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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

YURI ALBERTO, MINHAS DESCULPAS!

 

Yuri e Garro, flecha e arco


-- Cê tá de brincadeira! Não aguento mais! O centroavante do meu time não consegue dominar uma bola ou fazer um simples pivô.  Precisa treinar fundamento. Erra passes simples  de  cinco metros, dá de canela e conclui como juvenil. O time cria pouco e ele ainda perde gols por chutar mal. Insegurança pura. Pqp!  Não dá, melhor vender, fazer dinheiro. E o cara ainda é chamado pra Seleção. Absurdo!


Desabafo deste corintiano que vos escreve aconteceu há uns 3/4 meses em São José dos Campos, num churrasco na casa da filha Maira. Papo descontraído, regado a cerveja boa com convidados escolhidos a dedo ( rsrs).

Eu e o Chico, também corintiano,  criticamos o Yuri, mas o Marcão não. Marcos Miranda é vizinho da Maira, avô da Rafa e pai do Marco Antonio, ex-armador do São Paulo, além de ter mandado bem em outros clubes como Grêmio, Portuguesa e Santo André.

Memphis, arco e flecha



Diz a lenda que o Marcão, sub-70 que ainda bate uma bolinha três vezes por semana,  jogava mais que o Marquinho, gente finíssima com quem convivemos dias atrás em outro encontro. Dessa vez sem churras e sem truco,  mas com uma costela no tacho deliciosa! Minha nossa!  Salivei!


Pois bem, voltemos a Yuri Alberto. Resposta/opinião do são-paulino Marcão foi massacrante e determinante pra eu mudar de idéia uns dias depois. Afinal, nada melhor do que aprender com quem conhece futebol.  Tem uma visão mais ampla.


-- Raddi, eu discordo de você. Não é por aí! O Yuri Alberto é um bom jogador. Tem  mobilidade, velocidade e sabe fazer gol sim senhor.  Está jogando errado. Esquema não o favorece. Não é centroavante fixo, plantadão lá na área pra fazer pivô. Menino precisa ser lançado, mais aberto,  receber na frente em diagonal ( o famoso facão). Quando isso acontecer ele vai fazer um gol atrás do outro. Pode me cobrar.


Pois é, meu amigo e parceiro de truco, não estou cobrando. Estou agradecendo a lição. Yuri Alberto, que  também mora em São José, desandou a fazer gol com a chegada do argentino Garro e  mais ainda depois do holandês Memphis. Com dois arcos ousados,  inteligentes, técnicos e criativos,  a flecha corintiana  ganhou o veneno dos grandes artilheiros.

Yuri, 26 gols na temporada



Prestem atenção! As palavras do Marcão estão escancaradas, claríssimas, na nova forma de o Coríntians jogar. Apesar da teimosia, das limitações e das invenções de Ramon Diaz e cia. Cada enfiada de bola no ponto futuro é meio gol.


Marcão, de barba branca, com os amigos. Bom apetite!



Valeu, Marcão!  Aprendi! Somos parceiros, mas truquei com um  mero sete-de-ouro e você pregou o zape na minha testa. Bora tomar mais uma! Com minhas sinceras desculpas a Yuri Alberto!