Ninguém pode tirar os méritos de Felipão como técnico de futebol. Vitorioso no Sul, no Palmeiras, na Seleção Brasileira e -- por que não? -- na de Portugal.
A última conquista importante do treinador -- a quem considero limitado taticamente e ultrapassado -- foi o título da Copa das Confederações, com vitória indiscutível sobre a Espanha campeã do mundo.
Nem por isso o gaúcho está imune a erros, a críticas e a vexames. As últimas: convocou o nada convincente e recém-lesionado Júlio César antes da hora, caiu na pegadinha dos espanhóis e entregou de bandeja a convocação antecipada do artilheiro Diego Costa.
Como se não bastasse, agora se acha no direito de falar pelos cotovelos em vez de simplesmente entender e respeitar a opção do jogador. " Deu as costas para um sonho de milhões de brasileiros. Está desconvocado".
Diego não é o primeiro nem será o último a abrir mão da Seleção Brasileira. Até hoje, mais de 60 jogadores brasileiros optaram por outras bandeiras. Mazzola, Vagner Lopes, Kurani, Donato, Eduardo da Silva, Marcos Sena, Deco, Liédson e tantos outros. E daí?
O jovem sergipano faz sucesso no Atlético de Madrid, tem dupla cidadania e, por gratidão e por palavra anteriormente empenhada, fez a escolha que entendeu como correta. Não disse não por dizer. Entendo que acertou ao optar pela Espanha. Deve ser respeitado. Nada mais! Bola pra frente!
Se vier ao Brasil e disputar mesmo a Copa do Mundo pela Espanha, que Diego Costa seja feliz. Se espanhóis e brasileiros se encontrarem, que o artilheiro faça o melhor pela camisa que escolheu. Se fizer gol, é direito seu vibrar. Qual o problema?
Luiz Felipe Scolari tem outras opções. Na pegadinha, disse que Fred é a primeira e Diego seria a segunda. Quanta babaquice de alguém tão rodado e ainda -- para alguns -- entre os melhores do mundo.
E agora, como ficam os candidatos em potencial, protegidos ou esquecidos como Jô, Luís Fabiano, Leandro Damião, Pato (?) e outros? Felipão tem mais é que deixar de falar besteira. Que se limite a dirigir da melhor forma possível a Seleção Brasileira.
Outro que falou o que não devia -- o que não é novidade -- foi o presidente da CBF. José Maria Marin chegou a garantir lutaria para ter o artilheiro mas depois mudou o discurso, " pensando no futuro e para proteger o futebol brasileiro de países com futebol fraco mas dinheiro para garimpar jogadores brasileiros".
Esse senhor deve estar Gagá! Dizem, até, que o cartola queria pedir interferência governamental para que Diego Costa perdesse da dupla cidadania. Nem sei se isso é possível. Mas sei que é tão abusivo quanto absurdo.
Além de ir contra a recém-anunciada desconvocação por Felipão, com a anuência de Parreira, Marin quer mostrar os tentáculos do poder. Ridículo! Todos se julgam donos da Seleção Brasileira e não respeitam a opinião nem mesmo de jogadores.
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