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domingo, 22 de agosto de 2010

Vergonha, omissão e ambulâncias

"Time sem vergonha". Assim protestaram alguns componentes da TUDA durante e depois do fiasco do Santo André diante do Bragantino.

"Ramalhão ! Ramalhão !". Assim, pelo menos na essência, cantou a Fúria Andreense durante e após o vexame do Santo André em pleno Bruno Daniel.

"Acho que essas duas ambulâncias estão levando o time do Santo André para a UTI". Assim se manifestou meu amigo-irmão Cal quando demos passagem para as ambulâncias que deixavam o estádio.

Sem qualquer dúvida, a frase-observação mais condizente com o que se viu em campo e com a situação do Ramalhão no campeonato é a do Cal torcedor comum.

Exceção aos primeiros 15/20 minutos, quando fez 1 a 0 e perdeu duas boas oportunidades de gol, o Santo André foi o retrato fiel de um time sem forças para reagir e escapar do caminho do abismo, mais conhecido como rebaixamento.

Lamentavelmente, o que se viu foi um amontoado de jogadores limitados, sem criatividade, sem arrumação tática, sem personalidade e sem garra. Fisicamente, também ficou a dever.

Infelizmente, o time do competente Sérgio Soares pecou defensivamente, não teve competência no meio-campo e ofensivamente apresentou atacantes demais e capacidade de menos.

Está certo que os desfalques de Alê e Gil e a ausência de um articulador foram determinantes, mas até mesmo SS pecou na armação da equipe e nas substituições.

Colocar cinco atacantes, congestionando área e intermediária adversárias e desguarnecendo um sistema defensivo claudicante, foi o principal pecado de SS.

Tanto que o impaciente Santo André passou quase todo o segundo tempo rifando a bola em levantamentos das laterais e não da linha de fundo. Além disso, o time não teve sentido de penetração.

Deu no que deu! A derrota de 3 a 1 mostrou incompetências crônicas e exige reação já, antes mesmo do final do primeiro turno.

Quanto às atitudes das duas maiores torcidas organizadas do clube, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Uma foi pesada, mas verdadeira; a outra foi omissa ou viu outro jogo. Cantou muito, mas, estranhamente, não cobrou ninguém com a intensidade que se esperava.

Já o torcedor comum foi mais sensato. Viu que o time não jogou bem, criticou com ponderação, vaiou e aplaudiu com a sensatez dos sábios e está muito preocupado com o destino das ambulâncias.

Se perder do Ipatinga, a situação de SS ficará insustentável. Ele é o menos culpado, mas é bem provável que seja o maior sacrificado. Talvez só mesmo a diretoria seja capaz (?) de explicar o mau momento e fazer milagres.

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