nas penetrações . Quando não,  parou nas boas defesas do goleiro Rafael Santos. Juizão inventou pênalti  do goleiro sobre Alan Kardec mas acertou ao voltar atrás após ouvir o assistente.

O ASA já caiu. Azulão (31 pontos ganhos e oito vitórias), Payssandu (32), Atlético Goianiense (32), ABC (35), Oeste, América de Natal e Bragantino (39) são os maiores candidatos ao descenso. Avaí x Atlético Goianiense x América Mineiro x Payssandu são os jogos atrasados.

Próximos jogos do São Caetano: Sport (fora), América Mineiro (casa), Boa (F), Joinville (C), América de Natal (C) e ASA (F). São 18 pontos em disputa e o Azulão precisa chegar no mínimo a 43/45 para se salvar.  Não acredito!

São Bernardo é campeã dos JAIs do equilíbrio

O Grande ABC conquistou 40% dos títulos e São Bernardo foi a grande campeã da 77ª edição dos Jogos Abertos do Interior, encerrados ontem em Mogi das Cruzes e pautados por equilíbrio de forças não observado há pelo menos duas décadas.

Foi um sufoco! Porém, com méritos indiscutíveis, São Bernardo totalizou 269 pontos, contra 261 de  São José dos Campos e 257 de Piracicaba. Portanto, apenas oito pontos de diferença para o vice e 12 para a terceira colocada.

A anfitriã Mogi das Cruzes ficou em quarto com 182 pontos, apenas cinco à frente de Santos. Campeã do ano passado mas neste ano com menor investimento no esporte, São Caetano ficou em sexto com 165 pontos.

Na sequência apareceram Rio Claro (160 pontos), São José do Rio Preto (151) e Santo André (97). Em décimo ficou Jundiaí com 79, contra 71 de Jacareí, 41 de Araraquara, 32 de Presidente Prudente e apenas 19 de São Carlos, a lanterna da Primeira Divisão.

Dos 56 títulos de modalidades em disputa, o Grande ABC ganhou nada menos que 40%. Foram nove com a campeã (handebol masculino e feminino especial, vôlei masculino especial, bocha, futsal masculino, luta olímpica feminina, natação masculina e feminina e futebol.

Apesar de ter ficado com a sexta colocação geral, São Caetano foi medalha de ouro em 11 oportunidades, assim como Piracicaba: vôlei feminino, atletismo masculino e feminino, futebol feminino, ginástica artística masculina e feminina, ginástica rítmica feminina, taekwondo feminino, judô masculino e tênis de mesa masculino e feminino.

De volta à elite da maior competição poliesportiva da América Latina pela porta de frente mas ainda com investimentos irrisórios no esporte, Santo André foi primeira colocada em xadrez masculino e ginástica artística feminina - 14 anos.

Na Segunda Divisão o título geral ficou com a favoritíssima Americana, que fez 295 pontos, contra 119 de Ribeirão Preto, a segunda colocada. Osasco ficou em terceiro com 84, Franca em quarto com 82, Suzano em quinto com 80 e Taubaté em sexto com 76.

A melhor colocada do Grande ABC foi Mauá -- 27ª com 15 pontos. Ribeirão Pires ficou em 65º com 5 pontos e Diadema em 70º com 4.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Esse não é o meu Corinthians!

São quase dez e meia da noite. Na TV, Vasco e Goiás empatam de 2 a 2 no Maracanã. Igualdade momentânea classifica o Goiás para enfrentar o Flamengo em uma das semifinais da Copa do Brasil.

Minha intenção era escrever sobre os Jogos Abertos de Mogi das Cruzes, hoje liderados por São José dos Campos. Outras duas favoritas, Piracicaba e São Bernardo, vêm a seguir, com pouca diferença. São Caetano aparece em quarto e Santo André em 11º.

Só que resolvi escrever sobre futebol. Ou falta de. Para ser claro, sobre o decepcionante Corinthians de tanta gente, que, hoje, agora,  não é o meu verdadeiro Corinthians.

Com escrevo como jornalista e torcedor, corro o risco de a paixão falar mais alto. Mas o que importa afirmar é que há pelo menos seis meses o Corinthians perdeu a própria identidade.

Sem ela, perdeu o eixo,  virou o fio. Perdeu a vergonha! E o competente mas teimoso Tite perdeu a mão. Bancou campeões que não o honraram. Prevalece o individualismo, não o companheirismo.

O torcedor corintiano quer ver um time com volume, intensidade e velocidade. Mas não vê! Parece que o breque de mão está puxado.

O torcedor corintiano  sonha com um time determinado, competitivo e competente. A realidade é bem outra. Uma enganação!

O torcedor corintiano quer profundidade, criatividade, triangulações laterais, finalizações e gols. Mas o time tem ojeriza ao momento supremo do futebol. Só quer evitá-lo.

Com Tite -- um dos grandes responsáveis pelo título mundial e agora pela derrocada -- a ordem é marcar, marcar e obedecer a esquematização tática. Gol pra quê se temos a melhor defesa do Brasileiro?

Não perdemos do Grêmio no tempo normal, o que seria mais justo. Pelo menos o time de Renato Gaúcho procurou o gol.

O Corinthians foi covarde, só se defendeu, e bem, o que tem sido a tônica  ultimamente. E daí? Ganhou o quê? Não tem tesão! Sem fome de vitórias e novas conquistas! Parece saciado.

E no jogo de ontem, Pato, além de irresponsável, foi patético. Em vez de chegar uma bambuzada, quis dar uma cavadinha ridícula diante do experiente Dida, um monstro quando o assunto é pênalti.

Pato sugere viver no mundo da lua e da moda. Investimento caríssimo, que jamais teve a cara do Corinthians. Tchau! Melhor namorar beldades e desfilar nas passarelas.

 Émerson é outro que já deu o que tinha de dar. Agora, só corre, não toca pra ninguém. Joga pra enganar o torcedor. Produtividade zero! Tchau!

O torcedor corintiano normal, sofredor, apaixonado,  clama por comprometimento, coragem, ousadia e um mar de emoções. Em vez disso, se cansa de ver medo, indolência, soberba e frieza. Particularmente, prefiro ver meu time perder jogando a ganhar sem jogar.

O torcedor corintiano espera uma jogadinha ensaiada, um faltinha bem cobrada, uma triangulação lateral, um chute indefensável, uma tabela, uma bola no fundo, um cruzamento perfeito. Daqueles que o centroavante de verdade, com cheiro de gol, adora.

Sinto muito, mas o Corinthians de Tite não é o meu.  É irritante, burocrático e ainda corre o risco de cair para a Série B. Não merece credibilidade. Não merece minha torcida. Não merece minha paixão. Esse Corinthians, não!

Já nem sei se ainda somos um bando de loucos... Talvez um bando de trouxas! Apaixonados, mas trouxas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

JAIs: Piracicaba lidera; S. Bernardo cai para 2º

Com base no boletim de nº 8,  onde estão computados os resultados até ontem (terça-feira) à noite, Piracicaba é a nova líder  da Primeira Divisão dos Jogos Abertos do Interior.

Uma das favoritas ao título da 77ª edição da maior competição poliesportiva continental, Piracicaba totaliza 130 pontos, contra 123 de São Bernardo, outra forte candidata.

Definidos oficialmente 24 títulos específicos de várias modalidades, São José dos Campos aparece em terceiro lugar com 116 pontos, contra 102 de São Caetano, que na terça-feira ficou com as duas medalhas de ouro de tênis de mesa.

Na sequência da classificação aparece a anfitriã Mogi das Cruzes, com 84 pontos. Santos tem 81, Rio Claro 75, São José do Rio Preto 71, Jundiaí 39, Araraquara 31, Jacareí 21, Santo André (12ª) 18, Presidente Prudente 11 e São Carlos 3.

Na Segunda Divisão, Americana mantém a liderança com 107 pontos, contra 45 de Osasco,  44 de Taubaté, 41 de Franca, 40 de Suzano e 36 de Campinas. Mauá está em 21º com 12 pontos. Diadema e Ribeirão Pires ainda não pontuaram.      

terça-feira, 22 de outubro de 2013

J. Abertos: S. Caetano assume quarto lugar

Computados os resultados até segunda-feira à noite, o boletim 7 dos Jogos Abertos do Interior mostra a manutenção da liderança de São Bernardo, a significativa ascensão de São Caetano e a ligeira queda de Santo André na classificação geral.

Quarta colocada na edição anterior, em Bauru, e principal  favorita em Mogi das Cruzes, São Bernardo mantém o primeiro lugar com 107 pontos após a decisão de 21 títulos de modalidades.

São Caetano, campeã da  Primeira Divisão em Bauru mas atualmente sem favoritismo, subiu do sétimo para o quarto lugar ao totalizar 84 pontos. Nas definições de ontem, foi campeã em futebol feminino e vôlei feminino divisão especial, enquanto que São Bernardo conquistou a medalha de ouro no vôlei masculino especial.

Mera figurante, de volta à elite da maior competição poliesportiva da América Latina, Santo André somou mais um ponto -- oitavo lugar no futebol feminino.  Porém, na classificação global, caiu da 11ª para a 12ª posição, agora com 12 pontos.

Na Primeira Divisão a segunda colocada ainda é Piracicaba, com  104 pontos, nove à frente de São José dos Campos, que ontem tomou o terceiro lugar da anfitriã. Mogi das Cruzes, com  82 pontos, caiu para quinto.

Na Segunda Divisão, a melhor colocação do Grande ABC é de Mauá, que tem 8 pontos e caiu  do  12º para o 24º lugar. Diadema e Ribeirão Pires ainda não pontuaram.  Americana mantém a liderança, agora com 76 pontos, contra 37 de Franca e 33 de Taubaté.  

 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

São Bernardo lidera Jogos Abertos

Após a definição de 15 títulos, São Bernardo já soma 86 pontos e lidera a Primeira Divisão da 77ª edição dos Jogos Abertos do Interior.

Olimpíada Caipira, tradicionalíssima no Interior Paulista, está sendo disputada na vizinha Mogi das Cruzes e tem São Bernardo como principal candidata ao título geral da elite.

Boletim de nº 6 do evento, com a pontuação das competições até domingo, mostra Piracicaba em segundo lugar com 78 pontos. Com 62, a anfitriã aparece em terceiro -- mesma pontuação de São José dos Campos.

Em quinto lugar está São José do Rio Preto com 52 pontos, apenas dois a mais que Santos. Campeã do ano passado em Bauru e distante de favoritismo em 2013, São Caetano aparece em sétimo lugar com 48 pontos.

Na sequência vêm Rio Claro (8ª com 45), Jundiaí (30) e Jacareí (13). Santo André, de volta à elite como mera coadjuvante, está em 11º com 11 pontos ganhos, dois a mais que Araraquara. São Carlos está em 13º com apenas um pontinho.  

Dos 15 títulos de modalidades definidos, a Região ganhou seis. Foram quatro com São Caetano (atletismo masculino e feminino, judô masculino e ginástica rítmica feminina) e dois com São Bernardo (vôlei masculino especial e futsal masculino), que, no entanto, tem vários segundos e terceiros lugares.

Santo André ainda não chegou em primeiro, mas tem boas possibilidades, especialmente em basquete  e handebol feminino, modalidades tradicionais na cidade, cujos governantes precisam reaprender a respeitar o esporte.

Por falar em respeito, será que o pessoal de São Caetano -- primeiro município no Índice de Desenvolvimento Humano nacional -- está com os salários em dia? Cuidado, prefeito, jamais menospreze as conquistas e a história de  campeões!

Na Segunda Divisão dos JAIs o Grande ABC é representado por Diadema, Ribeirão Pires e Mauá, a única que pontuou até agora -- 12ª com sete pontos. Liderança é de Americana com 54, contra 27 de Taubaté e 21 de Campinas.

O campeão Palmeiras e os balões de oxigênio

Na Série B, rodada do final de semana serviu para encaminhar ainda mais o título do Palmeiras e manter as últimas esperanças matemáticas do São Caetano.

Time de Gilson Kleina nada de braçadas desde quando mergulhou na piscina da Segundona. Alguém, que não seja do contra, e burro, duvida que será campeão?

Última vítima foi o Bragantino de Marcelo Veiga, ex-lateral do Santo André e do Santos e  que parece ter nascido para dirigir o time de Bragança Paulista.

Em São Caetano, o filme em cartaz ainda é À espera de um milagre. Com venceu o bom Icasa --  com méritos e sem dificuldades, diga-se -- Azulão ainda acredita poder escapar da Série C.

Continua amparado por balão de oxigênio, em estado terminal, na UTI, mas ainda não morreu. Problema é que o adversário de sábado é simplesmente o bicho-papão.

Sinceramente, não acredito que o São Caetano, antepenúltimo colocado,  se livre da degola. Mas, convenhamos,  se ganhar do Palestra o milagre fica menos improvável.

Isso não impede, contudo, que dirigentes, jogadores, comissão técnica e torcedores acreditem até o fim. Especialmente a boleirada, que deve ao menos honrar a camisa que veste.

Na Série A, mesmo  fora da UTI, Corinthians e São Paulo também dependem de oxigênio extra e um mínimo de inspiração. Os 40 pontos atuais de ambos não salvam ninguém.

Em Salvador, vitória do time de Muricy Ramalho sobre o Bahia foi heroica. Coisa para fortalecer o emocional e escapar com vida. Gol do Boi Bandido.

Em Itu, mesmo sem brilhantismo técnico e tático, o Corinthians de  tanta gente se reencontrou com o gol e com a vitória. Pato marcou de cabeça.

 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Azulão: viola no saco!

Teoricamente, sete clubes lutam desesperadamente para fugir do rebaixamento à Série C do Brasileiro.  Como o ASA já era, restam três cativas nas numeradas do inferno.

Restam apenas oito rodadas. Portanto, 24 pontos a serem disputados pela maioria. A situação não é nada cômoda para os maiores candidatos à degola. Entre eles o São Caetano.

O 13º colocado é o  Guaratinguetá, com 36 pontos ganhos, 10 vitórias, déficit de 8 gols e aproveitamento de 40%; 14º -- América de Natal (36PG, 9V, -9D e 40%AP; 15º -- Oeste (36, 9, -12 e 40%) e 16º -- ABC (35, 10, -12 e 40,2%).

Hoje, os quatro rebaixados seriam: 17º -- Atlético Goianiense (30PG, 8V, -8D e 34,5%AP); 18º -- Payssandu (29, 7, -13 e 33,3%); 19º -- São Caetano (27, 7, -11 e 30%) e 20º -- ASA (23, 7, -32 e 25,6%). Detalhe importante: Atlético Goianiense, ABC e Payssandu realizaram um jogo a menos.

No caso,  infelizmente para o futebol profissional do Grande ABC, os números são indesmentíveis. Situação do Azulão, que já foi campeão paulista, duas vezes vice nacional e uma continental, é  praticamente irreversível. Filme em cartaz, na cidade: À espera de um milagre.

Lógico que a frieza da matemática ainda lhe reserva um fio de esperança. Nada além pra quem em 30 jogos (90 pontos em disputa) ganhou apenas 27 pontos (30%).  Ridículo! Agora, calculo que precise de mais 16. Esquece!

Fio de esperança começa a se corroer quando se observam um emocional abalado e  uma tabela com uma sequência imediata de quatro jogos complicadíssimos. A começar, em casa,  pelo ascendente Icasa, quinto colocado com 47 pontos ganhos.

Depois o Azulão pega o líder e provável campeão Palmeiras (fora) e em seguida, no Recife, enfrenta o forte mas instável Sport, que está em terceiro e briga por uma das duas vagas restantes.

Segunda colocada, a Chapecoense também não perde a vaga. Para completar a quadra, o São Caetano recebe o  (em evolução) América Mineiro, sétimo colocado e  ainda sonhando com o acesso. Bady, armador do São Bernardo, é um dos destaques do time mineiro.

Como se não bastassem os números, sejamos diretos, claros, em momento algum do campeonato o Azulão passou firmeza, segurança. Em 30 jogos, abusou de exercitar a instabilidade. Desempenho pífio! Acreditar, agora, como?

Pra ser sincero, Azulão sempre foi respeitado pelo poder, pelo histórico e pelas individualidades, mas atropelado como conjunto, como time. Não importa se nas mãos de Marcelo Veiga, Sérgio Guedes ou agora Pintado.

Ontem, em Natal, diante de um ABC desfalcado, foi um amontoado. Apostou no defensivismo com três volantes (4-3-2-1 com variação para o 4-3-1-2) e numa única, lotérica, bola de contra-ataque. Pouco, quase nada,  pra quem está entre uma cruz e três espadas. Deu com os burros n'água.

São Caetano chegou a equilibrar o jogo só no segundo terço do primeiro tempo. Só! Wilson Júnior, goleiro emprestado pelo São Bernardo, foi mero espectador.  Mesmo limitado defensivamente, porém ousado e veloz com a bola nos pés, o ABC foi superior e mereceu os 2 a 0.

Quer saber? Ao Azulão resta enfiar a viola no saco e pegar o caminho da roça. Não sem antes parar para pensar e avaliar com rigor a abissal queda de performance. Em 2012, ficou a um passo da Série A; em 2013, está a um palmo da C.

Não revelou, mas trocou, dispensou e contratou jogadores. Nada de resultado! Enfileirou treinadores com competência indiscutível. E nada mudou! Quem sabe já não tenha passado da hora de mexer no comando, na presidência?  Antes que morra!