Seguidores

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Azulão fora da degola, mas ainda em perigo

A vitória do São Caetano ontem em Barueri deve ser rotulada de excepcional. Não importa se o Barueri teve mais volume e o Azulão só enfiou 3 a 0 no final. Intensidade nem sempre ganha jogo.

Pra quem se contentaria com a igualdade fora de casa, o resultado de contragolpes mortais e marcação ostensiva se configura como brilhante. Mais significativo, até, do que o bom empate em Arapiraca, diante de um ASA estritamente doméstico.

Nas mãos do agora bem menos contestado e mais confiável Márcio Araújo, o Azulão está invicto há oito jogos. Foram quatro vitórias e quatro empates.

Nem sempre jogando bem e nem sempre escalado ou alterado com coerência, mas com desempenho e eficácia suficientes para fazer 16 pontos em 24 possíveis. Os mesmos insignificantes 16 pontos que o clube ganhou nos 15 primeiros jogos do campeonato.

Agora em 14º lugar com 40 pontos, nove vitórias -- empatou muito, 13 vezes -- e fora da zona de rebaixamento, o São Caetano só não pode achar que está a salvo e se descuidar. Alívio ainda não é definitivo.

Com apenas três pontos de diferença para o primeiro (17º) da degola (o Guarani), o Azulão não pode abdicar da seriedade e da concentração nos sete jogos (21 pontos) restantes.

Embora os estudiosos de plantão garantam que 46 pontos livram da Série C, é bom colocar a barba de molho e atualizar a margem pra 47/48. E com pelo menos mais duas vitórias.

Nada melhor do que a primeira delas se efetivar neste sábado, no Anacleto Campanella, diante da torcida. O ABC é o 12º colocado com 42 pontos e 10 vitórias. Jogo de seis pontos que pode valer uma temporada inteira.

Por sinal, um temporada medíocre, que não pode ser simplesmente apagada de uma curta mas bela história de conquistas. Há necessidade de que o dono do poder, sim, o "presidente" Nairo, venha a público e dê explicações claras e convincentes.

Engana-se quem pensa que a culpa do vexame deve ser dividida apenas entre técnicos e jogadores. Engana-se quem pensa que a morte de Batata abalou tanto assim o minúsculo mas respeitável mundo azul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário