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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Marta OK se apequena e caça bruxas inocentes

Publicidade legal do Diário do Grande ABC do último dia 15.

Prefeitura Municipal de Santo André

Secretaria de Administração e Modernização

Portarias assinadas pelo excelentíssimo prefeito Carlos Grana

"Autorizar o afastamento, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens, para participar do 12º Campeonato Mundial de Basquetebol Master, que se realizou em Thessaloniki/Grécia, no período de 10 a 22 de julho do corrente exercício, devendo apresentar comprovante de participação no evento".

Contempladas: Marta de Souza Sobral - diretora do Departamento de Lazer e Recreação e Cláudia Medeiros Martins - diretora do Departamento de Esportes. Na prática, Marta é (ou foi ou finge ser?) diretora de Esportes, enquanto Cláudia seria sua assistente.

Enquanto as "servidoras públicas", bancadas por nós, cidadãos comuns,  estavam na Grécia ( Marta quebrou a mão e sua categoria, acima de 45 anos, ficou em quarto lugar), o Esporte estava sem comando, lógico.

Pior, nossos atletas estavam órfãos em Barueri, disputando os Jogos Regionais, enquanto a diretora passeava. Detalhe é que, repito, o honroso terceiro lugar valeu um simples "OK" da ex-atleta Marta Sobral.

Pior, ainda, é que o "OK" está rendendo. Marta Sobral estaria promovendo verdadeira caça às bruxas e ameaçando tirar cargos de professores de carreira. Alegação:  teriam traído sua confiança ao revelar o conteúdo da mensagem no mínimo desrespeitosa.

Quanta pequenez de uma gigante que já nos encheu de orgulho! Atitude é ridícula, rasteira. Por que, em vez de ameaçar, a ex-grande pivô não assume os  próprios deslizes, as próprias limitações?

Por que, em vez   de caçar bruxas inocentes (no caso), não se responsabiliza por uma ausência injustificável, fora de hora? Por que garimpar quem denunciou o "crime" do OK em vez de chamar a responsabilidade? É mais fácil desviar, criar uma cortina de fumaça. Ninguém quer saber do "criminoso"?

Por que emparedar funcionários em vez de mostrar conhecimento, competência e comprometimento com as coisas do Esporte, senhorita Marta Sobral? Por que armar um circo de horrores em vez de brigar pelos direitos dos deficientes sem aula de natação?

Suspensas desde maio, aulas no Nanasa devem ser retomadas agora em setembro, mas não por  mínima ação da diretora ou da própria Prefeitura, que prometeu força-tarefa mas não fez força nem cumpriu a tarefa.

Acide, empresas patrocinadoras e professores-coordenadores comprometidos merecem nosso respeito e aplausos. Se dependesse de atitude salvadora do Poder Público,  nossos deficientes morreriam afogados

Marta e assistente foram para a Grécia sem prejuízo de vencimentos e vantagens. Mas a natação andreense está abandonada e os salários dos professores de natação contratados ainda estão atrasados.

Marta, por que desrespeitar o Esporte que tanto lhe deu, por méritos, diga-se? Você sempre me pareceu tão dedicada e grande como atleta. Não seja tão pequena como dirigente. Passou da hora de trabalhar de verdade. Pelo vôlei, pelo basquete, pelas crianças, pelos idosos...

Mesmo que sob o comando de políticos como o prefeito Carlos Grana e o secretário de Gabinete, Tiago Nogueira, mostrar mais atitude e competência soaria saudável.  Ou seria melhor pedir o boné, de fato,  antes de aparecerem possíveis processos ligados ao projeto do vôlei?

É bom lembrar que, segundo meu sabiá laranjeira cantador, Marta já teria entrado em rota de colisão com Tiago Nogueira e com o secretário de Cultura e Turismo,  Raimundo Salles, aquele que ficou ( ou se finge de) mansinho quando guindado ao poder.

Seu (ex?) superior imediato, Salles,  estaria se negando a assinar documentos para liberação de verbas vinculadas ao departamento mais desrespeitado da PMSA. É o fim da picada! E quem paga é o Esporte! Além das bruxas, erradas!

Mexa-se, Marta! Omissão e inércia não combinam com o que víamos nas quadras.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Padre protegido! E nós, cidadãos comuns?

Pouco tempo atrás, a Igreja Matriz de Santo André passou por maus bocados. Em menos de dois meses o padre responsável pela tradicional paróquia foi vítima de dois assaltos.

Imprensa de Santo André noticiou, a população de fiéis ( e infiéis) se manifestou e até abaixo-assinados foram passados nas esquinas próximas e durante a festa junina, aqui, bem pertinho de casa.

Até vereador aproveitou o momento para fazer levantamentos e, lógico, capitalizar  votos às custas de um problema cuja responsabilidade é do Estado e, em parte, indiretamente, também da Prefeitura.

Solicitação foi clara: segurança para a região, mais especificamente para a Praça Getúlio Vargas, o jardim do padre. Com exigência de base comunitária. Paliativo! Não resolve!

Há segurança "particular" na igreja, mas ainda não há base comunitária. Ultimamente, viaturas da Polícia Militar (e até da Guarda Civil Municipal)  quase sempre estão por perto. Isso, ali perto da escada.

Porém, sempre cravadas, sem seus ocupantes andarem ou esticarem os olhos para a rua Santo André, a João Ramalho, a Coronel Ortiz, a Agenor de Camargo e todo o entorno.

Moro na Santo André, onde, na sexta-feira à noite houve tiroteio envolvendo o segurança particular de um bar e ladrões de estepes de veículos. O casal de ladrões estava num Corolla mas saiu correndo a pé. Cinco ou seis  tiros, e cinco minutos depois, a PM apareceu. Até que veio rápido, mas tarde.

Furtos, roubos, assaltos e até sequestro têm sido constantes por estas bandas. Isso porque diminuiu quando a iluminação pública voltou a funcionar a contento. Presenciei vários furtos e arrombamentos. Inclusive de amigos e vizinhos.

Já cansei de ligar para o 190, mas, " por falta de atendentes em número suficiente, especialmente a partir da sexta-feira",  perde-se muito tempo ouvindo-se orientações cansativas e desnecessárias da secretaria eletrônica. Justo quando se exige agilidade. Como poucos fazem BO, o que seria ideal, a coisa não muda.

Aí, fica a pergunta: dentro do possível, a PM corre para dar mais segurança à paróquia, mas por que ninguém faz nada, de verdade,  para o cidadão comum? Como eu, meus vizinhos e todos os moradores, do centro, dos bairros e da periferia mais longínqua.

O olhar precisa ser  sensível, firme e abrangente quando se fala de segurança. Assim como quando o assunto é saúde,  saneamento básico e educação. Difícil é acreditar que nossos políticos (com raríssimas exceções) ainda vão se preocupar com algo além do próprio umbigo ou partido.

É tão triste quanto lamentável! Imagine, então, o que acontece com quem mora no Jardim Santo André, no Jardim Cipreste, no Parque Miami, no Parque Andreense, no Clube de Campo e na Represa?

Nestes e em muitos outros núcleos mais distantes, nem padre nem pastor têm privilégio. Talvez o poder só dê jeito se um dia recebermos a visita do Papa Francisco. Ou de Deus! 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Agulhas Negras, um doce desafio

Nascidas para vencer, raras e corajosas pessoas escalaram os 8848 metros do Monte Everest (China/Nepal) e/ou os 8611m do K2 (Paquistão/China), os picos mais altos do mundo.

Por aqui, muitos aventureiros já encararam os  seis pontos culminantes do Brasil: Pico da Neblina (2993m - AM), 31 de Março (2972m - AM), Pico da Bandeira (2892m- MG/ES), Pico do Calçado (2849m - MG/ES), Pedra da Mina (2798m - MG/RJ/SP)  e Pico das Agulhas Negras (2791m - RJ).

Sem querer parecer presunçoso, fico extremamente feliz por ser um deles, ao lado de duas meninas cinquentonas maravilhosas (a esposa Ângela e a amiga Marilene) e um quarentão (Milton César) sem medo de correr riscos para ser feliz. Estes, sim, verdadeiros amigos e companheiros de viagem.

Uma década depois, no último sábado, encaramos de novo os quase 2.800m das Agulhas Negras. Em 2003, o ponto mais alto do Estado do Rio ocupava a quarta colocação entre os mais-mais do Brasil. O anuário de 2011 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) oficializa as novas medições e coloca nossa "conquista" em sexto lugar.

Nenhum problema! Não muda nada! Superá-lo, melhor, abraçá-lo, bem próximo de virar sessentão, é motivo de orgulho. Um prazer enorme! Mais do que "conquista" ou superação de desafio, tenho a clara percepção de ser amigo da montanha.

Caminhamos juntos.  Incrível! Parece não haver uma explicação plausível. É um sentimento de quem faz parte daquela obra prima; de quem não quer, em momento algum, se adonar da natureza ou colocá-la no patamar inferior.

Amo, de verdade, a grandiosidade da montanha. A imponência da montanha. O silêncio da montanha. O abraço da montanha. A amizade da montanha (também gosto muito das matas, das flores, das águas, das cachoeiras, dos animais).

Mas Agulhas Negras  é um "morrinho" especial. Faz parte do meu ser, da minha alma, dos meus sonhos. A respiração não chega a ficar ofegante, a pulsação pouco se altera, mas quando me aproximo do cume o coração dispara;  dá um aperto danado no peito. Aperto de felicidade!

Ali, no topo, com fundo azul, no elo entre terra e céu, estende-se, no meu imaginário, um manto sagrado. Não contei para ninguém, mas ali, de novo, rezei, clamei por perdão, agradeci e pedi proteção aos mais próximos. Ousei ter uma "conversinha" com Deus. Sem a intermediação do Papa Francisco.

À minha frente, a bela Serra da Mina; abaixo, a  via Dutra, a represa do Funil; à direita, Itamonte e a região de Visconde de Mauá; atrás e à nossa esquerda,  Resende, Porto Real, Barra Mansa, Volta Redonda, Itatiaia, Queluz, Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Lorena, Piquete e cia.

Sem falar nos distritos de Engenheiro Passos e a aconchegante Penedo,  e de todo o Parque Nacional de Itatiaia, o mais antigo do Brasil e criado em 1937.

Valeu a pena olhar tudo do alto, com respeito e admiração! Mas ser parceiro da montanha implica, até, em  uma doce pitada de sofrimento, dor. Subir, descer, fazer rapel e escalar com auxílio de guia (obrigado Marco Aurélio, da Gute Passeios), cordas e boldrier (a popular cadeirinha). Loucura! Mas valeu da pena!

Força, resistência, equilíbrio, coragem, medo, concentração. Se ferir nas fendas do precipício ameaçador, sangrar, se superar com determinação e assinar o famoso livro do cume (para poucos, diga-se, e desculpe a modéstia). Tudo isso valeu a pena! Afinal, como diz o poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

Agulhas é sempre um paradoxo, um louco desafio, que ampara, aconchega. Gratificante! Envolvente! Acho, até, que conquista o homem. Engana-se quem pensa que o conquistou. Simplesmente, foi conquistado pelo grande pico, um marco do montanhismo.

Obrigado, Senhor!  Voltamos a conversar mais de perto antes dos 70. Conto com sua proteção para levar o Victor e a Júlia, meus netos, minhas paixões. Só não garanto que, na Terceira Idade,  voltarei a festejar mergulhando nas águas geladas e trincantes do lago junto ao abrigo Rebouças.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

São Caetano não toma jeito. Só virada!

Perder do líder e grande Palmeiras não é demérito pra ninguém. Porém, o São Caetano não pode abusar do direito da instabilidade e levar viradas como se fossem doce rotina.

Bom jogo de ontem no Anacleto Campanella mostrou, mais uma vez, o Azulão de um só tempo. Por isso a derrota de 2 a 1 e a perigosa 17ª colocação na Série B do Brasileiro.

Primeiro tempo do time de Marcelo Veiga foi uma verdadeira aula de futebol. Um primor! Em compensação, na segunda etapa o Palmeiras só precisou de 14 minutos para fazer dois gols diante de um Azulão fragilizado, impotente.

Nos 45 minutos iniciais o São Caetano jogou e não deixou o líder jogar. Surpreendentemente, o grande vestia azul, e não verde e branco. O Palmeiras se apequenou diante de tantas virtudes.

Montado no 4-3-1-2 ( com variação para o 4-3-3, já que Danilo Bueno se adiantava para bloquear Luís Felipe  e depois para atacar às suas costas ) marcou com determinação, sem dar espaços para os laterais, meias e atacantes palmeirenses.

Além de subir a marcação e  soltar os laterais para triangulações, o Azulão utilizava os três volantes com sabedoria. Como Vagner Carioca e Pirão não se limitavam a defender, pelo contrário, o Azulão conseguia contra-atacar com pelo menos quatro ou cinco jogadores. Sem pressa, mas com volume e intensidade.

Por isso fez 1 a 0 com Geovane aos 22 minutos e poderia ter ampliado em pelo menos mais quatro oportunidades, tal a facilidade com que chegava à área contrária.

Já o Palmeiras, apesar do 4-3-3, com três atacantes de fato,  não passava de coadjuvante inofensivo. Até tentava atacar com inteligência, rapidez e plasticidade técnica, mas não tinha espaços para criar e penetrar de forma letal. Só ameaçou duas vezes.

Defensivamente, o time de Gilson Kleina  deixou a desejar ainda mais, porque foi complacente na marcação e deu espaços para o São Caetano trocar passes e  contragolpear em velocidade.

Sem dúvida, taticamente foi o melhor primeiro tempo do São Caetano em todo o campeonato, com Marcelo Veiga dando o chamado nó em Gilson Kleina.

Estranho, no entanto, foi Marcelo Veiga imaginar que o Palmeiras voltaria para a segunda etapa  com a mesma postura. Se pensasse mais, teria um antídoto para colocar em prática logo de cara, quando percebeu que a vaca estava a caminho do brejo. De novo!

Mas não! O Palmeiras voltou com melhor posicionamento, eficiente ocupação dos espaços defensivos e sem medo de adiantar a marcação, pressionando a saída de bola do São Caetano.

O rolo compressor do ousado Palmeiras, ainda com três atacantes mas com mais atitude,  deu resultado logo aos 10 minutos, quando Alan Kardec fez um golaço depois de superar cinco adversários e bater na saída do goleiro Rafael Santos.

Quatro minutos depois, o zagueiro Henrique, que antes já desperdiçara boa oportunidade,  fez o segundo gol. Após cobrança de escanteio da direita e falha de marcação, o capitão bateu firme, de pé esquerdo.

Em vantagem, o Palmeiras manteve a redução de espaços mas reduziu o ritmo ofensivo. Desacelerou.  Já o São Caetano perdeu a velocidade e o sentido de penetração. Nem mesmo a entrada de Siloé no lugar de Geovane, aos 24 minutos, mudou a situação.

Cauteloso e inteligente, Gilson Kleina trocou o 4-3-3 pelo 4-2-2-2 ao substituir o atacante Ananias pelo volante Marcelo Oliveira, que, ao lado de Márcio Araújo, deixou para Weslley e Mendieta a obrigação de encostar em Alan Kardec e Leandro.

Acuado pela situação, pelos últimos resultados e pela ameaça de demissão, Marcelo Veiga trocou o volante Moradei pelo meia Éder. O 4-3-1-2 (ou 4-3-3) se transformou em 4-2-2-2 quase inócuo.

E no final em 4-1-2-3, com a entrada do centroavante Jael no lugar do volante pela esquerda, Pirão. Para evitar surpresas, Kleina respondeu com outro zagueiro ( André Luiz) no lugar do cansado Leandro.

O 5-2-2-1 foi tão curto quanto providencial, mas por pouco o Verdão não sofreu o empate nos acréscimos, quando Éder exigiu boa defesa de Fernando Prass. Pelo primeiro tempo, até que merecia. Como deixou de jogar no segundo, não adianta reclamar.

Demissão de Marcelo Veiga talvez não seja suficiente. Caso é, comprovadamente, emocional. Já que o Azulão não toma jeito, que tal um bom psicólogo?

  

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Absurdo: Prefeitura de Santo André deve salários a técnicos de natação

Independentemente de quem está no comando do Esporte de Santo André, o que acontece com alguns técnicos, e talvez até atletas, vinculados à Prefeitura beira o absurdo. Uma vergonha! Mais uma, né?

Pra dizer a verdade, não me interessam nomes, sobrenomes nem partidos políticos. Defendo o Esporte. Não me preocupo se as rédeas do Departamento de Esporte estão nas mãos de Salles, Tiago, Carlinhos, Marta, Wagner, Solange, Maria, Dedé, Chicão, Laís,  Cláudia, Luiz ou Fábio.

Responsabilidade maior, se não plena, cabe a quem foi eleito como chefe do Poder Executivo. Prefeito de Santo André se chama Carlos Grana. Portanto, a responsabilidade pelo deslize moral é do senhor Carlos Grana, que, se não abrir o olho, vai ser pior que Aidan Ravin.

Afinal, quem escolheu a limitada Marta Sobral para capitanear a prometida e já descartada Secretaria de Esportes foi o prefeito.  Portanto, quem pariu o filho, que o crie de melhor maneira possível. Com o mínimo de zelo e respeito.

Garanto, com informação de fonte fidedigna, que professores/técnicos, especialmente da natação, estão sem receber há quatro meses. Que vergonha, prefeito! Seu bom salário, por acaso, está atrasado? Lógico que não!

Seu Departamento de Esportes peca pelo amadorismo, pela inexperiência, de desconhecimento de detalhes, pela omissão de atitudes, pela ausência física e pela incompetência técnica e administrativa.

Será que Marta Sobral sabe que seus professores estão sem receber? Então, por que não dá a cara a tapa e toma providência? Será que nossa ex-grande pivô sabe que na competição de Guaratinguetá técnicos e pais colocaram grana graúda do próprio bolso?

Falha também pode ser pessoal,  de caráter.  Ou a crônica limitação orçamentária.Tudo questão de responsabilidade, de comprometimento! Portanto, caro prefeito, urgem atitudes além da simples ( e talvez providencial) transferência da gestão para o Gabinete tendo a juventude como argumento principal ( e os outros?) e que não se sustenta.

Comece o conjunto de atitudes pelo pagamento imediato dos profissionais lesados. Depois, querem que os professores façam o quê? Será que meus companheiros deveriam agir à la Vampeta, que fingia que jogava enquanto o Flamengo fingia que lhe pagava?

Aí, seriam considerados maus profissionais. É triste observar, a exemplo de outras modalidades, nossa natação jogada às traças. Como se tudo fosse culpa do rombo financeiro creditado à gestão anterior, do prefeitão inimigo do Esporte.

Principalmente depois que a AD Santo André,  por direito e com absoluta coerência, deixou de encampar a natação como parceira da Prefeitura, a maionese desandou. Ninguém se mexeu com profissionalismo e agilidade.

Aparentemente, os (ir) responsáveis pelo Esporte estavam pouco se lixando com a perda. Foi quando apareceu o Aramaçan, procurado para assumir a bronca. Mesmo sem verba, emprestou o nome para que nossos nadadores não morressem afogados e participassem de competições federadas.

Mas, infelizmente,  o grande e tradicional Aramaçan não passa de simples paliativo. Apesar da boa vontade, isso faz com que a cidade perca a identidade. Assim como não deve ser duradoura a já encaminhada associação de pais de atletas da natação.

Cuidado, senhores pais! Experiência familiar nem sempre é a salvação da lavoura e já não deu certo em outras ocasiões porque muitos  se limitam a enxergar as possibilidades e os resultados do próprios filhos.

Se o rebento ficar na promessa e não brilhar, o pai-dirigente cai fora. Sem contar que qualquer problema jurídico, como um mero processo por questões salariais,  pode significar consequências nada agradáveis para a entidade.

Cuidado, também, com possível parceria com o EC Pinheiros. Opção é uma das melhores, não pode ser descartada, mas o Poder Público precisa ser cobrado a assumir e cumprir  suas obrigações.

Aí mora o perigo quando o Esporte é mera moeda de troca e marionete nas mãos de políticos despreparados. Particularmente, por enquanto não tenho motivos pra confiar no prefeito. Tanto quanto não compraria um carro usado do seu padrinho e mentor, Lula.

Só para concluir: na São Caetano líder nacional em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) a situação financeira do Esporte é ainda pior. Falta de pagamento virou rotina. Que vergonha (2) prefeito Paulo Pinheiro!

domingo, 4 de agosto de 2013

Azulão na ZR por falta de competência emocional

Pode parecer repetição de assunto ou visão unilateral, mas vou insistir no tema. O grande vilão da instabilidade do São Caetano na Série B do Campeonato Brasileiro é a falta de competência emocional. 

Lógico que também há  virtudes e defeitos em outras competências -- física, técnica e tática --,  mas a determinante dos  maus resultados, da inconsistência e da entrada na zona de rebaixamento é mesmo a vertente mental.

Ontem, em Juazeiro do Norte, no Ceará, o Azulão voltou a ser vítima de suas limitações emocionais. Por isso perdeu de 3 a 2 do Icasa depois de fazer 2 a 0 em 10 minutos do primeiro tempo.

Levou a virada porque, mais uma vez,  pareceu exercitar o medo de perder. Ou de não ganhar. A exemplo de outros jogos, pura insegurança no momento em que abre vantagem mas entra em parafuso para sustentá-la.

Melhor postado ( 4-3-1-2 x 4-4-2),  o time de Marcelo Veiga fez  2 a 0 com gols de Danilo Bueno e Vagner Carioca, de falta. Superior, ainda teve chances de matar o jogo no contra-ataque.

No entanto, no segundo tempo ( 3-5-2 x 4-3-3) o Azulão ficou vendo o Icasa jogar. Foi omisso e contemplativo na marcação. Tanto quanto burocrático, negligente e preguiçoso no sistema ofensivo.

Instável emocionalmente, sem confiança, o São Caetano se perdeu por completo.  Marcelo Veiga preferiu se fechar a tentar ampliar o placar  e acabou levando a virada de um time voluntarioso mas limitado.

Um Icasa que abandonou a letargia, encaixou a marcação e ousou agredir porque não tinha outra opção. Perdido por dois, perdido por 10. Foi pra cima a reagiu com méritos.

Com aproveitamento de apenas 36,1% (13 pontos em 36 disputados), Azulão ocupa a 17ª posição, à frente apenas de América-RN, Payssandu e ABC-RN. Com tais números, cairia para a Série C.

Pior é que agora o São Caetano vai  encarar três pedreiras nas próximas rodadas. Pega o líder Palmeiras e o quarto colocado Sport em casa, e depois vai a Minas Gerais enfrentar o América, sétimo colocado.

Antes, porém, além de treinar mais, deveria procurar o divã de um bom psicanalista.


SANTO ANDRÉ NO PÁREO

Jogando no Bruno Daniel, pela Série D, o Santo André obteve importante resultado ao derrotar o até então líder Juventude por 2 a 0.

Vitória na estreia do técnico Paulo Roberto deixa o Ramalhão na liderança com 10 pontos ganhos, com um jogo e um ponto a mais que o time gaúcho.

Santo André, Juventude e Marcílio Dias brigam mais diretamente pelas duas vagas do Grupo A-7 para a próxima fase. Ramalhão ainda tem dois jogos a fazer.

Subir para a Série C é a tábua de salvação para o time de Makanaki não entrar no ostracismo. Vamos torcer!



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cama feita para Marta Sobral

Sinto, sinceramente, que a cama está feita para Marta Sobral, rotulada de diretora de Esportes da Prefeitura de Santo André.

Particularmente, nada contra a pessoa e a ex-jogadora -- das boas, por sinal -- de Santo André e da Seleção Brasileira de Basquete. Seu estilo guerreiro deve ser respeitado e seus títulos reverenciados.

Porém, que fique bem claro, aqui, quem está sob avaliação é a dirigente Marta Sobral. E aí a roda pega! Em sete meses à frente do Departamento de Esportes a ex-pivô tem sido decepcionante.

Dizem, os mais chegados, que Marta consegue ser pior que seu antecessor, Almir Padalino, o protegido do então prefeito Aidan Ravin. Se for assim, Marta não empata com ninguém. Lamento!

Em quadra, foi brilhante. Fora, faltam-lhe experiência e conhecimento como gestora das coisas da política e do esporte.  Prefeito Carlos Grana acertou ao escolher alguém do esporte, mas, pelo jeito, o tiro saiu pela culatra.

Apesar da personalidade aparentemente forte, em momento algum Marta  deu a cara pra bater. Não mostrou serviço e ainda se omitiu em momentos cruciais. Como na suspensão das aulas no Nanasa -- Núcleo de Apoio à Natação Adaptada de Santo André.

Pessoas com deficiência ainda estão a ver navios porque a Prefeitura, no caso representada por Tiago Nogueira,  anunciou, trombeteou, mas não fez nada. A força-tarefa não passou de conversa fiada pra boi dormir.

Marta ganharia uma secretaria mas está prestes a perder oficialmente uma diretoria -- basta pedir o boné -- porque não mostrou empenho nem competência diretiva para mudar situações delicadas. Uma delas a crônica limitação orçamentária dedicada ao esporte nos últimos 12/13 anos.

Dizem, também, que a moça -- que prometia valorizar a base e ir de porta em porta e ao governo federal à caça de patrocinadores -- andou fugindo da raia quando foi pressionada pelos dirigentes do futebol amador. Teria se escondido para não encarar  a situação (falta de verba). Não quis nem conversa.

Como também não quis muito papo e ignorou o pessoal que foi aos Jogos Regionais de Barueri e voltou com o honroso terceiro lugar, o que  leva a cidade de novo à elite dos Jogos Abertos, agora, sim,  pela porta da frente.

Atletas, especialmente  do basquete, do handebol, do judô e do futsal, tiraram leite de pedra. Mas Marta não deu a mínima. Além de não aparecer para apoiar os representantes andreenses, deu de ombros ao ser comunicada sobre a, pelas circunstâncias desfavoráveis, bela colocação.

Informada por e-mail, teria respondido com um "OK". Tão seco quando irresponsável para quem viveu o esporte de forma plena e ainda hoje se envolve com importantes programas sociais. O que é louvável, diga-se.  Isso é coisa de ex-atleta, respeitável Marta?

Por isso tudo, e muito mais, a cama está feita. Agora o Esporte está, de fato e de direito, sob responsabilidade direta do secretário de Gabinete. Tiago Nogueira não tem intimidade com o segmento esportivo, aposto,  mas está grudado no poder maior. É vizinho e amigo do rei!

Exatamente uma articulação política imprescindível mas desprezada por Marta Sobral. Uma pena! Por decreto, o prefeito alterou a gestão do Esporte. Oficialmente, não cortou a cabeça da temperamental e bela pivô. Mas, pra bom entendedor, colocou a prêmio.

Tiago Nogueira, o ex-vereador Carlinhos Augusto e outros para-quedistas devem ficar com as rédeas do setor. Também é possível que Marta esteja  sendo emparedada, escanteada,  para se limitar ao Lazer ou ser forçada a pedir demissão.

Políticos que desconhecem a realidade e os meandros do Esporte na cúpula ou cama feita e caminho aberto para o retorno de Celso Luiz Almeida, que já comanda, de fato, as ações relacionadas ao futebol e ao Estádio Bruno Daniel.

Não faltam a Celso Luiz informantes estratégicos dentro da Prefeitura. Assim como,  jamais lhe faltaram empenho, experiência, conhecimento, jogo de cintura e comprometimento com as coisas do Esporte.

Hoje presidente do Esporte Clube Santo André, o conhecido e quase sempre flexível Celsinho já  ocupou, com competência, o cargo de diretor de Esportes nas administrações petistas de Celso Daniel e João Avamileno.  Não beirou a perfeição, mas não decepcionou. Dos últimos, foi o melhor.

Agora, resta à diretora -- ou ex? -- vir a público para esclarecer e opinar com clareza sobre a anunciada rasteira. Tem personalidade e, como atleta, currículo e história para, se for o caso, meter a boca no trombone. Basta querer!

Só pra terminar: por que, de repente, o Esporte vira prioridade nas declarações do prefeito Carlos Grana? Estranho! Ultimamente, nem respeito o Poder Público lhe dedica. Tem sido mera moeda de troca político-partidária.  Por isso o cheiro de balela!

Então, por que não oferecer, se é que interessa,  respaldo a Marta Sobral? É mais fácil induzi-la ou entregá-la aos leões. Lamentável para um esporte que já serviu de espelho para o país inteiro.