"Comércio expulsa pedestre da calçada". O título encabeça interessante matéria publicada dias atrás pelo Repórter Diário.
Texto dá conta de inúmeras irregularidades abusivas na ocupação de calçadas, praticadas por bares, restaurantes e outros comércios.
Lei Municipal 7392, de Santo André, diz que o comerciante pode usar a calçada, desde que deixe espaço de 1,10m para os trauseuntes não precisarem lançar mão e correr riscos nas ruas.
Vou me ater apenas ao meu vizinho, o badalado Botequim Carioca, cujo proprietário sugere ser amigo dos poderes. Por isso acha que pode tudo.
Entrevistado pelo repórter, o gerente do estabelecimento mente descaradamente ao justificar que só utiliza a calçada quando se esgotam os 60 lugares internos. "E para consumidores rápidos". Me engana que eu gosto.
Repito: mentira, conversa fiada. Para satisfazer boa parcela da nata andreense -- inclusive políticos de plantão e donos de jornais -- interditam-se as calçadas com mesas e cadeiras, além de muita cerveja e caipirinha -- cara, por sinal.
Dependendo do dia, especialmente com frio e ou chuva, os toldos são baixados, impedindo qualquer possibilidade de o pedestre evitar o risco de ser atropelado.
Isso quando o "amigo do poder" não solicita -- e é atendido pelo Poder Público, lógico --- a interdição de uma faixa de rolamento para eventos pré-carnavalescos e até mesmo aniversários. Se é que o aniversariante não se chama Melchior. Contra quem, pessoalmente, não tenho nada contra. Discordo de atitudes.
Só que tanto o botequim quanto todos os outros comércios fora da lei devem ser fiscalizados e punidos.
E é aí que entra a segunda mentira, a da nota emitida pela Prefeitura comandada por Paulinho Serra.
Fiscalização e punição aqui na esquina fora da lei é uma falácia. Deste e dos governos anteriores. Fazem vistas grossas. No mínimo. Ou que mostrem as multas, caríssimo Paulinho.
O cara deita e rola, ganha muito dinheiro prejudicando o pedestre, e não acontece nada. Não basta ser boa gente, como dizem seus mais chegados, e ser premiado pela Vejinha.
É preciso trabalhar e vencer na vida com respeito ao cidadão comum. Aquele que paga impostos mas se vê tolhido no sagrado direito de ir e vir. Simples assim.
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