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terça-feira, 8 de março de 2016

Desrespeito à natação andreense. De novo

Entra ano, sai ano, e nada muda. Entra prefeito, sai prefeito, e nada muda. Entra partido, sai partido, e nada muda. O esporte de Santo André continua sendo desrespeitado.

Quanto não,  esquecido, descartado e humilhado. O ex, Aidan Ravin, mereceu o selo de Prefeito Inimigo do Esporte. O atual, Carlos Grana, consegue ser pior e também faz jus ao  selo negativo.

Se ele preferir, pode escolher uma estrelinha -- vermelha, lógico -- e pregar na testa. Inclusive de sua secretária de Esporte e Lazer. 

Marta Sobral pode ser boa pessoa e foi destacada atleta da Seleção Brasileira de Basquete, mas, como dirigente, ainda não passa de um zero à esquerda.

Se pretende mesmo se candidata a uma cadeira na Câmara, que não fale de seu trabalho, capenga, à frente do Esporte. Mesmo com verba irrisória -- menos de 1% do orçamento --  e sem apoio efetivo do Executivo,  Marta poderia ser menos limitada e omissa.

Minha bola da vez volta a ser a natação, tanto quanto outras modalidades, vítima de descaso e falsas promessas. Cuidado com a verba e com os desvios, pessoal do Esporte!

E com o Petrolão  de tantas propinas, doações e maus exemplos. Estamos em ano eleitoral. Lorotas e conversa fiada vão  fluir como besteira na entrevista/comício do  "homem mais honesto deste País".

Não é de hoje que o pessoal da natação de Santo André come o pão que o diabo amassou. Sem verba decente -- cerca de R$ 250 mil anuais, sem piscina e cada vez mais sem atleta e sem horizonte.

Tudo por falta de competência, de comprometimento, de honradez e de pagamento a fornecedores e prestadores de serviço.

Piscinas do Complexo Esportivo Pedro Dell'Antonia têm sido o retrato de descaso. Desde outubro do ano passado as duas piscinas de treinamento de nossos atletas desfilam problemas.

Um dia a Prefeitura não paga o fornecedor de cloro e outros materiais. O que não é novidade pra quem está quebrado. No outro, dá calote na empresa que fornece o gás e a piscina fica fria.

Quando parece tudo em ordem, atrasa o salário de professores e outros funcionários. Na semana seguinte se esquece da manutenção e em seguida percebe que chuveiros estão queimados, azulejos quebrados e maquinário deteriorado.

Agora, mais uma vez por ausência de ou pagamento em  atraso, a Comgás cortou o fornecimento e nossas águas estão geladas, sem condições de uso adequadas.

Religação do gás na piscina olímpica, a grande, aconteceu ontem, conforme prometido,  mas ainda não se tem certeza se vai esquentar mesmo. Mas por que não ligaram também a semi-olímpica, que está em ordem após ficar bom tempo em reformas estruturais? Prometeram pra hoje. Será?

Caramba! Será que os responsáveis do Poder Público vão insistir na surrada cantilena de assumir mas não cumprir compromissos básicos com o Esporte. No caso, a natação.

Enquanto isso nossos melhores atletas, nossas promessas, nadam de braçadas para o colo de outros clubes. Eram cerca de 200; hoje não passam de 150.

Enquanto isso o prefeito parece mais preocupado em prestar solidariedade aos amiguinhos do peito. Sim, ele estava lá no final de semana para abraçar e aplaudir as bravatas vomitadas pelo seu criador. Aquele que se acha Deus.  





quinta-feira, 3 de março de 2016

Outra lorota da administração Grana

Garanto que minha intenção não é ficar pegando no pé deste ou daquele político. Tampouco tenho ou pretendo ter qualquer vínculo partidário. Quero distância de todos. Me provocam urticária. Quanto não, nojo.

Porém, não consigo ficar calado quando o Poder Público insiste em não assumir a responsabilidade. Quando prefere mentir, abusando da boa-fé dos cidadãos comuns. Aqueles que pagam impostos religiosamente e não dependem de amigos camaradas.

Palavra do leitor da edição de ontem do Diário do Grande ABC traz resposta (?) da Prefeitura à leitora Thelma Ribeiro, que no dia 29 reclamou da falta de segurança no Parque Antônio Fláquer, o antigo Jardim Tamoio, ali no Ipiranguinha.

Por meio da Secretaria de Segurança Urbana e Comunitária, a administração Carlos Grana esclarece (?) que mantém patrulhamento no parque todos os dias, com rondas dentro e fora (?) do próprio municipal.

Informa (?) ainda, que, por meio de concurso público,  está em fase de contratação de novos guardas civis municipais para repor efetivo perdido com aposentadorias nos últimos anos.

Caro prefeito, mais uma vez seu secretariado não assume,  falta com a verdade. Como capitão, você é o maior responsável. Isso mesmo! A resposta do seu  "homem de confiança" é mentirosa. Pura lorota. Passa longe da realidade. O que, cá entre nós, torcedores do Corinthians, não é novidade.

Fico muito à vontade pra discordar e desafiá-los a provar que estou errado. Frequento com assiduidade pelo menos quatro dos nossos principais parques - Celso Daniel, Central, Regional e Antônio Flaquer.

Nenhum deles é seguro. Em todos falta efetivo e sobra incompetência administrativa no quesito segurança.  Salvo raríssimas e honrosas exceções, muitos dos nossos GCMs ganham mal, são preguiçosos, descompromissados e carecem de liderança digna de respeito.

No pequenino e charmoso Jardim Tamoio não é diferente. Corro e caminho ali pelo menos cinco vezes por semana. Às vezes, no mesmo dia, corro ali e no Central. Quando cismo, no final de semana, faço o tour dos quatro parques -- cerca de 20km.

Portanto, sem medo de errar: a resposta não passa de enganação deslavada, de conversa mole pra boi dormir. Talvez a escola federal/partidária esteja a ditar cátedra. Bela cartilha! Se colar... Não cola.

Como no Regional (Jaçatuba), ali não existem GCMs fixos, quando o ideal seria presença permanente e atuante. Em todos.  Quando muito, em ano bissexto -- dia 29 de fevereiro -- , eles passam pra dar uma olhadinha. Sem ao menos descer da viatura. Dão uma volta bem devagarinho e caem fora.

E olha que ali já aconteceram furtos, brigas e até violência sexual. Pra quem não se lembra, cito aquele senhorzinho com cara de santo que fazia carrinhos de pet mas  há pouco tempo abusou de crianças no antigo banheiro.

Todos os dias, pelo cinco homens e uma mulher -- possivelmente moradores de rua -- fazem do jardim um parque de diversões, uma casa de sogra,  um boteco particular. Brigam, quebram lixeiras, enchem a cara, perturbam e ameaçam usuários -- inclusive professores e alunos da  própria Prefeitura.

Outro dia, ainda nesta semana, um deles me pediu dinheiro pra comprar cachaça, enquanto a mulher, sem o mínimo pudor, ajeitava-se num cantinho. Sim, até mesmo necessidades fisiológicas os bebuns -- acho, mas não posso garantir se rola droga --  fazem ali ao lado do palco, colado no espaço de ensaios da banda lira. 

Por falar em banda lira, parece que o maestro continua mandando no espaço. Seu veículo Fiesta -- ou seria Celta? --  tem lugar cativo. Acho até que o maestro mora ali ilegalmente. A lei permite isso, senhor prefeito?

Voltando à falta de segurança. Nas raríssimas ocasiões em que dão as caras, nunca a pé,  os agentes públicos não fazem absolutamente nada para coibir a bebedeira e os abusos em local público. Não fere a letra da lei, senhor prefeito?

Como escreveu a leitora, às vezes há necessidade de intervenção dos próprios usuários, já que nossas autoridades preferem o exercício do faz-de-conta. Como complemento, como resposta, um desfile de mentiras e desculpas esfarrapadas.

Desculpas tão descabidas quanto afirmar, na edição de hoje,  que os entulhos da antiga favela Gamboa são mantidos no local "para evitar invasões". Ridículo! Temos cara de trouxas?

Falta atitude de gente grande. Por isso  o Poder Público se apequena. Além de usuários de droga,  bandidos, lixo e entulho, garanto que ali existem ratos, baratas e até o mosquito maldito. E só vai piorar, porque o espaço pode estar contaminado.

Com um pouco de boa vontade, bem que a AES/Eletropaulo, dona do terreno por onde passam suas torres de transmissão, poderia ajudar a população do entorno e os frequentadores do Parque Central.