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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Não deu para o Tigre. Verdão foi melhor

O São Bernardo até que se esforçou, mas não brilhou o suficiente para encarar o Palmeiras de igual pra igual ontem à noite no Pacaembu.

Tomou um gol em cada tempo -- Alan Kardec e Valdívia --, perdeu de 2 a 0 e agora fica em situação nada confortável para chegar como segundo colocado do Grupo C do Paulistão e/ou ainda pensar na Série D do Brasileiro.

Tigre perdeu porque o Palmeiras teve mais volume de jogo, foi mais intenso e mais organizado taticamente. Também porque é inferior tecnicamente e desta vez o bom sistema defensivo não brilhou.

O técnico Edson Boaro até que tentou, mas claudicou diante de um Palmeiras basicamente no 4-2-1-3 com variação para o 4-2-4 e no final o 4-3-1-2. Cuidadoso e ousado ao mesmo tempo. 

O desenho tático é bem menos importante do que a movimentação e a compactação na hora de defender e atacar, mas o time de Edson Boaro não encontrou o sistema ideal para marcar forte e contragolpear em velocidade.

São Bernardo começou no 4-3-1-2, com três volantes, um armador sem brilho e dois atacantes. Como o Palmeiras acelerou o jogo e explorou as laterais do campo ( às costas de Caíque e Eduardo) e os volantes não foram consistentes na marcação, o time não se encontrou.

Melhor sistema defensivo do campeonato deu espaços que não costuma dar. Ofensivamente, o Tigre chegou a ameaçar apenas em chutes de fora, especialmente com Careca, que esbarraram na firmeza do goleiro Fernando Prass.

Em desvantagem, o São Bernardo voltou para o segundo tempo no 4-2-2-2, ao trocar o mais marcador e pouco eficiente William Favoni pelo bom armador Jean Carlos. Ataque melhorou um pouco, mas a defesa ficou ainda mais exposta.

Após tomar o segundo gol, aos 11 minutos, o São Bernardo trocou o inoperante Gil, sem espaço para usar a velocidade, pelo centroavante Eleomar Bombinha. Nada mudou também porque Gilson Kleina passou para o 4-3-1-2, ao trocar Marquinhos Gabriel por Mendieta.

Última cartada de Boaro, o 4-2-1-3, aos 31 minutos, também  não vingou. Com o atacante Márcio Diogo no lugar do volante Dudu, o time ficou teoricamente mais ousado mas ainda ineficaz.

O Palmeiras não se expôs, manteve a marcação encaixada e abriu mão da intensidade e da velocidade para garantir o importante resultado.

São Bernardo é o terceiro colocado do Grupo C, atrás da Ponte Preta. Pela vaga na Série D do Brasileiro, hoje a luta direta é contra Botafogo, Penapolense, Ituano e Audax. 

Ficou difícil chegar às vagas, mas a derrota diante de um time melhor não pode abalar a motivação do Tigre. Ainda restam quatro rodadas.   

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Esporte de S. Caetano nas mãos de quem conhece

Finalmente, depois de um sem-número de promessas não cumpridas e lambanças perpetradas por  políticos para-quedistas de plantão, o esporte de São Caetano está nas mãos de quem conhece.

Isso não significa, no entanto, que o ex-atleta e professor de Educação Física Walter Figueira Júnior chega como salvador da pátria. Do dia para a noite, ninguém faz milagre. É indispensável trabalhar muito.

Currículo não falta ao servidor público que virou professor de natação antes de ser diretor do Departamento de Esportes e Turismo, diretor de Educação, vice-prefeito e chefe de Gabinete.

Currículo, competência  e experiência! Desde 2001, WFJ conviveu mais de perto com os prefeitos Luiz Tortorello, José Auricchio e agora Paulo Pinheiro.

Infelizmente, principalmente Paulo Pinheiro deixou de tratar o esporte, os cidadãos, os professores, os técnicos e os atletas de São Caetano com o respeito que todos merecem.

O campeoníssimo esporte de São Caetano vem em queda livre nos últimos anos -- inclusive com Auriccchio --, mas o prefeito garante que o orçamento não será reduzido -- já foi -- e que os compromissos serão honrados. É ver pra crer!

Walter Figueira Júnior tem estofo e história para recolocar o esporte da cidade nos eixos. Mas isso não significa simplesmente pagar os salários de campeões como o menino de ouro Artur Zanetti.

Também não será suficiente anabolizar o judô e o atletismo de tantas conquistas e inúmeros atletas olímpicos. É preciso, sim, dar força ao alto rendimento,  ao competitivo. Não à exclusividade.

Esporte, de verdade, não é só isso não. Que os olhares do educador não deixem escapar a importância das escolinhas de esportes e das categorias de base que vão formar campeões. Quando não vingar, que se formem cidadãos de bem por meio da inserção social.

Para uma cidade com alto número de idosos, também não fica bem deixar  adultos maduros e o pessoal da Terceira Idade de lado. É bom olhar com carinho para eventos e atividades específicas  para a faixa etária. Não importa se com aulas de ginástica ou até com as tradicionais corridas de rua.

Esporte comunitário, da forma mais abrangente, é outro filão da saúde que não pode ser desprezado pelo professor Walter. E tenho certeza de que isso não vai acontecer. Já vi este filme.

O colega Walter é do ramo e no início dos anos 2000 foi primordial para colocar o esporte de São Caetano em patamar de campeões. Por isso,  tem plenas condições de reposicionar o segmento em destaque estadual e nacional.

Repito: sem se esquecer do doméstico, do cidadão comum, da criança, do jovem, do velhinho. Voltar a ganhar Jogos Abertos e Regionais não pode ser prioridade.

Se o professor não mudou o perfil, se não virou cordeirinho sem transparência ou simples político de palanque, não há por que se preocupar. O esporte de São Caetano tem tudo para melhorar.

Pelo menos em São Caetano o esporte fica nas mãos de quem conhece, de quem, como já disse,  tem experiência e competência de sobra.

Enquanto isso, em Santo André, infelizmente o prefeito Carlos Grana faz média e insiste em dar moral para Marta OK Sobral. Teimosia com cheiro de burrice e politicagem barata!

P.s.:  exonerado depois das manifestações populares (na rua e  na Câmara) dos principais prejudicados pela vergonhosa e injustificável falta de pagamento, o ex-secretario volta a ser vereador (PCdoB) e promete botar a boca no trombone. Garante que existem (ou existiam) repasses irregulares da Prefeitura aos clubes pagadores (?). Então, senhor Eder Xavier,  se ameaçou, que agora abra a caixa-preta e acabe com a acusada "farra com dinheiro público". Doa a quem doer! Só não pode sobrar para quem trabalha representando a cidade.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Futebol do ABC em patamares bem distintos

O momento mostra o futebol profissional do ABC em patamares bem distintos. Aspirações e riscos, logicamente, são  proporcionais às colocações na tábua de classificação.

No Paulistão, o São Bernardo sustenta boa performance, está em terceiro lugar  e sonha com o segundo do Grupo C e/ou com uma das duas vagas no Grupo D do Brasileiro pela pontuação global.

Na Segundona, enquanto o Santo André está em sétimo e ainda briga por uma das quatro vagas  à elite estadual, o São Caetano já deu adeus ao sonho do acesso. Se continuar nessa draga, com mais baixos do que altos, ficará ainda mais próximo de mais um rebaixamento.

São Bernardo vem de bom resultado em Lins. Fez 3 a 1 com méritos. Mas correu riscos desnecessários ao mostrar desorganização tática e recuar em excesso no segundo tempo. Foi acuado mas achou o terceiro gol em contra-ataque, no finalzinho.

Primeira etapa do time de Edson Boaro foi  altamente convincente. Marcação ostensiva, contragolpes em velocidade e padronização tática exemplares. Parecia jogar em casa.

Próximo jogo, quinta-feira, fora, contra o bom mas abalado Palmeiras, vai deixar claro aonde o Tigre pode chegar. Marcar forte  do começo ao fim e apostar naquela bola fatal é receita infalível, para todos os paladares.

Na A-2, o Ramalhão está a apenas um ponto dos classificados. Tem três jogos cruciais para dizer, com clareza, a quê veio. Vencer o instável União Barbarense, quarta-feira, no Brunão, é indispensável.

Contra Monte Azul e Batatais, ambos no Interior, o Santo André, agora dirigido por Vilson Taddei, terá paradas indigestas. Os dois também brigam mais diretamente pela quarta vaga.

Já o decadente, instável  e ameaçadíssimo Azulão, que demitiu o técnico Nedo Xavier, está a apenas um ponto da zona de degola. Quem diria? Pra quem já teve tantas conquistas... Um vexame.

Vem de derrota em casa para o Rio Branco e agora vai pegar o Capivariano e o Barueri fora. Depois recebe o Catanduvense. Se mantiver a instabilidade, vai cair e, provavelmente, desaparecer do cenário futebolístico nacional.  

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A rica S. Caetano não paga professores. Vergonha!

O Diário do Grande ABC só noticiou hoje, mas  a informação é velha. Tem no mínimo um ano. É  requentada. E com tratamento editorial parcial, bem diferente do que se viu quando o mesmo aconteceu em Santo André.

Jornalisticamente, inadmissível! Vergonhoso! Mas bem fácil de se entender quando rapidamente vem à lembrança o fato de o dono do DGABC (Ronan Maria Pinto) desfilar como amigo íntimo do prefeito Carlos Grana.

Nada mais que interesses pessoais, políticos e empresariais a sepultar responsabilidades profissionais. Um jogo sujo, nojento. Quem quiser, que faça parte da corriola. Afinal, a  província é assim mesmo.

Como já escrevi, o esporte da rica São Caetano já não é o mesmo dos tempos de Valter Figueira Júnior e Mauro Chekin. Independentemente de fazerem ou não política. Mas o esporte andava e era tido como exemplar.

Ultimamente, orçamento pela metade e comprometimento do poder público com o esporte se apequenaram. Tudo rasante, do tamanho do respeito e da competência dos nossos homens públicos.

Negociatas político-partidárias em São Caetano não incluem capacidade técnica nem gerencial. Quem assumiu a diretoria/secretaria nos últimos anos não é do ramo. Simples moeda de troca. Cargos compensatórios!

Por isso a manchete (São Caetano não paga salários de professores e natação tem aula suspensa) de uma das páginas de esporte do DGABC de hoje não surpreende. Só envergonha! E entristece!

Prefeito Paulo Pinheiro deve admirar o que aconteceu (e ainda acontece, em parte) na vizinha Santo André. Deve sentir inveja de Aidan Ravin ( o prefeitão inimigo do esporte) e Carlos Grana, que em um ano de mandato pouco fez  e agora faz mil promessas. É ver pra crer! E checar de onde vem e pra onde vai a verba estipulada.

Já o secretário Éder Xavier -- se é que já não caiu -- deve ter Marta OK Sobral como exemplo. Nada de comprometimento, zero de conhecimento. Além do que, não é do ramo e mente descaradamente.

O cara, cujo bom salário certamente está em dia,  ainda vem às páginas do jornal para dar desculpas esfarrapadas e dizer que não pode regularizar os pagamentos porque os professores não têm vínculo com a Prefeitura. Conversa fiada. Há inúmeras alternativas pra quem quer mesmo pagar.

Não sabe nada! É político. Não é esportista. Por isso mete o pé pelas mãos. Se sabe, por que não tomou providências lá atrás?  O débito com várias modalidades, incluindo técnicos e atletas -- supera a casa dos R$ 2 milhões.

Detentora do melhor IDH -- Índice de Desenvolvimento Humano -- do Brasil e ex-multicampeã de Jogos Abertos e Regionais, hoje, a São Caetano que já nos orgulhou, é uma vergonha. Vergonha!!!

Não só no esporte como na política e na saúde. Pena que ninguém fale, ninguém investigue a fundo. Dá a impressão de que o caos é maquiado pelos índices e pelos donos do poder.

Mesmo que a Prefeitura honre seus compromissos ainda hoje, a página da história trará a palavra vergonha em letras garrafais.

Culpa do prefeito, culpa do secretário, que já deveria estar no olho da rua. Há dois anos dos Jogos Olímpicos, São Caetano mostra como não fazer esporte ao desrespeitar inclusive um campeão comoo ginasta de ouro  Arthur Zanetti.

Santo André, que um dia também foi campeã e exemplar, hoje não pode nem dar risada do vizinho caloteiro. Parece querer acordar, mas ainda está longe do ideal. Engana muito e faz pouco, de fato.

Por enquanto, São Bernardo se salva. É a bola da vez, papa títulos e parece honrar seus compromissos financeiros. Não sei até quando, já que o excesso de política no esporte também não cheira bem.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Vitórias, liderança e alívio do ABC

Magras, suadas e sem brilho, mas merecidas e importantes. Assim foram as vitórias de Santo André e São Caetano, hoje, pela Série A-2 do Campeonato Paulista.

Placar  de 1 a 0 sobre o Marília, no Estádio Bruno Daniel, faz com que o Santo André durma como líder da Segundona com sete pontos ganhos -- duas vitórias e um empate.

Com o mesmo resultado diante do Guaratinguetá e gol aos 46 minutos do segundo tempo, o São Caetano dorme mais aliviado, já que vinha de duas derrotas e sinais de crise.

Sob calor insuportável -- imagine para os jogadores! -- , vi o jogo do Ramalhão ao vivo, in loco. Como nos velhos tempos.

Não foi uma boa partida, mas o time de Roberto Fonseca subiu de produção no segundo tempo e usou a inteligência para tocar a bola e manter o 1 a 0 -- gol de Muller Fernandes aos oito minutos do segundo tempo após bela jogada de Ramalho e Nunes.

Na primeira etapa o Marília foi melhor e mais consciente. Superior taticamente e com mais volume de jogo, o time do Interior só não encontrou tantas facilidades de penetração e finalização. Calor também estragou o jogo. Gramado novo também não ajudou.

Após o intervalo -- principalmente depois da entrada do mais dinâmico Ramalho no lugar de Diogo Orlando, com o recuo do até então estático e pouco produtivo Renato Peixe para segundo volante, pela esquerda -- o Santo André cresceu ofensivamente e deu poucas oportunidades ao adversário.

Não foi um primor, mas mereceu vencer e pode embalar. Desde que tenha a cabeça no lugar e entenda que ainda necessita de melhorias nos três setores. Michel foi o destaque.

À noite, vi o São Caetano pela TV. Rede Vida é bem limitada e coroou a fraca transmissão com narrador e repórter  repetindo a todo momento que o experiente e conhecido centroavante do Azulão se chama Joel.  Tá de brincadeira! É Jael, que, por sinal, saiu  discutindo com torcedores. A imagem mostrou mas ninguém informou.

Pressionado psicologicamente pela situação, o Azulão também não brilhou, mas teve mais presença e perdeu pelo menos três boas ocasiões de gol no primeiro tempo. No segundo, especialmente depois da saída do "desconhecido" Joel, quando ganhou em mobilidade e velocidade, foi ainda mais à frente e perdeu várias oportunidades antes do gol salvador.

Aos 46 minutos do segundo tempo, Vagner Carioca arriscou  de fora da área; o goleiro deu rebote e Ésley apareceu para concluir de cabeça. Muita festa em campo e alívio geral.

Não vi na íntegra, também pela TV, o empate  sem gols do São Bernardo em Itu. Por isso não posso comentar com riqueza de detalhes. Sei que não gostei do segundo tempo. Um time apático, sem diversidade de jogadas e sem intensidade.

Empate fora não pode ser desprezado. Mesmo após a derrota em casa para o Audax. Mas fica claro que o time de Edson Boaro ainda precisa melhorar tática e fisicamente.