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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Enfim, homens do futebol contestam o poder

Finalmente, jogadores e técnicos de futebol se juntam a poucos e corajosos jornalistas para dar um basta ao mandonismo no futebol brasileiro.

Fico feliz ao ler e ouvir alguns posicionamentos firmes, claros e contestadores de ídolos como Rogério Ceni, Juninho Pernambucano, Alex (do Coritiba), Paulo André e outros, além dos técnicos Muricy, Tite, Abel, Leão e Paulo Autuori. Sem falar no deputado artilheiro Romário.

No meio jornalístico, nomes como José Trajano, Mauro Cézar Pereira, Flávio Prado e Juca Kfouri, entre outros, não são perfeitos, mas ao menos dão a cara a tapa há muito tempo, enquanto certos "amiguinhos" pipocam e se limitam a bajular os detentores do poder.

Ex-jogadores (craques e ídolos) como Tostão (Folha de São Paulo) e Neto (Bandeirantes) também não demonstram ter rabo preso. Isso é muito bom!

Tostão, que não perdoa nem o insuportável Galvão Bueno,  é bem melhor. Alia experiência com sabedoria, inteligência, competência e  independência. Foi craque dentro de campo e é professoral e confiável fora dele.

Neto é mais polêmico, atrevido, mal-educado e incoerente do que competente. Vomita algumas asneiras mas dá ibope. Endeusa ("mito", "monstro") e execra com a mesma facilidade. Pelo menos não tem medo e quase sempre fala o quê pensa.

Exatamente por não ter freio na língua, Neto fala tanta besteira. Ofende jogadores e depois os convida para o  seu programa, fazendo-se de bonzinho. Em "casa", diante de Valdívia, Ibson e Pato, baixou a bola. Se depender do ex-ídolo da Fiel, a Seleção Brasileira vai ter 100 convocados.

Voltando ao que interessa. Neto é um dos "donos" de microfones que não têm receio de criticar o mandonismo e as barbeiragens  -- e olha que são muitas além do calendário massacrante -- da CBF  e das federações.

Entidades que se dizem representativas do futebol são farinha do mesmo saco, cria da mesma teta. Tudo  em nome de um projeto chamado Vamos mamar no poder. Ou seria Vamos enricar às custas do futebol?

Que cada vez mais homens protagonistas do futebol -- de verdade -- contestem os senhores feudais, os senhores de engenho, os coronéis. Os primeiros, artistas e trabalhadores,  engradecem o futebol; os segundos, malandros de carteirinha, dele se locupletam e com ele se lambuzam.

João Havelange criou Ricardo Teixeira, que criou José Maria Marin, que criou Marco Polo del Nero que criará mais um filhote... E por aí afora. Confederação e federações endinheiradas diante de clubes falidos e, também por isso, encabrestados na hora do voto.  

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