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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A rica S. Caetano não paga professores. Vergonha!

O Diário do Grande ABC só noticiou hoje, mas  a informação é velha. Tem no mínimo um ano. É  requentada. E com tratamento editorial parcial, bem diferente do que se viu quando o mesmo aconteceu em Santo André.

Jornalisticamente, inadmissível! Vergonhoso! Mas bem fácil de se entender quando rapidamente vem à lembrança o fato de o dono do DGABC (Ronan Maria Pinto) desfilar como amigo íntimo do prefeito Carlos Grana.

Nada mais que interesses pessoais, políticos e empresariais a sepultar responsabilidades profissionais. Um jogo sujo, nojento. Quem quiser, que faça parte da corriola. Afinal, a  província é assim mesmo.

Como já escrevi, o esporte da rica São Caetano já não é o mesmo dos tempos de Valter Figueira Júnior e Mauro Chekin. Independentemente de fazerem ou não política. Mas o esporte andava e era tido como exemplar.

Ultimamente, orçamento pela metade e comprometimento do poder público com o esporte se apequenaram. Tudo rasante, do tamanho do respeito e da competência dos nossos homens públicos.

Negociatas político-partidárias em São Caetano não incluem capacidade técnica nem gerencial. Quem assumiu a diretoria/secretaria nos últimos anos não é do ramo. Simples moeda de troca. Cargos compensatórios!

Por isso a manchete (São Caetano não paga salários de professores e natação tem aula suspensa) de uma das páginas de esporte do DGABC de hoje não surpreende. Só envergonha! E entristece!

Prefeito Paulo Pinheiro deve admirar o que aconteceu (e ainda acontece, em parte) na vizinha Santo André. Deve sentir inveja de Aidan Ravin ( o prefeitão inimigo do esporte) e Carlos Grana, que em um ano de mandato pouco fez  e agora faz mil promessas. É ver pra crer! E checar de onde vem e pra onde vai a verba estipulada.

Já o secretário Éder Xavier -- se é que já não caiu -- deve ter Marta OK Sobral como exemplo. Nada de comprometimento, zero de conhecimento. Além do que, não é do ramo e mente descaradamente.

O cara, cujo bom salário certamente está em dia,  ainda vem às páginas do jornal para dar desculpas esfarrapadas e dizer que não pode regularizar os pagamentos porque os professores não têm vínculo com a Prefeitura. Conversa fiada. Há inúmeras alternativas pra quem quer mesmo pagar.

Não sabe nada! É político. Não é esportista. Por isso mete o pé pelas mãos. Se sabe, por que não tomou providências lá atrás?  O débito com várias modalidades, incluindo técnicos e atletas -- supera a casa dos R$ 2 milhões.

Detentora do melhor IDH -- Índice de Desenvolvimento Humano -- do Brasil e ex-multicampeã de Jogos Abertos e Regionais, hoje, a São Caetano que já nos orgulhou, é uma vergonha. Vergonha!!!

Não só no esporte como na política e na saúde. Pena que ninguém fale, ninguém investigue a fundo. Dá a impressão de que o caos é maquiado pelos índices e pelos donos do poder.

Mesmo que a Prefeitura honre seus compromissos ainda hoje, a página da história trará a palavra vergonha em letras garrafais.

Culpa do prefeito, culpa do secretário, que já deveria estar no olho da rua. Há dois anos dos Jogos Olímpicos, São Caetano mostra como não fazer esporte ao desrespeitar inclusive um campeão comoo ginasta de ouro  Arthur Zanetti.

Santo André, que um dia também foi campeã e exemplar, hoje não pode nem dar risada do vizinho caloteiro. Parece querer acordar, mas ainda está longe do ideal. Engana muito e faz pouco, de fato.

Por enquanto, São Bernardo se salva. É a bola da vez, papa títulos e parece honrar seus compromissos financeiros. Não sei até quando, já que o excesso de política no esporte também não cheira bem.

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