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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ramalhão embala; Azulão e Tigre empacam

O Santo André voltou a vencer  -- 3 a 2 em Osasco -- e embalou de vez rumo à zona classificatória da Segundona.

Ainda não há motivos para festas  ou endeusamento de dirigentes, técnico e jogadores, mas não deixa de ser um alento pra quem cansou de ser saco de pancadas em 2012.   

Em contraposição, na última rodada da elite estadual o São Bernardo arrancou bom empate com a forte Ponte Preta, em Campinas, mas continua na zona de rebaixamento.

Mesma situação do São Caetano, que voltou a jogar mal e perdeu em Mirassol. Pior do que a derrota é o fato de permanecer na lanterna do campeonato e não mosstrar evolução consistente.

Mais uma vez, o sistema defensivo do Azulão bateu cabeças e falhou em lances individuais. Principalmente o miolo de zaga, um dos destaques na Série B do Brasileiro de 2012.

Gabriel tem mostrado falha de posicionamento, lentidão na cobertura e até mesmo certa má vontade. Vágner voltou de cirurgia no joelho e comprometeu. Escalar alguém fora de forma é sinônimo de precipitação ou burrrice.

Por isso a contratação de Bruno Aguiar parece escolha correta. Tanto quanto a chegada de Fabinho,  ex-volante do Corinthians.

Sábado, em casa, contra o Botafogo, o time de Geninho não pode nem pensar em resultado diferente de vitória. Pior é que seu melhor atacante, Danielzinho, cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

Já o São Bernardo se aguentou o quanto pode depois de fazer 1 a 0 diante da Ponte. Mas, pressionado e acuado, cedeu o empate.

Tigre até marcou com desenvoltura. Tanto que a Ponte teve volume e domínio mas as oportunidades foram raras.

Técnico Wagner Lopes falhou ao abdicar do direito de atacar e chamou a Ponte ainda mais pra cima.  Aplicar um 4-6-0 está mais pra covardia do que pra cuidados defensivos de quem joga fora e está na frente no  placar.

Vencer o Ituano, no Primeiro de Maio, também é obrigação do Tigre. Só não pode partir pra cima e falhar no sistema defensivo.

Se São Caetano e São Bernardo  perderem, é bom começar a pensar seriamente em apenas fugir do rebaixamento.   Afinal, já estamos na metade do campeonato e ambos empacaram. Parecem dois jegues.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Seis gols, incompetência defensiva e nova derrota

O São Caetano foi ousado e encarou o São Paulo de igual pra igual, mas perdeu de 4 a 2 e continua na zona de rebaixamento do Campeonato Paulista.

O primeiro tempo do bom jogo de agora há pouco no Anacleto Campanella foi uma aula de passes errados e incompetência defensiva.

São Caetano e São Paulo abusaram do repertório de lambanças. Melhor para os sistemas ofensivos. Daí a uma noite de emoções e seis gols foi um pulinho.

Nervoso,acuado,  mal posicionado (  4-3-1-2 parecia ilusório, apesar dos três volantes e um meia armador) e errando passes e coberturas simples, o Azulão não demorou para levar o primeiro gol.

São Paulo atacou pela esquerda,  a cobertura falhou -- especialmente com Marcone e o pesado Bustamente -- e Luís Fabiano fez 1 a 0.

Empate do São Caetano não tardou e também começou pela esquerda, com Jobson às costas de Douglas.

O elétrico Danielzinho, que pouco antes sofrera pênalti de Rogério Ceni  não assinalado pela arbitragem, bateu no canto direito do goleiro.

Pouco depois, de novo em jogada em rapidez diante de  um miolo de zaga  pesado, desprotegido e mal posicionado, o Azulão fez  2 a 1.

Lançamento longo veio da lateral-direita, com Samuel Xavier, e encontrou  Jobson livre para tocar na saída de Rogério Ceni,  que saiu como goleiro de handebol, saltando em xis.

Como a marcação continuava amiga  e complacente de lado a lado, o São Paulo ( 4-4-2) não encontrou dificuldades para empatar no final do primeiro tempo.

Justamente quando o Azulão  estava melhor  e a bola já não parecia tão inimiga, aconteceu a igualdade Maicon recebeu de Osvaldo após falha de Samuel Xavier  e contou com o desvio da zaga para deixar tudo igual.

Conversa dos técnicos nos dois vestiários parece que teve efeito. Por isso, no segundo tempo, a marcação não foi tão comtemplativa e os erros de passes não foram tão juvenis.

Ofensivamente, a velocidade do Azulão continuava fazendo estragos. Especialmente de Danielzinho sobre Rafael Tolói. Tomou um vareio.

Aos 18 minutos, o veterano Rivaldo deu lugar para o centroavante Eduardo. Ousadia de Geninho ao colocar no time no 4-3-3, estranhamente sem armador.

 Por outro lado, o São Paulo trocou Maicon  por Wellington para melhorar a marcação. E continuou com Jadson brilhando e Ganso apenas passeando, se escondendo do jogo.

Douglas parou em Fábio aos 21 minutos e o quinto gol do jogo só aconteceu aos 27, de novo com Luís Fabiano. Bustamante  foi mole  pra cobertura e o artilheiro não perdoou ao bater cruzado, no canto direito baixo de Fábio.

Jobson ameaçou de longe, aos 31 minutos, e por pouco Rogério não aceitou. Aberto, o Azulão dava espaços para o contragolpe tricolor.

Geninho tirou o volante Moradei, colocou um meia (Éder) e passou a jogar no 4-2-1-3. Em seguida Nei Franco perdeu a paciência com Ganso e colocou Aluísio no ataque ( também 4-2-1-3).

Nos 10 minutos finais o São Paulo ameaçou com Osvaldo e Luís Fabiano antes de fazer 4 a 2 aos 47 minutos, com Aluísio concluindo de cabeça o cruzamento de Carleto.

São Caetano só levou perigo aos 45 com Jobson. Pouco pra quem teve ousadia mas pecou por desatenção em momentos cruciais. Pouco pra quem precisava vencer par deixar o rebolo.

Com certeza, o torcedor gostou do jogo. Com certeza, Geninho (mais) e Nei Franco não gostaram nada, nada.




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Só o Ramalhão reagiu. É pouco!

Mesmo sob o comando de novos treinadores, o futebol profissional do Grande ABC continua mal das pernas.

No final de semana, apenas o Santo André reagiu. São Bernardo e São Caetano voltaram a decepcionar.

Pela Segundona, o Ramalhão  do novato Arnaldo Lira foi a Catanduva a ganhou de 3 a 1, deixando a zona de rebaixamento.

Conquista fora de casa pode servir de alento e motivação para novas conquistas. Até mesmo o torcedor deve se reaproximar aos poucos. Especialmente  aposentados e profissionais liberais.

Pela elite, uma derrota e um empate, ambos resultados ruins, em casa. O São Caetano foi melhor mas perdeu do Bragantino de 2 a 1.

Atirou-se ao ataque, o que é normal, mas não teve competência para transformar as oportunidades em gol. Defensivamente, o time de Geninho voltou a falhar. Principalmente à frente da zaga e entre a quarta-zaga e a lateral-esquerda.

Além de fazer gol, Rivaldo foi bem; Jobson ainda não disse por que veio. Danielzinho tem sido muito mais útil. Fábio Costa  é experiente mas ainda está fora de forma.

Em São Bernardo, o Tigre do estreante Wagner Lopes não convenceu. Teve domínio e cuidados defensivos, mas pecou na criação e na última  bola. 

Também faltaram velocidade consciente,  intensidade e volume de jogo diante de um Paulista conservador e limitado. Por isso ninguém marcou.

Ex-ídolo no futebol japonês, Wagner Lopes deve ter percebido que Luciano Mandi não é o cara. Meio-campo parece jogar sem uma das pernas.

São Caetano e Azulão têm elencos para reagir. Não quer dizer que vão reagir a tempo. Um pouco mais de vontade talvez ajude.  

O gol, o castigo, o cavalo e a Ferrari

Há algumas décadas, quando se amarrava cachorro com linguiça e o presidente da República ainda sabia de alguma coisa, um dito popular era muito recorrente. O castigo vem a cavalo, diziam nossos pais e avós.

Pois é, hoje não é bem assim. Agora, o castigo, quando não chega em velocidade meteórica,  vem montado numa Ferrari comandada por Fernando Alonso. E no futebol não é diferente.

Veja a sina dos nossos goleiros de Seleção Brasileira.

Diante do Atlético Mineiro, o bom veterano Rogério Ceni foi juvenil e desatento ao dar água para Ronaldinho Gaúcho e mostrou reflexo tardio ao tentar alertar seus quatro zagueiros, em linha, sobre a posição do atacante. Desatenção plena!

Como se não bastasse, no sábado o goleiro aceitou um frango histórico diante do Ituano. Como corintiano, adorei as duas lambanças.

Outros, mais fanáticos, não tiveram dúvidas: " Chupa, mascarado. Bem-feito".

No dia seguinte, no entanto, veio o castigo. A cavalo? Nada disso! Ferrari turbinada!

Heroi corintiano na final do Mundial Interclubes, o grandalhão Cassio falhou feio no segundo gol do Palmeiras. Saiu caçando borboletas. Foi tão ridículo quanto Ceni.

Lotado, o Pacaembu, respeitosamente,  não teve coragem de vaiar. Só cochichou às escondidas!

Merecidamente, papai-do-céu me puniu. Torcedor do São Paulo deve ter adorado.

Pra completar, diante da Ponte Preta, outro goleiro de Seleção, o jovem Rafael,  saiu mal, entregou a rapadura e facilitou a vida do bom Alemão, que fez 3 a 1.

Portanto, senhores, nada melhor do que um dia após o outro. Aqui se faz, aqui se paga. A bola pune até quem não faz nem toma gol.

Talvez não precisasse ser tão rápida. Não deu tempo nem de curtir a desgraça alheia. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Esporte do Grande ABC clama por reação

Esporte coletivo do Grande ABC não passa por boa fase.

A começar pelo futebol profissional.

Santo André, São Bernardo e São Caetano estão na zona de rebaixamento dos seus respectivos campeonatos.

O São Bernardo/PT virou saco de pancadas ao desprezar a humildade e é o penúltimo colocado da elite estadual. Uma vitória ( a goleada enganosa sobre o São Caetano), um empate e quatro derrotas.

De técnico novo,  o São Caetano de Geninho continua ladeira a baixo e está em décimo oitavo lugar, também com apenas quatro pontos ganhos em cinco jogos.

Está certo que é começo de campeonato, mas se a reação demorar a coisa vai ficar preta pra quem sonhava ficar entre os oito classificados.

Já o Santo André, mesmo sem as mazelas do finado Sagedd, está em 17º lugar na Segundona.  Se não melhorar, vai cair de novo. Como atenuante, é um time em formação. Merece paciência da torcida. Sem deixar de cobrar jogadores e dirigentes.

Nos outros esportes também andamos sem brilho. Exceção ao handebol feminino de São Bernardo, onde o vôlei feminino tem dado tanto vexame quanto o de São Caetano.

Mesmo assim, não entregam a rapadura como o de Santo André, que um dia ganhou o mundo com a Pirelli e agora está fadado a morrer vítima de incompetência e inanição.

Apesar do esgoto malcheiroso do Semasa, basquete feminino de Laís e Arilza  ainda respira oxigênio puro diante de um universo minúsculo. Tanto quanto as meninas guerreiras de um handebol de investimento limitado.

Pouco pra três cidades que têm tudo para ser a Capital Nacional do Esporte. Tomara que reunião dos novos secretários e diretores de Esportes  não tenha sido conversa molo pra boi dormir.

Falar em Copa do Mundo e Jogos Olímpicos é interessante, mas soa como utopia ou cortina de fumaça pra problemas caseiros. Especialmente em Santo André.

Nossa realidade está aqui e muito pode ser feito em conjunto. Sem desprezar a rivalidade saudável e respeitosa.