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domingo, 6 de dezembro de 2015

Handebol: meninas de ouro empatam no sufoco

Caramba! Que sufoco! Nossa estréia no Mundial de Handebol, ontem na Dinamarca, foi um deus-nos-acuda. A igualdade de 24 a 24 soou como vitória.

O empate das nossas campeãs mundiais  diante das sul-coreanas aconteceu no último segundo. A bola  da  ponta Alexandra  entrou no único centímetro possível. O ângulo era mínimo. A chance, ínfima. Principalmente porque jogávamos com duas atletas a menos.

Por isso a comemoração  pós-jogo dava a impressão de que acabavam de conquistar o título de  bicampeãs. Festa também pareceu  representar o alívio de quem não brilhou. De verdade, nossas meninas não jogaram nem 70% do que podem.

Diante de asiáticas  que já foram primeiras do mundo na década de 90, mas, embora mereçam respeito, hoje não botam medo em ninguém, as brasileiras deixaram a desejar.

A começar pelo sistema de jogo ( 6-0), com defesa baixa, marcando atrás,  e seis jogadoras acompanhando a última linha. Diante de um 3-3 aparentemente aberto e suicida, o Brasil se deu mal.

O jogo não encaixou. O contra-ataque não saiu. A velocidade sem freios, a afobação e o excesso de individualismo parecem ter atropelado a consistência da transição.

Como a  Coréia privilegia a rapidez e tem alto índice de aproveitamento nos chutes, quando se dá espaço o erro pode ser fatal na defesa. E, como consequência, no ataque.  

Tanto que, além de falhar nos arremates,  só não tomamos  mais gols porque a goleira Babi foi brilhante. Tanto no primeiro tempo, quando perdemos de 12 a 10, quanto no segundo, quando nossas meninas correram feito loucas atrás da igualdade.

Apesar das falhas, há necessidade de considerarmos dois pontos. Primeiro: hoje temos status de campeãs do mundo e o respeito faz com que o adversário se aplique ainda mais. 

Segundo:  a ansiedade de estréia é inevitável. Serve como atenuante.  Imagine com o peso de quem tem obrigação de ganhar por ser campeã do mundo diante de quem não ostenta favoritismo?

Amanhã, diante da República do Congo, teoricamente a seleção mais fraca do grupo, os nervos de nossas  meninas de ouro estarão sob controle. Basta não se esquecerem de que a superioridade só se confirma dentro de quadra.

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