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sábado, 25 de junho de 2011

Pelos parques da vida

Quer dizer que, do alto de um belo prédio, o garotão de classe alta pega uma espinguarda de chumbinho e resolve brincar de tiro ao alvo com as crianças que se divertiam no Jardim Tamoio, aqui no Ipiranguinha?

Quer dizer que o universitário de 19 anos, provavelmente tão rico quanto imbecil, se julga no direito de mentir discaradamente ao justificar que atirou na direção de obras (inexistentes) e não teve intenção de acertar as crianças?

Quer dizer que o futuro advogado (irresponsável) tem um verdadeiro arsenal no apartamento? Portanto, bem credenciado como potencial futuro assassino pelas esquinas da vida. Pelos cinemas de vida. Pelas escolas de Realengo da vida.

E pensar que estamos no centro de uma das cidades mais desenvolvidas do País!Teoricamente, com cuidados maiores e riscos menores.

E pensar que por ali circulam milhares de pessoas que num futuro bem próximo poderiam muito bem estar na mira de armas mais potentes, capazes de matar.

Se é que os próprios pais não são frequentadores da hoje mal-cuidada pista de caminhada. Como eu.

Se é que os irmãos menores -- se é que os tem -- não admiram o mesmo chafariz ou brincam no parquinho. Ao lado do meu neto.

Resta saber se o garotão será reeducado, investigado a fundo e punido. A estas horas, é possível que já esteja fora da prisão.

Mas... e amanhã? Será que nossos olhares estarão voltados para o "atirador de elite", entrincheirado no alto de uma sacada?


E A FIGUEIRA CENTENÁRIA SOBREVIVE


Informações veiculadas em jornais andreenses dão conta de que a figueira centenária fincada no Parque Celso Daniel vai ser preservada. Amputada, mas preservada como símbolo de respeito à história e ao meio-ambiente.

A "figueira assassina" chegou a ter a pena de morte decretada pelos responsáveis pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos, mas no início da semana o Condephasa votou pela sobrevida de quem não tem mais forças para deixar a UTI.

Mesmo sobrando praticamente só o tronco, decisão do conselho parece acertada. A morte da aposentada, vítima da queda de um grande galho, há mais de dois meses, não pode entrar na conta da árvore histórica.

Independentemente de partidos políticos, as responsabilidades devem ser creditadas ao Poder Público, que há mais de uma década empurra os cuidados e a decisão com a barriga da incompetência.


E O MURO CONTINUA NO CHÃO

Há mais de 100 dias, a tempestade que desabou sobre o Grande ABC provocou estragos significativos. Um deles foi a queda de um muro junto ao portão de acesso Javaés, do Parque Central.

O detalhe é que até o hoje a Municipalidade não se dignou a reerguer ou exigir que o proprietário do terreno reergua o muro.

Além de facilitar o acesso em horários em que o parque está fechado -- existem vários outros, ao lado da favela, principalmente -- com parte do muro no chão ficou fácil para que consumidores de drogas façam uso do cantinho estratégico.

Sem interferência dos responsáveis pela segurança. A atitude da Guarda Civil Municipal e da PM tem melhorado, mas alguns agentes públicos ainda ficam muito tempo entocados.

P.s.: ainda sobre o PC, mas ocorrido na quarta-feira à tarde, quando eu lá estava com meu neto, o Victor, a treinar cambalhotas no gramado recém-aparado. Um caminhão amarelo, da Prefeitura, com número 526 (?), trafegava em velocidade incompatível com o local. Pura irresponsabilidade de quem deveria dar exemplo.

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