Pensando bem, meu final de semana foi mais na frente da televisão do que no Jardim Tamoio e no Parque Central.
Vi mais futebol do que corri ou andei. Talvez umas oito horas sentado e apenas metade dedicada à atividade física. Corri 20 quilômetros e andei uns 15. Tá bom, né?
O quê vi? Primeiro, vi o jogão do Guarani pela Série C do Brasileiro. Jogo com o Macaé não foi interessante apenas pelos oito gols.
Empate de 4 a 4 foi intenso, corrido, disputado como final. Mesmo sem amostragem técnica de primeira, foi bem melhor do que muitos da Série A. Principalmente os que envolvem o bicampeão do mundo.
Placar foi cheio de alternâncias, com direito a erros de arbitragem (pênalti inexistente a favor do Guarani) e goleiro (o do Guarani, Juliano, cometeu um pênalti infantil).
Detalhe: em 13 jogos o time de Campinas só havia levado três gols. Ontem, num jogo só, levou quatro. Coisas do futebol. Guarani e Macaé estão no G-4 do Grupo B, com amplas possibilidades de passar à próxima fase.
Também vi boa parte da partida entre Palmeiras e América Mineiro, pela Série B. Outro jogo disputado com disposição e velocidade incomuns.
Líder e candidato a uma das três vagas (uma já é do Verdão) não especularam. Fizeram um jogo franco. Esbanjaram vontade e em alguns momentos até exageraram na violência. Resultado de 1 a 1 foi justo.
Depois, vi o encontro de dois dos melhores times do Campeonato Brasileiro da Série A. O outro é o Botafogo. Intenso, ousado e organizado, o Cruzeiro mereceu vencer por 1 a 0.
Poderia ser 2 a 0, não fosse o erro crasso da arbitragem ao inventar impedimento de Ricardo Goulart e/ou Borges. Vacilo da bela assistente e do juizão.
Ex-jogador do Santo André, o inteligente Ricardo Goulart é um dos destaques do Cruzeiro ao lado de Everton Ribeiro, ex-São Caetano. Arrisco dizer que Everton é um dos melhores do Brasileirão e pode chegar à Seleção.
Meia armador e melhor finalizador da Raposa é jóia rara nos tempos atuais. Hoje, iguala com Alex e põe Ganso no chinelo. Veterano e sempre eficiente Paulo Bayer fez muita falta. Por isso o Atlético Paranaense de Vagner Mancini não foi o mesmo.
Não vi o jogo do São Paulo, mas tenho certeza de que, com Muricy, a história será mesmo diferente. Empatia entre treinador e clube/elenco é flagrante. Por isso os seis pontos em dois jogos, com vitórias sobre Ponte Preta e Vasco.
Chegamos ao Corinthians! Vi e, de novo, não gostei. Grande novidade, né? Virou rotina! Previsível, burocrático e sem mobilidade para escapar de uma marcação pegajosa e eficaz.
Desta vez, pelo menos o time foi mais ofensivo, mas perdeu inúmeras oportunidades de gol. Não brilhou. Faltou competência. Goiás do excelente Valter ( gordinho danado, hein!) foi mais consciente e organizado.
Por isso o 2 a 1, em pleno Pacaembu, com mais de 22 mil fiéis, foi justo. Tanto quanto as vaias no final. Torcedor perdeu a paciência com um time que perdeu o prumo. Corre o risco de não chegar nem na Libertadores. Título? Esquece!
No frigir dos ovos, o melhor jogo que vi, no final de semana, foi mesmo da Série C. Um paradoxo verdadeiro. Bom seria se o Corinthians fosse o Guarani. Mas não é!
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