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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Handebol: Holanda passeia, Noruega sofre

Noruega e Holanda vão decidir o título do Campeonato Mundial de Handebol Feminino da Dinamarca. Favorita e zebra se enfrentam domingo à tarde.

Nas semifinais de hoje  -- 123 gols em dois jogos -- foram  mais dois grandes jogos, com handebol de alto nível técnico e uma carga de  emoção e  dramaticidade capazes de mexer com os nervos de  qualquer verdadeiro esportista.

Na primeira semifinal de hoje à tarde a jovem seleção holandesa atropelou as polonesas -- 30 a 25 -- porque, positivamente, abusou da velocidade.

Sem dúvida, performance de gente grande, com virtudes táticas, físicas, coletivas e individuais, tanto na defesa quanto no ataque.

Em momento algum a vitória esteve ameaçada, porque, ao contrário, a Polônia marcava mal e se precipitava no ataque, ficando longe das virtudes que mostrou diante das favoritas russas.

Diante de um esquema 6-0 mais conservador, com a defesa baixa,  bem colocada na linha seis metros, a Polônia  inventou (?) um 6-0 flutuante. Quando não, dissimulado, porque virava 5-1 ou 4-2 num piscar de olhos.  

O problema é que cada piscar de olhos custava um gol. Aos 5 minutos a Holanda já ganhava de 5 a 2, aos 15,  de 8 a 4; aos 25, de 12 a 7 e aos 30, no encerramento do primeiro tempo, fechou com os mesmos cinco gols de diferença -- 13 a 8.

Segundo tempo da Polônia foi menos instável e o jogo ficou mais equilibrado. Especialmente porque mostrou evolução no ataque e mais agressividade defensiva, diminuindo os espaços da Holanda, que oscilou e perdeu o ritmo na metade da etapa.

Aos cinco minutos a Holanda abriu 18 a 9; aos 10, 21 a 13, aos 15, 23 a 16; aos 20, 24 a 20 e aos 25, 27 a 22. A marcha progressiva da contagem retrata o momento holandês, sem se abalar com uma Polônia cada vez mais determinada.

Insuficiente para superar um time que hoje foi superior em todos os aspectos.

                                            Vitória dramática da favorita

O segundo finalista saiu agora há pouco, com a vitória dramática da Noruega sobre a Romênia na prorrogação -- 35 a 33. Bicampeã mundial e olímpica, além de garantida nos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil, a Noruega fez jogo de alto nível e muito equilíbrio diante da zebra romena.

Na primeira fase, Grupo D,  a Noruega só perdeu da Rússia, enquanto que a Romênia teve três derrotas, uma delas para a própria Noruega, por 26 a 22.

Com muita velocidade e invejável leque de opções ofensivas, tanto com as pontas quanto com a pivô, além de contra-ataques diretos e arremessos de fora, a Noruega só não esteve à frente ou igual no placar no início -- 5 a 6 aos 10 minutos -- e aos 51 minutos -- 23 a 24. .

Aos 20 as favoritas abriram três gols -- 13 a 10 --, mesma vantagem dos 15 minutos, com 16 a 13, para fechar em 17 a 14, comprovando superioridade indiscutível.

Aos 10 minutos do segundo tempo o jogo já era outro, mais equilibrado,  porque a Romênia mudou a postura defensiva. Mas a diferença se manteve em três gols -- 20 a 17.

Entre o 10º e o 20º minuto a Noruega perdeu o ritmo, perdeu a competência emocional,  e a Romênia cresceu, na defesa e no ataque. Tanto que igualou em 23 gols aos 20 minutos.

Faltando cinco minutos a vantagem norueguesa era de apenas um gol -- 27 a 26. Daí até o final tempo regulamentar, equilíbrio total. Tanto que  prevaleceram a igualdade -- 27 a 27 --, a dramaticidade e inúmeros momentos emocionantes.

Na prorrogação a Noruega fechou os primeiros cinco minutos com 31 a 29, aproveitando a vantagem de estar com uma jogadora a mais por dois minutos. No início dos cinco minutos finais a Noruega abriu três gols,  mas a Romênia reagiu e voltou a diminuir para 33 a 32, além de ficar com uma jogadora a mais,  quando faltava pouco mais de um minuto.

Romênia diminuiu quando faltavam 30 segundos -- 34 a 33 -- mas  a Noruega fez o gol da classificação faltando dois segundos. Final: 35 a 33 num jogo emocionante. Uma aula de handebol.
Com certeza a escola das nossas meninas de ouro não estava #ocupada.

A família handebol agradece. 




 

  

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