Gostei muito do handebol mostrado pelas meninas do técnico Rubens Piazza na primeira partida da decisão do Campeonato Paulista.
Apesar da derrota por um gol de diferença -- 24 a 23 --, diante da Metodista/São Bernardo, a equipe de Santo André mostrou personalidade, consistência e volume de jogo que há muito tempo não se via.
Pode parecer exagero, mas nos últimos anos o handebol feminino de Santo André nunca me pareceu tão forte, tão estruturado, tão senhor de si e consciente dentro de quadra.
No primeiro tempo do jogo de sábado no Baetão prevaleceu o equilíbrio, apesar da diferença de quatro gols a favor das meninas de Eduardo Carlone.
Em jogo muito equilibrado, pecar em passes ou conclusões é pecado capital. A transição perfeita para o contragolpe é fatal. Foi o que aconteceu. Especialmente nos minutos finais, quando Santo André também perdeu a concentração.
Na segunda etapa a Metodista manteve a diferença por bom tempo. Quando vacilou, no terço final, permitiu que Santo André crescesse, traduzisse o bom jogo em gols -- antes, desperdiçara muitas oportunidaes claras -- e chegasse ao empate de 22 a 22 quando faltavam apenas quatro minutos.
No minuto final Tayra colocou a Metodista em vantagem e faltando 30 segundos a goleira Ariadne evitou o empate ao defender tiro de sete metros -- pênalti -- cobrado por Rosária.
Repito: fiquei feliz pelo jogo igual, pel atitude e pela personalidade das meninas de Piazza diante de um adversário com investimento muito maior. E por isso mesmo tetracampeão estadual. A igualdade faria justiça ao clássico.
No masculino, a Metodista venceu com méritos a forte equipe do Pinheiros, último campeão paulista. Após primeiro tempo de 15 a 11, como no feminino, São Bernardo fechou em 32 a 26 sem sofrer sobressaltos.
Campeões serão conhecidos nesta quinta-feira, no ginásio do EC Pinheiros. A Metodista está com a mão na taça. Mas os adversários são fortes e estão vivíssimos. Alguém duvida?
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