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segunda-feira, 24 de março de 2014

Vitória, lambança e vergonha no Brunão

Por mais uma falha de manutenção da empresa GVT, fiquei sem telefone e internet no final de semana. Por isso, só agora, 19h30min de segunda-feira,  escrevo o texto sobre o que vi sábado à tarde no Estádio Bruno José Daniel.

Ambiente e  jogo típicos da Segundona dos velhos tempos. Vitória magra mas importante mantém o Ramalhão com reais possibilidades de acesso. Segundo especialistas, precisa ganhar oito ou nove dos 12 pontos que ainda vai disputar.

Como está embalado por três vitórias seguidas e invencibilidade de 10 partidas, pode mesmo chegar. Problema é que tudo pode ser decidido na última rodada, quando enfrenta o empacado e ainda ameaçado São Caetano -- só empatou de 0 a 0 com o lanterna São José em Jacareí --  no Anacleto Campanella.

Repito o que já escrevi há uns 15 dias: já pensou se o clássico com o maior rival estiver decidindo o acesso de um e/ou o descenso do outro? Não é de se duvidar!  Vai pegar fogo! 

Além do 1 a 0 sobre o fraco e também pressionado pela degola Itapirense, partida mostrou lambanças da  arbitragem e falta de desportividade e honradez do técnico perdedor, Paulinho Ceará. Fugir de campo é uma vergonha!

Além de enrolado e de querer ser mais realista do que o rei, o juizão Marcos Alves da Silva teve um erro gravíssimo ao mostrar desconhecimento das regras do futebol e encerrar momentaneamente a partida quando o Itapirense ficou com sete jogadores em campo.

Regra III diz, claramente, que a partida só não pode continuar se um dos times tiver menos de sete jogadores. Com três expulsões e uma lesão -- simulada ou não -- o jogo poderia continuar. Juizão só se tocou quando avisado por outro componente da arbitragem.

Por pouco tempo, já que o treinador insistia para que alguém caísse de vez. O que aconteceu. Resultado de 1 a 0 é menos desastroso do que quatro ou cinco e saldo de gols pode definir o rebaixamento ou não.

Tanto quanto  um gol de diferença pode definir o acesso ou não do Santo André. A não ser que a súmula do juiz lambão venha carregada e o descarado Itapirense seja punido, com um 3 a 0, por exemplo, entre outras possibilidades administrativas.   

Santo André não fez um "jogo belíssimo" não, como afirmou Vilson Tadei. Treinador viu outro jogo.  Primeiro tempo do Santo André foi apenas razoável. De tão calmo e cuidadoso, pareceu até meio preguiçoso.

Pra quem disputa vaga de acesso, joga em casa e é muito superior, ficou devendo em volume, intensidade e eficácia ofensiva. Criou pouco e finalizou apenas duas vezes com real perigo diante de um adversário recuado,  que só marcou mas exigiu uma grande defesa de Saulo num contragolpe. Ramalho foi o destaque.

Santo André voltou pelo menos com mais vontade na segunda etapa. E nem poderia ser diferente. Acelerou o ritmo, sem se descuidar da marcação, e abriu as ações ofensivas, agora sem deixar Nunes emparedado.

Tanto que criou bela oportunidade no primeiro minuto com Chico e fez 1 a 0 aos 4, com Nunes, sozinho,  aproveitando cruzamento de Renato Peixe, da esquerda.

Depois disso, perdeu pelo menos quatro boas oportunidades. Com um, dois e depois três jogadores a menos, o  lutador mas já desorganizado e cansado Itapirense virou presa fácil. Mas, sem brilho à altura das necessidades, o Ramalhão  não aproveitou para golear.

Depois do primeiro cai-cai, da simulação contestatória, da lambança da arbitragem, da longa paralisação e do jogo "encerrado" que voltou a ser jogado, o Santo André, com quatro a mais, ainda poderia ter marcado.
Porém, logo depois, com nova simulação, aí sim o jogo acabou antes da hora.

Com vitória do Santo André que ainda o faz sonhar com acesso. Com lambança grotesca da arbitragem. E com a atitude vergonhosa do técnico e de alguns jogadores do Itapirense.

Infelizmente, o  futebol se apequenou. Que "bela homenagem" para o recém-falecido capitão da Seleção Brasileira campeã do mundo em 58. Bellini, filho de Itapira e exemplar raro de caráter e dignidade, merecia mais respeito, mais dignidade.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Uma vaquinha para o professor Belarmino.

 Gostaria, mais uma vez, de questionar a administração Carlos Grana sobre a condução da Secretaria de Esporte e Lazer. Simples perguntas e sugestões. Nada mais. 

Perguntas: caro prefeito, salários, seus e do secretariado, estão em dia? Os senhores colaboraram com a vaquinha pró-hospedes da Papuda?

Considerando-se que os salários de todos estão rigorosamente em dia e que a maioria de petistas, cabos eleitorais e comissionados não contesta quando obrigada a fazer vaquinha para pagar multas de companheiros mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, com quanto o senhor e seu extenso secretariado colaborariam para pagar os salários do Belarmino?

Calma, prefeito, eu não disse José Genoíno e sim José Belarmino. Isso, Be-lar-mi-no! Professor Zé Belarmino. E dos bons! Se possível, senhor Carlos Grana, capriche no valor. Coitado! O técnico acreditou no projeto andreense e nas palavras quase sempre nada consistentes de dirigentes públicos.

No fundo, o Genoíno, quer dizer,  o Belarmino,  trocou a natação de São Caetano pela de Santo André exatamente por falta de pagamento na vizinha rica. Entrou numa gelada e agora pode morrer afogado. 

Fiquei sabendo que até andou recebendo os dois meses de salários atrasados. Mas não foi da Prefeitura, não. O cheque trocado veio do recém-fundado GESA - Grêmio Esportivo Santo André -- formado por pais de atletas que deveriam ser bancados integralmente pelo Poder Público.

Pais e mães, que, diga-se, desde o ano passado têm feito milagres e até rifas para manter os filhos -- inclusive meu sobrinho e afilhado --  nadando no Complexo Pedro Dell'Antonia, aquele que estaria sendo preparado para receber atletas olímpicos em 2016. Piada!

Os mesmos pais que no ano passado gastaram com viagens e inscrições dos filhos, além de fazerem a manutenção do espaço piscina/vestiários. Doações para iluminação, pintura, vasos sanitários, chuveiros e outros quetais na piscina semi-olímpica saíram do bolso dos pais. Uma vergonha quando os atletas representam a cidade!

Pra quem não sabe, a empresa que ganhou a licitação para cuidar da piscina semi-olímpica não ´´e especializada, não conhece do ramo e não realizou o serviço. Por isso muitas crianças estão treinando na olímpica, praticamente numa raia s´´o, como um cardume de sardinhas. Legal, não?

E então, prefeito, que tal tirar o escorpião do bolso e ajudar a pagar também o salário do Zé. Calma, senhor Carlos Grana, não é o do amiguinho Zé Dirceu, não. O nosso outro Zé é o Ricardo, outro professor de natação que cuida de nossas crianças guerreiras.

Afinal, ele merece. Primeiro que não é mensaleiro. Segundo, que não está na Papuda a exigir até podólogo, comida especial e outras regalias. O nosso Zé é um ótimo profissional, tanto quanto o Belarmino.. Ele está nas piscinas inadequaas cobrindo horário de professores prometidos há bom tempo e  não disponibilizados.

Pelo menos até ontem o Carlinhos e a Juliana, se não me engano, não estavam no time dos molhados sem salários. Chi! Me lembrei agora. Será que na Papuda de tantos privilégios não vão comprar também uma piscina para os amigos do rei e inimigos do Joaquim?

Como derradeira sugestão, por hora, o senhor prefeito e seus subordinados diretos, peixes graúdas, do primeiro escalão, poderiam entrar na "exemplar" conduta dos amiguinhos de partido -- ou empreiteiras doadoras? --  e participar da vaquinha para ajudar também o Bio.

Não, prefeito, não é o apelido do Delúbio Soares, não. Bio é uma das nossas promessas. E não é de campanha, não. Um dos nossos principais nadadores. Uma promessa do esporte ultimamente tão desrespeitado.

O Bio é pobre e precisa muito de uma bolsa! E seu pai, um bombeiro, portanto, forte candidato a herói, não tem se alimentado direito. Falta comida no quartel!

Não sei se é verdade, mas um golfinho me confidenciou que a Prefeitura de Santo André -- tanto quanto a de São Paulo -- é culpada. É responsável pela alimentação dos bombeiros da cidade mas até outro dia não vinha cumprindo o compromisso.

Senhor prefeito, só mais uma. Tive uma ideia: já que, sem justificativa, o senhor prestigia tanto a secretária Marta Sobral,, aquela que cansa de levar bola nas costas pro senhor cobrir:  por que não aproveita a onda do Mais Médicos e cria o Programa Mais Professores ( de Natação) . Com ou sem a ajuda do Governo Federal, a vantagem é que nem vai precisar mandar metade para os irmãos Castro.

Já que está na Câmara Municipal projeto propondo pagamento extra de R$ 2 mil aos amiguinhos  a título de auxílio moradia e alimentação, por que não criar um programa para quem faz o melhor pelo esporte de Santo André. Auxílio natação seria bem mais econômico, decente e doméstico, não acha?

Só para concluir: mesmo com a marcação cerrada e correta do Ministério Público no quesito transparência na liberação de verbas públicas, já cansou essa conversa repetitiva de entraves burocráticos.

Os atrasos salariais ( ou ajuda de custo) vêm de longa data. Falta vontade ou competência para não chegar a tamanho absurdo! Compromissos não cumpridos são recorrentes. Também já aconteceram com o vôlei, com o basquete, com o futsal e com o handebol das meninas campeãs.

Professores, comissões técnicas, atletas e demais representantes das cores da cidade, do primeiro ao último escalão,  não podem ficar na rua da amargura.

Contratou, paga! Prometeu, cumpre! Falando sério: se for pra fazer vaquinha é melhor fechar as portas e não mais sonhar com um passado de tantas glórias. Que sejam, ao menos, diretos e honestos. Sem engambelar.

Em tempo: talvez seja melhor o prefeito de São Caetano -- teoricamente do PMDB --, Paulo Pinheiro pedir algumas orientações ao PT e também se especializar em vaquinhas. Apesar das manifestações e da exoneração do então secretário de Esportes, ainda há quem não receba desde janeiro. Outra vergonha!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Gênios colados. Na marra! Não gostei!

Deu a lógica! Barcelona venceu o Manchester City por 2 a 1 ( 4 a 1 no agregado) e está nas quartas-de-final da fortíssima Liga dos Campeões da Europa.

Time de Tata Martino não foi um primor técnico e tático. Também não teve aquela posse de bola avassaladora. Poderia até perder, mas jogou para vencer!

Campeão inglês entrou num 4-2-3-1 com viés ofensivo. Laterais ficavam, mas, de posse de bola, os dois volantes saíam para o jogo. Só que os três meias armadores e atacantes pouco se aproximavam de Aguero.

Já o Barça jogou no 4-1-3-2. Liberou laterais alternadamente e manteve apenas um volantão. Xavi, Fábregas e Iniesta marcavam, armavam e atacavam alternadamente.

Entendo a intenção de Tata Marino aproximar -- e às vezes encavalar -- o melhor jogador do mundo do mais caro do mercado do futebol. Porém, não concordo que Neymar tenha brilhado. Foi prejudicado! 

Craque brasileiro é muito melhor quando faz a diagonal da esquerda para o centro em velocidade, ficando em posição para arremates certeiros. Aí, sim, suas penetrações são fatais. Outra fera, Iniesta, ocupou a esquerda. 

Barcelona teve raras conclusões. Como sempre, tocou muito mas chutou pouco a gol com perigo real. Especialmente no primeiro tempo, quando os times, apesar de ofensivos, só foram contundentes e correram riscos, mesmo, no final. 

Pelo meio, Neymar teve um gol legítimo não validado pela arbitragem sob alegação de impedimento, inexistente. E depois, pela esquerda, ainda concluiu bem mas viu Fernandinho salvar sobre a linha de gol.

Segundo tempo mostrou o City -- agora com Dzeko -- mais ofensivo e, como consequência, menos consistente na marcação. Tudo normal! Barcelona achou os espaços que tanto queria para contra-atacar.

Tanto que quase fez 1 a 0 aos cinco minutos com Messi -- conclusão foi ao poste direito. Mas o Manchester City precisava vencer e não se intimidou. Ameaçou duas vezes com Dzeko -- falha de Neymar -- e Zabaleta. O jogo ficou mais aberto e franco.

Aos 22 minutos, quando o campeão inglês estava melhor, Messi abriu o marcador após passe de Fabregas. Ainda superior, o City poderia igualar aos 33, mas o juizão não deu pênalti claro de Piquet em Dzeko. 

Zabaleta reclamou com razão mas acabou expulso e o Barcelona ganhou ainda mais espaços para ampliar o marcador. Ameaçou com Xavi e Fabegas, mas o segundo gol só aconteceu aos 43 com o brasileiro Daniel Alves após bela jogada de Iniesta. 

Antes, aos 41, em posição contestada mas legal, o zagueiro Company chegou a empatar. Mas não havia mais tempo para mudar o destino do jogo no agregado. 

O Barcelona não foi tão superior, mas teve volume e intensidade e venceu com méritos. Mas, que Tata Martino errou, errou. Pode parecer paradoxal, mas colar duas sumidades da bola pode ser uma estratégia perigosa.

Como gênios, Neymar -- muitos aplausos e algumas vaias -- e Messi não dependem  de aproximação tática determinada pelo treinador. Na marra!

Em nome da arte e da essência dos gols, o imã da genialidade há de juntá-los naturalmente, no decorrer do jogo. 

Como a natureza é sábia, o rio correr pro mar. E a bola se aninha no carinho e no aconchego dos gênios. Simples assim!       



terça-feira, 11 de março de 2014

A irresponsabilidade do DGABC

A cada dia, a credibilidade do Diário do Grande ABC se aproxima ainda mais do fundo do poço.

Pura irresponsabilidade e falta de comprometimento profissional de quem deveria ser a voz do cidadão do Grande ABC e não apenas de apaniguados.

O Diário de hoje é parcial, tendencioso, superficial e nada confiável. Como maior -- bem diferente de melhor -- jornal regional do País, é decepcionante.

Comandado por um empresário nota zero em jornalismo, o DGABC é, com exceções bissextas, pautado e editado de acordo com interesses pessoais, econômicos, políticos e institucionais.

Compromisso com a informação, com verdade dos fatos e com a expectativa do leitor é tão grande quanto o de uma prostituta com seu freguês da hora. A sociedade como um todo que se lasque!

Nenhuma editoria se salva. Desleixo com a essência vai da Política à Economia, do Esporte ao caderno de Sete Cidades. Primeira Página é questionável e Social é uma piada, mas agrada a sociedade dos amigos do rei,  tão provinciana quanto empavonada.

Repare, caro leitor, que, bem diferente da grande Rede Globo,  raramente o DGABC se digna a fazer uma correção ali na página 2, sob a Palavra do Leitor. Conclusões são óbvias: o pequeno espaço não comporta e falta humildade.

Espaço mínimo para reparar o sem-número de falhas, de cagadas diárias, seria de um página inteira, sem anúncio. Quanto ao item humildade, seria pedir demais a empresários e jornalistas. Quase todos se julgam em patamares estelares. Quando não, divinos.

Por que repito tudo que acho e escrevo há muito tempo? Basta olhar a edição de hoje, que noticia, com  foto do clube,  a morte de uma mulher, "esfaqueada num baile da Terceira Idade no  Primeiro de Maio Futebol Clube".

Só que tudo aconteceu no Tênis Clube de Santo André, também na região central, a 100m do meu Primeiro de Maio. E tudo no quintal do jornal, a três quarteirões da sede.

Muito longe, né? Talvez seja difícil tirar a bunda da cadeira e os olhos da inseparável Internet em vez simplesmente confiar num Boletim de Ocorrência, quase sempre feito nas coxas. Coisa de preguiçoso e/ou foca! Ou faltou orientação?

O fato é grave, precisa ser checado antes de publicado. Como qualquer informação. Mesmo que venha de autoridades ou "otoridades" de plantão. Ou estamos falando de funcionários de um meio de comunicação que não sabem ou não querem se comunicar?

Imagine o tratamento dado às notícias da periferia andreense ou de São Bernardo, Diadema, Mauá, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra! Informou eu publico? Como confiar no DGABC? Como seguir o slogan e "começar o dia muito bem informado"?

Como ficam os jornalistas responsáveis pelos textos? Como fica o editor ou editora do caderno Sete Cidades? Como fica o diretor de Redação? Vai arder no de quem? No do delegado ou no do escrivão de polícia?

Voltar aos bancos da faculdade vem como primeira sugestão, mas é besteira. Lá,  se aprende cada vez menos. Se engana cada vez mais. É questão de competência, de comprometimento, de profissionalismo. Simples assim!

E agora, como limpar a imagem do Primeiro de Maio? Será que amanhã pintará aquela rara e simples correção ou espaço semelhante será utilizado para informar corretamente e pedir desculpas ao leitor e ao associado?

Duvido, mas, se acontecer, não resolve! Como cidadão, leitor e sócio do Primeiro de Maio, sugiro à presidência que acione do Departamento Jurídico, processe o jornal e exija indenização à altura dos estragos morais provocados.

Que o Diário não transfira a responsabilidade e pague o preço da incompetência de alguns de seus jornalistas. E sem essa de panos quentes, de  conversinha para acertos escusos ou desculpas esfarrapadas. 

sábado, 8 de março de 2014

Estupros: Prefeitura de Santo André é responsável

Confesso não ter lido o Diário do Grande ABC de ontem. Nem sempre tenho saco para encarar tanta asneira e falta de profissionalismo. Edição de hoje, no entanto, traz o rescaldo da prisão do maníaco do  Parque Central.

Por sinal, mais uma matéria malfeita, capenga, sem precisão nas informações, sem questionamentos incisivos e sem um pingo de interpretação dos fatos.

Pra quem não leu, vale lembrar que um idiota, de 55 anos, molestou sexualmente mais de 10 crianças e adolescentes da favela Gamboa. Em pleno Parque Central, provavelmente à luz do dia, aconteceram estupros e outros abusos inadmissíveis.

Moradores da comunidade armaram a arapuca e o "doente" foi pego. Quando o Mané estava levando o merecido corretivo, a Guarda Civil Municipal interveio. Em seguida, segundo o texto do DGABC, chegaram os investigadores do 1º DP.

Em nota, a Prefeitura lavou as mãos. Não assumiu qualquer responsabilidade. Simplesmente informou disponibilizar 18 GCMs para zelarem pela segurança do parque. A pé, de moto e (por minha conta), em 90% dos casos, em viaturas. Andar a pé cansa, né?

De que adianta  colocar 18 guardas -- em turnos de revezamento, lógico -- para dar segurança aos usuários se, há muitos anos,  a maioria não deixa a salinha da entrada principal.

Salvo raríssimas e elogiáveis exceções, os agentes públicos -- pagos por nós, diga-se -- jogam conversa fora o tempo todo. Talvez até role um truco... Quando não, fazem do celular um amigo inseparável.

Escrevo sobre isso há muito tempo. Usuários, e até traficantes de drogas, além de outros bandidinhos, fazem do parque o quintal de casa. Especialmente no final da tarde, entre os acessos da Visconde Mauá, da Javaés e da Gamboa, por onde, pelo buracos, entra quem quer,  a qualquer hora.

Frequento o PC há muitos anos, quase todos os dias, por isso não tenho receio de afirmar. Eu vejo! Por enquanto, não mudou nada de Aidan para Grana. Parece que ninguém quer nada com nada. Comprometimento nulo! Segurança nota zero!

Violência contra as crianças, dentro do parque, poderia ser evitada ou ao menos minimizada se nossos servidores trabalhassem de verdade, se mostrassem a cara o tempo todo em vez de se esconder no casulo da portaria. Será que ali tem mel!

Quem pegou o f.d.p. foi o grupo da favela, provavelmente formado pelos pais. Se nossos nobres funcionários municipais tirassem a bunda da cadeira ou da viatura -- mesmo que para chamar a PM --, talvez a sorte dessas crianças fosse outra.

Onde está o chefe da GCM que não vem a público para justificar os crimes sob as barbas de seus subordinados? Onde está o secretário de Segurança Pública para explicar tamanha omissão? Onde está o prefeito, que copia o antecessor e não toma atitude consistente?

Fica a certeza (?) de que, após a porteira arrombada, nossas autoridades vão garantir providências enérgicas, exemplares, talvez cortando o "dedo" ou as orelhas do cara.

Corretivo iniciado pelos próprios moradores vai acontecer na cadeia, não tenham dúvidas. Só que o ideal seria um conjunto de medidas preventivas, capazes de evitar cortes na alma que jamais vão cicatrizar.

Não adianta o delegado responsável dizer que o imbecil vai pagar por todos os abusos. Tudo poderia ser evitado. Por isso a Prefeitura de Santo André também deve ser responsabilizada. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Tigre: chuva de gols, jogo bom e empate ruim

Aconteceu de tudo ontem à noite no Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

São Bernardo e Rio Claro fizeram um jogo sem primor tático e técnico, mas eletrizante. Com direito a uma chuva de gols e alternância no placar.

Falhas individuais de jogadores e treinadores colaboraram para que saíssem exagerados 10 gols.

Porém,  o raro empate de 5 a 5 foi ruim tanto para o Tigre quanto para o Rio Claro, que ainda sonham com vagas no Campeonato Paulista e/ou na Série D do Brasileiro. O que está cada vez mais difícil.

Novamente no 4-3-1-2, com três volantes, um meia, dois atacantes e apostando nos contragolpes rápidos, o São Bernardo abriu 2 a 0 em apenas 10 minutos.

Eduardo marcou belo gol de falta aos oito e dois minutos depois Marino ampliou ao aproveitar lançamento do mesmo Eduardo e falha de cobertura da zaga interiorana.

Em desvantagem, o 4-4-2 do Rio Claro ficou mais ofensivo. Desprezou os cuidados defensivos ao dar espaços para os contra-ataques do Tigre.

Melhor postado, o time do técnico Fahel Júnior diminuiu aos 26 minutos com Rafael Costa em cobrança de falta que desviou  em Marino  e matou o goleiro Wilson Júnior.

Um minuto depois, no entanto, o São Bernardo ampliou com Bady, livre de marcação, após cruzamento escorado por Eleomar Bombinha.

Até aí, parecia um jogo normal. Mas tudo começou a mudar no final do primeiro tempo, quando Dudu,  volante e principal marcador do Tigre, fez falta e recebeu o segundo cartão amarelo.

Mesmo com um jogador a menos, o técnico Edson Boaro voltou sem a alteração lógica, que seria a substituição do pouco produtivo Eleomar Bombinha por algum marcador, no mínimo para recompor o setor e se proteger.

Jogo virou o samba do crioulo doido. Coisa de louco! São Bernardo sofreu verdadeira pane mental. Perdido, desarrumado e dominado, viu o Rio Claro fazer quatro gols  e ainda mandar uma bola na trave em 10 minutos: André Luiz aos três aos quatro e meio, Leo Costa aos 10 e Robson aos 13.

Atônitos, meio-campistas, laterais e zagueiros internos do Tigre falharam em sequência e viram o Rio Claro acelerar e atropelar. Passeios em amplas avenidas, especialmente na marginal direita. Sob o testemunho silencioso da torcida incrédula.

No banco de reservas, Edson Boaro também parecia anestesiado. Quando já estava em desvantagem, colocou o meia Jean Carlos na lateral-esquerda e deslocou Eduardo para a direita no lugar de Rafael Cruz, além de fazer entrar os atacantes Diogo Acosta e Márcio Diogo.

Careca aproveitou falha da zaga para diminuir aos 15 minutos, de cabeça. E, mesmo com um jogador e menos, o São Bernardo  não desistiu. Foi ao ataque e encontrou espaços porque o Rio Claro, talvez imaginando o jogo decidido, diminuiu o ritmo ofensivo e a intensidade na marcação.

Tanto quanto Boaro, Fahel também não  motivou nem mexeu na hora certa. O time trocou a velocidade pela apatia, não aproveitou a vantagem numérica para matar o jogo e acabou levando o gol de empate aos 38 minutos, em nova jogada pela esquerda e cabeçada de Márcio Diogo.

Se a partida tivesse  mais cinco minutos, o Tigre ganharia. Se tivesse mais 10, o Rio Claro empataria. Se tivesse mais 20 minutos, terminaria 7 a 7 com uma lambança de cada goleiro.

Dos males, o menor, pelas circunstâncias do jogo. Mas o empate em casa foi ruim e deixa o São Bernardo ainda mais longe das vagas.



  

domingo, 2 de março de 2014

Santo André empata e fica mais longe da vaga. São Caetano vence mas ainda está perto da degola

Campeonato Paulista da Série A-2, a famosa Segunda Divisão, já teve 11 rodadas. Faltam, portanto, apenas oito para o encerramento da Segundona.

Representantes do Grande ABC,  Santo André e São Caetano estão em situações nada confortáveis para quem entrou sonhando com o acesso à elite estadual.

Oitavo na classificação geral, o Ramalhão ainda tem possibilidades de subir, mas, após o bom empate de 2 a 2 em Monte Azul, ficou a cinco pontos do quarto colocado, o Marília.

Os mesmos cinco pontos o separam do inferno do rebaixamento. Portanto, é bom tomar cuidado e voltar a vencer para não ficar entre os ameaçados.

Já o Azulão, apesar da vitória fora diante do fraco Barueri ( 2 a 0 ),  continua a apenas um ponto do Guaratinguetá, 17º e primeiro na lista da degola.

São Caetano, que já foi campeão estadual na elite,  está a distantes nove pontos do patamar classificatório. Melhor esquecer o céu e não perder o foco do inferno.

Em 33 pontos disputados, o Santo André ganhou 16. Foram três vitórias, 7 empates, uma derrota, 12 gols a favor, 12 contra,  saldo de zero e aproveitamento de  48,5%, contra 63,6% do Marília.

Ramalhão é o rei do empate e um dos que menos perdem. Só não perdeu menos que o invicto Red Bull, o terceiro colocado e candidatíssimo ao acesso.

Já o São Caetano está em 13º lugar com 12 pontos ganhos, frutos de 4 vitórias, nenhum empate e sete derrotas, 13 gols a favor, 13 contra, saldo nulo e aproveitamento  de apenas 36,4%.  Tem ojeriza à igualdade, mas "adora" perder.

Próximos três jogos do Santo André: Batatais (fora), São José (casa) e Rio Branco em Americana. Os desafios do Azulão: Catanduvense e União Barbarense em casa; e o líder São Bento em Sorocaba.

Clássico entre Santo André e São Caetano só acontece na última rodada, dia 13 de abril, no Anacleto Campanella. Só faltava o encontro decidir a sorte do Ramalhão rumo ao acesso e a do Azulão a fugir de novo rebaixamento.