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quinta-feira, 3 de março de 2016

Outra lorota da administração Grana

Garanto que minha intenção não é ficar pegando no pé deste ou daquele político. Tampouco tenho ou pretendo ter qualquer vínculo partidário. Quero distância de todos. Me provocam urticária. Quanto não, nojo.

Porém, não consigo ficar calado quando o Poder Público insiste em não assumir a responsabilidade. Quando prefere mentir, abusando da boa-fé dos cidadãos comuns. Aqueles que pagam impostos religiosamente e não dependem de amigos camaradas.

Palavra do leitor da edição de ontem do Diário do Grande ABC traz resposta (?) da Prefeitura à leitora Thelma Ribeiro, que no dia 29 reclamou da falta de segurança no Parque Antônio Fláquer, o antigo Jardim Tamoio, ali no Ipiranguinha.

Por meio da Secretaria de Segurança Urbana e Comunitária, a administração Carlos Grana esclarece (?) que mantém patrulhamento no parque todos os dias, com rondas dentro e fora (?) do próprio municipal.

Informa (?) ainda, que, por meio de concurso público,  está em fase de contratação de novos guardas civis municipais para repor efetivo perdido com aposentadorias nos últimos anos.

Caro prefeito, mais uma vez seu secretariado não assume,  falta com a verdade. Como capitão, você é o maior responsável. Isso mesmo! A resposta do seu  "homem de confiança" é mentirosa. Pura lorota. Passa longe da realidade. O que, cá entre nós, torcedores do Corinthians, não é novidade.

Fico muito à vontade pra discordar e desafiá-los a provar que estou errado. Frequento com assiduidade pelo menos quatro dos nossos principais parques - Celso Daniel, Central, Regional e Antônio Flaquer.

Nenhum deles é seguro. Em todos falta efetivo e sobra incompetência administrativa no quesito segurança.  Salvo raríssimas e honrosas exceções, muitos dos nossos GCMs ganham mal, são preguiçosos, descompromissados e carecem de liderança digna de respeito.

No pequenino e charmoso Jardim Tamoio não é diferente. Corro e caminho ali pelo menos cinco vezes por semana. Às vezes, no mesmo dia, corro ali e no Central. Quando cismo, no final de semana, faço o tour dos quatro parques -- cerca de 20km.

Portanto, sem medo de errar: a resposta não passa de enganação deslavada, de conversa mole pra boi dormir. Talvez a escola federal/partidária esteja a ditar cátedra. Bela cartilha! Se colar... Não cola.

Como no Regional (Jaçatuba), ali não existem GCMs fixos, quando o ideal seria presença permanente e atuante. Em todos.  Quando muito, em ano bissexto -- dia 29 de fevereiro -- , eles passam pra dar uma olhadinha. Sem ao menos descer da viatura. Dão uma volta bem devagarinho e caem fora.

E olha que ali já aconteceram furtos, brigas e até violência sexual. Pra quem não se lembra, cito aquele senhorzinho com cara de santo que fazia carrinhos de pet mas  há pouco tempo abusou de crianças no antigo banheiro.

Todos os dias, pelo cinco homens e uma mulher -- possivelmente moradores de rua -- fazem do jardim um parque de diversões, uma casa de sogra,  um boteco particular. Brigam, quebram lixeiras, enchem a cara, perturbam e ameaçam usuários -- inclusive professores e alunos da  própria Prefeitura.

Outro dia, ainda nesta semana, um deles me pediu dinheiro pra comprar cachaça, enquanto a mulher, sem o mínimo pudor, ajeitava-se num cantinho. Sim, até mesmo necessidades fisiológicas os bebuns -- acho, mas não posso garantir se rola droga --  fazem ali ao lado do palco, colado no espaço de ensaios da banda lira. 

Por falar em banda lira, parece que o maestro continua mandando no espaço. Seu veículo Fiesta -- ou seria Celta? --  tem lugar cativo. Acho até que o maestro mora ali ilegalmente. A lei permite isso, senhor prefeito?

Voltando à falta de segurança. Nas raríssimas ocasiões em que dão as caras, nunca a pé,  os agentes públicos não fazem absolutamente nada para coibir a bebedeira e os abusos em local público. Não fere a letra da lei, senhor prefeito?

Como escreveu a leitora, às vezes há necessidade de intervenção dos próprios usuários, já que nossas autoridades preferem o exercício do faz-de-conta. Como complemento, como resposta, um desfile de mentiras e desculpas esfarrapadas.

Desculpas tão descabidas quanto afirmar, na edição de hoje,  que os entulhos da antiga favela Gamboa são mantidos no local "para evitar invasões". Ridículo! Temos cara de trouxas?

Falta atitude de gente grande. Por isso  o Poder Público se apequena. Além de usuários de droga,  bandidos, lixo e entulho, garanto que ali existem ratos, baratas e até o mosquito maldito. E só vai piorar, porque o espaço pode estar contaminado.

Com um pouco de boa vontade, bem que a AES/Eletropaulo, dona do terreno por onde passam suas torres de transmissão, poderia ajudar a população do entorno e os frequentadores do Parque Central.



2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Sim. Com raríssimas exceções, farinha do mesmo saco. Independentemente de coloração partidária.

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