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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Raddão escalaria Brasil no 4-3-1-2

Não tenho bola de cristal. Portanto, não sei o que se passa pela cabeça de Felipão e da Comissão Técnica da Seleção Brasileira. Sou apenas o Raddão, não Felipão, embora alguns amigos vejam semelhanças físicas e de personalidade.

Porém, se tivesse de escalar quem enfrenta a forte e equilibrada mas nada de excepcional Alemanha, amanhã em Belo Horizonte, não teria dúvidas. Sem Neymar -- e não adianta ficar chorando, é preciso acreditar e jogar -- começaria no 4-3-1-2.

Sim! Com três volantes, respeitando a força alemã, mas sem retranca. Nada de 4-2-3-1, 4-4-2 ou 4-2-2-2. O que vale é o futebol compactado, de aproximação setorial. Sopa de números distribuídos como soluções mirabolantes não ganha jogo. 

Vamos ao time: embora possa falhar na hora H, Júlio César passou a ser mais confiável. Miolo de zaga não carece de discussão. No lugar do capitão Thiago Silva, Dante entra ao lado do gigante David Luiz. Henrique não está no mesmo nível.

Dante joga no Bayern de Munique, base da seleção alemã. Portanto, conhece características positivas e negativas dos companheiros adversários de amanhã. É bom lembrar que a recíproca é verdadeira. E, como qualquer zagueirão, becão que se preze,  Dante tanto pode fazer um gol decisivo de cabeça quanto entregar o ouro numa jogada bisonha.

Laterais da vitória sobre a Colômbia devem ser mantidos. Não são maravilhosos, mas não comprometeram. Até que Maicon e Marcelo foram bem. Amanhã, poderiam ter mais liberdade para atacar. Com inteligência, por fora e por dentro, mas sem encavalar, por favor. Cobertura eventual ficaria a cargo dos volantes.

O técnico Raddi escalaria o meio-campo com três volantes, dois flexíveis, o que nem sempre significa defensivismo descarado, medroso. Luiz Gustavo, Paulinho e Fernandinho formariam uma segunda linha defensiva.

Com a bola, Felipão deveria manter apenas Luiz Gustavo como cão-de-guarda. Adiantaria os outros dois sem medo. Sem ela, muita atenção e  marcação opressiva, dividindo cada bola como se fosse a última.

Com a assessoria de Paulinho e Fernandinho, além de um dos laterais, Oscar teria mais liberdade de criação, de aproximação e de finalização. Hulk e Fred -- é a última oportunidade de jogar um pouco mais -- seriam municiados com mais qualidade e constância. Especialmente se o laterais subirem com a competência que se espera de quem joga na seleção.

Isso tudo na teoria, considerando que a equilibrada Alemanha deve jogar no 4-4-2 (Muller e Klose ou Schurrle na frente). Ressalte-se que Lahm voltou a ser escalado na direita mas se transforma em constante válvula de escape ofensiva pela lateral e em diagonal, pelo meio.

Alemanha também pode variar para o 4-5-1 agrupado, com apenas Muller mais à frente, esperando a aproximação constante           e eficaz dos                    meio-campistas                                              Gotze, Ozil, Kross e Schweinsteiger. Khedira sobe bem menos. Não é do ofício.

Interessante mesmo  seria se o Brasil metesse um gol por cobertura no goleiro-líbero Neuer. E repito: Alemanha está melhor, mas não há favoritismo em briga deste tamanho.  

domingo, 6 de julho de 2014

Briga de cachorro grande

 Agora é briga de cachorro grande! Tipo Fila, Doberman, Dogo Argentino e Pastor Holandês. A Copa do Mundo entra no canil (melhor, funil), onde se separam os cachorros imponentes dos vira-latas e dos bibelôs de madame.

Nas semifinais de terça e quarta-feiras são quatro raças extraordinárias,  seleções com história, futebol e peso de camisa indiscutíveis. Por isso tudo pode acontecer. Dois vão dançar! E todos passaram de fase com dificuldades. Alguns no sufoco!

Juntas, as seleções de Brasil (pentacampeã), Alemanha (tri), Argentina (bi) e Holanda (trivice) têm nada menos que 10 títulos mundiais.  Brasil x Alemanha e Argentina x Holanda. Minha nossa! Que maravilha!

Favoritismo? Nenhum! De ninguém contra quem quer que seja. A Alemanha de Schweinsteiger pega o Brasil da torcida mas sem o craque Neymar. A Argentina de Messi, mas provavelmente sem Di Maria, bate de frente com a Holanda do endiabrado Robben.

Terça-feira, no duelo do Fila brasileiro com o Doberman alemão, vai sangrar pra tudo quanto é lado. São dois monstros, gigantes do futebol mundial. Cá entre nós: dizem que o Doberman treme quando encontra um Fila.

Na última briga o nosso fila até que foi bem diante do "Labrador" colombiano. Melhorou.!Mordeu mais, agrediu mais, correu mais... Jogou mais. Só que ficou sem  um dente canino afiadíssimo, letal. Precisa de muita  garra para superar perda de grandeza leonina.

Já o cachorro alemão tem pedigree de longa data. Assusta pelo porte e sabe brigar como poucos. Não foge do pau. Forte, ousado, frio e... tático. Teve frieza e inteligência para superar o imponente Buldogue Francês. Não foi fácil!

Não é invencível! Às vezes se precipita, tem brancos emocionais e leva contragolpes bobos. Impõe muito respeito. Pra falar a verdade, dá medo! Dentadas quase sempre são profundas, cortantes e fatais.

Na briga de quarta-feira, aposto que o Pastor Holandês não vai afinar diante do Dogo Argentino. Vai pra cima! É rápido, técnico, incisivo e de personalidade marcante. Contra-ataque é arma mortal. Só que penou para eliminar o ágil e surpreendente "Paulistinha" costarriquenho, nos pênaltis.

Já o Dogo Argentino depende quase que exclusivamente daquele "dente" mortal, um dos melhores do mundo da bola. Melhorou a tática e a performance defensivas diante do arisco Pastor Belga. Isso pode determinar vitórias e derrotas. Tem camisa, valentia e determinação!

Isso não define isoladamente, mas pesa até em briga de cachorro grande!

sábado, 5 de julho de 2014

Enfim, futebol! E agora, sem Neymar?

Enfim, a  Seleção Brasileira venceu e convenceu. Derrotou a Colômbia por 2 a 1 e agora pega a forte Alemanha numa das semifinais da Copa do Mundo.

Vencer com méritos não significa excelência técnica e/ou tática. Nosso primeiro tempo foi muito bom. Fomos bem superiores aos colombianos. O segundo, apenas razoável. Deixamos de marcar pressão na saída de bola e, com espaços,  o adversário cresceu.

Pelo menos desta vez o Brasil jogou como se espera. Teve determinação, ousadia e velocidade. Defensivamente, melhoramos com Maicon na direita, no lugar de Daniel Alves. Na esquerda, mais confiante, Marcelo evoluiu. Sobre os zagueiros artilheiros, não é preciso dizer nada. Quase perfeitos.

Meio-campo esteve bem melhor do que nos outros jogos. Ao lado do aplicado Fernandinho, Paulinho voltou a mostrar confiança e bom futebol. Pelo menos não se escondeu. Oscar também se aplicou, não ficou tão preso à marcação pela direita e apareceu mais pro jogo.

Hulk de novo foi um dos mais ativos no ataque, além de ajudar na marcação. Não tem medo de arriscar, de partir pra cima e de chutar a gol. O melhor dos atacantes, já que Fred mais uma vez foi espectador privilegiado e Neymar, bem marcado, rendeu menos do que se espera de um craque.

Coletivamente, nada de excepcional. Vitória aconteceu mais como consequência de individualidades como Thiago Silva e David Luiz, os melhores em campo. Além do bom sistema defensivo.

Terça-feira, diante dos alemães, sem o suspenso Thiago Silva e o lesionado Neymar, deixamos de ser favoritos. Nem mesmo o peso da camisa amarela pentacampeã mundial vai ajudar. É preciso jogar muito mais para superar os tricampeões e chegar à finalíssima.

E não convence argumentar que na Copa de 62, quando fomos bicampeões no Chile, Pelé também se contundiu. Naquele time tínhamos, além do substituto Amarildo ( O Possesso), outras feras: Nilton Santos, Zito, Didi e Garrincha. E hoje?  

terça-feira, 1 de julho de 2014

Sem bicho-papão, Brasil está no páreo

Pensando bem, o Brasil está no páreo. Apesar de tudo, tem, sim, boas possibilidades de ser hexacampeão mundial.

Afinal, a Copa da felicidade  não tem nenhum bicho-papão. Ninguém chegou nas quartas-de-final com o pé-nas-costas. Pelo contrário, quase todos os favoritos penaram para passar.

Então, por que  a Seleção Brasileira não teria condições de triunfar? E não seria o triunfo das nulidades. É bom lembrar que paramos no tempo, mas nossos adversários evoluíram bastante.

Merecem respeito porque trabalharam muito para se igualar a quem deitou no berço esplêndido do comodismo dos vitoriosos. Hoje, ninguém mais é bobo. Nem os japoneses.

Aqueles que "só foram embora porque estão mais preocupados em investir em saúde e educação do que em futebol", segundo mais um vômito de um ex-presidente do Brasil. Quanta merda, "cara"!

Mesmo sem padrão de jogo. Mesmo sem tática convincente. Mesmo sem conjunto. Mesmo sem a garra que se exige de quem não tem brilho técnico. Mesmo sem cabeça boa. Mesmo sem craques -- exceção a Neymar -- temos chances.

E mesmo sem técnico confiável. Especialmente porque Felipão é um treinador ultrapassado. Pode até ser campeão, mas treina menos do que devia, entende pouco, é teimoso e taticamente faz leituras desconexas do jogo da bola. Vive mais do gogó, da força motivacional, do comprometimento com alguns jogadores.

Como os bichos-papões do futebol foram exterminados, mesmo com tudo isso a Seleção Brasileira pode chegar. E todos vão achar que voltamos a ser os melhores do mundo.

Quinto passo seria uma vitória convincente contra a Colômbia, hoje superior tatica e ofensivamente, mas sem tanta competência defensiva. Nossa camisa pode pesar contra os colombianos. Se Neymar brilhar.

Se passarmos pela Colombia do menino artilheiro James Rodriguez vamos encarar o vencedor de Alemanha e França. Aí, sim, a porca torce o rabo de vez. Haja reza!