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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Podres poderes. Padrão FIFA!

Ex-presidente e vice da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin é um dos oito dirigentes da FIFA presos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Belo gol do FBI em gramados suíços.

Justificativas para as prisões são conhecidas do submundo do futebol há pelo menos 30 anos. Três décadas de suborno, corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça... Fatos, portanto,  não surpreendem! Enojam! Envergonham!

Prisões e outros indiciamentos soam como alento, como esperança de transparência, fiscalização e punições exemplares em prol de um esporte tão apaixonante em campo quanto frágil na pirâmide de entidades que o comandam.

A casa caiu! A ponta do iceberg deu as caras!  As algemas serão insuficientes! Sim; não vai ter pra todo mundo que faz do poder um reino encantado, enfeitiçado. E podre!

Um reino de negociatas! Um império em ruínas! Um castelo de podres poderes. Compadrio à luz do dia! Com a cumplicidade, com a conivência, de confederações, de federações e de clubes.

Salvo raríssimas e honrosas exceções, todos os mandatários de entidades afins sonham com o bezerro de ouro. Todos vivem de olho na melhor teta da vaca  leiteira. Modéstia a parte, conheço e sei distinguir o leite. Escrevo sobre o assunto, com a mesma opinião, há pelo menos 30 anos.

João Havelange que ama Joseph Blatter ( se eleição houver, ele tenta amanhã o quinto mandato), que ama Nicolás Leoz, que ama Ricardo Teixeira, que ama José Maria Marin, que ama o senhor ostentação Marco Pólo del Nero, que ama Reinaldo Carneiro Bastos (FPF) e todos os outros mandatários de federações nacionais que o elegeram.

Porém, se apertarem o torniquete, ninguém ama ninguém de verdade. Todos vão fugir da raia. E alguém vai  mandar retirar o nome do acusado da fachada da sede. Ridículo!!!

A culpa vai ser do outro, do antecessor. Se bobear, ninguém sabe de nada ou não conhece o malfeitor da vez. Ou alguém ainda pensa que tal prerrogativa é exclusividade de político? Se bem que Marin, ex-jogador do São Paulo,  conhece os dois caminhos. Desde os tempos da ditadura.

Em comum, assim como acontece com outros esportes de ponta, todos têm poder ilimitado, abuso escamoteado e sonhos dourados. Aí está o pulo do gato: abusar, deitar e rolar. Sem abuso o poder fica sem graça para a maioria. Faz sentir saudade de quando "ladrão" era apenas o pobre juiz.

Quase todos os dirigentes de entidades milionárias, das quais se locupletam, são ricos, exibicionistas, narcisistas,  corporativistas, egocêntricos, centralizadores, falsos democratas,  ditadores, vaidosos, irônicos, cínicos, dissimulados, prepotentes... Também adoram presentear e exibir namoradas novas, bonitas e gostosas.

Tudo farinha do mesmo saco! FIFA, Conmebol, Concacaf, CBF, FPF... Se investigarem a fundo,  confederações e federações de outras modalidades vão descobrir que a "qualidade" da farinha também é a mesma.

Lá também existem inúmeros velhinhos com desvio de caráter. Nos subterrâneos do vôlei, do basquete, do handebol, do judô, do boxe, do futsal, do  tênis...  Pura lama! Esgoto a céu aberto!

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