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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quando empate vira derrota

Nem sempre, o que parece, de fato, é a realidade. O futebol é tão dinâmico e os números são tão relativizados que hoje não há mais como se afirmar, imediatamente após um jogo de futebol, que o resultado foi ótimo, bom, razoável ou ruim.
Isoladamente, sem checar todos os outros placares da rodada, nada está garantido de véspera. Haja vista o que acontece no Campeonato Brasileiro. Exemplo doméstico fica por conta o empate do Santo Andre quarta-feira em Barueri. Bom ou ruim para quem está com a faca no pescoço?

Como, naquele momento, a maioria dos analistas de plantão se ateve ao jogo em si, ao ponto conquistado fora de casa, a voz corrente definia como bom resultado. Afinal, o time de Sérgio Soares pulava para 29 pontos e se mantinha na 16ª posição, um ponto à frente do Botafogo.

No entanto, o grupo de Estevam Soares comprovou evolução e sapecou 3 a 1 no bom Atlético Mineiro. Moral da história: subiu para 31 pontos e saiu da zona de degola. O empate do Santo André, que parecia bom para muitos e apenas razoável para alguns -- dentro das minhas previsões nos minitorneios --, configurou-se como mau negócio no fechamento da rodada. Virou um empate-derrota.
Agora, o Ramalhão caiu para a zona de rebaixmaento. Tem 30 pontos a disputar e precisa ganhar 16 para se garantir na elite nacional em 2010. Considerando-se a linha de corte -- 45 --, o Botafogo parece mesmo o grande inimigo a ser batido.
O pior é que esse inimigo fez oito pontos nos últimos cinco jogos, contra cinco de Santo André e Fluminense -- se enfrentam amanhã no Bruno Daniel -- quatro do Sport e apenas um do Náutico.
Não há como fugir do rótulo. Jogo deste sábado é mesmo o divisor de águas dos desesperados. Empate é horrível para ambos. Seria um abraço de moribundos. Santo André tem obrigação de vencer, mas, se vacilar, escorrega diante de um lanterna que ainda não está morto. Se perder, o milagre da salvação vai virar cada vez mais milagre.
Time parece evoluir, mas ainda está bem distante do ideal. Creio que o período galleano tenha sido o grande problema. Sérgio Guedes dava mostras de que arrumação tática não faltava. Só que ele saiu e Sérgio Soares chegou tardiamente. Se SS não repetir algumas invenções de postura tática suicida, pode até se safar.
Para isso não pode abrir mão dos dois volantes de contenção. Mesmo quando jogar em casa. Esquema 3-5-2 ( ou 3-6-1, como preferem alguns) pressupõe três zagueiros e dois alas com liberdade ofensiva. É contra-senso jogar com apenas um volante e dois ou três meias de ofício. Agredir sim, mas sem descuidos defensivos quase sempre fatais.
Jogos Abertos de São Caetano
Jogos Abertos do Interior, em São Caetano, têm tido uma cobertura que há muito não se via por parte do Diario do Grande ABC. Legal mesmo! Destaques, chamadas, boas matérias, algumas entrevistas interessantes e informações relevantes. Tomara que nos próximos dias tenhamos mais textos de São Bernardo e as classificações, com pontuações de cada cidade. Tomara, também, que a boa cobertura não seja apenas resposta a interesses políticos e financeiros. O esporte regional agradece. Independente de ingenuidade possível e desculpável.
Agora à tarde, estive no Ginásio Marlene Bento -- homenagem a uma das maiores jogadoras de basquete do País -- e vi a fácil vitória do handebol feminino de São Bernardo. Santo André jogou mal. Reagiu um pouco no segundo tempo, mas não podia perder por diferença tão grande -- 33 a 19. Desfalcada de Audi ( foi para a França) e Néia -- lesionada -- a equipe de Rubens Piazza foi derrotada por quem investe muito mais e tem obrigação de ganhar sempre. Deu a lógica! Com méritos. Ou alguém pensou que aquela derrota na final dos Jogos Regionais passaria batida, sem vingança?
Não vi o basquete feminino, mas sei que Santo André venceu a forte equipe de Americana por 62 a 58. Quem viu, gostou do time de Laís e Arilza. Ao contrário da estréia, na derrota de 61 a 53 para Catanduva. A cubana Ariadna fez 21 pontos. A pivô Simone fez 15 pontos e pegou 15 rebotes. Adversário de amanhã é Ourinhos e tudo pode acontecer .

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