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domingo, 20 de dezembro de 2015

Barcelona e Noruega: show, aula e tri

O domingo foi um pouco diferente. Afinal, sem Campeonato Brasileiro de Futebol, é muito chato. Sem Corinthians, a coisa fica pior ainda.

Mas o dia foi bem interessante para o esporte mundial. Afinal, o Barcelona  passeou, deu show em Yokohama  e enfiou 3 a 0 no River Plate, conquistando o título do Mundial Interclubes de Futebol pela terceira vez ( 2009, 2011 e 2015).

À tarde, agorinha, na Dinamarca, a seleção feminina da Noruega também passeou;  deu outra aula de handebol, atropelou a Holanda ( 31 a 23) e  conquistou  o Mundial (1999, 2011 e 2015).

Se de manhã o show  saiu dos pés de Messi, Suárez e Iniesta -- ainda lesionado, Neymar não brilhou mas participou de dois gols -- à tarde o brilho ficou por conta das mãos de Mork, Loke, Harrem e  Grimsbo.

De manhã,  no Japão,  o River Plate não passou de  mero coadjuvante. Foi dominado mas pelo menos marcou de forma ostensiva no primeiro tempo, quando tomou o gol de Messi aos 35 minutos.

No segundo, cansou, afrouxou a marcação e levou um passeio e mais dois gols de Suárez. Placar moral seria pelo menos 5 a 0. Bravo só fez duas defesas difíceis.

À tarde, na Dinamarca, a aula foi  da favorita. Seis vezes campeã europeia e bi olímpica, a Noruega foi quase perfeita nos primeiros 30 minutos -- 20 a 9. Aproveitamento de  62%, contra 29%.

Com grande atuação ofensiva -- velocidade, precisão nos arremessos, leque de opções e jogo coletivo --  e um paredão defensivo, com destaque para quatro defesas muito difíceis da goleira  Grimsbo, a Noruega deitou e rolou.

Até então invicta, a  Holanda ficou longe do apresentado antes da decisão. Defendeu sem a costumeira regularidade e atacou de forma precipitada. Por isso a  extravagante diferença de 11 gols na primeira etapa.

Holanda até que voltou melhor no segundo tempo -- entre o quinto e o 22º minuto -- quando marcou melhor, com mais agressividade,  atacou com consciência e diminuiu a diferença para cinco gols.

Pura ilusão!  Mesmo sem a mesma concentração e a mesma performance do primeiro tempo, a Noruega voltou a se impor nos oito minutos finais e abriu oito gols.  Tanto que seu aproveitamento foi de 52%, contra 39% das meninas laranjas.

Título justo para as favoritas e fortíssimas candidatas à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Vice com méritos para uma Holanda que  chegou como zebra e saiu aplaudida.

Romênia ficou em terceiro lugar ao  fazer 31 a 22 na Polônia, o que definiu a seleção brasileira como 10ª colocada no Mundial. Nossa menina de ouro, Duda Amorim, recebeu premiação como melhor jogadora do mundo na temporada 2014/2015.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Handebol: Holanda passeia, Noruega sofre

Noruega e Holanda vão decidir o título do Campeonato Mundial de Handebol Feminino da Dinamarca. Favorita e zebra se enfrentam domingo à tarde.

Nas semifinais de hoje  -- 123 gols em dois jogos -- foram  mais dois grandes jogos, com handebol de alto nível técnico e uma carga de  emoção e  dramaticidade capazes de mexer com os nervos de  qualquer verdadeiro esportista.

Na primeira semifinal de hoje à tarde a jovem seleção holandesa atropelou as polonesas -- 30 a 25 -- porque, positivamente, abusou da velocidade.

Sem dúvida, performance de gente grande, com virtudes táticas, físicas, coletivas e individuais, tanto na defesa quanto no ataque.

Em momento algum a vitória esteve ameaçada, porque, ao contrário, a Polônia marcava mal e se precipitava no ataque, ficando longe das virtudes que mostrou diante das favoritas russas.

Diante de um esquema 6-0 mais conservador, com a defesa baixa,  bem colocada na linha seis metros, a Polônia  inventou (?) um 6-0 flutuante. Quando não, dissimulado, porque virava 5-1 ou 4-2 num piscar de olhos.  

O problema é que cada piscar de olhos custava um gol. Aos 5 minutos a Holanda já ganhava de 5 a 2, aos 15,  de 8 a 4; aos 25, de 12 a 7 e aos 30, no encerramento do primeiro tempo, fechou com os mesmos cinco gols de diferença -- 13 a 8.

Segundo tempo da Polônia foi menos instável e o jogo ficou mais equilibrado. Especialmente porque mostrou evolução no ataque e mais agressividade defensiva, diminuindo os espaços da Holanda, que oscilou e perdeu o ritmo na metade da etapa.

Aos cinco minutos a Holanda abriu 18 a 9; aos 10, 21 a 13, aos 15, 23 a 16; aos 20, 24 a 20 e aos 25, 27 a 22. A marcha progressiva da contagem retrata o momento holandês, sem se abalar com uma Polônia cada vez mais determinada.

Insuficiente para superar um time que hoje foi superior em todos os aspectos.

                                            Vitória dramática da favorita

O segundo finalista saiu agora há pouco, com a vitória dramática da Noruega sobre a Romênia na prorrogação -- 35 a 33. Bicampeã mundial e olímpica, além de garantida nos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil, a Noruega fez jogo de alto nível e muito equilíbrio diante da zebra romena.

Na primeira fase, Grupo D,  a Noruega só perdeu da Rússia, enquanto que a Romênia teve três derrotas, uma delas para a própria Noruega, por 26 a 22.

Com muita velocidade e invejável leque de opções ofensivas, tanto com as pontas quanto com a pivô, além de contra-ataques diretos e arremessos de fora, a Noruega só não esteve à frente ou igual no placar no início -- 5 a 6 aos 10 minutos -- e aos 51 minutos -- 23 a 24. .

Aos 20 as favoritas abriram três gols -- 13 a 10 --, mesma vantagem dos 15 minutos, com 16 a 13, para fechar em 17 a 14, comprovando superioridade indiscutível.

Aos 10 minutos do segundo tempo o jogo já era outro, mais equilibrado,  porque a Romênia mudou a postura defensiva. Mas a diferença se manteve em três gols -- 20 a 17.

Entre o 10º e o 20º minuto a Noruega perdeu o ritmo, perdeu a competência emocional,  e a Romênia cresceu, na defesa e no ataque. Tanto que igualou em 23 gols aos 20 minutos.

Faltando cinco minutos a vantagem norueguesa era de apenas um gol -- 27 a 26. Daí até o final tempo regulamentar, equilíbrio total. Tanto que  prevaleceram a igualdade -- 27 a 27 --, a dramaticidade e inúmeros momentos emocionantes.

Na prorrogação a Noruega fechou os primeiros cinco minutos com 31 a 29, aproveitando a vantagem de estar com uma jogadora a mais por dois minutos. No início dos cinco minutos finais a Noruega abriu três gols,  mas a Romênia reagiu e voltou a diminuir para 33 a 32, além de ficar com uma jogadora a mais,  quando faltava pouco mais de um minuto.

Romênia diminuiu quando faltavam 30 segundos -- 34 a 33 -- mas  a Noruega fez o gol da classificação faltando dois segundos. Final: 35 a 33 num jogo emocionante. Uma aula de handebol.
Com certeza a escola das nossas meninas de ouro não estava #ocupada.

A família handebol agradece. 




 

  

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mundial de Handebol pulveriza favoritos

O Mundial de Handebol Feminino, em disputa na Dinamarca, tem apresentado como características principais grandes jogos e a pulverização dos favoritos.

Já foram eliminados o último campeão (Brasil) e o vice (Sérvia), além de potências como a própria Dinamarca (anfitriã e um dos berços do handebol),  Rússia, França, Espanha e Alemanha.

Sobraram os semifinalistas de amanhã: Noruega x Romênia e Polônia x Holanda. Definições aconteceram ontem,  com  jogos excepcionais.

No principal e mais dramático deles, diante de 12 mil torcedores fanáticos e profundos conhecedores do esporte, a Dinamarca, tricampeã olímpica,  foi derrotada pela Romênia por 31 a 30, com o gol decisivo nos últimos segundos da prorrogação.

O equilíbrio predominou do começo ao fim. A Dinamarca com mais velocidade, transpiração,  determinação e participação decisiva do torcedor. Como franco-atiradora, uma  Romênia mais  madura, consciente, centrada e  com melhor índice de produtividade.

Ligeiramente superiores, algozes do Brasil fecharam o primeiro tempo com três gols de diferença -- 13 a 10. No segundo, mesmo pecando pelo nervosismo e por erros primários de passes, finalizações e posicionamentos,  a Dinamarca foi guerreira e chegou ao empate -- 27 a 27. Na marra!

Detalhe é que, com o cronômetro zerado -- 60 minutos -- a Romênia ainda teve um tiro de sete metros -- pênalti --  a ser cobrado pela artilheira Neagu, melhor do mundo em 2010.

Só que a goleira Poulsen fez grande defesa, provocou muita festa dentro e fora da quadra e levou o jogo para a prorrogação de 5x5min. Faltando cinco segundos, com 30 a 30, a Romênia foi à frente e fez o gol da vitória com o cronômetro zerado. Haja coração! Haja decepção!

Cristina Neagu, com  extravagantes 15 gols,  foi eleita a melhor do jogo. Assim como  contra o Brasil, a goleira Ungureanu voltou a brilhar.

No outro jogo de encerramento da rodada, a última favorita -- ainda --  Noruega reuniu méritos mas encontrou enormes dificuldades para superar Montenegro por apenas um gol -- 26 a 25.

Pouco antes, a Polônia exterminou a fortíssima Rússia, até então 100% no campeonato. Em jogo de intensa aplicação defensiva, parelho do começo ao fim,  a surpresa ganhou de um gol -- 21 a 20 -- após primeiro tempo de 11 a 9.

Além da defesa agressiva e do jogo coletivo, destaque  foi a goleira polonesa, Gawlik, que entrou na metade do segundo tempo e fez pelo menos três defesas incríveis.

Adversário da Polônia, amanhã, vai ser a Holanda,  que atropelou a favorita França por 28 a 25, após 15 a 12 na primeira etapa. Goleira Wester, da Holanda, também foi brilhante e ganhou o prêmio como melhor em quadra.

Finalíssima será domingo. Façam suas apostas! Sem se esquecer da zebra. Só uma favorita ainda sobrevive: a Noruega. Chegará à decisão?

SporTV e ESPN mostram Holanda x Polônia às 15h e Noruega x Romênia às 15h45min desta sexta.



domingo, 13 de dezembro de 2015

Meninas de ouro dão adeus ao sonho do bi

O sonho do bicampeonato mundial de handebol acabou  para o Brasil. Agora há pouco, na Dinamarca, nossas meninas de ouro perderam de 25 a 22 para a Romênia.

Embora surpreendente, a eliminação não deve ser vista  como  o pior dos mundos. Afinal, os europeus estão na estrada do handebol há muito mais tempo do que a gente. Aprendemos com eles. E ainda temos muito a evoluir. Jogar mal e perder faz parte do esporte. Nem sempre ganha o melhor, o favorito.

Por isso a até então invicta Seleção Brasileira precisa encarar a  doída derrota de hoje como grande lição. Onde erramos? Por que erramos tanto? O quê manter? O quê mudar?  O momento pede  rígida avaliação de todos os envolvidos, da confederação às jogadoras,  com serenidade, humildade e consciência.

Quarta colocada do Grupo D na fase classificatória, a Romênia  comandou o placar do primeiro ao último minuto - cedeu o empate apenas no 5 a 5, no golaço da goleira Babi --  e, com méritos, diga-se,  passou por cima das primeiras do C e campeãs mundiais em 2013 na Sérvia.

Primeiro tempo das comandadas do técnico dinamarquês Morten Soubak  -- incluindo quatro jogadoras que atuam na Romênia -- foi decepcionante em todos os sentidos, em todas as vertentes determinantes de vitórias e derrotas.

Desvantagem parcial de extravagantes cinco gols -- 13 a 8 -- foi consequência de erros individuais e coletivos. Ofensivamente, o Brasil perdeu três  tiros de sete metros -- pênalti -- e em pelo menos seis oportunidades fico cara a cara mas parou na goleira Paula Ungureanu, a melhor do jogo.

Além de esbarrar num sistema defensivo (6-0) compacto, forte e determinado, que permitia raras penetrações e arremessos da linha de nove metros, nossas meninas também não defenderam com consistência. Marcação foi passiva demais. Mesmo com todas as trocas do técnico Morten.

Diferença ficou patente na postura, na competitividade e nos números da primeira etapa: aproveitamento das romenas foi de 50%, contra apenas 35% das meninas de ouro. Muito longe do ideal.

Nos 30 minutos finais as brasileiras voltaram diferentes. Só aí entramos no jogo. Além de trocar o 6-0 pelo 5-1, com a ponta-esquerda  Fernanda mais adiantada e centralizada para tirar o passe adversário, o Brasil acrescentou outros componentes  positivos.

Foi mais determinado e agressivo na defesa, além de ousado, rápido e com melhor performance no ataque. Ganhou intensidade e entrou de vez no jogo, forçando as romenas a erros  ofensivos e defensivos até então quase zerados.

Se aos 10 minutos do primeiro tempo perdíamos de 3 a 2, aos 20 por 9 a 6 e aos 25 por 11 a 7, aos 15 do segundo diminuímos para 17 a 15. Só dois gols.  Mas em seguida fomos punidos com dois minutos de exclusão para Deonise e  as romenas voltaram a abrir cinco gols -- 20 a 15.

Aos 20 minutos da etapa final, um pouco melhor em quadra mas ainda sem brilho, o Brasil, brigou,  reagiu e a diferença  voltou a cair para dois gols -- 20 a 18.

Aos 21 minutos do segundo tempo o campeão teve a primeira grande oportunidade real de empatar e botar pressão total no adversário, mas desperdiçou o ataque e permitiu que a Romênia voltasse a abrir dois gols.

Faltando cerca de três minutos, de novo ficamos a um gol da igualdade -- 22 a 21. Pura ilusão. Erramos novos ataques,  perdemos a concentração, abrimos a defesa e as europeias chegaram a  24 a 21. Era o risco.

Daí até o final o jogo ficou nervoso, com erros bobos  de ambos os lados.  A armadora Duda Amorim foi punida com dois minutos de exclusão e o Brasil permitiu que o time de Cristina Neagu, melhor do mundo em 2010,  mantivesse a vantagem e fechasse em 25 a 22, com aproveitamento de 48%, contra 42% das campeãs. Com méritos! Romênia foi melhor. Jogou dois tempos.  O Brasil pagou pelo que não mostrou no primeiro.

O belo gol por cobertura de Babi, quando a Romênia estava com goleira-linha, nem será citado com destaque. E o gol "antológico, maravilhoso, da capitã Dara diante da França, também por cobertura, quando faltavam quatro segundos? O fato heroico não valeu absolutamente nada.  Culpa do hoje.  Ninguém vai se lembrar.

A bola de handebol pune tanto quanto a de futebol. O dinamismo do esporte é tão mágico quanto cruel.  A sonho do bi ficou na vontade. Sem culpas. A responsabilidade é de todos. Ganhamos e perdemos todos.

A certeza é de que ainda precisamos nos estruturar mais e   melhorar  muito  para que a manutenção no topo não seja sinônimo de utopia. Agora a esperança fica para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Além da Romênia, outros três selecionados passaram para as quartas-de-final hoje: Noruega, Dinamarca e Holanda.

                                                PINHEIROS É CAMPEÃO DA LIGA

Hoje, no Vale do Paraíba, o Esporte Clube Pinheiros ganhou seu sexto título da Liga Nacional Masculina ao derrotar o Taubaté, atual bicampeão, por 28 a 20.

Taubaté e Pinheiros sempre fazem jogos equilibrados, com placares apertados, mas hoje o time do técnico Hortelã foi superior do começo ao fim, especialmente no segundo tempo. Diferença de oito gols surpreendeu a todos.

Com 37 anos de idade, o goleiro Marcos, ex-Metodista/São Bernardo -- assim como seu irmão, Mike, goleiro do vice-campeão -- foi um dos destaques do campeão brasileiro. 

Com oito conquistas, a Metodista ainda é o maior  vencedor da Liga Nacional Masculina.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Obrigado, Rogério Ceni!

Vinte e cinco anos depois...
O único clube, a única camisa (01)
O último jogo ( como profissional)
O último gol, a última foto
A última oração.

Com 42 anos de idade...
A última homenagem
A última música
O último vestiário
Os últimos pênaltis (cometido e convertido)

Depois de  1237 jogos...
A última lágrima
O último recorde
O último pedido (as cinzas)
O último capítulo ( belíssima festa).

Depois de 131 gols...
A última volta olímpica
A última braçadeira
A último encontro
A última bola entre as pernas (Cafu)

Depois do almejado Guinness Book...
O último (maravilhoso) Morumbi lotado (60 mil  devotos)
O último minuto de silêncio
O último abraço (quanta gente boa de bola)
O único mito

Depois de mais de 20 títulos...
A último gesto de gratidão (eterna)
Os últimos campeões mundiais ( 92, 93 e 2005)
A primeira e última vez fora do gol
O último goleiro-artilheiro.

Depois de mil-defesas...
O vazio de um silêncio
A inveja de insensível
O fim de uma carreira brilhante (mito)
É  chegada a hora do adeus (lenda).

Depois de tudo isso...
Receba o aplauso do santista
O reconhecimento do palmeirense
O respeito do corintiano
A reverência  (eterna) do são-paulino

Fica a gratidão do torcedor brasileiro
Obrigado ídolo e líder
Obrigado goleiro
Obrigado capitão
Obrigado artilheiro.

Que a paixão clubista e  a memória curta não nos permitam esquecê-lo.
Nem deixar de respeitá-lo para sempre.
Afinal, sempre foi uma pedra-no-sapato para nós adversários.
Rogério Ceni vai fazer muita falta. Sempre foi  referência.

O futebol brasileiro agradece ao maior ídolo do São Paulo.
Como torcedor do Corinthians, fica difícil torcer por ele né?
Me desculpe. Sei que a recíproca do torcedor é verdadeira. Faz parte!
Como amante do  futebol, com bom senso e respeito, não posso deixar de reconhecer seu valor.

Inestimável! Talvez inigualávelara o Tricolor...Como Pelé para o mundo da bola.
Mais uma vez, obrigado Rogério Ceni!
Até mesmo porque, sem sua importância e seu o gigantismo, o meu Corinthians não seria tão grande. Não seria campeão do mundo. Como você.








sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Handebol-emoção. Que vitória! Que gol!

Ufa! Que jogo! Dramático! Emocionante! Maluco! Histórico!Com gol na  última saída de bola. Golaço, diga-se, por cobertura. Faltando quatro segundos para o final.

Calma aí! O jogo não foi de futebol. Nem era decisão de Copa do Mundo. A saída não foi do meio do campo. O gol não foi nos acréscimos. A pintura não foi de Neymar nem Messi. Nem de pé. Nem de cabeça. Gol de mão. E não foi de Maradona.

Afinal, meus amigos, handebol se joga com as mãos. E desta vez a mão santa não foi de Oscar, do basquete. Foi a direita da heroína pivô Dara, uma das veteranas da Seleção Brasileira que tenta o bicampeonato no Mundial da Dinamarca.

Jogo de encerramento da fase classificatória terminou agora há pouco em Kolding. Nossas meninas de ouro ganharam da França de 21 a 20 ( 11 a 9 no primeiro tempo) após passar à frente em sete metros aproveitado por Célia (Metodista) no minuto derradeiro, mas permitir o empate da goleira-linha ( como no futsal) quando faltavam 10 segundos.

Só que a  forte França, sem goleira de fato, se preocupou em comemorar a igualdade que lhe daria a liderança do grupo e acabou tomando gol por cobertura. A bola de Dara viajou e entrou quando faltavam apenas quatro segundos.

Como primeiro da Grupo C, agora o Brasil enfrenta a quarta colocada do D, a Romênia. No comparativo de forças, romenas estão um degrau abaixo de Noruega e Espanha, que também poderiam ser nossas adversárias.

Jogo de hoje mostrou um Brasil melhor do que nos anteriores, embora tenha caído um pouco de produção nos 15 minutos finais, quando Ana Paula,  Deonise e Duda precisaram descansar e as francesas chegaram a passar à frente no placar.

Briga foi mesmo de cachorro grande. Time francês marca muito forte, de forma agressiva. Chega a passar do limite no contato direto. Brasileiras também marcaram e jogaram com mais determinação. Tivemos raros momentos de desconcentração, quando vantagem no placar estava ameaçada.

Sem municiar as pontas Alexandra e Fernanda com a constância necessária para fugir do quase intransponível bloqueio central e sem tanto sucesso nas penetrações e nos arremessos de Duda e Deonise, a Seleção Brasileira contou com atuação impecável da  central Ana Paula, uma liderança indiscutível dentro e fora da quadra.

Foi um jogo dramático. Uma vitória justa. Um gol antológico. Que pode até não valer nada, mas já entrou para a história. Estamos no caminho certo.  Nada  vai ser fácil!

Que venha a Romênia no mata-mata! Só pra lembrar: São Bernardo ainda é a capital nacional do handebol.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Meninas de ouro, handebol de bronze. Ainda

Não quero ser chato nem exigente ao extremo, mas pra chegar ao bicampeonato mundial de handebol nossas meninas de ouro precisam jogar bem mais do que mostraram até agora na Dinamarca. Capacidade não lhes falta.

Contra a Coréia do Sul, um empate no sufoco, creditado principalmente à ansiedade de estreia. Diante da República Democrática do Congo, um passeio  mais do que previsto. Nem poderia ser diferente.

Anteontem, mesmo sem brilhantismo, boa vitória  mas muitas falhas contra alemãs fortes e determinadas. Porém, sem credenciais de favoritismo à altura de Brasil, França e Noruega, além de Dinamarca, Espanha,  Sérvia e até mesmo a diferente Coréia do Sul.

Hoje à tarde, na vitória  sobre as ainda freguesas argentinas -- 23 a 19, após 11 a 8 no primeiro tempo -- nossas meninas de ouro apresentaram um handebol de bronze. Nada mais!

Pra quem sonha com o bi, sinceramente, me desculpem, mas ainda é pouco. Não faltou empenho, mas jogamos sem gana, sem intensidade,  com o freio de mão puxado.

Marcação foi frouxa e  muito espaçada. Nosso 6-0 parecia um queijo suíço. Pivô argentina deitou e rolou. No confronto com os bichos-papões isso não pode se repetir. É bucha certa!

Contra-ataque sustentado, com consistência, velocidade e inteligência na transição, ficou longe do ideal. Especialmente porque nossas meninas não estavam focadas, concentradas na execução dos movimentos e na melhor opção tática determinada pelo técnico Morten Soubak.

Também voltamos a pecar nas conclusões. O esquema 6-0 argentino -- às vezes 5-1, com marcação individual na armadora Duda Amorim, que desta vez não brilhou --  evoluiu, mas não é nenhuma sumidade. Quando não abusamos do individualismo, pecamos pela precipitação no arremesso.

Quer saber? Vaidade e egoísmo não ganham títulos. Tem muita gente abusando. O dinamarquês tem mesmo de escancarar palavrões, se preciso for. Suas palestras e atitudes motivacionais são elogiáveis, determinantes. Só que não bastam.

Destaques brasileiros na vitória pouco convincente de hoje foram Deonise e Ana Paula. Mais na parte ofensiva do que na defensiva, lógico. Goleira Maysse também foi bem.

Jogo de amanhã à tarde diante da França vai definir o primeiro colocado do Grupo C, que enfrenta o quarto do D nas oitavas-de-final. Podemos pegar  Espanha ou Noruega. E aí a roda pega!

Esperança é que, nas oitavas, quando a briga  é de cachorro grande,  o Brasil mostre por que é campeão do mundo. Juro que acredito nisso! Por enquanto, não passou de um Fox Paulistinha.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Palavrões e vitória no Mundial de Handebol

Depois  do susto da estreia contra a Coréia do Sul (24 a 24) e  do mamão-com-açúcar diante da República do Congo  (26 a 11), hoje a Seleção Brasileira pegou outra pedreira no Mundial de Handebol da Dinamarca.

Após primeiro tempo de muito equilíbrio,  a vitória das meninas de ouro do Brasil  sobre a Alemanha só se confirmou nos dois minutos finais. Diferença de três gols ( 24 a 21) poderia ter caído para um.

Como de praxe, o Brasil jogou no 6-0, marcando bem próximo da linha de seis metros. Alemãs alternaram 5-1, com uma jogadora mais à frente, com o 4-2, quando decidiu pressionar em busca da igualdade.

Seleção Brasileira foi mais agressiva na marcação e teve mais volume de jogo, mas voltou a pecar nas finalizações e também se excedeu no individualismo em alguns momentos.

Quando a melhor jogada era pelas pontas -- especialmente a direita, com Alexandra ou Jéssica -- alguém teimava  em forçar a penetração frontal, diante de adversárias altas e muito fortes.

Num desses momentos, antes dos 15 minutos e em desvantagem,  o técnico do Brasil, Morten Soubak, pediu tempo e não precisou falar mais um do que palavrão para mostrar seu descontentamento.

Nunca um "puta-que-pariu" com sotaque  dinamarquês foi tão claro e determinante para se expressar a  falha na leitura de jogo. O Brasil não foi perfeito e permitiu muitos arremessos de fora, mas melhorou aos poucos e foi mais determinado, vencendo o primeiro tempo por 9 a 8.

Segunda etapa não mudou muito em relação à primeira. A Alemanha virou o placar, mas em seguida o Brasil se recuperou. Nos 15 minutos finais,  sempre manteve a vantagem de um ou dois gols.

Quando a diferença era de dois gols, aos 28 minutos do segundo tempo, Morten Soubak ainda teve tempo de escalar,  aos berros,  mais um palavrão: "Caraio!",  esbravejou após precipitação num contra-ataque. Desabafo  normal! Faz parte do jogo.

Duda Amorim foi o destaque do jogo ao lado das goleiras Babi e Maissa. Jogo teve  ainda mais de 10 bolas na trave e arbitragem frágil da dupla da Costa do Marfim.

Líderes do Grupo C, nesta quinta-feira as meninas de ouro enfrentam a Argentina, antes de fechar a primeira fase diante da forte seleção francesa. Quatro equipes de cada chave passam à próxima fase.

Seleções do Brasileiro 2015 sem surpresas

Fim de campeonato é sinônimo de seleção. E com o Brasileiro conquistado com amplos méritos pelo Corinthians não seria diferente. Boas  e coerentes opções. Nada de parcialidade nem surpresas contestáveis.

Uma das escolhas foi da CBF em parceria com a Rede Globo. Votaram 5 mil jornalistas, capitães e técnicos da Série A, além da Comissão Técnica da Seleção Brasileira e dos convocados para os jogos diante da Argentina e Peru, pelas eliminatórias da Copa de 2018.

São cinco campeões do Corinthians, além do técnico Tite e do gol mais bonito, de Lucca, no passeio diante do São Paulo. Cássio, Gil, Elias, Jadson e  Renato Augusto, também o craque do campeonato, são os premiados.

Do Atlético Mineiro foram quatro:  o zagueiro Jemerson,  os laterais Marcos Rocha e  Douglas Santos e o volante Rafael Carioca. Luan, do Grêmio, e Ricardo Oliveira, do Santos, são os atacantes.

O artilheiro Ricardo Oliveira ficou com a Chuteira de Ouro, enquanto que Gabriel Jesus, do Palmeiras, ganhou como revelação. Nenê, do rebaixado Vasco, foi o craque da galera.

Outra  premiação importante foi a Bola de Prata, da revista Placar em conjunto com a ESPN. Foram quatro jogadores de Corinthians ( Gil, Jadson, Elias e Renato Augusto) e Grêmio ( Marcelo Grohe, Rafael Galhardo, Geromel e Luan), e mais três do vice-campeão, o Atlético Mineiro (Douglas Santos, Rafael Carioca e Lucas Pratto).

Renato Augusto voltou a ganhar como melhor do campeonato e recebeu a cobiçada Bola de Ouro.  Ricardo Oliveira  ganhou como artilheiro, com 20 gols. A revelação foi Gabriel, outro matador do Santos.

Sou corintiano, mas não escolheria Cássio como melhor goleiro do Brasileirão. Vou optar pelo desempenho individual e coletivo, não pelo nome e pelo esquema tático.

Goleiros renomados e  excepcionais não nos faltam, mas eu ficaria com Weverton, do Atlético Paranaense, com menções honrosas para Danilo Fernandes, do Sport,  Alex Muralha, do Figueirense, e Fernando Prass, do Palmeiras.

Meus laterais seriam  Lucas, do Palmeiras, pela direita,  e o jovem Jorge, do Flamengo,  pela esquerda, com lembranças para Rodinei (Ponte Preta),  Marcos Rocha e Douglas Santos, do Galo, e Zeca, do Santos.

Meus zagueiros internos seriam mesmo Gil e Jemerson, com destaques também para Felipe, que melhorou muito,  Cleberson,  do Atlético Paranaense,  e o "artilheiro" Fred, que cansou de fazer gols de faltas pelo rebaixado Goiás.

Meio-campo da seleção deste caipira teria dois volantes velozes, que marcam como muitos cabeças-de-área e saem pro jogo como poucos: Otávio, do Atlético Paranaense, e Rafael Carioca. Wallace, do Grêmio, e Elias também foram bem. Tanto quanto Fernando Bob, da Ponte Preta.

Os dois meias, com obrigação de marcar, armar, lançar, encostar no centroavante e ainda fazer gol -- ufa! --, seriam Renato Augusto e Lucas Lima (Santos).   Outros  que fizeram bom campeonato: Jadson, Nenê, Robinho (Palmeiras), Valdívia (Inter), Dátolo (Galo) e Diego Souza (Sport).

Considerando um time no  mais tradicional 4-2-2-2, bem diferente do campeão (4-1-4-1), os dois homens de frente seriam o  Ricardo Oliveira --  veterano com cheiro de gol, não pode ficar de fora -- e o jovem Gabriel, do Gabigol, do Santos. Outros com bom rendimento individual: Luan (Grêmio), Fred ( Fluminense), Lucas Pratto, Alexandre Pato (São Paulo) e Erik (Goiás).

Com oito corpos de vantagem sobre os segundos colocados (Roger e Levir Culpe), Tite nadou de braçadas como treinador do melhor time. Craque do campeonato foi mesmo Renato Augusto, enquanto que Gabriel Jesus é a melhor promessa. Tem potencial para melhorar.

No resumo, foi um bom campeonato, com alto nível técnico e significativa presença de público. O melhor, mais regular, foi premiado.

Notas destoantes ficam por conta da juizada, comandada pela Comissão de Arbitragem da CBF -- falta de critérios em lances de bola na mão e mão na bola é flagrante -- e da direção do Corinthians, que não apoiou o Bom Senso no manifesto pela renuncia do indiciado Marco Polo del Nero, o senhor ostentação, da presidência da CBF.

Também gostei da terceira queda do Vasco em oito anos. Não suporto o cinismo e a prepotência de  Eurico Miranda, o dono do clube. Jogadores não mereciam, até se esforçaram, mas o presidente é insuportável.

 





domingo, 6 de dezembro de 2015

Handebol: meninas de ouro empatam no sufoco

Caramba! Que sufoco! Nossa estréia no Mundial de Handebol, ontem na Dinamarca, foi um deus-nos-acuda. A igualdade de 24 a 24 soou como vitória.

O empate das nossas campeãs mundiais  diante das sul-coreanas aconteceu no último segundo. A bola  da  ponta Alexandra  entrou no único centímetro possível. O ângulo era mínimo. A chance, ínfima. Principalmente porque jogávamos com duas atletas a menos.

Por isso a comemoração  pós-jogo dava a impressão de que acabavam de conquistar o título de  bicampeãs. Festa também pareceu  representar o alívio de quem não brilhou. De verdade, nossas meninas não jogaram nem 70% do que podem.

Diante de asiáticas  que já foram primeiras do mundo na década de 90, mas, embora mereçam respeito, hoje não botam medo em ninguém, as brasileiras deixaram a desejar.

A começar pelo sistema de jogo ( 6-0), com defesa baixa, marcando atrás,  e seis jogadoras acompanhando a última linha. Diante de um 3-3 aparentemente aberto e suicida, o Brasil se deu mal.

O jogo não encaixou. O contra-ataque não saiu. A velocidade sem freios, a afobação e o excesso de individualismo parecem ter atropelado a consistência da transição.

Como a  Coréia privilegia a rapidez e tem alto índice de aproveitamento nos chutes, quando se dá espaço o erro pode ser fatal na defesa. E, como consequência, no ataque.  

Tanto que, além de falhar nos arremates,  só não tomamos  mais gols porque a goleira Babi foi brilhante. Tanto no primeiro tempo, quando perdemos de 12 a 10, quanto no segundo, quando nossas meninas correram feito loucas atrás da igualdade.

Apesar das falhas, há necessidade de considerarmos dois pontos. Primeiro: hoje temos status de campeãs do mundo e o respeito faz com que o adversário se aplique ainda mais. 

Segundo:  a ansiedade de estréia é inevitável. Serve como atenuante.  Imagine com o peso de quem tem obrigação de ganhar por ser campeã do mundo diante de quem não ostenta favoritismo?

Amanhã, diante da República do Congo, teoricamente a seleção mais fraca do grupo, os nervos de nossas  meninas de ouro estarão sob controle. Basta não se esquecerem de que a superioridade só se confirma dentro de quadra.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sarney, Del Nero e cia, leite da mesma vaca

Fernando José Macieira Ferreira Araújo da Costa... Sarney. Nome grande né? Tão grande quanto sua riqueza e  sua folha corrida. Pena que talvez não chegue aos pés de um dos inúmeros, e simples, José Aparecido da Silva quando o quesito é decência.

Além de político e engenheiro civil, o filho do ex-presidente José Sarney é empresário graúdo no ramo de comunicação. Assim como todo o clã que se adonou, domina e faz do Maranhão um dos estados mais pobres do Brasil.

Vice-presidente da CBF para a região Norte ( embora Maranhão seja Nordeste) e homem forte da bancada da bola em defesa ferrenha de dirigentes na CPI da entidade, Fernando Sarney é um espanto, um "homem de confiança" que  já-já pode chegar à presidência da Confederação dos Bandidos do Futebol. 

Folha corrida  extrafutebol não deixa de citar lavagem de dinheiro, fraude,  corrupção, propina, falsidade ideológica, extorsão,  gordas contas no Exterior e até censura à Imprensa. No caso, o jornal O Estado de São Paulo.

Isso sim é currículo! Cai como uma luva para ocupar cargos na CBF e na FIFA. Pois é ... não é que o cara acaba de ser indicado como substituto de Marco Polo del Nero como membro do comitê executivo da FIFA? Vai receber da FIFA cerca de R$ 750 mil por ano. Fora  o que ganhará da sul-americana Conmebol e da própria CBF. Mais um canal de TV para a família.

Pra quem não sabe, Del Nero, o senhor ostentação, agora presidente  fujão e licenciado da CBF,  é investigado pelo comitê de Ética da FIFA e acaba de ser indiciado pelo FBI- - justiça americana --, assim como Ricardo Teixeira,   sob a acusação de suborno e  de receber  propina de empresas de marketing e comunicação ligadas à Copa do Brasil, Copa América e Libertadores.

Alguma semelhança entre João Havelange,  Ricardo Teixeira, José Maria Marin e cia?. Tudo farinha do mesmo saco, leite da mesma vaca. Se assumir a presidência da CBF, como se comenta,  assim como outros apaniguados, não vai mudar nada. Absolutamente nada!

Repito, com todas as letras:  currículo invejável, indispensável pra quem tem a quadrilha como principal meta. FIFA, Conmebol, Concacaf, CBF e cia são os objetivos.

Porém, não podemos deixar de lembrar que os nobres senhores da CBF são eleitos pelos  súditos das federações e pelos  não menos subservientes e interesseiros presidentes de clubes.

Então, todo mundo tem culpa no Cartório. Tanto quanto em outras modalidades, cujos mandatários são bem semelhantes. Um absurdo! Depois, só falamos de políticos...

Salvo raríssimas exceções, nossos dirigentes de clubes e federações formam um bando de cordeirinhos, interessados no poder e nos cifrões que dele escoam com a  sujeira e a volúpia da lama letal de Mariana.

O boi Del Nero é fujão e dono de um ego incomparável. A vaca é gorda e  bem tratada. As tetas, embora sujas, são  enormes e sempre cheias. Quem vai dizer não? O boi? Ninguém!

Quase todos querem mamar deitados, como leitão folgado. São frouxos mas espertos! Depois, como fazem parte da camarilha,  viram dirigentes vitalícios. Se protegem e se eternizam no poder. E nas  tetas enlameadas.

Tomara, mesmo, que, na Suíça, nos Estados Unidos ou no Brasil, todos  os culpados, sem exceção e sem protecionismo,  terminem atrás das grades. Pra tudo há um limite. Inclusive para o imperador e seus súditos.

Imperador e súditos que não têm caráter; não têm vergonha na cara. Por isso devemos exterminar as ratazanas do esporte. E da vida!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A bela memória dos cinquentões

Calma,  pessoal! Não vou comentar nada sobre a  falta de memória que afeta cinquentões e sessentões mundo afora. Como eu, trator 6.0  já com certo barulho no motor.

Uso este espaço, mais uma vez, para reforçar minha admiração e meu respeito pelo amigo Ademir Medici, jornalista, escritor e memorialista nota 10.

Opa! Falha nossa. Melhor dar 9,5, pra alguém bem perto da perfeição. Como profissional e como homem. Nota 10 já deu ruído desagradável.

Se há, no Diário do Grande ABC, uma página imperdível, que não deixo de ler quase que diariamente, é exatamente a assinada por esse corintiano de quatro costados.

As demais, na maioria, embora tenham melhorado nos últimos tempos,  ficam a desejar a leitores mais exigentes porque têm recaídas perigosas e comprometedoras.

Ultimamente, com a licença da Editoria de Esportes --  hoje sem espaço e sem pessoal para a mesma empreitada  semanal dos anos 70, 80 e 90  -- o pessoal da Memória nos tem brindado com  textos  gratificantes de cinquentões apaixonados por futebol. Um resgate elogiável. Sem preocupação com o lado ruim.

A cobertura do Campeonato Municipal de Santo André -- Categoria Star, acima dos 50 anos -- tem sido um colírio, um massageador de corações fincados na várzea de tantas estórias, de tanta determinação, de tantos causos e romantismo.

A várzea é um poço de esperanças que teima em sobreviver. É um canto inesquecível de marmanjos ali forjados quando moleques de rua, de periferia. Descalços, a chutar qualquer coisa que lembrasse uma bola em direção a quaisquer pedras que simulassem um gol.

Em todos os grotões, daqui e do Brasil inteiro, o futebol amador é um teimoso. Um sobrevivente. Mesmo entre veteranos como os elogiáveis, notáveis, vovôs de Santo André. Cada um tem sua estória. Todos são "craques". Muitos já foram profissionais. Meia-boca ou destacados, como Arnaldinho e Bona, ex-Santo André.

Por isso fico tão feliz ao ler os textos leves -- críticas, só de leve -- e envolventes do Ademir. Que, lógico, devem estar a provocar uma ciumeira danada no pessoal de São Bernardo, São Caetano e cia.

O ideal seria que todos tivessem seu espaço  nobre, mas não dá. A cobertura em Santo André soa como homenagem aos vizinhos. Assim deve ser encarada. O Ademir  tem alma boa, mas não  faz milagre. É um cara do bem.

Porém, bem que a Editoria de Esportes poderia pensar com carinho e reservar algumas linhas esporádicas  para todas as categorias do amadorismo. Mesmo que hoje nem todos joguem por amor. No principal a grana rola em muitos times. Sim, amadorismo marrom.

Pelo menos as semifinais e finais -- no Brunão, no Primeiro de Maio ou no Anacleto Campanella, entre outros --  poderiam ganhar alguma visibilidade no principal meio de comunicação do Grande ABC.

Desde que as ligas, que recebem verbas irrisórias do Poder Público,   fossem minimamente organizadas e transparentes nos seus gastos. O que nem sempre acontece.

Editoria de Esportes -- alô Ângelo! -- também poderia voltar a enquadrar o Poder Público. Especialmente o de Santo André, que pouco faz para deixar os mais de 40 campos distritais em condições minimamente decentes.

O DGABC já falou sobre o assunto muitas vezes durante as últimas quatro décadas.  Sim, 40 anos. Mas pouco muda. As promessas de campanha são as mesmas. Campos  malcuidados e subaproveitados pelo cidadão comum, pela população do entorno.

Muitos dos distritais são   entregues a interesseiros apadrinhados por políticos de ocasião em troca de votos. Campos, muitos deles dominados e/ou temperados por tráfico de drogas, bebedeiras, jogatinas, prostituição, bandidagem e pseudocuidadores,  que deles se adonaram.

Há quem more nos vestiários e  até fature com o boteco de segunda-feira a domingo, Há, também, quem alugue não só o campo para terceiros como o espaço de estacionamento para carretas. Há mais de 15 anos. É só conferir!  Se tiver tempo, coragem, competência e profissional comprometido.

Deitam e rolam exatamente porque a Prefeitura de Santo André  quase sempre    -- independentemente da época e  da coloração político-partidária -- deu as costas para o futebol amador. Não toma conta do que lhe pertence. Melhor: pertence a todos nós, cidadãos comuns, mas a Municipalidade não cuida.

Ficam  a sugestão  de matéria para o Angelo Verotti e os agradecimentos dos veteranos da bola ao Ademir Medici. Com flâmulas e figurinhas fica ainda melhor. Gol do DGABC. Desta vez a favor.