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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um inferno cada vez mais azul

Pode parecer excesso de pessimismo, mas as evidências tingem o inferno do rebaixamento cada vez mais de azul.

Lamentavelmente, a ameaça de queda à Segunda Divisão paulista não se limita ao azul do lanterna Grêmio Prudente.

A cada rodada, o nosso Santo André se afunda mais. Insiste em permanecer no inferno. Sábado, em pleno Bruno Daniel, perdeu da Ponte Preta.

Ainda sem vitória, o Ramalhão tem apenas seis pontos ganhos em 30 disputados e está em penúltimo lugar.

Os números são pífios. O aproveitamento de 20% está a mil léguas do limite de salvação. Restando nove rodadas -- 27 pontos -- o time de Sandro Gaúcho depende de uma reação excepcional para se salvar.

Especialistas entendem que dá pra escapar com 22 pontos ganhos. Entendo ser melhor trabalhar com 23 ou 24, já que o número de vitórias pode ser o fator decisivo.

Considerando-se a necessidade de somar pelo menos mais 17 pontos, talvez só mesmo um milagre. Lógico que dirigentes, comissão técnica e jogadores precisam acreditar.

Porém, 17 pontos significam aproveitamento superior a 62% nas nove rodadas restantes. Danou-se!

Hipoteticamente, são cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Hipoteticamente, derrotas para São Paulo e Coríntians, empates com Palmeiras e Portuguesa e vitórias diante de Americana, Oeste, São Caetano, Prudente e São Bernardo.

Cinco jogos fora e quatro em casa. Fácil, né? Parece que novamente precisamos acreditar que o Boeing vai passar no buraco da agulha.

Em 16º lugar com nove pontos ganhos e 30% de aproveitamento, o São Bernardo não levou bambuzada e arrancou bom empate diante do Santos. Mas o Tigre ainda está com um pé no inferno e não pode vacilar.

Com 12 pontos ganhos e aproveitamento de 40%, o São Caetano está em 12º lugar. Empatou sem gols com o Noroeste, em Bauru. Está a quatro pontos do céu (G-8), mas a três do inferno.

Juntos, Santo André, São Bernardo e São Caetano -- o ABC FC -- disputaram 30 jogos e só ganharam 27 dos 90 pontos. Que fase, hein!

"Basquete da Laís" é campeão

As aspas do título são intencionais. Quem ganhou o título brasileiro de basquete feminino foi a cidade de Santo André, com a bela vitória de 65 a 49 sobre Ourinhos.

Porém, não há como não dar a mão à palmatória. A técnica Laís Elena e a assistente Arilza estão para o basquete andreense como futebol está para Pelé.

É impossível não dizer "o basquete da Laís". Está aí um exemplo de trabalho contínuo, de competência, de perseverança, de teimosia. Sim, teimosia!

Muitas vezes sem patrocínio, apenas com o apoio limitado da Prefeitura, Laís insistiu. Com certeza, em inúmeras ocasiões abriu mão da própria vida para viver o basquete de corpo e alma.

O título de hoje é o primeiro da Liga Nacional de Basquete Feminino. Mas é a segunda conquista nacional, já que em 99, diante do Paraná, a equipe de Laís triunfou de forma brilhante.

Que o título sirva de alento aos patrocinadores. O Poder Público não pode fazer milagre ou limitar seu olhar para uma modalidade. Seria incoerente.

Laís, Arilza, Simone, Ariadna, Êga, Micaela e cia merecem carinho especial dos homens de esporte. E eterno respeito de todos nós. Valeu, meninas! O esporte agradece.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ABC FC, entre o céu e o inferno

No Campeonato Paulista, a distância entre o céu da classificação e o inferno do rebaixamento é reduzidíssima. Apenas seis pontos.

O ABC FC, hipotético representante da Região no Paulistão, melhorou um pouquinho, mas ainda está longe do ideal, capaz de fazer com que São Caetano (11º), São Bernardo (15º) e Santo André (19º) ainda pensem em dias melhores.

No dia 30 de janeiro, o ABC tinha aproveitamento de 24%. Subiu para 30,8%, mas não dá pinta de que vai chegar tão longe. Acho que um fica no G-8 do bem e outro no G-4 do mal.

Em 27 jogos e 81 pontos disputados, o ABC ganhou apenas 25 pontos, frutos de cinco vitórias, 10 empates e 12 derrotas, com 24 gols a favor e 42 contra -- deficit de 18.

Com 11 pontos ganhos, três vitórias, dois empates,quatro derrotas, oito gols a favor e 12 contra, o Azulão tem aproveitamento de 40,7%.

Está no purgatório, a apenas três pontos do céu (G-8). Mas está igualmente a somente três pontos do inferno. O oitavo componente do céu é o Oeste, com 51,9% de aproveitamento. O primeiro rebaixado seria o Noroeste, com 29,6%.

Também no purgatório, o Tigre tem aproveitamento de 29,6%. Obteve duas vitórias, dois empates e cinco derrotas; fez oito gols e tomou 15. Está a seis pontos do céu, mas com um pé no inferno.

Com apenas 22,2% de aproveitamento, o Ramalhão está com os dois pés no inferno. Sério candidato ao rebaixamento ao término da nona rodada -- faltam 10 -- o Santo André é o time que mais empatou e o único que ainda não ganhou no campeonato.

Nossos três representantes na elite estadual já trocaram de técnico e ainda não mostram consistência capaz de deixar o torcedor otimista. Pelo contrário, todos estão muito preocupados com o fantasma do rebaixamento. Uns mais, outros menos.

Na rodada do final de semana, a tarefa do Santo André -- em casa contra a Ponte -- parece a menos difícil. Mas, pra quem tomou de quatro do Paulista, qualquer prognóstico é de risco. Como Sandro Gaúcho estreia no lugar Pintado, quem sabe?

O São Bernardo, ainda dispersivo e com algumas falhas defensivas, mas agora com mais cara de Estevam Soares, encara o forte Santos fora de casa. Cheiro de bambuzada! Como ninguém perde sem jogar, quem sabe?

Não sei por que, mas acho que o Azulão não ganha em Bauru. O Noroeste é limitado e sério canditado a cair. Com Ademir Fonseca no comando, talvez o São Caetano embale. Quem sabe?