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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Eurocopa sem favoritos nas semifinais

Semifinais da Eurocopa acontecem nesta semana. Na quarta-feira Portugal enfrenta o País de Gales. Na quinta, Alemanha x França.  Não há favoritismo.

A seleção portuguesa tem no craque mascarado seu principal trunfo. Ou alguém duvida de que Cristiano Ronaldo seja um "perna" sem concorrência?  Um poço de vaidade e egocentrismo num esporte coletivo.

Do outro lado, seu companheiro de Real Madrid. Bale tem se destacado sem abusar a individualidade. País de Gales é mais forte como time; tem mais determinação, conjunto e agrupamento tático. 

Portugal é limitadíssimo. Tanto que até agora não ganhou de ninguém no tempo regulamentar. Como futebol prega peças, não há como garantir que não chegará à decisão.

Já no jogo de quinta a campeã mundial, aquela dos 7 a 1, vai encarar uma pedreira. Conforme esperado, a França atropelou a Islândia, o xodó da Eurocopa. Minha torcida não adiantou. Diferença técnica é quilométrica.

Já a Alemanha de Neuer passou pela Itália de Buffon nos pênaltis. Um joguinho,  com excesso de respeito. Superioridade dos sistemas defensivos merece ser lembrada; não exaltada. Especialmente no primeiro tempo.

Duro foi ouvir de Neto, comentarista da Band: " Um jogão. Uma aula de futebol". O ex-jogador do Corinthians, protagonista no primeiro título brasileiro, em 90, tá de "brincadeira". Viu outro jogo.

Comentarista exagerou na valorização do produto futebol,   mas mentiu, tentou iludir o telespectador, esquecendo-se ou ignorando as inúmeras valências que determinam se uma partida é boa ou ruim. Dois chutes a gol em 45 minutos e nenhuma emoção.

Minimamente, os donos de oito títulos mundiais deveriam ter competência para criar, para ousar. Briga de cachorro grande, sim. Mas covardes. Exercitaram o respeito mútuo, mas desrespeitaram o amante do futebol.

Jogo de ontem, entre Corinthians e Flamengo,  pelo Brasileiro, foi muito melhor.  No primeiro tempo o campeão não se acovardou, mas também não foi pra cima. Nem jogou.  Por pura incapacidade.

Além disso, e de não criar, o Timão  marcou mal, deu espaços generosos em todos os setores, principalmente entre as intermediárias, e foi dominado. Levou um baile.

Só que Cássio finalmente voltou aos seus melhores dias e salvou. Numa das ocasiões, já no segundo tempo, fez grande de defesa em chute de William Arão, revelado no Corinthians.

Depois disso, no entanto, só deu Romero e cia. O Flamengo não teve competência técnica, tática e emocional. Mais parecia um time  juvenil feminino nos Jogos Escolares. Desarticulado, atônito,  foi a nocaute e tomou de quatro.

Voltando à Eurocopa. Não aponto  favoritismo, mas gostaria de ver País de Gales e França na final. Como prêmio.  

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