Seguidores

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Político tem moral pra falar de "futebol"?

Lula; Dirceu, Dilma, Genuíno e Carvalho; Sarney, Maluf, Roriz e Costa Neto: Collor (Rebelo) e Delúbio.  Sim, parece um time com 11 jogadores. Sim, é mesmo um time. E montado no tradicional 4-4-2.

O técnico não é Luiz Felipe Scolari. O capitão não é Thiago Silva. O goleiro não é Júlio César. O artilheiro não é Fred. O craque não é Neymar. O adversário não é a Itália. Tampouco a Espanha.

O "timão" é dirigido e capitaneado por um tal Lula, que deixou a presidência do clube sem jamais ter deixado de mandar como presidente, diretor e todos os demais cargos de relevância na agremiação vermelha.

A equipe é formada por gente que parece fingir que as manifestações da torcida brasileira não estão pipocando em todos os Estados. Alguns parecem juvenis, estreantes. Ou seriam macacos velhos, formados na faculdade da malandragem? Simulam não entender o por que de tanto barulho. "Não é comigo".

Será que a Paulista está lotada por  mais um belo gol do menino-monstro de canelas finas contratado pelo Barcelona? Será que a Avenida Getúlio Vargas vibra porque Júlio César defendeu um pênalti cobrado por Balotelli ou porque David Luiz salvou o gol de Iniesta sobre a linha fatal?

Por que será que Salvador está em festa, lotando ruas e avenidas com  bandeiras, cartazes e caras pintadas? Com certeza, não é porque a Seleção Brasileira tem tudo para decidir o título do evento pré-Copa.

Brasília também é um burburinho só. Bombas, palavras de ordem,  morteiros, rojões, gás lacrimogênio, balas de borracha e fogos de artifício cobrem o céu da maior casa de shows do Brasil. Ali, bem pertinho do monumental Estádio Mané Garrincha, vândalos fazem a festa.

Isso mesmo, o Mané Garrincha  custou o olho da cara -- que roubalheira, mais de um bilhão de reais -- e não vai servir pra nada. Só que agora não adianta chorar o leite derramado. A FIFA é um propinoduto internacional, mas não obrigou o governo brasileiro a promover nada.

Responsabilidade é também do senhor Lula e dos nobres governadores. Independente de partido  político, todos são semelhantes na arte da incompetência,  foram a favor e queriam tirar uma casquinha. E que casquinha! Construtoras e políticos jogam no mesmo time. Acho!

Antes tarde do que nunca, contestar os investimentos/financiamentos estranhos em arenas. Só que, repito, na hora errada. Tínhamos de meter a boca no trombone quando os donos  do Brasil anunciaram intenção de promover os torneios e viraram cúmplices da FIFA.

Voltando ao "jogo". Se depender da opinião de Aldo Rebello e Gilberto Carvalho, o ministro que um dia foi secretário da Prefeitura de Santo André, não está acontecendo nada de errado nas ruas de Fortaleza.

Os gritos e vaias dos cearenses no entorno do Castelão   só aconteceram porque Felipão insiste em escalar Hulk e deixar os meninos Lucas e Bernard na reserva. Outros "torcedores" protestavam porque o treinador prefere Fred aos gols de Jô. Isso segundo a visão caolha de Gilberto Carvalho, um lateral-esquerdo limitado.

No Recife não foi diferente. Todo aquele pessoal nas ruas. Que maravilha! Carnaval antecipado pela democracia, segundo Delúbio e Zé Dirceu, aquele da "quadrilha" de festa junina desbaratada pelo Supremo. "Olha a chuva!". E todos recolhem as moedas, os "centavinhos".

Lá, assim como em Belo Horizonte,  a multidão -- alguns marginais pecaram pela violência -- não foi às ruas para reivindicar melhores serviços sociais, melhores rodovias, melhores escolas, mais hospitais, mais segurança e salários mais dignos para professores e aposentados. Garantia de quem é retrato perfeito da empáfia: Collor, o reeleito.

Afinal, num momento histórico, ninguém se manifesta contra a impunidade, contra a gestão fraudulenta dos recursos públicos. Tampouco contestam a PEC 37 que quer tirar o poder investigativo do Ministério Público. É proibido falar das propinas ou das viagens de uma tal Rose, provavelmente bancadas por um tal Lilus.

Pernambucanos e mineiros são fanáticos, na visão de Sarney, Genuíno e Maluf. Aplaudem até lateral. Sonham com um futuro melhor.  Vibram só de imaginar a arrancada de Paulinho rumo ao gol, deixando vários mexicanos para trás.

A torcida -- apartidária e de todas as idades -- gostou tanto do lance e do gol de Jô que não se conteve de emoção; foi comemorar, nobres asseclas da zagueirona Dilma! Simplesmente, só por isso foi às ruas.

Ou será que houve mais algum motivo que tenha passado despercebido pelos "incontestáveis" donos de todas as verdades que lhes interessam? Talvez fosse apenas o reflexo de uma popularidade fabricada pelo poder e desmascarada pelas vaias direcionadas à presidente do mais perfeito dos mundos.

Quanto cinismo! Quanta imunidade! Quanta dissimulação! Quanta autossuficiência! Quanta irresponsabilidade! Quantos cargos/moedas de troca! Quanta incompetência! Quanta mentira! Quanta roubalheira! Quanta corrupção! Quanta impunidade!

Sem querer, eis um time de motivos mais que suficientes para lembrar o ministro -- que quase virou padre -- de que não somos santinhos nem vaquinhas de presépio. Tampouco cordeirinhos ou idiotas juramentados.

Quer saber? Às favas os dribles, os gols, os títulos e as opiniões desse time de babacas que se intitulam o suprassumo da esperteza, também conhecida como safadeza ou farsa institucionalizada. Chega de omissão, de comodismo, de covardia.

Sem máscara, algum deles tem moral pra falar de "futebol"? Então, basta!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário