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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A pequenez do grande Palmeiras

Fingindo inocência, juro que cheguei a pensar que o grande Palmeiras não seria tão pequeno quanto o São Paulo. E, de novo, o Fluminense ganhou três pontos de presente sem necessidade de jogar.

Mais uma vez a entrega não precisou ser explícita. Tratou-se apenas do segundo ato de uma peça teatral encenada na mesma arena. Que pena! Isso tira a legitimidade do título.

Mais rápida que Sedex, a entrega do "parmerinha" começou por um técnico que já foi campeão do mundo. Antes do "jogo", Luiz Felipe Scolari só falou besteira. Só ironizou. Sua escalação com alguns titulares bem orientados cheirava blefe, engana-trouxa.

No banco de reservas, Felipão foi uma farsa. Pouco falou. Quando falou, encenou. Até mesmo quando deu uma "dura" no jovem lateral Gabriel, indicando que deveria jogar pra frente.

Por que não disse a mesma coisa para Marcos Assunção, o melhor volante do Campeonato Brasileiro? Por que não chamou Kléber para uma conversinha? O "gladiador" foi um fiasco, uma cinderela.

A justificativa de Felipão: " O Dinei jogou mais avançado e o Kléber tinha de voltar para buscar a bola. O time foi bem. Gostei". Um fanfarrão, sem dúvida. A cinderela recuava, recebia e se enrolava até perder a bola de forme grotesca.

Os zagueiros do Palmeiras lembravam becões de fazenda, dando chutões e furadas infantis. O meio-campo foi omisso, contemplativo. O ataque foi pífio, ridículo,e lamenta até agora o belo gol do menino Dinei.

Apenas Deola se salvou. Mesmo ameaçado por meia-dúzia de imbecis, o goleiro fez pelo menos quatro boas defesas. Foi profissional. Jogou por si mesmo e por uma instituição, Sociedade Esportiva Palmeiras, muito maior do que uma vitória ou um título.

Pena que a comédia não termina aí. Vai chegar um momento em que o Coríntians também entregará. Igualmente, seria imperdoável. Caráter, dignidade, honra, profissionalismo, respeito, pra quê? Tudo tão fora de moda, né? Talvez seja o retrato o cidadão brasileiro, nada mais.

Quem perde, de verdade, é o futebol brasileiro. Quem se apequena, de verdade, é o futebol brasileiro.

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