Noruega e Holanda vão decidir o título do Campeonato Mundial de Handebol Feminino da Dinamarca. Favorita e zebra se enfrentam domingo à tarde.
Nas semifinais de hoje -- 123 gols em dois jogos -- foram mais dois grandes jogos, com handebol de alto nível técnico e uma carga de emoção e dramaticidade capazes de mexer com os nervos de qualquer verdadeiro esportista.
Na primeira semifinal de hoje à tarde a jovem seleção holandesa atropelou as polonesas -- 30 a 25 -- porque, positivamente, abusou da velocidade.
Sem dúvida, performance de gente grande, com virtudes táticas, físicas, coletivas e individuais, tanto na defesa quanto no ataque.
Em momento algum a vitória esteve ameaçada, porque, ao contrário, a Polônia marcava mal e se precipitava no ataque, ficando longe das virtudes que mostrou diante das favoritas russas.
Diante de um esquema 6-0 mais conservador, com a defesa baixa, bem colocada na linha seis metros, a Polônia inventou (?) um 6-0 flutuante. Quando não, dissimulado, porque virava 5-1 ou 4-2 num piscar de olhos.
O problema é que cada piscar de olhos custava um gol. Aos 5 minutos a Holanda já ganhava de 5 a 2, aos 15, de 8 a 4; aos 25, de 12 a 7 e aos 30, no encerramento do primeiro tempo, fechou com os mesmos cinco gols de diferença -- 13 a 8.
Segundo tempo da Polônia foi menos instável e o jogo ficou mais equilibrado. Especialmente porque mostrou evolução no ataque e mais agressividade defensiva, diminuindo os espaços da Holanda, que oscilou e perdeu o ritmo na metade da etapa.
Aos cinco minutos a Holanda abriu 18 a 9; aos 10, 21 a 13, aos 15, 23 a 16; aos 20, 24 a 20 e aos 25, 27 a 22. A marcha progressiva da contagem retrata o momento holandês, sem se abalar com uma Polônia cada vez mais determinada.
Insuficiente para superar um time que hoje foi superior em todos os aspectos.
Vitória dramática da favorita
O segundo finalista saiu agora há pouco, com a vitória dramática da Noruega sobre a Romênia na prorrogação -- 35 a 33. Bicampeã mundial e olímpica, além de garantida nos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil, a Noruega fez jogo de alto nível e muito equilíbrio diante da zebra romena.
Na primeira fase, Grupo D, a Noruega só perdeu da Rússia, enquanto que a Romênia teve três derrotas, uma delas para a própria Noruega, por 26 a 22.
Com muita velocidade e invejável leque de opções ofensivas, tanto com as pontas quanto com a pivô, além de contra-ataques diretos e arremessos de fora, a Noruega só não esteve à frente ou igual no placar no início -- 5 a 6 aos 10 minutos -- e aos 51 minutos -- 23 a 24. .
Aos 20 as favoritas abriram três gols -- 13 a 10 --, mesma vantagem dos 15 minutos, com 16 a 13, para fechar em 17 a 14, comprovando superioridade indiscutível.
Aos 10 minutos do segundo tempo o jogo já era outro, mais equilibrado, porque a Romênia mudou a postura defensiva. Mas a diferença se manteve em três gols -- 20 a 17.
Entre o 10º e o 20º minuto a Noruega perdeu o ritmo, perdeu a competência emocional, e a Romênia cresceu, na defesa e no ataque. Tanto que igualou em 23 gols aos 20 minutos.
Faltando cinco minutos a vantagem norueguesa era de apenas um gol -- 27 a 26. Daí até o final tempo regulamentar, equilíbrio total. Tanto que prevaleceram a igualdade -- 27 a 27 --, a dramaticidade e inúmeros momentos emocionantes.
Na prorrogação a Noruega fechou os primeiros cinco minutos com 31 a 29, aproveitando a vantagem de estar com uma jogadora a mais por dois minutos. No início dos cinco minutos finais a Noruega abriu três gols, mas a Romênia reagiu e voltou a diminuir para 33 a 32, além de ficar com uma jogadora a mais, quando faltava pouco mais de um minuto.
Romênia diminuiu quando faltavam 30 segundos -- 34 a 33 -- mas a Noruega fez o gol da classificação faltando dois segundos. Final: 35 a 33 num jogo emocionante. Uma aula de handebol.
Com certeza a escola das nossas meninas de ouro não estava #ocupada.
A família handebol agradece.
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