quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
O médico, o coveiro e o esporte
Essa a essência da justificativa protocolar do prefeito eleito Paulinho Serra para escolher o médico ginecologista e obstetra Marcelo Chehade como novo secretário de Esportes de Santo André.
Esportes agora sem o Lazer, que, estranhamente, vai se juntar à Cultura. Tão estranho quanto seria se o Esporte fosse depender das rédeas e do orçamento da Educação, como se ventilou.
Convenhamos, currículo o digníssimo doutor é bem pobre na área esportiva. Se bem que para assumir o cargo hoje ocupado por Marta Sobral ninguém precisa de histórico brilhante. Basta fazer o jogo político que interessa ao poder maior.
Ressalva importante sobre a grande pivô da Seleção Brasileira: a atleta olímpica e campeã mundial foi medíocre como gestora. Portanto, parece humanamente impossível o vereador eleito para o terceiro mandato ser ainda pior.
No fundo, no fundo, o motivo da preferência é bem outro. Ninguém é trouxa o tempo todo. Mais uma vez o Esporte é utilizado como simples moeda de troca política.
Afinal, Marcelo Chehade, presidente do PSDB andreense, também foi o mentor do retorno do prefeito eleito ao partido que fez do jovem Paulinho a bola da vez. Porque a única. Pura exclusão!
Por absoluta falta de melhor opção Serra cumpriu as próprias diretrizes. Escolheu um político para o cargo e uma esportista para adjunta. Aparentemente, só pra inglês ver. Adjunto (a) não apita nada. Figura decorativa. Sei do que falo.
Dirigente vitalício e ícone do Santo André, Celso Luiz de Almeida declinou do convite para voltar ao comando de um Esporte cada vez mais sem norte. Fez o que pode em dois mandatos petistas. Mas não faz milagre.
Outro cotado, o empresário Fernando Gomes, ex-vereador e vice-presidente do PSDB municipal, ficou com a Secretaria de Inovação e Administração. Sem o mínimo perfil para o Esporte.
Nome também citado -- ou plantado pra ver se colava? -- antes mesmo do segundo turno foi o de Bahia, ligado ao futebol amador do segundo subdistrito e vereador em fim de mandato. Seria um absurdo!
De qualquer forma, Chehade foi uma escolha exclusivamente política. Simples assim! Só pra variar. Sem essa de achar que ser da cidade e conselheiro de clube é sinônimo de credencial esportiva.
Isso não quer dizer que o doutor não pode ser útil. Deve ter moral com o chefe e jogo de cintura suficiente para lidar com o poder. Além disso, pode agilizar parcerias na área da saúde.
Laís Elena Aranha, ícone do basquete feminino nacional como jogadora e técnica, foi premiada como adjunta. Se vai dar certo são outros quinhentos. Tenho enorme respeito pela história da Laís, mas não sei se vai falar grosso e se o seu olhar vai ter a amplitude que o Esporte merece.
Sabe como é... se a visão for tacanha, focada apenas no sucesso do basquete feminino de tanta tradição, a vaca vai pro brejo. Se a brasa for puxada só pra própria sardinha, danou-se. O Esporte vai continuar no fundo do poço.
E sem orçamento minimamente digno, aceitável, médico e esportista terão enormes dificuldades para cumprir metade do plano de governo divulgado pelo ex-goleador no Primeiro de Maio. Plano bem parecido com os vistos nos últimos 16 anos. Papel aceita tudo! É só checar!
Torço, sinceramente, para que ambos tenham sucesso. Porém, não acredito. Não basta o prefeito prometer. To pagando pra ver. A Prefeitura deve pra meio mundo. Competência, boa vontade e parcerias talvez não sejam suficientes.
Assim como outros equipamentos esportivos, as piscinas do Complexo Dell' Antonia estão desativadas e muitos atletas e técnicos de várias modalidades -- natação, handebol, xadrez.. -- ainda estão sem salário. Uma vergonha!
Orçamento do Esporte nas últimas gestões foi uma merreca. Dinheiro de pinga! Que novidade né? Mas a obrigação é do senhor Grana. O atual prefeito não honrou a palavra e, de forma irresponsável, vai deixar o abacaxi para o Paulinho.
Como, repito, a Prefeitura está atolada em dívidas, o Esporte vai depender de migalhas e abnegados. Esqueçam grandes obras de infraestrutura e conquistas no alto rendimento.
Se o setor, que um dia foi motivo de orgulho da população, anda em estado terminal há muito tempo, não será surpresa se empacotar de vez. Sem medalhas, sem eventos, sem escolinhas, sem professores, sem técnicos e talvez sem teto.
Pelo andar da carruagem, a tarefa está prestes a fugir das mãos de esportistas, médicos, parteiras, professores, políticos e outros quetais. Em breve estará nas mãos de um coveiro.
O desrespeitado esporte de Santo André não vai sentir um pingo de saudade de Aidan Ravin e Carlos Grana. A bola está com Paulinho Serra. E jogo não se ganha só no gogó.
O Esporte não reivindica prioridade; só clama para ser tratado com dignidade.
domingo, 11 de dezembro de 2016
Um deserto, uma obra de arte
São Paulo, Santiago, Chile
Um avião, um aeroporto
Calama. Clima muito seco
Pick ups vermelhas
Mais uma hora de asfalto
Nada visto do alto
Energia eólica captada
Pedras sobre pedras
Um retão sem fim
Um mundo sem capim
Um morro sem jasmim
Um deserto só para mim
Eis que surge San Pedro
Um verde, enfim
Um pequeno oásis
Um belo jardim
Cidade pequena
Rio solitário
Terra batida, campo minado
Adobe no quintal
Uma casa impecável
Gente como a gente
Um francês nota 10
Uma doce atacamenha
Um queijo, um vinho
Um pão quente, um regalo
Croissant de dar água na boca
Uma saudade cortante
Uma deusa, uma foto
Uma lágrima, uma lembrança
Filhos, netos, sorrisos
Paixões infinitas
Sol é abundante
Chuva é raridade
Estrelas incontáveis
Lua cheia na janela
Beleza encantadora
Arrebata; tira o fôlego
Céu azul é redundância
Esculturas em abundância
Vale de la Luna
Uma obra de arte
Vale de la Muerte
Paisagem de marte
Vento cortante
Por do sol paralisante
Superlua empolgante
Vulcão de todos nós
Licancabur é infinito
É do povo de cima
Lascar é o pai de todos
Língua (cortada) de fogo
Altitude assusta
Mas não faz refugar
Vamos respeitar
E escalar sem medo
Antes, vamos aplaudir
Lagunas, gelo e dunas
Vulcões, cerros e salares
Gêiseres, termas e cavernas
Um quadro perfeito
Pintores sem pincéis
Formas e contrastes sem anéis
Olhar divino, sobrenatural
Sim, tem o dedo de Deus
Obra do sol e do vento
Sim, aquilo já foi mar
Impossível não chorar
Cores e magia
Contos e encantos
Em cada ponto
Em cada canto
Cume e cratera
Desafio e conquista
Horizonte a perder de vista
Abraços. Promessa cumprida
De repente, parei
Orei, agradeci e pensei
Tudo que vi antes...
Rabisco, mero rascunho
Ali, na aridez do Atacama,
Nos relevos lunares
Quintal de lhamas e flamingos
Natureza passada a limpo
Colírio para olhos
Beijo no coração
Afago na alma
Mundo inesquecível
Deserto! Oásis!
Pintura! Miragem!
Paraíso! Gratidão!!!
Obrigado senhor
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Vulcão Lascar, expedição 230-A
Com direito a deserto esculpido por deuses, montanhas altíssimas, vulcão ativo, lagunas "flutuantes", asfalto, ripio, vicunhas, lhamas, lobos, flamingos,geysers, águas termais, nevados, vinícolas, neve, caverna, estrelas, gelo, muito calor, muito frio, muito vento e muito vinho -- bom e barato..
Falar do céu sempre azul e da beleza inigualável do por do sol no deserto do Atacama é redundância. E a superlua cheia brotando ao lado do Vulcão Licancabur? Inesquecível!
Pra fechar com chave e susto de ouro, no domingo, dia 20, 18h, um terremoto de 6.4º na escala Richter, na Argentina. Portanto, aventura e emoção pra dar e vender.
Um dos pontos altos da viagem foi a ascensão do temido Vulcão Lascar, a 150km da pequena San Pedro de Atacama, nosso quartel-general e de onde sua fumarola pode ser vista, especialmente pela manhã.
Mais belo, mais próximo, onipresente, inativo, inofensivo e imponente, o Licancabur (5.950m), "vulcão do povo de cima" exige pelo menos dois dias de atividades intensas. Quem sabe na próxima!
Última erupção mais representativa do Lascar -- língua e fogo ou cortada no dialeto quéchua -- aconteceu em abril de 2006 e sua fumaça chegou ao Brasil. São 5.592m de altitude até o cume. A cratera fumegante, um pouco abaixo, tem 750m de diâmetro e 300m de profundidade.
Depois de quase cinco dias de adaptação ao clima e à altitude, com inúmeros passeios, cansativos mas fabulosos, chegamos ao ponto culminante na sexta-feira, dia 18 de novembro último.
Tudo pronto! Véspera sem exageros alimentares nem alcoólicos. Só chá de coca. Também sem excessos. Não precisa tanto. Cria dependência desnecessária para a maioria.
Roupas adequadas em três camadas sobrepostas, meias especiais, luvas, gorro, bota de trilha, bandana, óculos escuros, soro fisiológico, colírio, protetor solar e sticks pra auxiliar na dura caminhada com aclive bem acentuado. Tubinho de oxigênio ficou na mochila. Sem uso.
Com cara e coragem, companheirismo, bom preparo físico e psicológico, também levamos bastante água, castanhas, chocolates, gel e barrinha de cereais. Tudo sem muito peso na mochila. Consumimos pouco.
Saímos às 7h da manhã do Holiday House Atacama Soleil. Locação da casa do francês nota 10 Phillipe e da doce atacamenha Viviana foi um achado, impecável, inesquecível. Nosso muitíssimo obrigado a ambos.
Com apoio da tecnologia -- GPS, Google Maps, Wikiloc -- nossa Hilux 4x4 vermelha, alugada no aeroporto de Calama, encarou um verdadeiro rali.
Asfalto, terra e depois muito ripio; solavancos intermináveis em costelas até a bela Laguna Lejia, onde entramos à esquerda e atravessamos um trecho de deserto repleto de marcas de pneu.
Mas o mapa de estradas e trilhas foi preciso. Por isso, embora reconheçamos importância e profissionalismo, dispensamos guia e agências, com custos nem sempre ao alcance de todos.
Paramos no sopé do doce monstro, parceiro do Vulcão Águas Calientes (também chamado Simbad), que fica ao lado, é um pouco mais alto ( 5.924m) e gera confusões. Especialmente naquelas lindas fotos de divulgação tiradas ao lado da laguna.
Demos sorte. Céu claro, limpo, frio suportável, pouco vento e trilha bem marcada, em zig-zag. Sinceramente, não havia como errar. Guia não é imprescindível, se estivermos preparados e se o tempo ajudar.
Começamos a maratona às 9h. Inclinação assustadora. Terreno difícil. Arenoso e com pedriscos deslizantes. Passos não rendem. Os pés afundam. Por isso a importância dos bastões de caminhada.
Primeiros 30 minutos são cruciais. Não adianta forçar. Extremamente cansativos. Cheguei a pensar que estava indo para o inferno, não para a cratera. Como dizem que o inferno é pra baixo, continuei subindo. Coração de atleta (veterano) saltitante.
Segredo é subir ao passo, como ensinou nosso guia Amoroso, na travessia Salkantay/ Machu Picchu, Peru. Quase 5 mil metros, ar rarefeito. O bicho pegou! Optei por ditar o ritmo em 80 passos. Subi pra 100, voltei para 80, 60, 50 e cheguei nos 30 no final do primeiro terço do desafio.
Depois, mais adaptado, focado e sempre bem hidratado, optei pelo número mágico: 80 mini passos, descanso estratégico "para ver a linda paisagem", sem sentar, e um pouco de água a cada 15/20 minutos. Foi uma boa. Sobrevivi com certo louvor, sem dores nem temores.
Superados os malditos falsos cumes, segundo e terceiro terços foram engolidos sem tantos transtornos. Confiança, otimismo, nada de incômodos musculares insuperáveis e sem transtornos com a altitude, cada vez mais significativa.
Chegamos à cratera, e não ao inferno, em 2horas e 45min. Cheiro de enxofre não chegou a incomodar tanto. Uma visão extraordinária. Um paraíso repartido com outros dois grupos, com dois guias e mais seis corajosos .
Extenuadas mas recompensadas, Marilene e Angela ficaram na boca da cratera conversando com uma brasileira. Eu e o Milton conversamos, calculamos e encaramos o cume confiantes.
O guia do casal brasileiro falou em mais 50 minutos pra subir e uns 20 pra descer. Subimos em 33min e descemos em 10min. Sem medo, com sticks e pernas mais abertas. E sem freio. Caí de bunda numa pedra mas o Milton nem viu. Por isso não riu.
Mochilas leves nas costas, aceleramos um pouco na descida da cratera, mas não conseguimos alcançar as esposas, que "fugiram" enquanto estávamos no cume, onde gritei, agradeci a Deus e orei junto ao pequeno cruzeiro e uma mini-estação meteorológica -- pelo menos deduzi por causa dos fios.
Contando com a via de emergência -- aquela para caminhões em declives acentuados --, por nós apelidada de "caixa de brita", soltamos os freios. Por sorte, deu tudo certo. Os joelhos operados reclamaram um pouco, mas suportaram com louvor. Sem falar que já tive duas tromboses.
Um tombinho aqui outro ali é inevitável. Faz parte. Mesmo porque, cortamos caminho, agora optando pela trilha em linha reta. Porém, é preciso não querer descansar sentando. E também não se levantar rapidamente quando beijar o chão. Aí a pressão cai e a tontura é inevitável.
Uma hora depois, quando chegamos no carro, as duas já estavam acomodadas. Mesmo porque, eram mais de duas da tarde e o vento cortante agora começava a judiar. Ainda bem que não nos pegou na montanha.
Nariz escorrendo e certa dor de cabeça também compõem o pacote vulcânico por causa da descompressão. Descer muito rápido não é bom negócio. Nem sempre na descida todo santo ajuda.
Cansados, mas extremamente felizes pela conquista, pegamos a estrada de volta. Com a certeza de que o Lascar merece muito respeito mas não é nenhum bicho-de-sete-cabeças.
Um desafio, uma conquista, um abraço. Afinal, somos amigos da montanha.
A vitoriosa expedição 230-A acabava de atingir mais uma meta. Só pra lembrar: somos três aventureiros amadores e sonhadores com 61 anos de idade e um com 47. Na soma, dá 230.
E já estamos pensando na próxima. Assim meus cinco netos poderão ouvir e curtir mais causos e histórias vividas pelo vô babão. Quem sabe as lendas dos quase 7 mil metros do Aconcágua, o topo da América?
Só pra não passar batido: na semana seguinte ao Lascar chegamos bem pertinho de Confluência/ Acampamento Base do Aconcágua na visita ao parque argentino. Ficamos em Penitentes/Puente del Inca, nas barbas do terremoto de San Juan, com epicentro a mais de 100km de profundidade.
Sei que o Aconcágua é muito difícil. Desafio pra pelo menos 15 dias e gente experiente no ramo. Vou amadurecer a ideia. Afinal, nada é impossível enquanto temos a ousadia de sonhar e a coragem de tentar.
domingo, 4 de dezembro de 2016
Grana dá outro calote no Esporte
Todo mundo sabe que a decepcionante administração Grana deve pra meio mundo. Alguns amigos e dependentes de cargos comissionados insistem em fingir que não, mas todos sabem que o pires está na mão.
Fornecedores, prestadores de serviços, funcionários concursados e tantos outros sentem na pele as consequências de quem se fantasiou de gestor público e se esqueceu de que a Prefeitura não é salão de bailes. Tampouco uma Sapucaí.
Vítimas de calote coletivo estão em todas as partes. E o cara ainda queria se reeleger. Chegou ao segundo turno. Pasmem! Por isso levou uma lavada. Uma derrota tão cantada quanto acachapante.
Não porque o jovem eleito Paulinho Serra seja o suprassumo da competência. Nada disso! Deve até discordar, mas ganhou por WO, por absoluta falta de adversário. O poste também levaria.
Então... durante a última semana a Secretaria de Esportes e Lazer anunciou aos mais de 20 supervisores de modalidades representativas da cidade que não pagará os salários de outubro e novembro.
É de cair o queixo! Fico indignado pelas vítimas. Sinto nojo! Papelão hein prefeito! Que merda! Que vergonha! Desprezo ao Esporte e débitos recorrentes vêm de muito tempo, mas agora é a pá-de-cal. Um tapa na cara do cidadão.
Caro senhor, tome um cálice de humildade --- por favor, não confunda a bebida -- e se coloque no lugar de supervisores, técnicos, fisiologistas, roupeiros, massagistas, médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos e atletas.
Prefeito, gente boa, a responsabilidade é sua. Que tal você olhar pra sua família e perguntar se ela se orgulha de tais atos? Faça isso, e se lembre dos dependentes destas pessoas que acreditaram na sua palavra.
Alguns vivem de empréstimos e favores pois já passam necessidade. Não têm como pagar o aluguel, a conta da água, a conta da luz. Tampouco a assistência médica dos filhos.
Senhor Grana, procure no antigo e bom dicionário, na Wikipédia ou no Google o que quer dizer caráter, vergonha, respeito, honradez. Sua atitude mesquinha não encontrará respaldo em nenhuma delas.
Obrigação é sua como autoridade maior, não do próximo prefeito, que, por sinal, andou prometendo mundos e fundos no plano de governo (utopia pura!) e não vai ter como cumprir. Fala muito! E o peixe morre pela boca.
Seja macho, prefeito! Seja decente! Já que não soube administrar e contou com o ovo no uc da galinha ao se imaginar contemplado com gordas verbas federais, tire do seu salário, venda seu carro, sua casa, e honre sua palavra.
Talvez seus amiguinhos políticos -- aqueles santinhos de pau oco que não sabem de nada e sempre tiveram parcerias transparentes com construtoras e empreiteiras -- tenham alguma sobra para os nossos atletas comprarem o almoço ou o pãozinho de amanhã.
Algum deputado ou senador -- independentemente de partido, já que quase todos são estrume de mesmo gado e/ou mamam na mesma teta -- há de ter uma sobrinha na piscina, no colchão ou em paraísos fiscais. Só que nossos representantes não aceitariam dinheiro sujo.
Seu Natal deve ser legal né prefeito? Será que a mesa dos nossos representantes -- aqueles que só são lembrados quando brilham e trazem medalhas -- será tão farta? Será que o Papai Noel será tão generoso com as crianças quanto você foi com pais de família que suaram, choraram e sangraram pela sua/nossa cidade?
Com certeza, caro senhor, não haverá fartura. Nem presentes. Graças à sua incompetência como gestor, à sua negligência na escolha do seu secretariado, ao seu desrespeito com um Esporte de tantas glórias.
Bons tempos! Pirelli, SESI e cia... Hoje a realidade econômico-financeira do País é outra. Naquela época, além de campeões de tudo, nossos atletas eram reconhecidos e respeitados mundialmente, o mês tinha 30/31 dias e eles pagavam seus credores.
Naquele tempo, cara, os homens honravam a palavra dada.