Caro leitor, acredite se quiser: aulas de natação do Nanasa para pessoas com deficiência ainda não começaram. Nem têm data pra início em 2015. E já estamos na metade de abril.
O Nanasa -- Núcleo de Apoio à Natação Adaptada de Santo André -- é responsabilidade de uma Prefeitura irresponsável . Ao menos com os 120 alunos deficientes. Antes eram 240 e a fila de inscritos à espera de vaga é enorme.
Uma vergonha prestes a se tornar vitalícia, como já escrevi. Há cerca de 15 dias, mais uma vez, os homens públicos -- leia-se Secretaria de Educação -- assumiram o compromisso de bancar o programa criado há 12 anos pelo antigo Departamento de Esportes, hoje Secretaria de Esporte e Lazer.
No entanto, até agora, nada aconteceu. Hoje coordenadora do programa, a Acide -- Associação pela Cidadania das Pessoas com Deficiência -- já entregou a documentação exigida, mas o Poder Público ainda não se manifestou oficialmente.
Impressão é de que estão, de novo, querendo empurrar com a barriga. O que não é novidade nos últimos anos. Se não ao menos receberiam o pessoal da Acide.
Em 2014, quando nossos alunos também ficaram por muito tempo a ver navios, a Prefeitura prometeu incluir a verba de aproximadamente R$ 700 mil no orçamento de 2015. Mas não cumpriu. Por isso as aulas ainda não começaram.
Como a resolução do problema é pra ontem, o amanhã acaba por ficar distante. Tão distante quanto perigoso, já que paciência tem limite. E a paciência dos dirigentes da Acide e demais pais de alunos com deficiência está por um fio. É uma bomba relógio prestes a explodir.
Existe, até, possibilidade real de manifestação pública contestando a falta de atitude e de comprometimento do governo municipal com causa tão nobre.
Basta de mentiras! Basta de desrespeito! Se o prefeito Carlos Grana não acordar, se não agir com firmeza, coerência e rapidez para solucionar o problema, a coisa vai ficar preta.
Não sem razão, já que a verba não é nada de excepcional. Embora o prefeito reclame da redução do orçamento, os valores são irrisórios diante da envergadura do programa.
É um segmento da sociedade que merece prioridade. Ou será que a ciclofaixa implantada em fevereiro é muito mais importante que a natação. O Nanasa não é apenas esporte; é, acima de tudo, sinônimo de inserção social.
A conta não é tão difícil. Se a Prefeitura prevê direcionar cerca de até R$ 5 milhões anuais ao ciclismo, por que não pode investir a sétima parte nos deficientes? Não estou a descartar a importância da ciclofaixa. É só um exemplo!
Nas matérias festivas e nada jornalísticas em comemoração aos 462 anos da cidade o prefeito garante que já cumpriu metade do planejado e assumido em setembro de 2012. Mas será que, ao menos como penduricalho, as pessoas com deficiência fazem parte dos oito eixos do seu plano de governo?
É bom lembrar que a reforma ~e modernização do Estádio Bruno José Daniel, a casa do EC Santo André, está no plano de governo e as obras estão em andamento. Independentemente de parcerias e verbas estaduais e/ou federais. E para os deficientes nada?
Lamentavelmente, nem atitude, nem atenção. Muito menos uma merreca orçamentária.Tampouco honradez para cumprir a prometido. Por que é tão difícil para nossos governantes honrar a palavra dada?
Só pra completar: a culpa não é apenas do Poder Executivo. Onde estão nossos nobres vereadores que não se posicionam, não fazem nada de concreto para ao menos minimizar o transtorno? E os nossos grandes empresários, potenciais patrocinadores? Quanta omissão! De todos.
DE PRIMEIRA
*** Circulação de guardas municipais no Parque Central melhorou mas ainda deixa a desejar. De vez em quando, utilizam a viatura para um rápido passeio. Ontem, por volta das 11h, mais uma vez o veículo desfilou dentro do parquinho, onde havia inúmeras crianças. Aturar cachorro já incomoda. Imagine uma viatura. Cadê o chefe da GCM?
*** Por falar em Parque Central, descuido com lagos e peixes continua flagrante. Especialmente com os lagos menores, na parte superior. Sujeira toma conta de tudo. Por onde anda o nosso Depav?. E o supersecretário da área?
*** Por falar em Secretaria de Mobilidade Urbana e Obras e Serviços Públicos o trânsito de mão dupla no final da Visconde de Mauá, na vila Assunção, tráfego é intenso e pesado nos três horários de pico. Sem falar na velocidade de ônibus conduzidos por motoristas irresponsáveis. Basta conferir e avaliar! Por que não mão única?
*** Outra sobre mobilidade: permissão de estacionamento para clientes de farmácia e loja de produtos ortopédicos no final da Guilherme Marconi fere a inteligência de pobres mortais. Não é possível que o afunilamento aconteça apenas por pura teimosia do Departamento de Engenharia de Tráfego. Ou seria por determinações superiores, como na administração Aidan Ravin?
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Bom dia meu amigo!!!! e por falar em descaso com a cidade... e as calçadas já precárias que estão sendo tomadas pelo mato? andamos entre buracos e mato...fora o lixo acumulado... que fazer?
ResponderExcluirCara Rosana, concordo plenamente. Vamos continuar botando a boca no trombone. Sem dó nem parcialidade.
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