Deu a lógica! Barcelona venceu o Manchester City por 2 a 1 ( 4 a 1 no agregado) e está nas quartas-de-final da fortíssima Liga dos Campeões da Europa.
Time de Tata Martino não foi um primor técnico e tático. Também não teve aquela posse de bola avassaladora. Poderia até perder, mas jogou para vencer!
Campeão inglês entrou num 4-2-3-1 com viés ofensivo. Laterais ficavam, mas, de posse de bola, os dois volantes saíam para o jogo. Só que os três meias armadores e atacantes pouco se aproximavam de Aguero.
Já o Barça jogou no 4-1-3-2. Liberou laterais alternadamente e manteve apenas um volantão. Xavi, Fábregas e Iniesta marcavam, armavam e atacavam alternadamente.
Entendo a intenção de Tata Marino aproximar -- e às vezes encavalar -- o melhor jogador do mundo do mais caro do mercado do futebol. Porém, não concordo que Neymar tenha brilhado. Foi prejudicado!
Craque brasileiro é muito melhor quando faz a diagonal da esquerda para o centro em velocidade, ficando em posição para arremates certeiros. Aí, sim, suas penetrações são fatais. Outra fera, Iniesta, ocupou a esquerda.
Barcelona teve raras conclusões. Como sempre, tocou muito mas chutou pouco a gol com perigo real. Especialmente no primeiro tempo, quando os times, apesar de ofensivos, só foram contundentes e correram riscos, mesmo, no final.
Pelo meio, Neymar teve um gol legítimo não validado pela arbitragem sob alegação de impedimento, inexistente. E depois, pela esquerda, ainda concluiu bem mas viu Fernandinho salvar sobre a linha de gol.
Segundo tempo mostrou o City -- agora com Dzeko -- mais ofensivo e, como consequência, menos consistente na marcação. Tudo normal! Barcelona achou os espaços que tanto queria para contra-atacar.
Tanto que quase fez 1 a 0 aos cinco minutos com Messi -- conclusão foi ao poste direito. Mas o Manchester City precisava vencer e não se intimidou. Ameaçou duas vezes com Dzeko -- falha de Neymar -- e Zabaleta. O jogo ficou mais aberto e franco.
Aos 22 minutos, quando o campeão inglês estava melhor, Messi abriu o marcador após passe de Fabregas. Ainda superior, o City poderia igualar aos 33, mas o juizão não deu pênalti claro de Piquet em Dzeko.
Zabaleta reclamou com razão mas acabou expulso e o Barcelona ganhou ainda mais espaços para ampliar o marcador. Ameaçou com Xavi e Fabegas, mas o segundo gol só aconteceu aos 43 com o brasileiro Daniel Alves após bela jogada de Iniesta.
Antes, aos 41, em posição contestada mas legal, o zagueiro Company chegou a empatar. Mas não havia mais tempo para mudar o destino do jogo no agregado.
O Barcelona não foi tão superior, mas teve volume e intensidade e venceu com méritos. Mas, que Tata Martino errou, errou. Pode parecer paradoxal, mas colar duas sumidades da bola pode ser uma estratégia perigosa.
Como gênios, Neymar -- muitos aplausos e algumas vaias -- e Messi não dependem de aproximação tática determinada pelo treinador. Na marra!
Em nome da arte e da essência dos gols, o imã da genialidade há de juntá-los naturalmente, no decorrer do jogo.
Como a natureza é sábia, o rio correr pro mar. E a bola se aninha no carinho e no aconchego dos gênios. Simples assim!
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