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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Azulão: viola no saco!

Teoricamente, sete clubes lutam desesperadamente para fugir do rebaixamento à Série C do Brasileiro.  Como o ASA já era, restam três cativas nas numeradas do inferno.

Restam apenas oito rodadas. Portanto, 24 pontos a serem disputados pela maioria. A situação não é nada cômoda para os maiores candidatos à degola. Entre eles o São Caetano.

O 13º colocado é o  Guaratinguetá, com 36 pontos ganhos, 10 vitórias, déficit de 8 gols e aproveitamento de 40%; 14º -- América de Natal (36PG, 9V, -9D e 40%AP; 15º -- Oeste (36, 9, -12 e 40%) e 16º -- ABC (35, 10, -12 e 40,2%).

Hoje, os quatro rebaixados seriam: 17º -- Atlético Goianiense (30PG, 8V, -8D e 34,5%AP); 18º -- Payssandu (29, 7, -13 e 33,3%); 19º -- São Caetano (27, 7, -11 e 30%) e 20º -- ASA (23, 7, -32 e 25,6%). Detalhe importante: Atlético Goianiense, ABC e Payssandu realizaram um jogo a menos.

No caso,  infelizmente para o futebol profissional do Grande ABC, os números são indesmentíveis. Situação do Azulão, que já foi campeão paulista, duas vezes vice nacional e uma continental, é  praticamente irreversível. Filme em cartaz, na cidade: À espera de um milagre.

Lógico que a frieza da matemática ainda lhe reserva um fio de esperança. Nada além pra quem em 30 jogos (90 pontos em disputa) ganhou apenas 27 pontos (30%).  Ridículo! Agora, calculo que precise de mais 16. Esquece!

Fio de esperança começa a se corroer quando se observam um emocional abalado e  uma tabela com uma sequência imediata de quatro jogos complicadíssimos. A começar, em casa,  pelo ascendente Icasa, quinto colocado com 47 pontos ganhos.

Depois o Azulão pega o líder e provável campeão Palmeiras (fora) e em seguida, no Recife, enfrenta o forte mas instável Sport, que está em terceiro e briga por uma das duas vagas restantes.

Segunda colocada, a Chapecoense também não perde a vaga. Para completar a quadra, o São Caetano recebe o  (em evolução) América Mineiro, sétimo colocado e  ainda sonhando com o acesso. Bady, armador do São Bernardo, é um dos destaques do time mineiro.

Como se não bastassem os números, sejamos diretos, claros, em momento algum do campeonato o Azulão passou firmeza, segurança. Em 30 jogos, abusou de exercitar a instabilidade. Desempenho pífio! Acreditar, agora, como?

Pra ser sincero, Azulão sempre foi respeitado pelo poder, pelo histórico e pelas individualidades, mas atropelado como conjunto, como time. Não importa se nas mãos de Marcelo Veiga, Sérgio Guedes ou agora Pintado.

Ontem, em Natal, diante de um ABC desfalcado, foi um amontoado. Apostou no defensivismo com três volantes (4-3-2-1 com variação para o 4-3-1-2) e numa única, lotérica, bola de contra-ataque. Pouco, quase nada,  pra quem está entre uma cruz e três espadas. Deu com os burros n'água.

São Caetano chegou a equilibrar o jogo só no segundo terço do primeiro tempo. Só! Wilson Júnior, goleiro emprestado pelo São Bernardo, foi mero espectador.  Mesmo limitado defensivamente, porém ousado e veloz com a bola nos pés, o ABC foi superior e mereceu os 2 a 0.

Quer saber? Ao Azulão resta enfiar a viola no saco e pegar o caminho da roça. Não sem antes parar para pensar e avaliar com rigor a abissal queda de performance. Em 2012, ficou a um passo da Série A; em 2013, está a um palmo da C.

Não revelou, mas trocou, dispensou e contratou jogadores. Nada de resultado! Enfileirou treinadores com competência indiscutível. E nada mudou! Quem sabe já não tenha passado da hora de mexer no comando, na presidência?  Antes que morra!

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