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segunda-feira, 25 de março de 2013

Azulão: ou melhora ou cai!


Se quiser mesmo se livrar do rebaixamento à Segundona, o São Caetano precisa acordar. E melhorar com urgência. Deixa transparecer imunidade. Só se esquece de que não é político.

Se mantiver o desempenho ofensivo  medíocre dos últimos jogos, apesar dos 3 a 0 enganosos sobre o Ituano, o dono da pior defesa do Paulistão vair cair. Paradoxal, mas é isso mesmo.

Contra o União Barbarense, ontem à noite Santa Bárbara d'Oeste, o Azulão se livrou por pouco. Foi dominado, acuado por um time limitado e em crise,  mas determinado a correr todos os riscos para fugir da degola.

 Foi 0 a 0 diante do pior ataque do campeonato, mas o time de Ailton Silva levou três bolas na trave e ainda se livrou de pelo menos quatro situações reais de gol. Além de o juizão não ter marcado pênalti de Eli Sabiá em Claudio Brito.

Dá para dizer que o São Caetano se salvou defensivamente porque não tomou o gol, mas o lanterna só não marcou por pura incompetência. E por três boas defesas de Fábio e de algumas intervenções providenciais da zaga. Especialmente Wágner.

Mesmo com espaços, ofensivamente o São Caetano foi decepcionante. Independente de o esquema aplicado ter sido o 4-4-2 ou o falso 4-5-1. Como não teve criatividade nem aproximação eficaz de laterais e armadores, nem contra-ataque o time conseguiu entabular com rapidez e sabedoria.

Seus melhores momentos foram, novamente, com Danielzinho. O atacante não precisou ser brilhante para aparecer nas três  ocasiões de gol mais contundentes, uma delas já nos acréscimos.

Emparedado pela correria caipira ( exceção aos 20 minutos finais do primeiro tempo) e sem capacidade para ser letal no contragolpe, o São Caetano continua seriamente ameaçado de rebaixamento.

Porém,  deve ter  voltado feliz do Interior. Melhor um ponto do que a sacola de pontos ganhos vazia.  Mesmo diante de um lanterna em situação desesperadora.

Segundo matemáticos, especialistas em probabilidades, o Azulão precisa ganhar pelo menos mais 10 pontos, dos 15 que ainda vai disputar, para se livrar.  Para se garantir mesmo, fala-se em 21, mas acho que, pelo andar da carruagem, 20 são suficientes.

Primeiro da zona de rebaixamento (17º),  São Caetano recebe o XV de Piracicaba, Mogi-Mirim e Paulista. Joga fora de casa contra Santos e Penapolense.  Precisa ganhar três e empatar uma. Convenhamos que a tarefa não é fácil.  

sábado, 23 de março de 2013

Tigre apanha feio e Ramalhão se salva

Sábado  de opostos,  de  vitória salvadora e derrota ameaçadora  para o futebol profissional do Grande ABC.

Notícia agradável fica por conta da vitória de 1 a 0 do até então ameaçado Santo André diante do Noroeste, pela Segundona.

No Estádio Bruno José Daniel, o meio-campo Juninho, aos 15 minutos do segundo tempo, fez o gol do Ramalhão, agora definitivamente livre do fantasma do rebaixamento.

Notícia desagradável vem de Penápolis, onde, pelo Paulistão, o São Bernardo não jogou bem e conheceu a segunda derrota seguida: 3 a 0 diante do bom Penapolense.

Em vez da sonhada aproximação da vaga no G-8, o Tigre volta ficar atormentado pelo risco de queda à Série A-2.

Jogo de agora há pouco  tinha tudo para ser equilibrado e o São Benrardo retornar com bom resultado do Interior. Montado no 4-3-1-2 ( quatro zagueiros, três volantes de ofício, um armador de aproximação e dois atacantes), o Tigre começou bem e dava toda a pinta de que não decepcionaria.

No entanto, mesmo ligeiramente inferior em termos de arrumação tática ( 4-4-2), o Penapolense abriu o placar logo aos 14 minutos: Guaru cobrou escanteio da direita, Wilson Júnior saiu mal do gol ( como contra o São Paulo) e Fernando apareceu no segundo pau para cabecear e fazer 1 a 0.

Apesar da falha individual e da desvantagem, o São Bernardo não sentiu o gol. Mostrou maturidade e consciência. Bem posicionado e marcando de forma razoável ( embora desse a impressão de que um dos volantes estava sobrando) , o time de Wágner Lopes manteve o domínio.

Ameaçou aos 21 minutos com Dudu acertando o travessão e Fernando Baiano não aproveitando o rebote. E chegou de novo aos 33 com Bady exigindo boa defesa de Marcelo.

No entanto, a ducha gelada veio um minuto depois, quando Biro aproveitou  escanteio, agora da esquerda, e cabeceou no canto direito baixo de Wilson Júnior. Marcação desatenta custou caro.

Terceiro gol só não aconteceu aos 37 porque Daniel Marques salvou depois de Gil Baiano cruzar rasteiro,  da direita, e Wilson Júnior não  conseguir cortar.

Em desvantagem, Wágner Lopes ousou -- nem poderia ser diferente -- ao trocar o esquema aos 42 minutos ( virou 4-2-1-3) ao colocar o atacante Jonathan no lugar do volante Glaydson.

Segundo tempo começou com o Tigre melhor, com mais volume, mas sem tanto espaço para tentar penetrações e conclusões. Nem mesmo o apoio  de Régis era traduzido em efetividade ofensiva.

Domínio e postura do São Bernardo significavam espaços para contragolpes, quase sempre com Silvinho pelas extremidades do campo.

Situação se complicou ainda mais para o Tigre após os 20 minutos, quando o zagueiro Daniel Marques, que já recebera o cartão amarelo em lance de juvenil no primeiro tempo, voltou a cometer falta mais pesada  e acabou expulso.

Par recompor a zaga, treinador se viu obrigado a tirar o meia Bady e colocar o zagueiro Márcio Garcia. Depois, trocou o volante Dudu pelo meia Michael, que teve boa oportunidade aos 28 minutos.

Mesmo com um jogador a menos e correndo riscos em contra-ataques, o São Bernardo mostrava muita disposição ofensiva e forçava o time do técnico Pintado a se fortalecer na marcação.

Tigre chegou com perigo com Jonathan  aos 32 e com   artilheiro Fernando Baiano aos 36 minutos.
No entanto, a partir daí, só deu Penapolense.  Wilson Júnior apareceu em pelo menos quatro ocasiões, mas não conseguiu evitar o gol de Geuvânio no final.

Derrota não deve ser sinônimo de desespero, mas o sinal de alerta fica ligado para os últimos cinco jogos do campeonato. Calcula-se que mais seis pontos sejam suficientes para a equipe permanecer na elite estadual.  



   

Azulão não convence mas quebra jejum e respira

Pode até parecer paradoxal, mas o futebol do São Caetano não convenceu na importante vitória de 3 a 0  sobre o Ituano, quinta-feira à noite no Anacleto Campanella.

Apenas 559 pagantes viram um Azulão com boa postura defensiva, mas sem competência na armação e no sistema ofensivo. Apesar dos 3 a 0 que o tiraram da lanterna do Paulistão.

Após jejum de 11 jogos, o time de Ailton Silva  ganhou principalmente porque achou dois gols ainda nos primeiros 19 minutos e depois teve humildade para se dedicar à marcação.

Abriu o placar aos quatro minutos com desvio de Jael após boa jogada e conclusão de Danielzinho, de novo a boa exceção ofensiva. Mesmo no 4-4-2, com dois meias, o São Caetano era dominado.

Só que voltou a marcar aos 19 minutos, agora com Éder aproveitando rebote após  Jael desperdiçar. De novo a bola desviou e matou o goleiro Vágner.

Como tinha mais volume e posse de bola, mas, sem penetração, não chegava com real perigo, o Ituano voltou no segundo tempo no 4-3-3, com  três atacantes.

Manteve a posse de bola e deu raras chances para o dispersivo São Caetano contra-atacar. Criou três oportunidades e exigiu uma grande defesa do jovem Juninho em cabeçada de Thiago Bezerra.

Portanto, volume e domínio estéreis. Por isso o São Caetano voltou a ameaçar aos 29 minutos em jogada de Danielzinho desperdiçada por Pedro Carmona, que chutou no poste direito.

Sem brilho na criação nem no ataque, Azulão alterou o esquema ao colocar o meia Rivaldo e  o lateral Samuel Santos nos lugares de Jael e Pedro Carmona.  Ficou no 4-5-1, com apenas Danielzinho mais à frente e Rivaldo dando conta do recado. É craque, mas, 90 minutos, não dá mais.

Azulão chegou ao terceiro gol aos 40 minutos. Rivaldo lançou e o artilheiro Danielzinho fez por cobertura após falha da zaga.

Mesmo sem convencer, São Caetano acabou por conseguir vitória importante na caminhada para respirar sem aparelhos e  escapar do rebaixamento.

Se vencer amanhã em Santa Bárbara d'Oeste, melhor  ainda.  Pode até deixar o G-4 da degola.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Tigre não brilha e perde do líder

Invencibilidade de cinco jogos do São Bernardo no Paulistão já era! Após dois empates e três vitórias que o tiraram da zona de rebaixamento, o Tigre perdeu de 2 a 1 do líder São Paulo.

Mais de 12 mil pessoas viram um bom jogo ontem à noite no Primeiro de Maio. Mais pelo desempenho do São Paulo do que pelo apenas razoável futebol do anfitrião.

São Paulo teve mais volume, mais intensidade, mais domínio, mais técnica, mais disposição, mais ofensividade e mais velocidade. Enfim, mais competitividade e mais futebol.

Foi melhor, também, porque desta vez o 4-4-2 funcionou. Meio-campo móvel, mesmo sem cão-de-guarda e com dois meias acesos e com bom toque de bola (Jadson e Ganso), foi fundamental para fazer o futebol fluir e não deixar o adversário jogar à vontade. Principalmente nos 25 minutos iniciais e depois, no segundo tempo.

Num 4-3-3, alterado para 4-4-2 no segundo tempo, com a entrada de Michael no lugar do apagado André Luiz, o São Bernardo  equilibrou depois do empate (Denilson, contra, após escanteio de Bady, aos 24 minutos). Jogo ficou melhor, mais franco.

Na  primeira etapa, além do gol de  Luís Fabiano -- Jadson ganhou duas divididas antes do cruzamento de Wallysson -- , o time do competente mas contestado Ney Franco teve duas bolas oportunidades (pouco pra quem dominava), contra três do Tigre quando acordado.

Na segunda, com toque de bola rápido e envolvente,  o líder criou muito mais e chegou com Jadson, Rodrigo Caio, Carleto, Ganso, Luís Fabiano e Aloísio antes de fazer justiça e desempatar aos 36 minutos.

Paradoxalmente, com os dois laterais no ataque e em posições trocadas. Da direita, Carleto cruzou no segundo pau para Rodrigo Caio subir de cabeça, após falha do bom goleiro Wilson Júnior.

Antes dominado, acuado, marcando mal, com volantes sobrecarregados e apostando num contragolpe em velocidade  pela esquerda ou numa das arrancadas de Régis pela ala direita, o São Bernardo reagiu mais na base da voluntariedade.

Time de Wagner Lopes ousou, foi ao ataque, quase sempre pela esquerda, e   ameaçou com Gil (Rogério Ceni salvou) e Fernando Baiano, que, sozinho, cabeceou pra fora no último minuto.

Pouco mas até aceitável diante de um time forte, que, não por acaso, lidera o Paulistão. Tigre, que joga sábado em Penápolis, está em 11º com 15 pontos ganhos, seis acima da zona de rebaixamento e seis abaixo do G-8 que se classifica.        

 

Ramalhão ameaçado! Culpa da assombração?

Na estréia do técnico Dedimar, o Santo André fez 2 a 0 mas acabou levando a virada do Juventus.

Surpreendentemente, perdeu de 3 a 2 do então lanterna da Segundona, em casa, e,  em vez de lutar pela classificação,  voltou a ficar ameaçado de rebaixamento.

Agora o Ramalhão está em 13º lugar, com 20 pontos ganhos, apenas três acima da degola e a cinco do G-8 que disputa a próxima fase.

Com dois jogos a disputar (Noroeste no Bruno Daniel e Ferroviária na Fonte Luminosa), o Santo André, que parecia tranquilo,  corre, sim,  riscos de nova queda. Mínimos, mas, infelizmente, corre.

Campeão da Copa do Brasil em 2004 e com história respeitável no clube, Dedimar já estava na fita e estreou ontem, com o pé esquerdo. Precisa de tempo e respaldo. Não tem culpa de nada.

Afinal, Ademir Fonseca e Arnaldo Lira foram os responsáveis diretos -- além dos dirigentes, por que não? -- pelos números e pelo desempenho oscilante do   Ramalhão na A-2.

O polêmico e contestado Lira acaba de ser demitido ( "de comum acordo -- rsrsrs) como se fosse o único culpado pela situação.

Fazem com que ele assuma a bucha sozinho depois de ser enaltecido e assegurado pelos dirigentes até o final do campeonato.

De herói a vilão num piscar de olhos! E agora, será que vão responsabilizá-lo pela derrota, pelo fiasco diante do Moleque Travesso? Será que uma assombração ronda os subterrâneos do Bruno Daniel?

terça-feira, 19 de março de 2013

Palavras ao vento e bola nas costas

Carol leitor, por favor, acompanhe com atenção e isenção, nas páginas do Diário do Grande ABC, a cronologia de uma rasteira não anunciada.

Não se discute, aqui,  a demissão de Arnaldo Lira. Questiona-se, sim, a postura, a forma como os dirigentes do Santo André agiram após garantirem a permanência do treinador até o final do campeonato. Mesmo após sequência de maus resultados.  

Direito indiscutível! Atitude inconcebível! Para alguns, tudo normal. Afinal, são os subterrâneos do futebol, uma arte com cheiro de  esgoto.  

24 de fevereiro - Santo André vence em Barueri e espanta crise ( 2 a 1, 13 pontos ganhos e 11º colocado na Segundona)

27 de fevereiro - Ramalhão atrás de embalo em Osasco ( vitória de 3 a 2 e  9º colocado com 16 pontos ganhos)

3 de março - Ramalhão sofre, mas derrota lanterna ( 3 a 2 sobre o São Carlos e 6º na classificação com 19 pontos ganhos)

6 de março - Ramalhão busca quarta vitória seguida (adversário é o Guará)

8 de março - Santo André esquece derrota e mira Red Bull ( derrota de 3 a 0 em Guaratinguetá faz Ramalhão cair para o décimo lugar). Leandrinho pede rescisão de contrato e é o segundo jogador a deixar o grupo, a exemplo de Sérgio Motta, que entrou em rota de colizão com o treinador e deixou o clube após ser substituído ainda no primeiro tempo do empate de 2 a 2 com o Rio Branco, em casa.

9 de março - Ramalhão mira reação contra o Red Bull. Arnaldo Lira barra Júnior Paulista, mas atletas garantem que a cada dia conseguem entender melhor a metodologia de trabalho do técnico.

10 de março - Santo André cai de virada em casa ( agora em 12º lugar e cada vez mais distante do G-8 depois de quatro vitórias, um empate e duas derrotas sob o comando de Lira ).

12 de março - Presidente do Ramalhão mantém confiança no trabalho de Arnaldo Lira. Apesar de acumular duas derrotas seguidas, treinador ainda tem crédito com dirigentes. Não tiraram a confiança do presidente Celso Luiz de Almeida. Segundo o dirigente, o retrospecto o mantém no cargo. "Sabíamos que a Série A-2 seria muito complicada e o Arnaldo Lira conseguiu bons resultados. Não tem por que pensar em trocar de técnico. Isso nem passa pela nossa cabeça", garantiu Celso Luiz, lembrando que em sete jogos os treinador acumulava quatro vitórias, em empate e duas derrotas.

13 de março - Santo André encara duelo decisivo na A-2. Time pega São José no Vale do Paraíba e Arnaldo Lira faz cinco alterações para tentar voltar a vencer.

14 de março - Ramalhão empaca e cede empate no fim. Equipe fica no 1 a 1 com o São José e se mantém três pontos abaixo do G-8. Arnaldo Lira lamenta a igualdade: "O São José não ganhou um ponto; nós é que perdemos dois".

15 de março -- Santo André vive montanha-russa na A-2. Começo ruim, que custou o cargo de Ademir Fonseca, é uma das justificativas do diretor de Futebol Juraci Catarino para o 12º na classificação geral. E mais: garantiu,  com todas as letras, que Arnaldo Lira está garantido no comando da equipe até o término da competição: "A situação do Lira é tranquila. O Santo André está em busca de classificação pela vinda dele e recuperação que conseguiu. Confiamos nele e tem crédito total. Fica até o fim do campeonato", disse o dirigente ao repórter Dérek Bittencourt.

16 de março -  Vaga andreense passa pelo Comercial. Arnaldo Lira mantém o time e cita o Barcelona como modelo a seguir.  Ramalhão é o 11º com 20 pontos ganhos.

17 de março - Santo André perde e vê classificação distante. (Ramalhão a três pontos do G-8).

18 de março - Celso Luiz minimiza momento ruim do Santo André na A-2 (13º lugar mas ainda com chances de classificação).  Presidente do Ramalhão descarta crise e volta a ressaltar confiança em sua equipe na reta final. Celso garante que momento não é de crise e descarta totalmente que aconteçam mudanças na Comissão Técnica. "Confio plenamente na equipe. Estamos subindo degrau a degrau".  Palavras de presidente do  ao repórter Thiago Bassan. Santo André está a pontos do G-8 e ainda joga em casa contra Juventus (amanhã) e Noroeste. Depois, pega a Ferroviária em Araraquara.

19 de março (hoje) - Arnaldo Lira sofre com maus resultados e não é mais técnico ramalhino. Recentes más apresentações -- não vence há quatro jogos, sendo três fora de casa contra times que brigam pela vaga -- custaram o cargo do treinador. "Não é mais nosso treinador. Foi decisão tomada de comum acordo", afirmou o dirigente.

Sequência de maus resultados,  estilo de comando polêmico, clima pesado com alguns jogadores e muitas mudanças no time. Tudo isso não aconteceu da noite pro dia e deve ter pesado na demissão.

Presidente fala simplesmente em "comum acordo". Matéria do repórter Dérek  Bittencourt não informa a versão do técnico, que, dizem, deve ser substituído por Dedimar, zagueiro campeão na Copa do Brasil 2004 e de bom trânsito no Parque Jaçatuba.

Certo ou errado?  Pela cronologia dos fatos relatados pelo DGABC, fica claro que garantias à permanência   de Arnaldo Lira até o final do campeonato não passaram de palavras ao vento.

Não tenho procuração para defender o treinador. mas, a não ser que ontem tenham acontecido coisas do arco-da-velha, atitude tão rasteira não se justifica. Repito: ao menos com base nas informações veiculadas.

Se a intenção era demitir -- um direito indiscutível da diretoria -- , por que  tamanha insensatez e falta de transparência e lealdade no momento de tomar atitude tão corriqueira?  Basta vir a público e dizer a verdade. Simples assim!

Pois é... Que pena!  Palavras ao vento e bola nas costas sem cobertura. Credibilidade virou mesmo pedra preciosa no meio do futebol.   


 






domingo, 17 de março de 2013

Ramalhão: ficou mais difícil!

Derrota  de 2 a 0 para o Comercial, ontem à noite em Ribeirão Preto, complicou de vez as pretensões do Santo André na Segundona.

Com 20 pontos ganhos,  cinco vitórias e três jogos a realizar, o Ramalhão ficou mais distante de uma das oito vagas à próxima fase.

Diante de Juventus e Noroeste, em casa,  e contra a Ferroviária, em Araraquara, o time de Arnaldo Lira precisa vencer para manter o sonho do acesso.

Considerando-se que o Noroeste não faz boa campanha  e que Ferroviária e Juventus estão na zona de rebaixamento, tarefa do Ramalhão não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Mas, convenhamos, ficou mesmo muito difícil!

Audax (36 pontos ganhos) e  Portuguesa (33) já estão classificados. Guaratinguetá (28),Comercial (26), Osasco (25) e Monte Azul (25)  têm maiores possibilidades de passar.

Briga mesmo, nas três últimas rodadas, ficaria por duas vagas, entre  Rio Claro(24) , São José (23), Capivariano (23),  Red Bull (22), Velo (22) Catanduvense (21) e Santo André (20).

No entanto, se o  Ramalhão não se qualificar, não há motivos para lamentações e precipitações. Em momento de transição e após vários rebaixamentos seguidos, o mais importante, agora, é não cair e procurar se fortalecer aos poucos. Com consistência. Sem loucuras!

Quanto ao técnico Arnaldo Lira e Comissão Técnica, com o time classificado ou não, devem ser avaliados de forma global e com rigidez. Por números, desempenho, liderança (líder positivo ou chefete de plantão?), conhecimento, metodologia, relacionamento interpessoal e trabalho no dia a dia. 

É bom lembrar que  nem todo boleiro é flor que se cheire, mas os dirigentes precisam enxergar além dos resultados e ficar atentos ao ambiente e, principalmente, ao comando. Já existe fumaça!

Azulão: em jejum, à espera de um milagre

Embora ainda tenha 21 pontos a disputar, o São Caetano está cada vez próximo de um precipício mais conhecido como Segunda Divisão.

Lanterna do Paulistão  com seis pontos ganhos e uma vitória solitária, o Azulão precisa ganhar pouco prováveis 14/15 pontos  para evitar o rebaixamento à Segundona.

Pra quem disputou 36 pontos e ganhou somente meia dúzia, superar o desafio  soa como verdadeiro milagre. Azulão apresenta desempenho e números  pífios, além de estar abalado emocionalmente.

Agora há pouco, no Estádio Anacleto Campanella, o time agora novamente dirigido por Ailton Silva jogou mal e  empatou de 1 a 1 com o Palmeiras. Jejum passa a ser de 11 jogos sem vitória.


Primeiro tempo do São Caetano foi um show de horrores. Beirou o ridículo diante de um Palmeiras muito superior. Nervoso e apático, Azulão parecia ter sido vítima de um daqueles dardos carregados de tranquilizante.

"Sossega-leão" fez com que o time (4-4-2) falhasse na marcação, na armação e no ataque. Atacar, por sinal, é heresia. Dominado, o São Caetano só chegou uma vez com perigo ao gol de Fernando Prass.

Por ironia do destino, goleirão falhou aos 41 minutos e o chute do canhoto Éder, de pé direito, entrou quase no canto direito baixo. Henrique atrapalhou, mas a bola era defensável.

Antes disso, só deu Palmeiras. Montado no 4-3-3,  com o meia Wesley liberado para se movimentar e  encostar nos atacantes Patrick Vieira, Kléber e Vinícius, o time de Gilson utilizou a vontade e a velocidade para pressionar um adversário inerte, sem reação, com medo.

Mesmo com o domínio das ações, paradoxalmente, o Palmeiras só chegou com real perigo em duas oportunidades. Aos seis minutos Kléber exigiu boa defesa de Fábio e aos 29 Henrique  bateu pra fora o pênalti cometido por Bruno Aguiar em Kléber.

Após desperdiçar a grande chance de fazer justiça ao placar, o Palmeiras sentiu e diminuiu o ritmo. Também por isso tomou o gol de um  adversário até então candidato a fantasma do ano.

Palmeiras empatou logo aos 3 minutos do segundo tempo com Leandro (entrou no lugar de Patrick Vieira). Azulão falhou na saída de bola e Wesley escapou pela direita. Antes de cruzar, fez falta ao puxar Moradei pela camisa. Um minuto depois, novamente Kléber exigiu outra boa defesa de Fábio.

Menos pregado em cada setor do campo, o São Caetano pelo menos acordou, marcou melhor, se aplicou e  passou a se movimentar mais ofensivamente. Como a igualdade não interessava para o lanterna do campeonato, a alternativa foi soltar laterais e adiantar o meio-campo.

O risco era inevitável, mas o Palmeiras já não era o mesmo. Por isso não aproveitou os espaços e ainda esbarrou num sistema defensivo agora mais bem postado.

Mesmo sem bom nível técnico nem ritmo aceitável, o jogo teve três momentos  de gol com o São Caetano (Éder, Danielzinho e Pedro Carmona) e dois com o Palmeiras (Leandro e Thiago Real).

Pouco para dois times de respeito mas instáveis emocionalmente. Nada mais do que a dura  realidade para quem esbarra nas próprias limitações técnicas e táticas.

Um vive de fortes emoções e adora namorar com a alta tensão. O outro ainda sonha com vitórias salvadoras mas flerta com o precipício.

sábado, 16 de março de 2013

São Bernardo vira. Com o dedo do técnico

De virada, e com o dedo do técnico Wagner Lopes, o São Bernardo derrotou o Mirassol por 4 a 3 agora há pouco em Mirassol, ratificou a bela reação no Paulistão e aumentou a invencibilidade para cinco jogos.

Dos últimos 15 pontos disputados o Tigre ganhou 11. Sob o comando de Wagner Lopes, foram dois empates e três vitórias. Por isso, agora  está mais perto da classificação do que do rebaixamento.

Primeiro tempo foi eletrizante. Repleto de falhas individuais e coletivas, tanto quanto de emoções, oportunidades e gols.

Diante de um 4-4-2 de muita movimentação mas falho na marcação, o São Bernardo surpreendeu ao entrar num 4-3-1-2, esquema sepultado em menos de 15 minutos ao levar dois gols por falhas individuais e de posicionamento.

Com três volantes ( Daniel Pereira, Glaydson e o estreante Didi) e hoje um pseudo-armador, já que desta vez Bady estava muito fixo pela direita do ataque, o Tigre tinha dificuldades em jogadas de aproximação.

Chegou com perigo no primeiro minuto com Fernando Baiano e aos 9 reclamou pênalti após toque de mão de Cayon, mas tomou o gol aos 11. Tiago Luís,   após falha dupla do setor esquerdo, com Gleidson Sousa e Luciano Castan batendo cabeça.

Um minuto depois,  falha dupla, agora do meio-campo Daniel Pereira na marcação  e do setor esquerdo na cobertura. Cayon apareceu às costas de Luciano Castan e fez 2 a 0. Aos 15 o Mirassol voltou a ameaçar com André Luiz.

São Bernardo só melhorou  um pouco ofensivamente, na postura e na articulação quando Bady deixou a direita e veio mais para o meio. Só que os três volantes continuavam plantados, quase em linha,  e distanciados do ataque.

Aos 26 minutos Gil ganhou jogada pela direita, ponto mais vulnerável do Mirassol, além do miolo de zaga, e acertou o poste esquerdo. Um minuto depois, Wagner Lopes acordou e desfez a besteira inicial ao escalar três volantes sem competência na chegada ao ataque e ainda prender os laterais.

Excesso de precaução defensiva quase custou caro, mas é perdoável. Treinador tentou, mas não deu certo porque perdeu a força ofensiva.

O mais importante foi fazer a leitura correta e mexer a tempo. Virtude! Com Ricardinho no lugar de Didi, ainda lento e fora de forma, passou a jogar com três atacantes, dois volantes e um meia. O 4-2-1-3 vencedor de jogos anteriores.

Aos 28 minutos, Gil aproveitou reposição de bola de Wilson Júnior, falha do zagueiro Leonardo e do goleiro Emerson, para fazer com o gol  vazio.

Aos 37, mais uma vez em contragolpe rápido, Bruno Recife apareceu sozinho pela esquerda mas falhou na conclusão. Aos 39, Gleidson Sousa ameaçou de falta e  40 Gil exigiu boa defesa de Emerson.

Empate veio aos 41 minutos com Fernando Baiano após escanteio de Bady e escorada de cabeça de Ricardinho no segundo pau. Dois minutos depois, novamente Gil  finalizou para outra boa defesa de Emerson.

No entanto, aos 46, em boa trama  ofensiva de Cayon e André Luiz, a defesa do Tigre falhou na cobertura pela direita e Camilo apareceu para bater forte, sem chances para Wilson Júnior.

Como era de se esperar, o jogo caiu de ritmo no segundo tempo. Mas o Mirassol começou um pouco melhor e chegou com perigo  aos 3 minutos com Pio e aos 13 com o zagueiro Welton Felipe.

Ainda sem competência na articulação e sem intensidade, o São Bernardo só voltou a mostrar velocidade e presença ofensiva após os 17 minutos, quando Michael entrou no lugar de Bady, hoje com pouca movimentação e  aparentemente cansado. É bom jogador, mas correu pro lado errado.

Empate do Tigre só veio aos 29 minutos, quando o volante Glaydson aproveitou escanteio da esquerda (Michael) e tocou de calcanhar. Belo gol!

A partir daí, o jogo caiu de ritmo. O Mirassol perdeu a força de contragolpe em velocidade e o São Bernardo, embora mais inteiro e melhor postado, cadenciou o jogo em alguns momentos. 

Deu, até,  a impressão de preferir manter a igualdade a correr o risco da ousadia. No entanto, como estava melhor e o Mirassol insistia em falhar na marcação, o Tigre fez por merecer o quarto gol: aos 41 minutos com Ricardinho após outro chutão de Wilson Júnior e  boa jogada com André Luiz, outro estreante.

Apesar das falhas defensivas, resultado é importantíssimo para o São Bernardo, agora muito mais perto dos oito clubes que passam à proxima fase. Bela reação!!!   Rebaixamento é pouco provável pra quem já tem 15 pontos ganhos.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Idosos por presos. Que tal?

Recebi o texto abaixo.

Pensei, concordei, copiei e colei.

Pense nesta idéia:

Uma idéia a explorar!

Vamos trocar, colocar nossos idosos nas cadeias e os delinqüentes
fechados nas "casas de repouso".


-Desta maneira, os idosos teriam, todos os dias, acesso a roupa lavada,
comida, ducha, lazer, jogos e exercícios.

-Teria medicamentos, assistência médica e odontológica regular e gratuita.

-Estariam permanentemente acompanhados.

-Teriam refeições quentes cinco vezes ao dia.(café da manhã, almoço,
café da tarde, jantar e café à noite).

-Não teriam que pagar nada pelo alojamento.

-Teriam direito a vigilância permanente por vídeo e receberiam
assistência imediata em caso de acidente ou emergência sem qualquer
custo.

-Suas camas seriam mudadas duas vezes por semana e a roupa lavada e
passada com regularidade.

-Um guarda visitá-los-ia a cada 30 minutos e levar-lhes-ia a
correspondência diretamente em mãos.

-Teriam um local para receber a família ou "outras visitas".

-Teria acesso a  biblioteca, sala de musculação e terapia
física/espiritual.

-Seriam encorajados a fazer cursos, terapias ocupacionais adequadas,
com formadores, instalações e equipamentos gratuitos.

-Seriam fornecido gratuitamente todas as roupas e produtos de higiene pessoal.


- O salário mandado para a família dos presos iria para a
família do idoso (R$ 860,00).

Teriam assistência jurídica gratuita.

-Viveriam numa habitação segura, com um pátio para convívio e exercícios.

-Acesso a leitura, computador, televisão, rádio e chamadas telefônicas
na rede fixa.

-Teriam Psicólogos, Assistentes Sociais, Políticos,Televisões, Anistia
Internacional  disponíveis para escutar suas queixas.

-O secretariado e os cuidadores seriam obrigados a respeitar um
rigoroso código de conduta, sob pena de serem duramente penalizados.

-Ser-lhes-iam reconhecidos todos os direitos humanos
internacionalmente convencionados e subscritos.

Por outro lado, na casa dos idosos...


-Os delinqüentes viveriam numa pequena e tosca habitação, geralmente
com obras feitas há mais de 50 anos.

-Teriam pouca comida e as comeriam muitas vezes fria e fora de hora.

-Teriam que tratar da própria roupa.

-Viveriam sóozinhos, sem vigilância.

- Não teriam ninguém que os ajudasse a tomar os medicamentos.

-De vez em quando, seriam vigarizados, assaltados ou até violados.

-Se morressem, poderiam ficar dias, até alguém os encontrar.

-As instituições, jornais e os políticos não lhes dariam qualquer
importância ou assistência.

-Morreriam após anos à espera de uma simples consulta médica ou de uma
operação cirúrgica.

-Não teriam ninguém a quem se queixar.

-Tomariam um banho de 15 em 15 dias, sujeitando-se a não haver água quente.

-Passariam frio no Inverno porque não teriam cobertores suficientes.

-O único entretenimento diário consistiria em ver duas horas de telenovelas.


Reflitam...

Desta forma, haverá mais justiça para todos, inclusive para os contribuintes.

Não se esqueçam:

O salário do preso é de R$ 860,00, muito melhor do que a
aposentadoria da grande maioria (quase 90%) dos idosos que trabalharam
muito duro por vários anos.

DIREITOS HUMANOS? – Só pros manus!



E aí, presidente Dilma ?

E aí , senhores ministros,  senadores  e deputados?

Será que alguém  terá a coragem de vir a público e falar que
vai trabalhar essa idéia ?




VAMOS LÁ, O NOSSO POVO HONESTO E TRABALHADOR



ESPERA MAIS SEGURANÇA, SAÚDE, ÉTICA, EDUCAÇÃO, ESPORTE E MUITA JUSTIÇA,



TUDO DE ACORDO COM A NOSSA LEI MAIOR:





A   C O N S T I T U I Ç Ã O   F E D E R A L.

 
 
 
 

 

terça-feira, 12 de março de 2013

Ramalhão: quando derrota não é sinônimo de desespero

Nova derrota do Santo André -- agora em casa, de 2 a 1, para o Red Bull -- não é motivo para desespero.

Já tem gente pedindo a cabeça do técnico Arnaldo Lira, principal responsável pela reação da equipe na Segundona.

Diferente de Geninho, que balança no lanterna São Caetano porque em sete jogos perdeu seis e empatou um,  Lira conseguiu quatro vitórias, um empate e duas derrotas.

Na elite, Geninho  ainda não conseguiu dar liga ao grupo e contabiliza vexatório um ponto em 21 disputados. Na chamada A-2, com o mesmo número de jogos, Lira conquistou 13.

Por isso, o presidente Celso Luiz de Almeida está carregado de razão ao nem pensar em demissão de quem faz bom trabalho.

Mais do que isso; o Ramalhão tem plenas condições de ficar com uma das oito vagas à próxima fase. Como está a apenas três pontos do oitavo, próximos jogos serão decisivos.

Ramalhão pega São José (nono com 22 pontos ganhos) e Comercial (oitavo, também com 22) fora de casa. Seis pontos é sonhar alto demais. Se trouxer, quatro, três ou até dois, continuará na briga.

Portanto, nada de precipitações! Nada de procurar chifre na cabeça de cavalo ou coerência na cabeça de político.

domingo, 10 de março de 2013

Azulão: quando vitória é sinônimo de utopia

A derrota de  3 a 1 para a Ponte Preta, agora há pouco em Campinas, mostra que o calvário do técnico Geninho parece mesmo não ter fim e que vencer, para o São Caetano, soa como missão impossível.

Agora são seis derrotas e um empate sob o comando do treinador. Ao todo, o lanterna no Paulistão tem apenas uma vitória, dois empates e oito derrotas. Sofreu 26 gols e fez apenas 11.

Números são indesmentíveis: em 11 rodadas, o Azulão ganhou somente cinco dos 33 pontos disputados. Rebaixamento, portanto,  ganha cores cada vez mais  berrantes.

Principalmente  se considerarmos que para se salvar sem sustos é preciso somar pelo menos 20 pontos.  Portanto,  mais 15 pontos de 24 em jogo. Tarefa bem difícil.

Jogo de hoje até poderia ter desfecho diferente se o São Caetano não tomasse o gol logo  no primeiro minuto, quando Diego Rosa foi ao fundo, pela esquerda, e cruzou para William cabecear sem ser pressionado.

Jogando no  4-3-1-2 com  esporádica variação para o 3-5-2, o São Caetano sentiu o golpe e a Ponte (4-4-2 com variação para o 4-5-1), um dos melhores times do campeonato  manteve o ritmo e o domínio.

Jogo  ficou tenso e perdeu qualidade depois dos 13 minutos, após entrada feia de Danielzinho em Ferrugem. Volante armador da Ponte sofreu fratura no pé esquerdo, além de lesão ligamentar,  e foi parar no hospital.

Clima ficou tenso. Nervosismo tomou conta da torcida e dos jogadores da Ponte, que voltou a chegar com perigo aos 18 minutos em finalização de Chiquinho, o substituto de Ferrugem. De novo em jogada pela esquerda.

Mesmo sem tanta competência criativa e ofensiva, São Caetano se equilibrou depois dos 25 minutos, quando passou a marcar melhor e tentou sair pro jogo. Mas só chegou uma vez com perigo, com Danielzinho. Pouco pra quem precisava da vitória e tinha o peso emocional.

Azulão voltou para o segundo tempo mais caracterizado no 3-5-2, com três zagueiros (Bruno Aguiar, Gabriel e Marcone improvisado), dois volantes, dois laterais um pouco mais adiantados, um armador e dois atacantes.

A Ponte manteve o esquema com alternância e chegou ao segundo gol aos 10 minutos: Ramirez cobrou falta da direita e Kléber subiu mais que os zagueiros para marcar de cabeça.

Perdido por dois, perdido por 10, aos 20 minutos o time de Geninho já jogava no 4-2-2-2,  com quatro zagueiros, dois volantes, dois meias ( Rivaldo e Éder, que entrou no lugar de Bruno Aguiar) e dois atacantes (Danielzinho e Nei Paraíba, substituto de Geovane).

Em cinco minutos, o São Caetano diminuiu com Danielzinho após lançamento longo de Éder e poderia ter empatado em seguida, em jogada de Rivaldo pela esquerda.

Porém, aos 26 minutos Pirão recebeu o segundo cartão amarelo e a situação do Azulão ficou preta. Mesmo assim, o time mostrou disposição,  correu o risco e não abdicou do ataque. Exatamente o que a Ponte queria para contragolpear com rapidez e matar o jogo.

Com espaços generosos, a vice-líder e única invicta do campeonato desperdiçou oportunidades com Diego Rosa, Alemão e William antes de  encerrar a conta aos  42 minutos com Alemão, sem qualquer dificuldade. Aos 46, Marcone também recebeu o segundo cartão amarelo.

A Ponte mantém a invencibilidade, o São Caetano mantém a lanterna e Geninho, pra quem vitória parece utopia,   mantém o calvário. Se é que nesse momento, 21h, o técnico já não deixou o cargo.     

Tigre: quando humildade é sinônimo de vitória

O São Bernardo ganhou do Linense por 2 a 0, agora há pouco no Primeiro de Maio, e, finalmente, deixou a incômoda zona de rebaixamento do Paulistão.

Por que venceu? Porque voltou a jogar com a humildade após cansar de dar murro em ponta de faca e partir pra cima de qualquer adversário que visse pela frente.

Ousadia sem as devidas precauções  defensivas levou o Tigre pro buraco da degola. Cuidados na defesa, muita determinação na marcação e contra-ataques em velocidade levaram a equipe a respirar pela primeira vez no campeonato.

Time de Wagner Lopes alternou o 4-2-3-1 para defender com o 4-3-3 na hora de atacar. Permitiu o domínio de um Linense (4-5-1) com bom toque de bola mas sem objetividade na penetração e nas raras conclusões.

No primeiro tempo, o  Linense tinha a posse de bola e o São Bernardo, com zagueiros e volantes fixos,  esperava o momento certo para o contragolpe.

Foi o que aconteceu aos 25 minutos,  quando Dudu roubou a bola de Lenilson no meio-campo e tocou para Fernando Baiano pela direita.  Cruzamento encontrou Bady, que, da entrada da área, acertou belo chute no ângulo direito: 1 a 0.    

Daí até o final do primeiro tempo, pouco mudou. O Linense perdeu um pouco de ritmo e não teve ousadia. Por isso o Tigre não encontrou espaços para contra-atacar. Nem precisava.

No segundo tempo, mesmo prendendo os volantes Dudu e Daniel Pereira, o São Bernardo voltou com mais volume de jogo e maior presença ofensiva.

Surpresa agradável. Mas quem chegou duas vezes com perigo foi o Linense, com Fausto e Gilsinho (bela defesa de Wilson Júnior).

Aos 20 minutos, Wagner Lopes mudou o esquema. Ao colocar outro volante, Gleidson, no lugar do atacante Ricardinho, armou o time num 4-3-1-2. Por isso o Linense foi dominado e chegou ainda menos.

O golpe fatal do Tigre aconteceu de novo em contra-ataque, aos 38 minutos, com os dois atacantes: Fernando Baiano tocou para Gil na esquerda e foi pra área para concluir o cruzamento depois da furada do zagueirão.

Vitória justa diante de um time ajustado, que continua brigando pela vaga mas não teve objetividade nem juízo. Foi pego no contrapé por um São Bernardo, que, felizmente, parou de pensar que joga mais do que a realidade mostra.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Marta sabe onde pisa e do quê fala? Tomara!

Série de entrevistas do Diario do Grande ABC com  secretários e diretores de Esporte do Grande ABC tem sido interessante.

Talvez os dirigentes pudessem ser um pouco mais questionados, emparedados, até, para provarem que ao menos sabem do que estão falando. Mas, pra começar, tá bom.

Tomara que, com o passar do tempo, nossos companheiros  cobrem com responsabilidade, mostrem os erros e  o caminho correto se os dirigentes abusarem da incompetência.

Por falar de abuso, entrevista de Marta Sobral, segunda-feira, me causou certa estranheza. Não pelas "declarações", mas pelas respostas escolhidas a dedo. Com certeza, escritas a pelo menos 12 mãos.

Isso mesmo: no mínimo12 mãos! Ao contrário de outros comandantes do Esporte, neste quesito Marta Sobral começa mal ao não responder de forma direta, pessoal, mesmo que estivesse protegida por assessores.

Sem conhecimento de causa e ainda sem familiaridade com todas as coisas de um esporte andreense em decadência, o que é perdoável, nossa grande jogadora de basquete não foi pro rebote.

Claramente, nossa pivô entregou a tarefa de responder às perguntas do DGABC a asseclas de competência profissional e esportiva duvidosa. Podem entender de politicagem e puxa-saquismo...

Marta está chegando. Precisa tomar pé da situação para não cair do cavalo. Está no meio de ratos espertos,  prontos para tomar conta do queijo.

Repito o que já escrevi há algum tempo: se Marta não se impuser, não escolher as pessoas certas para os lugares certos, vai ser engolidada pela cartilha de acertos e compensações políticas. Cuidado!

Seus asseclas  escrevem com os olhos nos Jogos Olímpicos (2016) e na Copa do Mundo de Futebol (2014). Grande reforma no Estádio Bruno Daniel e mais uma no Complexo Esportivo Pedro Dell'Antonia não deveriam ser prioridades.

Respostas detalhadas, elaboradas, sem titubeios e sem questionamentos,  são do Gabinete e da Secretaria de Obras e Serviços Públicos. Será que precisa? Lógico que não! Pelo menos agora.

Resgatar o esporte andreense faz parte do  plano de governo de qualquer político mais bobinho, juvenil. Só que ninguém faz nada de concreto.

Sem investimento -- o orçamento do esporte de Santo André continua sendo pífio --, sem parceria, sem comprometimento e sem competência não se chega a lugar algum, cara Marta!

Por sinal, a secretaria de Esporte e Lazer ainda não é realidade. Prefeito não pode simplesmente passar por cima da Câmara sem pensar nas consequências  financeiras. 

Centros de Iniciação no Esporte, programa do Governo Federal, se passarem de conversa mole, significariam bom recomeço. Periferia não pode mesmo ser esquecida.

Assim como a iniciação esportiva, a valorização da base deve ser exercitada em todos os espaços públicos. E disso Marta entende bem. Se não olhar para a criança com carinho, vai  olhar pra quem?

Também vai ter de estar atenta aos eventos envolvendo adolescentes, jovens e idosos, e para os programas de inserção social voltados aos deficientes.

Alto rendimento não pode ser esquecido, mas custa caro e  não é prioridade. Só não pode ser esquecido e desrespeitado. Devagar com o andor! Muito trabalho, mas sem promessas de parcerias cada vez mais difíceis.

Futebol amador é outro segmento importante. Desde que os campos distritais sejam cuidados e sua utilização regulamentada sem viés político-partidário. Verba específica deve existir, mas com rigidez na distribuição e na fiscalização de atos e espaços.

Tomara, mesmo, que Marta não seja engolida por ratos em forma de gente (mesquinha, traiçoeira). E que na próxima entrevista nossa grande pivô apareça de cara limpa, com informações consistentes e promessas condizentes.

Por favor, Marta, pelo esporte, ganhe esse rebote.             

Ramalhão perde em Guará. E daí?

O fato de o Santo André ter  perdido invencibilidade de seis jogos -- quatro vitórias  e dois empates -- quarta-feira em Guaratinguetá significa muito menos do que alguns torcedores mais precipitados têm comentado pela cidade.

Time de Arnaldo Lira não foi bem, mas vem de sequência muito boa na Segundona. Portanto, perder fora de casa, de outro adversário em ascensão, não deve abalar os alicerces emocionais do elenco.

Décimo colocado com 19 pontos ganhos ( cinco vitórias, quatro empates e quatro derrotas) em 39 disputados, o Ramalhão tem aproveitamento de 48,7%. Nada mal pra quem cansou de ser saco de pancadas sob o descomando do Sagedd.

Se os números e os próximos jogos forem analisados com atenção, não fica difícil afirmar que a equipe tem plenas condições de emplacar entre os oito classificados à próxima fase.

Ao Santo André faltam seis jogos ( 18 pontos), sendo três no Bruno Daniel e três fora. A começar pelo de amanhã, em casa, contra o Red Bull, 14º colocado com 16 pontos ganhos.

Na sequência o Ramalhão vai ao Vale do Paraíba pegar o São José (8º) e a Ribeirão Preto, onde enfrenta o Comercial (6º). Depois recebe o Juventus (19º) e o Noroeste (11º).  Encerra a primeira fase dia 31 em Araraquara, contra a Ferroviária, hoje em 15º.

Pra quem tem mostrado evolução e competência, inclusive fora de casa, a tabela não assusta. Pelo contrário; apresenta perspectivas otimistas. Só não pode dar mole diante da torcida. Precisa se impor e ganhar os três pontos.

Por falar em ganhar, também tenho ouvido e lido nas redes sociais alguns torcedores a tecer críticas a possível declaração do presidente Celso Luiz de Almeida de que o objetivo é fugir do rebaixamento.

Respeito o torcedor mais otimista, mas discordo. Experiente e ponderado, o presidente sempre teve o cuidado  de não abusar do otimismo, desde que assumiu verdadeiro rabo de foguete.

Pra quem vinha numa draga danada, não cair já é bom negócio. Afinal, transição diretiva e reformulação do Departamento de Futebol não podem ser ignorados.  Se errar, dança.

Afirmação de Celso Luiz não significa abrir mão do acesso. Ninguém é louco. Se o time embalou e pode chegar, que se lute pela vaga. Precaução é virtude de macaco velho, raposa do futebol.

O que vier é lucro. Racional, o presidente está certo. O que não impede o torcedor apaixonado de sonhar mais alto. Cada um na sua!

terça-feira, 5 de março de 2013

O ministro demagogo e o colunista apaixonado

As opiniões do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do colunista de Veja, J.R.Guzzo, merecem ser respeitadas.

Porém,  afrontam o bom senso. Insistem em flertar com o absurdo da demagogia política, da paixão clubista e da irresponsabilidade jornalística, como bem escreveu meu amigo Daniel Lima.

Em entrevista  ao Estadão, o ministro voltou a defender o indefensável. Ao menos pra pessoas que têm o mínimo de caráter e vergonha na cara.

Com extrema cara de pau e disposto a fazer média às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, este senhor vem a público para sugerir anistia às dívidas e isenção fiscal aos clubes.

Entre eles o Corinthians, bicampeão mundial, que está na lista de maus pagadores da Receita Federal.

Afinal, pra quê recolher Imposto de Renda, Contribuição Social sobre Lucro Líquido, PIS e Confins?

 Embora lei de 1998 tenha retirado a isenção fiscal dos clubes de futebol profissional, o ministro quer que os motivos da cobrança sejam reavaliados.

Pura demagogia! Politicagem  repugnante sob a nada consistente justificativa de que nossos clubes  não visam lucro. Tudo pelo amor ao futebol. Me engana que eu gosto! Posso ser meio trouxa, mas não sou trouxa por inteiro.

Tá de brincadeira, nobre ministro! Dirigentes de clubes são especialistas em falcatruas. Haja vista o gigantismo do débito que a maioria tem com o INSS. Sacanagem e má administração.

Quer dizer que, se eu devo, sou obrigado a pagar ou perco até a cueca para o governo! Mas quem aplica calote sobre calote e se esconde sob o  manto do "sem fins lucrativos" ou sob o cobertor da indecência governamental não esbarra nos rigores da lei?

Sem essa, ministro! Não nos trate como imbecis, por favor. Seja menos omisso e mais inteligente!

Quanto ao colunista apaixonado, ainda não consegui digerir. A começar pelo título (Bem feito), o bom profissional J.R. Guzzo cometeu barbeiragens imperdoáveis.

Ao imputar plena culpa ao Corinthians no caso do menino boliviano morto pelo maldito sinalizador, o articulista  generalizou de forma primária, infantil. Como jornalista, um erro de foca.

Tanto quanto ao insinuar que o jovem brasileiro foi "fabricado", obrigado a assumir o crime. O menor estaria a proteger marmanjos por ser imune a qualquer pena mais drástica.

Ao definir as torcidas organizadas como "marginais, delinquentes, bandidagem", com a "cumplicidade" dos dirigentes do clube, Guzzo volta a incorrer na perigosa generalização.

Lógico que há bandidos e maus elementos nas organizadas, mas também há pessoas do bem.Têm, até, um lado bom, quando cobram e incentivam. Particularmente, não as vejo, as organizadas, com bons olhos. Tenho inúmeras restrições.

Jornalista escreve, ainda, que o Pacaembu vazio  foi o "tribunal para um caso raro de aplicação de justiça imediata contra a criminalidade no futebol brasileiro".  E mais: "cúmplice ativo de criminosos.

Quanta besteira, senhor Guzzo! Parece coisa de anticorintiano com dor-de-cotovelo. Quanta insensatez, senhor Guzzo! Palavras acusatórias tão pesadas e impróprias quanto inconsistentes, maldosas, generalistas e irresponsáveis.

Especialmente quando partem de um jornalista respeitável. Pena que, aparentemente, travestido de torcedor apaixonado  por algum clube que não o bicampeão do mundo.

A partir de agora,  vou ler suas boas colunas com maior rigidez. De seu fã, posso passar a duvidar da veracidade de suas opiniões e ser um crítico contumaz.

Com certeza, terei mais argumentos e mais responsabilidade profissional. Sem paixão incontrolável. Com o mínimo de racionalidade. Sem agir como torcedor comum.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tigre reage, Azulão afina e Ramalhão confirma

O futebol profissional do Grande ABC continua entre altos e baixos. Na elite estadual, o Tigre ameaça reagir, mas o Azulão não vai pra briga. Lanterna continua afinando diante de qualquer macho brigador.

Já o Ramalhão segue de vento em popa após a chegada do técnico Arnaldo Lira. Depois da vitória apertada ( 3 a 2 ) mas importante sobre o lanterna São Carlos, o Santo André assumiu a sexta colocação na Segundona.

Ascendência confirmada. Que bom! Com cinco vitórias, quatro empates e três derrotas em 12 jogos, o Ramalhão está entre os oito que passam à próxima fase, quando tudo pode acontecer.

Até mesmo  voltar à Primeira Divisão se ficar em primeiro ou segundo lugar num dos dois grupos de quatro na classificatória seguinte.

Se o elenco não deixar a peteca cair, o acesso deixa de ser utopia pra quem sabe de cor e salteado o caminho do inferno.

Exatamente o caminho que o São Caetano insiste em trilhar sob o comando do experiente Geninho. O  time não engrena, não passa confiança, firmeza.

Derrota em casa, para o Botafogo, voltou a mostrar buracos defensivos,  intensidade oscilante e competências técnica e emocional inconsistentes. Ingredientes de quem adora descer ladeira sem freio.

Empate seria mais justo. No pênalti, mais uma vez, Paulo César de Oliveira foi mais realista do que o rei. Bola na mão e segue o jogo, juizão!

Geninho pode estar com os dias contados. Só faltam nove rodadas. São 27 pontos em disputa e especialistas garantem que o Azulão precisa  totalizar 20. Então, faltam 15.  Pra quem ganhou só cinco em 30...

Já o São Bernardo, com nove pontos conquistados, precisaria de mais 11 para escapar do descenso.
Tarefa não é tão hercúlea quanto à do rival.

Vitória de 2 a 0 sobre o Ituano mostrou um time mais humilde e marcador do que ousado, mas com equilíbrio necessário para sair de uma zona perigosa.   Dedo de Wagner Lopes já se faz sentir.