Donizeti Raddi, 70 anos, jornalista e professor de Educação Física aposentado. Hoje, vô babão, trilheiro, montanhista amador, aventureiro e blogueiro ocasional.

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sábado, 24 de setembro de 2011

Pássaro ferido

Cara, te juro que não tenho mais saco para escrever sobre a triste e perigosíssima regularidade do São Caetano. Em contraposição, sinto necessidade de expor o que penso, o que vejo.

E, infelizmente, o que vejo, hoje, é um presente que não consegue prospectar um futuro feliz para o Azulão. Repito: não sinto firmeza!

Entra rodada, sai rodada, o Azulão não sai do lugar. Só derrapa e não alça voo. Mais parece um pássaro preguiçoso. Não voa, não briga, não canta e não gala nem a mais tentadora das fêmeas.

Sinceramente, fico preocupadíssimo com o time do conterrâneo e gente finíssima Márcio Araújo. Já se foram dois terços do campeonato e o Azulão continua lá, na zona de degola.

Hoje, mais uma vez, decepcionou. Sem pegada consistente -- garra, mesmo -- e sem criatividade, voltou a empatar em casa.

Mesmo com a pseudo-segurança defensiva de um 3-5-2 com variação para 4-3-1-2, perdeu a concentração, teve falhas individuais em momentos cruciais e, mais uma vez, cedeu a igualdade nos minutos finais.

Isso já não é síndrome de fim de jogo. Tem mais cheiro de incompetência emocional e técnica em prol do coletivo. Não é possível!

Agora são cinco jogos de jejum exatamente na hora de a onça beber água. Ah, mas o time é bom e tem bons valores individuais. E daí? Time bom é aquele que joga, vence e não vive no sufoco. Individualidades não são sinônimo de coletivo vencedor.

Pior é que nem sei se Márcio Araújo -- bom moço que precisa ser muito mais exigente do que conciliador -- tem tempo para montar e colocar em prática um esquema capaz de salvar o São Caetano.

Márcio é competente, mas isso não basta. É imprescindível que, além de jogar com consciência e organização, o time coloque a bunda no chão, não seja tão frouxo e tenha sangue nos olhos.

O Azulão é um pássaro ferido. Se não brigar para escapar da arapuca e pontuar de forma significativa nas próximas três rodadas, pode encomendar uma gaiola dourada para encarar a escuridão da Série C.

É triste, mas sinto cheiro de clássico regional com o Santo André, que acertou a renovação com o técnico Rotta. É o fim da linha. Para ambos.

Enquanto isso, pelos lados de São Bernardo, o Tigre vem de quatro derrotas, um empate e apenas uma vitória na reta final da Copa Paulista.

É líder e está classificado à próxima fase, mas ultimamente anda miando como gatinho a pedir leitinho. Que tigre é esse?

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