Não é a primeira vez. Tampouco a derradeira. Mas o melhor time de futebol do mundo na última década acaba de levar de quatro do campeão alemão e pode estar perdendo o reinado.
Virtual campeão espanhol, o ainda incomparável mas não invencível Barcelona foi goleado pelo Bayern de Munique por 4 a 0.
Por conta da bambuzada alemã, o Barcelona vai precisar fazer o Boeing passar no buraco da agulha para chegar à final da Liga dos Campeões da Europa.
Independente dos dois gols irregulares -- impedimento de Mario Gomez e falta de Muller -- e de Messi ter jogado sem condições físicas ideais, a superioridade do Bayern foi latifundiária. Em todos os sentidos.
A começar pelo posicionamento tático, além de volume, intensidade, ousadia e muita aplicação na marcação. Diante de um 4-3-3 com cara de 4-3-0 (o lesionado Messi, Pedro e Alexis Sanchez não viram a cor da bola), o 4-2-3-1 do time alemão se transformava em 4-2-4 fatal assim que a bola era retomada.
Mesmo novamente com maior posse de bola ( 63% contra 37%), desta vez o Barça se apequenou. Sem objetividade, sem sentido de penetração e sem poder criar devido à marcação implacável, especialmente sobre Xavi, Iniesta, Daniel Alves e Jordy Alba, o gigante capitulou.
Tanto que só chegou duas vezes com perigo ao gol adversário e teve três escanteios. Em contraposição, além dos quatro gols, o Bayern ameaçou com contundência em outras quatro ocasiões e ainda teve 11 escanteios.
Poder ofensivo do virtual finalista tinha como base o contragolpe em rapidez, e em bloco, com a liberação de Schweinstaiger e dos laterais para assessorarem Robben, Muller, Rivèry e o pivô Mário Gomez.
Acuado e sem compactação defensiva confiável, o Barcelona virou presa fácil. Principalmente porque o técnico Tito Vilanova preferiu jogar com 10 a tirar aquele que poderia ter um momento de brilhantismo e mudar a história da semifinal. Apostou errado!
Resta ao melhor time do mundo o jogo de volta para provar que o reinado erguido e recém-abandonado por Pepe Guardiola -- prestes a assumir o Bayern -- não está com os dias contados.
Só se o melhor jogador do mundo estiver recuperado. Sem Messi, esquece!
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