Seguidores

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Seis gols e um maluco

Santo André e Santos protagonizaram um duelo de gente grande, com todos os ingredientes de um jogo histórico.

Quem foi ao Bruno Daniel saiu satisfeito. Especialmente o torcedor do Ramalhão. Três vezes em desvantagem, três vezes o time do ex-goleiro Sérgio Guedes foi buscar o empate.

Exceção ao início do segundo tempo, quando a marcação pegajosa prevaleceu, o ritmo foi alucinante. Não bastassem os seis gols, o jogo foi franco do começo ao fim. E não seria surpresa se pintasse um 4 a 3 nos acréscimos, quando Kléber Pereira cabeceou na trave e Ricardo Goulart falhou no último toque.

Pelas circunstâncias, com um jogador a mais por pelo menos 25 minutos -- Nunes sofreu pênalti, perdeu a cabeça, reclamou, xingou e levou o cartão vermelho --, o Santos saiu com o amargo sabor de derrota. Foi mais presente, mas não tão efetivo e cortante.

Porém, nem deve reclamar, porque o juizão poderia ter dado os pênaltis do maluco Fábio Costa no limitado Gustavo Nery -- substituído por um Arthur muito mais atuante e incisivo -- e do decepcionante Fabiano Eller no sempre perigoso e nada santinho Nunes.

Fábio Costa merece inclusive uma atenção redobrada do já instituido quinto árbitro, o Tribunal de Justiça Desportiva. O "árbitro" da TV pega no pé de Ronaldo por causa de um puxãozinho de cabelo ( antes foi pênalti), pune Diego Souza por um carrinho normal e ameaça Kléber por provocar ligeiro deslocamento de ar ao assoprar a orelha do zagueirão. Estão de brincadeira com o futebol, um esporte de contato que pode perder a graça devido aos exageros.

Então, por que não punir as corriqueiras saídas maldosas e insanas do bom Fábio Costa, que no primeiro tempo fez uma defesa excepcional, à Gordon Banks na Copa de 70? Há muito tempo as entradas do maluco são dignas de BO, de sanatório. Ou seria de sanitário? Mesmo porque, não sei o que o moço tem na cabeça. Dizem que goleiro é louco ou veado. Acho que ninguém tem dúvida...

Quanto à entrada que deu em Nunes, fico com um pé atrás, pois a folha corrida do ex-menino de Caieiras também não é das mais limpas. Ali, ninguém estava à frente de um anjo. Pelo contrário.
São dois matadores profissionais. Ninguém tirou o pé.

Um jogo com polêmicas, violência, expulsão, seis gols, muita emoção e nenhuma covardia. Por isso o futebol é tão apaixonante. Santo André e Santos merecem aplausos. Ambos deveriam ganhar três pontos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário