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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Neymar, o melhor dos mundos

Está sacramentado! Neymar é mesmo do Barcelona! Foi o time certo, para o país certo, no momento certo e por muito dinheiro.

Por que time certo? Porque o rico Barcelona, embora não tenha chegado à decisão da importantíssima Ligas dos Campeões da Europa, ainda é um dos melhores do mundo e sempre foi um aconchego para os craques brasileiros.

Deixou de ser o mesmo após a saída de Pepe Guardiola -- agora no Bayern campeão --, mas mantém a filosofia da posse e do toque de bola envolvente. Têm faltado, no entanto, objetividade e contundência. Além de um zagueiro do nível de Thiago Silva.

Ao lado de Messi, Iniesta, Fàbregas e Xavi, quatro dos melhores jogadores do mundo, Neymar vai formar um quinteto excepcional. Por isso está no time certo. Bem diferente do limitado Santos atual, onde até mesmo o técnico Muricy parecia conformado e acomodado coma neymardependência.

Por que país certo? Porque o rápido futebol espanhol sempre esteve mais próximo da leveza latina do que da rigidez de alemães, italianos e ingleses, onde a marcação e a força ainda são marcantes. Apesar de já não serem tão rígidas como há duas ou três décadas.

Será que Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Romário e Rivaldo seriam os melhores do mundo jogando na Alemanha, na Itália ou na Inglaterra, diante de aplicação tática e sistemas defensivos bem mais ostensivos do que na Espanha? 

Ao lado de Messi e cia, sem o peso de ter de carregar o time nas costas, Neymar será apenas mais um. E que mais um! Um monstro de canelas finas que vai provocar terremotos e diarreias  pelo setor esquerdo do ataque catalão. Imaginem aquelas diagonais mortais em direção ao gol!

Por que o momento certo? Porque o menino já não aguentava mais. Estava ficando maior do que o próprio Santos e muitos o cobravam como se seu talento fosse invencível. Solitário, mas humano, dava dó.

Por isso, e por muita grana, decidiu agora, com predominância do coração e atrás de um sonho de infância. Por isso o melhor dos mundos. O melhor time (ainda ou voltará a ser rapidamente com o nosso gênio?), ao lado melhor jogador do mundo.

Para quem queria Neymar sempre perto, no futebol brasileiro, fica a lembrança de que o veremos a todo momento pela TV. Vai deitar e rolar no futebol espanhol. Vai pular miudinho no alto nível da Liga dos Campeões. 

Acho, até, que Neymar vai deixar de querer ser malandro e forçar faltas em situações nada claras. O futebol europeu não permite encenações. Por isso o agora companheiro de Messi   tem tudo para ser ainda melhor e mais eficiente quando jogar pela Seleção Brasileira.

sábado, 25 de maio de 2013

Deu Bayern na redenção de Robben

Ganhou o Bayern! Com méritos indiscutíveis. Ganhou o futebol! Como era de se esperar, Borússia Dortmund  e Bayern de Munique fizeram uma decisão da Liga dos Campeões da Europa digna de campeões.

Vitória de 2 a 1,agora há pouco em Londres, faz com que o Bayern chegue ao quinto título continental. E mostra,  mais uma vez, que a mesma bola é soberana para punir e premiar.

A mesma bola que puniu  Robben na última Copa do Mundo e na final da Liga dos Campeões, quando ele perdeu pênalti diante do Chelsea, o premiou com um gol e uma assistência letal.

Como o tempo é o senhor da razão, o vilão de ontem é o herói de hoje.  Acusado de tremer, de amarelar, nos momentos decisivos, o holandês dá a volta por cima e faz do Bayern um legítimo campeão.

Borússia só foi superior, mesmo e muito, nos primeiros 25 minutos. Intenso, veloz e determinado a pressionar com ou sem a posse de bola, o time de Jurgen Klopp afogou  um Bayern assustado, que não conseguia tocar a bola e se via obrigado a quebrá-la com chutões.

Além de defender e atacar em bloco, com muita gente, Borússia  se baseava num 4-2-3-1 com mais cara de 4-2-2-2, já que Reus encostava em Lewandowiski, enquanto que Kuba e  Grosskreutz marcavam as subidas dos laterais Lahm e Alaba.

Neste período de superioridade o Borússia ameaçou com Lewandowiski, Kuba e Reus, mas se assustou e começou a perder o domínio quando Mandzukic acertou uma cabeçada no travessão.
Weidenfeller desviou, assim como apareceu de forma brilhante aos 30 minutos para abafar a conclusão de Robben.

Aos 35, quando o Bayern já se impunha com alternância de ritmo e melhor toque de bola, foi a vez de Neuer defender o chute de Lewandowiski. Antes do final do primeiro tempo, aos 42 minutos, Robben voltou a desperdiçar ao chutar no rosto do goleiro após falha de Hummels.

O segundo tempo voltou com o Bayern menos intenso e sem as rédeas do jogo. Mesmo sem correr tantos riscos quanto no início do jogo, o time bávaro permitiu que o Borússia equilibrasse as ações nos primeiros 10 minutos.

O Bayern já estava um pouco melhor e liberava os laterais e os meias quando perdeu boa oportunidade com Martínez aos 13 minutos. Um minuto depois, no entanto, começou a redenção de Robben. Ele recebeu do desafeto Ribèry pela esquerda, foi ao fundo e cruzou para Mandzukic desviar sem dificuldades e fazer 1 a 0. Festa vermelha em Wembley.

Sem brilhantismo, mas com a peculiar determinação, o Borússia encontrou forças para empatar aos 23 minutos, quando o brasileiro e selecionado Dante fez pênalti infantil em Reus e poderia ter deixado a decisão como vilão.

Gundogan bateu com categoria e empatou. Para felicidade dos torcedores amarelos e do ídolo e lesionado Gotze, que, mesmo negociado com o Bayern, demonstrou personalidade incomum ao vibrar nas arquibancadas.

Momentaneamente empolgado, o Borússia ameaçou novamente aos 24 minutos com Hummels. Mas não passou disso porque dois minutos depois levou um susto. Subotic salvou sobre a linha a conclusão-cruzamento de Mandzukic.

Melhor postado, mais inteiro fisicamente e agora com espaços para contra-atacar, o Bayern voltou a chegar com perigo aos 30 minutos com Alaba e aos 42 com Schweinsteiger. Weidenfeller apareceu bem em ambas.

Aos 44 minutos, Ribèry escorou a bola quebrada da defesa, Robben apareceu em velocidade entre os zagueiros e apenas desviou para fazer o gol do título. O gol da redenção do craque um dia execrado pela própria torcida.

Enquanto jogadores e torcedores do valente Borússia desabavam em lágrimas, Robben regia uma grande orquestra de aplausos.

Borússia Dortmund - Weidenfeller; Piszczek, Subotic, Hummels e Schmelzer; Bender (Sain) e Gundogan; Blaszczykowski Kuba (Schieber), Reus e Grosskreutz; Lewandowiski. Técnico -- Jurgen Klopp. Esquema tático predominante -- 4-2-3-1, com frequente alteração para o 4-2-2-2.

Bayern de Munique - Neuer; Lahm, Boateng, Dante e Alaba;  Martínez e Schweinsteiger; Robben, Muller e Ribèry (Luiz Gustavo); Mandzukic (Mário Gomez). Técnico -- Jupp Heynckes. Esquema tático predominante -- 4-2-3-1, com variação ofensiva para o 4-2-1-3 e o 4-2-4.

Árbitro -- Nicola Rizzoli (Itália).

Público --  86 mil pessoas.

Local -- Estádio de Wembley, Londres, Inglaterra.

Data -- 25 de maio de 2013.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Promessa de grande jogo da final da Liga

Chegou o grande dia para o futebol europeu! Bayern de Munique e Borússia Dortmund decidem amanhã em Wembley (Londres) o importante título da Liga dos Campeões.

É a comprovação da superioridade do futebol alemão, que atropelou os gigantes espanhóis nas semifinais. Não tenho dúvida de que vai ser um jogão.

Embora o Bayern seja o atual campeão nacional e tenha a preferência dos especialistas,  não o vejo como favorito. Digamos que a téorica vantagem porcentual dos detalhes está mais para empate técnico.

Borússia e Bayern são quase semelhantes em filosofia de jogo e virtudes que os credenciam a fazer um duelo de titãs. Em especial porque  não especulam. Simplesmente, jogam.

Coletiva, tática e individualmente,  ambos sabem o quê fazer. Não abusam, especialmente do Borússia,  daquele toque de bola cadenciado e nem sempre com o mínimo de profundidade.

De lado a lado, ingredientes que não nos permitem imaginar um joguinho pautado pelo medo, pelo respeito exacerbado. Ambos têm ousadia, volume e intensidade. Também defendem e atacam em bloco, pressionam na marcação e fazem a transição defesa/ataque com precisão, inteligência, velocidade e objetividade.

Por isso transformam o 4-2-3-1 em 4-2-1-3, ou até mesmo 4-2-4, num piscar de olhos. Sem falar que, no Bayern, os laterais (Lahm e Alaba) sobem mais e um dos volantes (Schweinsteiger) vira armador com a naturalidade dos antigos camisas 10.

Já o Borússia tem mais força bruta, muita transpiração e prende um pouco mais os laterais e os volantes. Embora Gundogan também chegue para finalizar.  Reus, Gotze e Lewandowiski formam um triângulo infernal.

Só que, lesionado, o excepcional Gotze (já contratado pelo próprio Bayern) fica de fora e vai fazer muita falta.  O substituto, Grosskreutz, tem mais pegada do que técnica. Mas não é de decepcionar porque entra num time faz da determinação e do jogo coletivo grandes trunfos.

Ofensivamente, o Bayern deve chegar com mais criatividade e contundência. Robben, Muller e Ribèry ajudam a marcar, mas são atacantes por natureza. Mandzukic é a referência. Mas joga menos que o artilheiro Lewandowiski.

Já o sistema defensivo do Borússia me parece menos confiável do que o do campeão alemão. Hummels é um dos melhores do mundo, mas o conjunto de marcação do Bayern é mais compacto.

A começar pelo posicionamento e pela aplicação tática dos volantes. Martínez e Schweinsteiger são muito bons e se completam.

Fisicamente, os finalistas também se assemelham. Tecnicamente, ligeira vantagem para o futuro time de Pepe Guardiola. Taticamente, novo equilíbrio. Arrumação invejável. Principalmente no Bayern.

Quanto à capacidade de doação e de pressionar a saída de bola,  o time da incomparável Muralha Amarela sai na frente. Não é de perder bola dividida. Não desiste nunca.

Por isso, não há como duvidar de que o mundo da bola verá um jogão. Provavelmente, com muitos gols e com a vitória do futebol. Bom para todos.

P.S.: só pra lembrar que sou torcedor do Borússia e, como corintiano, morro de inveja da empatia do time com os torcedores, especialmente da Muralha Amarela.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Neymar, Messi, futebol e dependência

Sinceramente, não sei se a dependência é química, psicológica, emocional,  tática, técnica ou física. Ou tudo junto! Só sei que,  em vários momentos da história, futebol e dependência se assemelham a irmãs siamesas.

Exemplos não faltam.  Cada um na sua proporção. Uns mais, outros menos. O inesquecível Santos de Pelé, o Barcelona de Messi, o Corinthians de Neto, o Fluminense de Fred, o Flamengo de Zico, o Santos de Neymar.

Pode parecer paradoxal, mas ouso dizer que o Santos bicampeão mundial interclubes nos anos 60 dependia menos do Rei do que o atual depende do monstro de canelas finas.  É que aquele Santos era muito mais time do que o de hoje.

Do meio pra frente, só fera. Zito, Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Após a  saída de Ganso, o de hoje só tem Neymar.  Dependência plena. Ninguém encosta, ninguém se mexe, ninguém resolve, ninguém faz gol.

Fico até com dó. Sobra tudo pro menino gênio também porque o coletivo e o plano tático de Muricy Ramalho não tem tanto peso. Um time comum,  à espera de um estalo de quem desequilibra mas está de saída.

Praticamente o mesmo acontece com Fred. Centroavante do Flu e da Seleção Brasileira tem de ser líder, articulador, simulador e matador. Com Wellington Nem em má fase após lesão e meio-campo de mobilidade e criatividade burocráticos, tricolor carioca foi um arremedo ontem, no 0 a 0 diante do limitado e apenas aplicado Olímpia.

Não quer dizer que o Fluminense não possa até ganhar no Paraguai e conquistar a Libertadores. Se bem que o favorito é o Atlético Mineiro, que consegue equilibrar jogo coletivo,  velocidade e alguns chutões com momentos empolgantes de Ronaldinho, Bernard, Jô (quem diria?) e Diego Tardelli. Sem tanta dependência.

O Corinthians campeão brasileiro de 90 tinha em Neto sua estrela solitária. E suficiente. O hoje comentarista da Band carregou o time nas costas. O grupo ( Márcio, Tupãzinho, Fabinho e cia )  era esforçado e corredor. Nada mais. Só que a bola parada de Neto era fatal. Escanteio era como falta na meia-lua e falta era como pênalti.

O Corinthians de Tite Fala Muito ( entende muito mas precisa pôr Pato pra jogar) tem individualidades capazes de decidir, mas faz do coletivismo, da aplicação tática e da determinação armas mortíferas no futebol moderno. Defende e ataca com muita gente. Pena que o desempenho atual  se tenha distanciado um pouco do potencial.

Já o Flamengo de Zico era um timaço. Leandro, Júnior, Andrade e Adílio jamais foram eram meros coadjuvantes. O protagonista, ator principal, era Zico, lógico, mas o Flamengo campeão do mundo não era dependente contumaz.  Também jogava bem coletivamente.

Sobre o Barcelona de Messi, já comentei, e repito:  tem outros grandes jogadores ( Iniesta, Xavi, Fàbregas e cia), mas perde o prumo, a referência, quando o argentino melhor do mundo está fora.

Novamente, soa como incoerência se lembrarmos do Santos refém exclusivamente de Neymar. Diferentemente, o campeão espanhol tem individualidades brilhantes e filosofia de jogo definida, mas sem Messi anda de lado, sem verticalidade. Favor não confundir Barcelona com Seleção Espanhola.

Talvez tudo isso explique por que Borússia Dortmund e Bayern de Munique decidem o título da Liga dos Campeões neste sábado. Os dois principais clubes da Alemanha no momento têm forças individuais e marcante presença coletiva no campo tático.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

De tudo um pouco... Corinthians, Palmeiras...

Sem qualquer pretensão comparativa, texto de hoje vai a la  Tostão. De tudo, e de todos, um pouco. De Corinthians a Santo André, de Palmeiras a São Bernardo... Mesmo que simples registros opinativos.

Sobre o Ramalhão, me recuso a acreditar que, exceção aos mais fanáticos torcedores e aos  dirigentes de carteirinha, alguém acreditava mesmo que o resultado ( 2 a 3 ) do Bruno Daniel seria revertido em Goiás. Nova derrota, agora de 1 a 0.

Diferença de investimento  e de capacidade técnica é quilométrica. O Goiás é time de Série A. O Santo André, de D. Sonhar com a repetição do título fortuito na Copa Brasil  de 2004 é pura utopia. Por isso ninguém deve cobrar elenco e direção.

Situação do Tigre não está tão distante. Igualdade de 1 a  1 no Baetão ainda dava alguma esperança de reversão em Criciúma. Mas o time catarinense é superior e ficou com a vaga após meter 3 a 1.

Quanto ao Palmeiras, é outro de quem não se poderia esperar muito. No fundo, no fundo, nem mesmo o jovem "parmerista" Gustavo poderia esperar algo além. Empate no México foi alentador, mas derrota no Pacaembu colocou as coisas nos devidos lugares.

Conforme o próprio Tostão escreveu na sua coluna na Folha de São Paulo, a contagiante garra alvi-verde não o levaria tão longe. Tem limites, como ficou provado.  Crucificar o goleiro Bruno não é o melhor caminho.

Nível técnico do Palmeiras é limitado. Talhado para ganhar no máximo a Série B. Nada mais. Conforme sábias e verdadeiras palavras do amigo  Brunoro.

Já do Corinthians se esperava muito mais. Está certo que o juizão meteu a mão no campeão do mundo, mas ao grupo de Tite faltaram mais competitividade, mais intensidade e mais competência na armação e nas finalizações. Faltou ser simplesmente ser o Corinthians de 2012.

Sem falar que o Boca vestiu o manto de humildade. Decepciona tecnicamente, mas se aplicou do primeiro ao último minuto. Correu, dividiu e antecipou muito. Um 4-4-1-1 quase intransponível. Especialmente no primeiro tempo, quando os espaços aos burocráticos corintianos foram escassos.

Sem falar que ontem o pior Boca da década não deu pontapés. O Corinthians poderia ter saído com a vaga jogada na lata do lixo em Buenos Aires, onde não jogou nada.

Quanto ao veterano Riquelme, endeusado pela maioria dos jornalistas brasileiros, até que foi bem, mas não vi nada de extraordinário. Pouco criou enquanto aguentou a pegada do jogo. Fez um gol sem querer -- assumiu que foi cruzar -- e agora parece que merece uma estátua.

Se o juizão não fosse tão prepotente, incompetente e mal-intencionado, Riquelme teria passado despercebido e provavelmente o Corinthians estaria classificado.

O pênalti não assinalado logo no início poderia mudar a história do jogo também porque Marin receberia o segundo cartão amarelo ao meter a mão na bola e o Boca jogaria com 10. Depois, mais três erros capitais.

Só que agora não adianta chorar.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O Grana, a grana, o Brunão e o Nanasa

Ao contrário  de Aidan Ravin, seu antecessor, Carlos Grana tem dedicado olhar respeitoso ao Estádio Bruno Daniel. Bem diferente do ex-prefeito, falastrão por excelência e sem o mínimo compromisso com a palavra empenhada. O atual pelo menos tem dado o pontapé inicial para cumprir promessas de campanha.

Enquanto o Prefeito Inimigo do Esporte cansou de dar as costas e ignorar o estádio e o futebol profissional da cidade, o atual acaba de assinar  ordem de serviço para ampliar o Brunão.

Ampliar soa como força de expressão.  A construção de nova arquibancada -- ainda sem cobertura e iluminação -- com 4 mil lugares substitui a demolida e não reerguida por Aidan. Era de se esperar.

Retomada das obras vai custar, inicialmente, perto de R$ 3 milhões, oriundos do Tesouro Municipal. Previsão de custo  total, com iluminação e cobertura, chega a R$ 30 milhões, sendo que R$ 13 milhões devem vir da Agência Paulista de Desenvolvimento, do Governo Estadual. Restante depende de parcerias.

Sem dúvida, ponto positivo para o novo prefeito. Agora, como se trata de político, é bom esperar pelo andamento das obras e pela conclusão. Por enquanto, arena multiuso pensando na Copa do Mundo de 2014, sem iniciativa privada, é utopia. Conversa fiada.

Por falar em conversa fiada, bem que o amigo de Lula ( aquele que nunca sabe de nada que não lhe seja favorável)   poderia, emergencialmente,  ter  atitude semelhante em relação ao Nanasa (Núcleo de Apoio à Natação Adaptada de Santo André), cujas aulas  a pessoas com deficiência estão suspensas.

Se, orçados ou não, o Tesouro Municipal disponibiliza R$ 3 milhões para iniciar a reforma do Brunão, por que não pode fazer o mesmo para manter as atividades dos alunos do Nanasa, cujo projeto depende de menos de R$ 1 milhão?  

terça-feira, 7 de maio de 2013

O Poder no Parque Central. Só falta atitude!

Representantes do Poder Público se fizeram  presentes hoje de manhã no Parque Central. Lá estavam Paulinho Serra, secretário de Obras e Serviços Públicos e Ricardo Kondratovich, seu adjunto.

Também havia outros componentes do Departamento de Parques e Áreas Verdes. Todos meus conhecidos de Prefeitura. Não sei se o vereador Roberto Rautenberg fazia parte da comitiva.

A não ser que eu esteja enganado, só faltou o comando da Segurança e da Guarda Civil Municipal para que a maioria dos problemas espalhados  pelo nosso Ibirapuera -- por que não nosso cartão postal? -- pudesse ser discutida.

Ao lado de meus netos (Victor e Júlia), me limitei a cumprimentá-los com educação. Mas juro que torci para que o Paulinho pedisse minha opinião sobre a atuação da Prefeitura de Santo André no parque.

Não fui questionado como jornalista. Tampouco como usuário e cidadão pagador de impostos. Se fosse, não teria  dúvidas de repetir o que venho escrevendo e dizendo há pelo menos seis/sete anos.

Afinal, nada mudou com a troca de prefeitos e de partidos. O olhar do petista Grana é o mesmo do petebista Aidan. Por enquanto, fica muito a desejar.

Tomara que a visita de Paulinho, Ricardo e cia  renda frutos. Tomara que o nosso potencial cartão postal seja tratado como tal. Com respeito, cidadania  e comprometimento.

Tomara que o nosso Parque Central passe a ter  o mínimo de comunicação e orientação aos usuários. Mesmo que muitos deles não tenham um pingo de educação. Algumas placas, com palavras corretas, já ajudariam. É preciso orientar, fiscalizar e punir os infratores.

Tomara que o nosso Ibirapuera passe a ter fiscalização minimamente comprometida com as obrigações   dos servidores públicos. Sem essa de a GCM ficar enfiada na salinha do acesso principal.

Que tal o chefe da Guarda e o homem forte da segurança darem um passeio pelo parque? De preferência, excluindo  dias festivos. Apareçam lá e percorram os acessos Visconde de Mauá, Javaés e favela Gamboa.

Horário ideal para flagrar traficantes, usuários de drogas e ladrões de carros e motos -- dentro e fora do PC -- é depois das 17h30min, quando a noite começa a chegar. Todos os gatos são pardos. Principalmente à distância; aquela guardada estrategicamente pelos zelosos guardas municipais.

Tomara, mesmo, que a visita do pessoal da SOSP não se limite a tomar conhecimento das águas sujas e do que acontece com tartarugas, aves e pássaros menores, vítimas de gaiolas, linhadas e anzóis mortais de alguns-- poucos -- pescadores irresponsáveis.

Por que não limitar a pesca a dois lagos, duas varas e duas vezes por semana. E estabelecer regras claras. Com coletes e identificação.  Abusou, perde a licença. Sujou, limpou!  Funcionários têm mais o que fazer do que limpar tudo o que pessoas mal-educadas lá deixam. Inclusive  bosta de cachorro na pista de caminhadas.

Há muitos outros erros no nosso parque. Entre eles, também, motoristas que transitam em velocidade incompatível, égua que pasta em plena ciclovia, crianças que nadam sem qualquer garantia de socorro, pistas sem demarcação e lixeiras, e ambulantes não regulamentados.

Então, tomara, mesmo, que a visita tenha a abrangência que o espaço exige. Que não tenha sido mais uma visitinha agendada por pressão de vereador. Não tenho procuração para defender o prefeito-- nem quero --, mas sei que o Paulinho e o Ricardo não são burros. Prefiro acreditar em atitudes e melhorias.  

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Prefeitura de Santo André desrespeita pessoas com deficiência. Que vergonha!

As aulas de natação adaptada, além de atividades recreativas envolvendo alunos e familiares, estão com os dias contados em Santo André. Por falta de verba, estão suspensas por tempo indeterminado pela Prefeitura. Um absurdo! Uma vergonha!

Pode falar o que quiser. Pode espernear à vontade. Pode até tirar da reta. Pode também anunciar força-tarefa e  se arvorar de salvadora da pátria. Porém, o  principal responsável por tamanha falta de planejamento,  sensibilidade e competência é exatamente o Poder Público capitaneado por Carlos Grana.

Cerca de 240 pessoas com deficiência -- crianças, adolescentes e adultos de Santo André, São Paulo e Grande ABC --  estão sem chão porque, repito,  não há verba específica para o Programa de Educação Física Adaptada ter sequência  na piscina da Vila Alpina e até ser ampliado em possíveis outros espaços.

Incrível o Poder Público andreense ser pego -- só aparentemente, viu, gente! -- com as calças na mão por depender de projeto/verba da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo para fazer valer a Lei Paulista de Incentivo ao Esporte e conseguir patrocínio. Não importa se apenas metade dos alunos é de Santo André.

Orçamento da Prefeitura para 2013  está próximo de R$ 2,5 bilhões. Só a Secretaria de Saúde tem dotação próxima de R$ 380 milhões. Já a Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo tem verba próxima de R$ 40 milhões.

R$ 13 milhões, aproximadamente, é a grana (ridícula) destinada ao Departamento de Esportes. Portanto, não daria mesmo pra tirar de quem não tem para dar aos deficientes. E na fila há mais de 500 pessoas com deficiência.

O Esporte não tem os propalados necessários R$ 900 mil anuais. Será que é isso mesmo? Não dá pra economizar um pouco readequando atendimentos, funções e valores de coordenador, professores, estagiários e outros gastos com estrutura e manutenção?

Será que, enquanto o  tal projeto não é aprovado nenhuma grande empresa da cidade não pode bancar causa tão nobre? Será que  políticos tão influentes  e espertos para interesses pessoais e/ou partidários   não conseguem sensibilizar executivos de grandes  empresas?  E nossas faculdades? Bem que  poderiam ceder pelo menos 20/25 bolsistas.

Só agora, com a morte anunciada, o Poder Público se coça de verdade, e fala em mutirão junto a secretarias e empresariado para garantir a retomada do programa. Onde está o planejamento, caros senhores? Se virem! Assim não pode ficar. É obrigação!

Tudo começou na desastrosa gestão anterior, em 2010, quando a Apolo (Associação das Indústrias do Pólo Petroquímico) deixou de patrocinar o programa, que também era e é vinculado à Acide (Associação  pela Cidadania dos Deficientes).

Não adianta querer culpar o Estado ou a Acide. Muita gente da gestão atual sabia que  isso poderia acontecer a qualquer hora. Principalmente a se considerar a soberba, o isolacionismo e a incompetência do então diretor de Esportes Almir Padalino, protegido de Aidan Ravin e da então primeira-dama Denise Ravin.

Sou obrigado a reconhecer que nos últimos quatro anos muita gente sentiu e ainda deve estar a sentir saudade de Celso Luiz de Almeida, hoje presidente do Esporte Clube Santo André.  Celsinho não foi perfeito, mas trabalhou muito -- inclusive para manter o Nanasa -- e fez o que pode com orçamento tão minguado quanto o atual.

Então, por que depender de projeto vinculado ao Governo do Estado para conseguir parceiros?  Isso não poderia acontecer! Independente de cores partidárias, a administração deveria, sim, ter verba carimbada como prioridade zero para programa de tamanha envergadura, criado há mais de uma década.

Se crianças, idosos e deficientes não são prioridades, quem é? Os amigos do rei? O bando de cabos eleitorais travestidos de comissionados sem função clara? Ou obras prescindíveis  bancadas por licitações fraudulentas?

Não se justifica! Nada!!! Faltou sensibilidade. Faltou planejamento. Faltou gerenciamento? Faltou precaução! Faltou competência!  Faltou respeito às pessoas com deficiência e às famílias. Isso é uma vergonha, caro prefeito!  

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A messidependência, o fim da dinastia e o título alemão

"Sem Messi, esquece!"  Quando o Barcelona caiu de quatro em Munique esta foi a última frase da coluna deste caipira metido a besta. Não precisava ser bidu.

Mais uma vez, hoje, agora em casa, diante de 95 mil espectadores, o (ainda) melhor time do mundo perdeu de 3 a 0. Melhor... quando tem Messi.

Sem o gênio argentino, o Barcelona foi, de novo, um time comum. Messidependência pura! Sem seu centro de gravidade, nem mesmo estrelas de primeira grandeza como Iniesta, Xavi e Fàbregas conseguem brilhar.

Barcelona foi engolido. Tática, técnica e fisicamente. Não teve forças  nem futebol para se impor diante de um Bayern   inteligente, maduro, aplicado e ousado, sem medo. Lógico que, tudo isso, respaldado pelos 4 a 0 do primeiro jogo.

Gols de Robben, Piquè (contra) e Muller ( 7 a 0 no placar agregado) levam o campeão alemão à decisão da Liga dos Campeões da Europa, dia 25 em Wembley, contra o não menos forte Borússia Dortmund.

Duas certezas:  o campeão será um time alemão e a final inédita tem tudo para ser uma briga de cachorro grande. Em campo, dois times que não especulam. Simplesmente, jogam. Coletiva e individualmente.

Quanto ao grande Barcelona, não tem saída. Chega ao fim uma dinastia, mesmo que ainda não se conheça o novo "rei". É hora de reciclar, de repensar, de contratar. E de admitir que não mais assusta quem ousa jogar de igual pra igual.

Assim foi com o Santos de Pelé, o Botafogo de Garrincha, o Cruzeiro de Tostão, o Inter de Falcão, o Palmeiras de Ademir da Guia, o Flamengo de Zico, o São Paulo de Gérson...