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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Corínthians é favorito por 77 pontos

Embora Botafogo, Flamengo, Fluminense,São Paulo e até o Inter ainda tenham possibilidades de chegar ao título do Brasileiro, não há como negar que a disputa tende mesmo a ficar polarizada entre Corinthians e Vasco.

Hoje, o time carioca é líder com 57 pontos ganhos, 16 vitórias e saldo de 14 gols. O Timão está em segundo com 55 pontos, 16 vitórias e 13 gols de saldo. Botafogo, Flamengo, Fluminense, São Paulo e Inter vêm a seguir.

Com apenas Corinthians e Vasco na balança, a quem, de fato, cabe favoritismo? Apesar dos dois pontos de vantagem vascaina e do discurso politicamente correto de técnico e jogadores corintianos, entendo que o Corinthians tem mais condições de ser campeão.

Por quê? Porque o caminho dos comandados de Tite Fala Muito é bem menos tortuoso e problemático. Juntos, os sete adversários do Corinthians do meu amigo Lance conquistaram apenas 238 pontos no campeonato.

E olha que os cinco últimos colocados vão encarar o Timão: América Mineiro(25 pontos ganhos), Avaí (29), Atlético Paranaense (31), Ceará (32) e Atlético Mineiro (33). Os outros dois são Figueirense (8º com 47 pontos) e Palmeiras (13º com 41 pontos), no único clássico envolvendo o alvinegro de tanta gente.

Como argumentar que os adversários do Vasco não têm mais peso se, juntos, conquistaram 315 pontos. Portanto, uma diferença significativa de 77 pontos. Dá pra desprezar em nome de uma tola hipocrisia?

O Vasco vai pegar três clássicos e três paulistas, além do Avaí (19º com 29 pontos). Os adversários são fortes, alguns estão bem colocados e outros têm ao menos tradição.

O bom mas instável Botafogo é o 3º colocado com 52 pontos, contra os mesmos 52 do Flamengo e 50 do Fluminense. Outro adversário do Vasco é o São Paulo, 6º com 49. Santos (12º com 42) e Palmeiras (13º com 41) têm mais time do que os últimos colocados. Ou não?

Isto posto, como ficar afirmando que o caminho de Corinthians e Vasco tem obstáculos semelhantes? Argumento de que os times com a corda no pescoço vão fazer de tudo para não cair é válido e verdadeiro, mas discutível.

Como não reconhecer que é bem mais difícil pegar o Flamengo lutando pelo título ou pela Libertadores do que o respeitável mas desesperado Avaí brigando pra não ser rebaixado?

Tem mais peso o vexame da queda para a Segunda Divisão do que a não conquista do título ou da vaga. Nervos de ameaçados vão ficar muito mais à flor da pele. Além das limitações técnicas a bola vai pegar fogo em pés descontrolados. E a necessidade de vitória diante do Corínthians vai significar erros inevitáveis e espaços generosos.

Se o Corínthians do metódico e nem sempre corajoso Tite exagerar no respeito, vai mostrar a bunda quando se abaixar para fazer reverência. Aí, pode esquecer! Perde do América, do Avaí...

Basta jogar o que sabe e se impor, sem medo. Aliás, que eu saiba, medo não faz parte do menu de nenhum campeão. Mesmo que São Paulo e Palmeiras voltem a entregar, como no ano passado, o Corinthians tem tudo pra ser campeão. Com cuidado, mas sem tantas desculpas relacionadas ao imponderável futebol clube.

sábado, 22 de outubro de 2011

Voo sem turbulência rumo à salvação

Agora sim, o São Caetano respira sem o incômodo dos aparelhos. Agora sim, dá pra afirmar que o Azulão protagoniza um voo sem turbulência, sem asa quebrada. Ainda corre risco, mas tem tudo para se livrar.

A goleada de agora há pouco sobre o ABC não só aumenta a invencibilidade do técnico Márcio Araújo para nove jogos como faz com que o São Caetano fique a quatro pontos da zona de rebaixamento.

Nas mãos de Márcio Araújo a equipe ganhou cinco jogos e empatou quatro. Portanto, somou 19 de 27 pontos disputados. Na classificação, está em um digno 12º lugar, com 43 pontos ganhos.

Os 4 a 0 de hoje foram amplamente merecidos. Mas poderiam ser enganosos e injustos se o Azulão não tivesse achado o 1 a 0 exatamente quando não jogava nada -- Antonio Flávio aos 29 minutos, após Nunes fazer o pivô.

Até aquele momento o ABC era muito mais time, principalmente pelo início, quando jogou com liberdade e teve três chances agudas.

Melhor postado nos três setores, o ABC dominava um São Caetano apático, de marcação complacente, sem criatividade, sem triangulações laterais e sem poder de penetração.

Depois do gol, no entanto, tudo mudou. O Azulão, que já vinha se encontrando gradativamente, melhorou de vez e chegou ao segundo gol aos 36 com Souza.

O ABC voltou para o segundo tempo com a mesma disposição ofensiva do início. Dominou e perdeu uma oportunidade, mas desandou ao tomar o terceiro gol, aos 13 minutos -- Ailton em novo arremate de fora da área.

A partir daí o Azulão administrou a partida, ditou o andamento e só acelerou quando quis. O ABC se entregou e levou o quarto gol aos 36, quando Geovane penetrou pela meia-direita e finalizou forte.

Mais uma vez, o São Caetano venceu e convenceu. Finalmente, estabilizou um voo que teimava em entrar em turbulência a cada rodada, antes da chegada de Márcio Araújo.

Agora a salvação do rebaixamento está bem próxima. Uma vitória e um empate talvez sejam suficientes para que um vexame maior seja evitado. E que tudo sirva de lição.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Só pra lembrar, prefeitão!

Só pra não dizerem que me esqueci... Só pra não pensarem que deixei de enxergar e de fazer questionamentos, críticas, elogios e sugestões ao prefeitão Aidan Ravin. São apenas 10 observações.

1) Não adianta anunciar 25% de aumento no efetivo da Guarda Civil Municipal de Santo André se não se privilegiarem perfil, comprometimento, profissionalismo e competência. Ontem mesmo, no Parque Central, uma viatura passou -- ou passeou? -- a menos de 50 metros de quatro adolescentes usuários de drogas -- em atividade intensa, lógico -- e ninguém fez nada. Ali, poucos se dignam a trabalhar, de fato, pela população. Afinal, qual a orientação? E cadê o comando?

2)Também vi, tanto ontem quanto hoje, veículos oficiais em locais e velocidade não compatíveis. Mais uma vez, condutores de caminhões de água e de pedriscos, ônibus de servidores municipais, trator, pick-up e Gol da SOSP estão pouco preocupados com a segurança dos munícipes usuários. Onde já se viu os veículos transitarem livre e irresponsavelmente inclusive pelo parque infantil, teoricamente reservado às crianças? Até viatura da PM já vi passeando por ali. Quanta preguiça! Custa descer do carro e andar um pouquinho? Talvez o bandidos mais perigosos estejam entre as crianças, né?

3)Prefeitura também não parece muito preocupada com os inúmeros acessos irregulares espalhados pelo parque. Um dos muitos exemplos é o muro caído há mais de oito meses junto ao portão de acesso da Javaés.

4) Cuidado com a água e com os esgotos -- possivelmente clandestinos -- é outro item que clama por maior atenção. Mau cheiro e cor estranha só não são detectados por quem não quer.

5) Falta de comunicação, orientação e fiscalização também se mantém no elenco de falhas da administração municipal. Será que é tão difícil e oneroso colocar placas orientando o usuário? Pode ou não pode pescar? E nadar? Pode ou não cachorro bravo e sujão, o que significa dono mal-educado? Pode ou não pode plantar um simples girassol com o neto? Parece que não, já que os funcionários insensíveis meteram roçadeira.

6) Por falar em nadar, será que o prefeitão está esperando alguma criança morrer afogada naquele último laguinho e a notícia virar manchete do DGABC, como no Tancão do Guaraciaba? Aí vão fiscalizar?

7) Mais uma do Parque Central -- pra mim, Parque dos Sabiás: área de alongamento junto ao lago da entrada principal foi desmontada e está sendo reconstruída. Fui informado de que ali seria uma praça de exercícios do idoso, agora deslocada para perto do parque infantil por interferência de alguns "amigos do parque". Detalhe é que lá em cima, e longe da entrada, não é o ideal para nenhum idoso. Tampouco pra se fiscalizar a utilização. Lógico que faltaram pesquisa e comunicação. Afogadilho dá nisso, prefeitão!

8) Pra quem também se preocupa com o mínimo de higiene e limpeza, o número de lixeiras em razoável estado de conservação continua irrisório. Não há reposição. Usuário sem educação divide a culpa com quem não cuida, o Poder Público.

9) Segunda-feira, pós-shows, é um desastre para o munícipe não afeito a chiqueiros. Área entre o palco do lago e o principal portão de acesso mais parece um lixão. Passe lá um dia desses, caro prefeitão! Não se esqueça da máscara!

10) Previsão de instalação da Praça do Exercício do Idoso no Jardim Tamoio já era. Prazo estourou e ali não há nenhum aparelho. Parceria com o Governo do Estado vai custar absurdos R$ 187 mil e a empresa responsável é a "famosa" Consladel, aquela dos radares e das multas. Abre o olho, prefeitão! Não sou seu fã como gestor (?), mas torço muito por você!

Quando o nosso prefeito quiser, posso acompanhá-lo numa caminhada pelos parques. De surpresa, de preferência. E sem assessores ou puxa-sacos de plantão.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Azulão fora da degola, mas ainda em perigo

A vitória do São Caetano ontem em Barueri deve ser rotulada de excepcional. Não importa se o Barueri teve mais volume e o Azulão só enfiou 3 a 0 no final. Intensidade nem sempre ganha jogo.

Pra quem se contentaria com a igualdade fora de casa, o resultado de contragolpes mortais e marcação ostensiva se configura como brilhante. Mais significativo, até, do que o bom empate em Arapiraca, diante de um ASA estritamente doméstico.

Nas mãos do agora bem menos contestado e mais confiável Márcio Araújo, o Azulão está invicto há oito jogos. Foram quatro vitórias e quatro empates.

Nem sempre jogando bem e nem sempre escalado ou alterado com coerência, mas com desempenho e eficácia suficientes para fazer 16 pontos em 24 possíveis. Os mesmos insignificantes 16 pontos que o clube ganhou nos 15 primeiros jogos do campeonato.

Agora em 14º lugar com 40 pontos, nove vitórias -- empatou muito, 13 vezes -- e fora da zona de rebaixamento, o São Caetano só não pode achar que está a salvo e se descuidar. Alívio ainda não é definitivo.

Com apenas três pontos de diferença para o primeiro (17º) da degola (o Guarani), o Azulão não pode abdicar da seriedade e da concentração nos sete jogos (21 pontos) restantes.

Embora os estudiosos de plantão garantam que 46 pontos livram da Série C, é bom colocar a barba de molho e atualizar a margem pra 47/48. E com pelo menos mais duas vitórias.

Nada melhor do que a primeira delas se efetivar neste sábado, no Anacleto Campanella, diante da torcida. O ABC é o 12º colocado com 42 pontos e 10 vitórias. Jogo de seis pontos que pode valer uma temporada inteira.

Por sinal, um temporada medíocre, que não pode ser simplesmente apagada de uma curta mas bela história de conquistas. Há necessidade de que o dono do poder, sim, o "presidente" Nairo, venha a público e dê explicações claras e convincentes.

Engana-se quem pensa que a culpa do vexame deve ser dividida apenas entre técnicos e jogadores. Engana-se quem pensa que a morte de Batata abalou tanto assim o minúsculo mas respeitável mundo azul.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pai

Olá, Pai, tudo bem?

Tô com saudade! E ela dói!

Demorei pra te escrever, né?

Será que onde você está é mesmo melhor do que aqui na Terra?

Já encontrou suas irmãs e os tios Waldomiro, Artur, Zico, Ganchinho e Landão pra pôr a conversa em dia?

E o João Sernaglia, seu grande amigo nas caçadas de sabiás e nas sinfonias de curiós, canarinhos-da-terra e azulões?

Afinal, ninguém é de ferro, né? Tomar uma pinguinha ou uma caracu com os amigos do peito também não faz mal. Pode mandar goela abaixo.

Aquela caipirinha de maracujá da chácara também está liberada. Coada, acompanhada de linguiça apimentada, mandioca frita, pão e queijo da venda. Ainda não consigo fazer igual. Jamais conseguirei! Quer saber? Nem quero! Quando subir -- se subir -- tomo a sua.

Se todos estiverem no céu, como é provável, Deus perdoa, pede um suco e faz companhia. Sem rezar! Se estiverem um degrau abaixo, o diabo toma junto.

Pois é, Pai... Quase não consigo escrever. E nem bem comecei. Eta lágrima teimosa, sô!O nariz não para de escorrer. Queria muito falar da saudade que carrego no peito, mas fico travado. E molhado, lógico!

Queria ao menos externar meu eterno sentimento de gratidão. Do fundo do coração. Sei que disse antes de o senhor partir, mas é uma dívida eterna para com aquele Pai de sapatão furado. Diga-se, na sola e na joanete do pé direito.

Queria falar da Cerâmica Rio-Pardense, do caminhão GMC que eu "dirigia" no seu colo. Meu Pai, seu Valério, o Italiano, era o melhor motorista do mundo. O GMC gemia carregado de barro, lenha, vasos, telhas, talhas, filtros e cia.

Pelas estradas de terra do Sul de Minas o GMC azul vivia encravando. Era o nosso ganha-pão, o sustento. Ajudou a formar três filhos -- eu, a Valéria e o Moisés.

Te juro, eu queria falar da marmoraria de chão batido e telhado torto em sociedade com o Mané. O sempre risonho e piadista Mané Trapaia, que, aposentado, lendo no banco da praça da matriz, morreu atropelado, acredite, por carro sem freio e sem motorista. É o cúmulo do azar, né?

Dizem que quando o Mané jogava bola, em São João da Boa Vista, o técnico do time o escalava com a seguinte justificativa, incontestável: "O Mané não joga nada, mas é o que mais trapaia o ponta".

Naquele tempo o futebol tinha ponta e atrapalhá-lo já era uma virtude. Será o que Mané atrapalharia seu xará, o Garrincha. Só se fosse contando piada e tomando várias.

Voltando às pedras que também sustentaram uma família. Me lembro da serra barulhenta e paquidérmica, ainda dos tempos do disco não diamantado. Da maceta batendo forte e coordenadamente no ponteiro afiado, a trabalhar a pedra bruta com a magia e a perfeição de um artista.

Não era mole, não! Na cabeça, para minimizar o pó de mármore contínuo, um simples boné de pano, às vezes de jornal, sem aba. Imagem inesquecível de quem sofria calado para ajudar uma costureira, dona Jandyra, a criar três filhos.

A pequena e velha forja e as duas antigas máquinas de lustrar também não saem da minha memória. Assim como o semblante de um Pai a empurrar blocos de pedra enormes com a ajuda de dois rolos de madeira desgastados. Ou simplesmente carregar nos braços.

Meu Pai era o homem mais forte da então pequena São José do Rio Pardo. Portanto, o mais forte do mundo. Por isso, mesmo com certa idade, era tão bom no braço-de-ferro. Lembra, Moisés, quando tínhamos a academia e dávamos aula? O máximo que conseguimos foi empatar. Haja braço!

Meu Pai também era o nadador mais rápido do mundo. Hoje, colocaria Cesar Cielo, Gustavo Borges e Xuxa no chinelo. Foi com ele que eu aprendi a nadar. Lá no açudão da Boa Esperança.

Como me esquecer do Pai mais "corajoso" do mundo? E não era só por causa do quintal à noite, do porão escuro ou do mato amedrontador durante as caçadas noturnas -- claro! -- de paca.

Acredite se quiser, Pai, mas, em pleno meio-dia, eu ficava cagando de medo só de levar o almoço pro senhor no cemitério. Detalhe: na marmita, o ovo frito tinha lugar cativo. Por gosto e/ou falta de melhor mistura.

Imagine, então, o senhor ali, junto de tantos mortos, assentando túmulo a noite toda, às vésperas de Finados, pra honrar o compromisso do melhor marmorista da cidade. Minto, melhor do mundo!

Também queria falar das poucas brincadeiras, das corridas até a esquina, na casa do seu Pedro Fargetti, seu patrão na época da cerâmica. O senhor tirava os chinelões, enfiava nas mãos, me dava distância e ainda me deixava sair antes.

Depois eu voltava a cavalo, nos seus ombros. Exatamente como faço hoje, com seu bisneto, o esperto Victor. Ele já gosta de pescar tilapinha, viu Pai? Victor é meu xodó e também gosta de bola. Como o senhor me ensinou a gostar vendo os jogos do Rio Pardo na Terceira Divisão.

Das caçadas nas fazendas Boa Esperança e Belo Horizonte, com água de mina tomada na folha, lima gelada, arranha-gato, inhambu e pomba juriti, eu também tenho muito a lembrar. Hoje, nem pensar!

Naquela época, meu Pai era o melhor "atirador" do mundo. Que pontaria com aquela cartucheira (32 ou 28), de dois canos, vendida com pesar pra ajudar na festa do meu casamento. Só me contaram 10 anos depois. Coisas de Pai.

Lógico que o senhor também era bom no estilingue, na malha -- foi campeão regional ao lado do seu Azael -- e na bocha. Bom ponteiro, ótimo atirador. Com certeza, o melhor do mundo! Sem mirar, a bocha subia mais do que o normal, descrevia uma parábola e pimba! As canchas do Tartarugão, do Angelim, do Toninho e da Grama são testemunhas.

Chi... de novo travei... E novamente chorei. Teria muito, muito mesmo, a dizer. Eu queria cuidar do senhor, mas o destino o levou antes. O lento câncer de próstata, o maldito Mal de Alzheimer e uma inesperada parada cardiorrespiratória roubaram meu bem mais valioso antes da hora. Sem sofrimento aparente, sereno, mas eu não queria.

O trator 8.5, que teve duas peruas Rural inesquecíveis nos anos 70 -- lembram-se, meus filhos? -- foi embora antes da última pescaria de traíra no açude do Hélio Escudeiro. Mas eu, o Moisés, o Bruno, o Felipe, o Nando, o Fábio, o Danilo e o Victor ainda vamos lá naquele canto.

O mesmo cantinho, perto do barranco e da cerca, onde o melhor pescador do mundo nos mostrava como fisgar as bitelas. Que categoria! Que alegria! Fora a gritaria! "Vamu tomá uma pra festejá!"

Exatamente no dia do professor, 15 de outubro, o senhor faria 86 anos. Mas não deu tempo nem de vir na festinha do primeiro aniversário da nossa pequena Julia, a filhinha da princesa-mãe, Maira. Seus bisnetos estão lindos e com saúde.

Mas, por favor, não me deixe sozinho em tarefa tão importante. Como um anjo de bigode e cabelos brancos, me ajude a fazê-los mais decentes, mais gente, mais felizes.

Sei que o senhor nunca foi muito de ler. Mas se tiver um tempinho, acesse o blogdoraddi. Por enquanto, é a alternativa pra matar a saudade que tanto me machuca.
Por enquanto, é a melhor opção pra repetir o quanto sou grato e o quanto te amei.

Com virtudes e defeitos -- prefiro esquecer -- inerentes ao ser humano. Sem precisar ser o melhor pai do mundo. Sem necessidade de ser perfeito. Nem herói. Simplesmente, Pai! Meu pai! De quem jamais deixarei de me orgulhar. Mais uma vez, obrigado por tudo!

domingo, 16 de outubro de 2011

Julia

Não me pergunte por que!
Mas eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou te amar

Você ainda é uma menina
Estamos juntos há um ano
Admiração e emoção sem limite
Certeza de que sempre vou te amar

Amar teu sorriso
Amar teu olhar
Amar tua beleza
Pra sempre vou te amar

Amar seu jeito de andar
Amar seu jeito gostoso de gargalhar
Amar sua arte de provocar
Eu sei que vou te amar

Contigo vou papar e fazer ninar
Vou brincar, abraçar, beijar
Te dar carinho sem parar, sem pensar
Princesa, pra sempre eu vou te amar

A cada amanhecer eu vou te amar
A cada por do sol eu vou te amar
A cada lágrima ou graça eu vou te amar
Eu sei que vou te amar

Onde quer que eu esteja
Eu sei que vou te proteger, te apoiar
A cada chegada tua eu vou sorrir
Meus olhos vão brilhar e os braços se abrir pra te abraçar

Onde quer que eu esteja
Meu coração vai palpitar, disparar
A cada despedida eu sei que vou chorar
Mas para sempre eu vou te amar

A cada lição de vida
Eu sei que vou te amar
A cada vitória ou derrota, acerto ou erro
Quero ali estar, ao seu lado, a te amar

O tempo vai passar
Vovô vai ficar velhinho (mais)
Mas com alegria vai te olhar, se orgulhar
E, com sinceridade, pra sempre vai te amar

Se um dia o vovô não mais escrever
Se um dia o vovô babão não mais falar
Se um dia o vovô não mais enxergar
Ainda assim, o vovô sabe que vai te amar

Por favor, me guarde no fundo do coração
Jamais se esqueça da minha gratidão por você existir
Afinal, descobri que a neta maravilhosa é mais do que paixão
Por isso, minha pequena Julia...

Como diz o poeta
Eu sei que vou te amar
Em todos os cantos e por todos os encantos
Eternamente eu vou te amar

Parabéns!
Vô Raddi
17 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Enfim, um Azulão convincente

Sim, o São Caetano ainda é o 17º colocado do Campeonato Brasileiro da Série B!

Sim, também está na zona de rebaixamento e corre sério risco de ir para a Série C!

Sim, o São Caetano de hoje ainda não é nem sombra daquele que na década passada empolgou o Brasil e chegou a ser vice-campeão da Libertadores da América.

Sim, o time de hoje está bem distante daquele vice-campeão brasileiro por duas vezes e campeão paulista nas mãos de Muricy Ramalho.

Porém, finalmente, o São Caetano que se viu ontem no Recife foi capaz ao menos de lembrar que já esteve no topo do ranking nacional.

A vitória diante do instável mas sempre caseiro Sport foi o que de mais importante poderia ter acontecido ao grupo de Márcio Araújo.

Mesmo abalado emocionalmente após duas derrotas, o Sport ameaçou pressionar com o apoio da torcida. Deu algum trabalho e poderia ter chegado ao gol no início do jogo.

Mas não passou disso. Antes mesmo do primeiro dos dois gols do lateral Artur o São Caetano já dava mostras de que desta vez tudo seria diferente.

A começar pela segurança defensiva, com laterais subindo pouco, zagueiros internos atentos às antecipações e às coberturas e, principalmente, com uma linha de três volantes disposta a não dar espaços. Especialmente ao articulador Marcelinho Paraíba.

Com os gols, tudo ficou mais fácil. O Sport perdeu o controle nervoso e a bola passou a queimar nos pés dos "pernambucanos".

No segundo tempo o time de PC Gusmão voltou mais disposto e chegou a diminuir num gol irregular, mas o Azulão não se abalou.

Mesmo sem ser tão criativo, o São Caetano chegou a criar mais duas boas oportunidades em contragolpes, além do gol de Nunes em jogada de Ailton. Além disso, manteve o alto poder combativo e se aplicou do começo ao fim. Coisa rara neste campeonato.

Agora, faltam apenas 10 rodadas para o grupo sacramentar o que esboçou no Recife. Se mantiver o alto grau de competitividade, ficará mais perto de conquistar 12/13 pontos salvadores.

Só que ainda é cedo para se qualificar a reação como consistente. Jogo desta sexta-feira, no Anacleto Campanella, deve dar mostras mais claras de aonde o time pode chegar.

Vila Nova também está na zona de degola. Não dá nem pra imaginar resultado diferente de vitória convincente. Também não quer dizer que Márcio Araújo deva exercitar a máxima de que "em time que ganha não se mexe".

Balela! Cada jogo tem sua história. Adversário deve ser respeitado com cuidados defensivos pertinentes. Mas fazer reverência não significa curvar-se demais e mostrar a bunda.

Por isso eu escalaria o Azulão no 4-2-2-2. A começar por zagueiros internos atentos e sem algemar laterais. Os dois volantes, Ricardo Conceição e Souza, teriam tarefas definidas para marcar, mas não se omitiriam na hora de encostar nos meias e até nos atacantes.

O quadrado do meio-campo teria dois meias: o mais dinâmico e ousado Ailton ao lado de Kléber ou até mesmo um atacante improvisado. Na frente, Antonio Flávio e Nunes começariam jogando.

Um time totalmente ofensivo, sem medo de ir pra cima. A ousadia pode ser sinônimo de risco, mas, em casa, o Azulão não pode ter medo nem da irresistível Portuguesa.

domingo, 2 de outubro de 2011

Bom empate do Azulão. Apesar do medo

Empate com a líder e provável campeã da Série B não pode ser considerado um mau resultado. Mas o 3 a 3 com a Portuguesa ainda mostrou um São Caetano sem confiança, sem ousadia, sem determinação e sem futebol de gente grande.

Mais uma vez! A começar pela escalação no 4-3-1-2, com quatro zagueiros, três volantes em linha, um pseudo-articulador isolado e dois atacantes entregues às traças, inúmeras vezes cercados por cinco ou seis adversários.

O pior é que nem mesmo com sete jogadores atrás da linha da bola o Azulão passava segurança defensiva. Pelo contrário: bastou a Lusa apertar com Edno às costas de Artur e sem a devida cobertura de Thiago Martinelli para sair o gol de Ananias. Goleiro Luís também falhou.

Mesmo perdendo o meio-campo, o São Caetano chegou à igualdade com Kléber batendo de fora da área. Weverton estava um pouco adiantado e tomou por cobertura. Bola desceu muito rapidamente.

Meu amigo e conterrâneo Vitor, ex-goleiro do Santo André e hoje empresário de jogador, garante que Weverton não falhou.

Melhor posicionada e com rapidez tanto para atacar quanto para defender, a Portuguesa voltou a marcar com o pequenino Ananias cabeceando outro cruzamento da esquerda. Zagueiros internos e o terceiro volante pela esquerda, Revson, falharam.

Teimosamense, considerando-se a situação do Azulão na tábua de classificação, o técnico Márcio Araújo retornou para a segunda etapa com o mesmo time e a mesma postura, chamando a Portuguesa novamente pra cima.

Apesar disso, o lateral Bruno Recife aproveitou cruzamento de Souza e empatou mais uma vez. Mas a Portuguesa não se abalou com a falha da zaga. Intensificou o ritmo e perdeu dois gols com Edno.

Aparentemente feliz com o resultado, Márcio Araújo tirou o atacante de velocidade, Antonio Flávio, e colocou o meia Ailton -- pelo jeito, ainda meio fora de ritmo --, adiantando Kléber para encostar em Nunes.

Pelo andar da carruagem, estava na cara que o domínio luso seria transformado em gol. Mesmo porque, mesmo defendendo com sete ou oito, o São Caetano conseguia dar espaços entre os três compartimentos.

Bastou tomar o gol, em nova falha defensiva, para que Márcio Araújo, ainda que tardiamente, trocasse um dos volantes -- Revson -- pelo centroavante Ricardo Xavier. Como prêmio pela ousadia mais do que necessária, Kléber igualou de novo após erro da zaga.

No final de um jogo marcado por deslizes defensivos, alguns torcedores do Azulão contestaram a postura excessivamente respeitosa -- ou medrosa? -- imposta pelo treinador. Tanto quanto outros enalteceram a conquista de um ponto importante após três desvantagens no placar.

Resultado não tira o Azulão do zona de rebaixamento (17º colocado com 30 pontos ganhos e seis vitórias) nem mostra perspectivas positivas para o jogo de terça-feira no Recife contra o sempre caseiro Sport.

Agora restam 11 rodadas. São 33 pontos em disputa e o São Caetano precisa fazer pelo menos mais 15 ou 16 se quiser escapar da degola. Aproveitamento atual não chega a
40%. Para se salvar, precisa atingir cerca de 50% nas próximas rodadas.

Se técnico e dirigentes não botarem pressão pra cima do elenco, poder de reação continuará sem dar mostras de consistência. Pena que só faltem 11 jogos. Estivéssemos no meio do campeonato, o ideal seria fazer uma faxina. Se é que no São Caetano alguém tem peito pra isso.