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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Meninas de ouro, handebol de bronze. Ainda

Não quero ser chato nem exigente ao extremo, mas pra chegar ao bicampeonato mundial de handebol nossas meninas de ouro precisam jogar bem mais do que mostraram até agora na Dinamarca. Capacidade não lhes falta.

Contra a Coréia do Sul, um empate no sufoco, creditado principalmente à ansiedade de estreia. Diante da República Democrática do Congo, um passeio  mais do que previsto. Nem poderia ser diferente.

Anteontem, mesmo sem brilhantismo, boa vitória  mas muitas falhas contra alemãs fortes e determinadas. Porém, sem credenciais de favoritismo à altura de Brasil, França e Noruega, além de Dinamarca, Espanha,  Sérvia e até mesmo a diferente Coréia do Sul.

Hoje à tarde, na vitória  sobre as ainda freguesas argentinas -- 23 a 19, após 11 a 8 no primeiro tempo -- nossas meninas de ouro apresentaram um handebol de bronze. Nada mais!

Pra quem sonha com o bi, sinceramente, me desculpem, mas ainda é pouco. Não faltou empenho, mas jogamos sem gana, sem intensidade,  com o freio de mão puxado.

Marcação foi frouxa e  muito espaçada. Nosso 6-0 parecia um queijo suíço. Pivô argentina deitou e rolou. No confronto com os bichos-papões isso não pode se repetir. É bucha certa!

Contra-ataque sustentado, com consistência, velocidade e inteligência na transição, ficou longe do ideal. Especialmente porque nossas meninas não estavam focadas, concentradas na execução dos movimentos e na melhor opção tática determinada pelo técnico Morten Soubak.

Também voltamos a pecar nas conclusões. O esquema 6-0 argentino -- às vezes 5-1, com marcação individual na armadora Duda Amorim, que desta vez não brilhou --  evoluiu, mas não é nenhuma sumidade. Quando não abusamos do individualismo, pecamos pela precipitação no arremesso.

Quer saber? Vaidade e egoísmo não ganham títulos. Tem muita gente abusando. O dinamarquês tem mesmo de escancarar palavrões, se preciso for. Suas palestras e atitudes motivacionais são elogiáveis, determinantes. Só que não bastam.

Destaques brasileiros na vitória pouco convincente de hoje foram Deonise e Ana Paula. Mais na parte ofensiva do que na defensiva, lógico. Goleira Maysse também foi bem.

Jogo de amanhã à tarde diante da França vai definir o primeiro colocado do Grupo C, que enfrenta o quarto do D nas oitavas-de-final. Podemos pegar  Espanha ou Noruega. E aí a roda pega!

Esperança é que, nas oitavas, quando a briga  é de cachorro grande,  o Brasil mostre por que é campeão do mundo. Juro que acredito nisso! Por enquanto, não passou de um Fox Paulistinha.

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