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segunda-feira, 24 de março de 2014

Vitória, lambança e vergonha no Brunão

Por mais uma falha de manutenção da empresa GVT, fiquei sem telefone e internet no final de semana. Por isso, só agora, 19h30min de segunda-feira,  escrevo o texto sobre o que vi sábado à tarde no Estádio Bruno José Daniel.

Ambiente e  jogo típicos da Segundona dos velhos tempos. Vitória magra mas importante mantém o Ramalhão com reais possibilidades de acesso. Segundo especialistas, precisa ganhar oito ou nove dos 12 pontos que ainda vai disputar.

Como está embalado por três vitórias seguidas e invencibilidade de 10 partidas, pode mesmo chegar. Problema é que tudo pode ser decidido na última rodada, quando enfrenta o empacado e ainda ameaçado São Caetano -- só empatou de 0 a 0 com o lanterna São José em Jacareí --  no Anacleto Campanella.

Repito o que já escrevi há uns 15 dias: já pensou se o clássico com o maior rival estiver decidindo o acesso de um e/ou o descenso do outro? Não é de se duvidar!  Vai pegar fogo! 

Além do 1 a 0 sobre o fraco e também pressionado pela degola Itapirense, partida mostrou lambanças da  arbitragem e falta de desportividade e honradez do técnico perdedor, Paulinho Ceará. Fugir de campo é uma vergonha!

Além de enrolado e de querer ser mais realista do que o rei, o juizão Marcos Alves da Silva teve um erro gravíssimo ao mostrar desconhecimento das regras do futebol e encerrar momentaneamente a partida quando o Itapirense ficou com sete jogadores em campo.

Regra III diz, claramente, que a partida só não pode continuar se um dos times tiver menos de sete jogadores. Com três expulsões e uma lesão -- simulada ou não -- o jogo poderia continuar. Juizão só se tocou quando avisado por outro componente da arbitragem.

Por pouco tempo, já que o treinador insistia para que alguém caísse de vez. O que aconteceu. Resultado de 1 a 0 é menos desastroso do que quatro ou cinco e saldo de gols pode definir o rebaixamento ou não.

Tanto quanto  um gol de diferença pode definir o acesso ou não do Santo André. A não ser que a súmula do juiz lambão venha carregada e o descarado Itapirense seja punido, com um 3 a 0, por exemplo, entre outras possibilidades administrativas.   

Santo André não fez um "jogo belíssimo" não, como afirmou Vilson Tadei. Treinador viu outro jogo.  Primeiro tempo do Santo André foi apenas razoável. De tão calmo e cuidadoso, pareceu até meio preguiçoso.

Pra quem disputa vaga de acesso, joga em casa e é muito superior, ficou devendo em volume, intensidade e eficácia ofensiva. Criou pouco e finalizou apenas duas vezes com real perigo diante de um adversário recuado,  que só marcou mas exigiu uma grande defesa de Saulo num contragolpe. Ramalho foi o destaque.

Santo André voltou pelo menos com mais vontade na segunda etapa. E nem poderia ser diferente. Acelerou o ritmo, sem se descuidar da marcação, e abriu as ações ofensivas, agora sem deixar Nunes emparedado.

Tanto que criou bela oportunidade no primeiro minuto com Chico e fez 1 a 0 aos 4, com Nunes, sozinho,  aproveitando cruzamento de Renato Peixe, da esquerda.

Depois disso, perdeu pelo menos quatro boas oportunidades. Com um, dois e depois três jogadores a menos, o  lutador mas já desorganizado e cansado Itapirense virou presa fácil. Mas, sem brilho à altura das necessidades, o Ramalhão  não aproveitou para golear.

Depois do primeiro cai-cai, da simulação contestatória, da lambança da arbitragem, da longa paralisação e do jogo "encerrado" que voltou a ser jogado, o Santo André, com quatro a mais, ainda poderia ter marcado.
Porém, logo depois, com nova simulação, aí sim o jogo acabou antes da hora.

Com vitória do Santo André que ainda o faz sonhar com acesso. Com lambança grotesca da arbitragem. E com a atitude vergonhosa do técnico e de alguns jogadores do Itapirense.

Infelizmente, o  futebol se apequenou. Que "bela homenagem" para o recém-falecido capitão da Seleção Brasileira campeã do mundo em 58. Bellini, filho de Itapira e exemplar raro de caráter e dignidade, merecia mais respeito, mais dignidade.

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