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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Prefeitura de Santo André desrespeita pessoas com deficiência. Que vergonha!

As aulas de natação adaptada, além de atividades recreativas envolvendo alunos e familiares, estão com os dias contados em Santo André. Por falta de verba, estão suspensas por tempo indeterminado pela Prefeitura. Um absurdo! Uma vergonha!

Pode falar o que quiser. Pode espernear à vontade. Pode até tirar da reta. Pode também anunciar força-tarefa e  se arvorar de salvadora da pátria. Porém, o  principal responsável por tamanha falta de planejamento,  sensibilidade e competência é exatamente o Poder Público capitaneado por Carlos Grana.

Cerca de 240 pessoas com deficiência -- crianças, adolescentes e adultos de Santo André, São Paulo e Grande ABC --  estão sem chão porque, repito,  não há verba específica para o Programa de Educação Física Adaptada ter sequência  na piscina da Vila Alpina e até ser ampliado em possíveis outros espaços.

Incrível o Poder Público andreense ser pego -- só aparentemente, viu, gente! -- com as calças na mão por depender de projeto/verba da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo para fazer valer a Lei Paulista de Incentivo ao Esporte e conseguir patrocínio. Não importa se apenas metade dos alunos é de Santo André.

Orçamento da Prefeitura para 2013  está próximo de R$ 2,5 bilhões. Só a Secretaria de Saúde tem dotação próxima de R$ 380 milhões. Já a Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo tem verba próxima de R$ 40 milhões.

R$ 13 milhões, aproximadamente, é a grana (ridícula) destinada ao Departamento de Esportes. Portanto, não daria mesmo pra tirar de quem não tem para dar aos deficientes. E na fila há mais de 500 pessoas com deficiência.

O Esporte não tem os propalados necessários R$ 900 mil anuais. Será que é isso mesmo? Não dá pra economizar um pouco readequando atendimentos, funções e valores de coordenador, professores, estagiários e outros gastos com estrutura e manutenção?

Será que, enquanto o  tal projeto não é aprovado nenhuma grande empresa da cidade não pode bancar causa tão nobre? Será que  políticos tão influentes  e espertos para interesses pessoais e/ou partidários   não conseguem sensibilizar executivos de grandes  empresas?  E nossas faculdades? Bem que  poderiam ceder pelo menos 20/25 bolsistas.

Só agora, com a morte anunciada, o Poder Público se coça de verdade, e fala em mutirão junto a secretarias e empresariado para garantir a retomada do programa. Onde está o planejamento, caros senhores? Se virem! Assim não pode ficar. É obrigação!

Tudo começou na desastrosa gestão anterior, em 2010, quando a Apolo (Associação das Indústrias do Pólo Petroquímico) deixou de patrocinar o programa, que também era e é vinculado à Acide (Associação  pela Cidadania dos Deficientes).

Não adianta querer culpar o Estado ou a Acide. Muita gente da gestão atual sabia que  isso poderia acontecer a qualquer hora. Principalmente a se considerar a soberba, o isolacionismo e a incompetência do então diretor de Esportes Almir Padalino, protegido de Aidan Ravin e da então primeira-dama Denise Ravin.

Sou obrigado a reconhecer que nos últimos quatro anos muita gente sentiu e ainda deve estar a sentir saudade de Celso Luiz de Almeida, hoje presidente do Esporte Clube Santo André.  Celsinho não foi perfeito, mas trabalhou muito -- inclusive para manter o Nanasa -- e fez o que pode com orçamento tão minguado quanto o atual.

Então, por que depender de projeto vinculado ao Governo do Estado para conseguir parceiros?  Isso não poderia acontecer! Independente de cores partidárias, a administração deveria, sim, ter verba carimbada como prioridade zero para programa de tamanha envergadura, criado há mais de uma década.

Se crianças, idosos e deficientes não são prioridades, quem é? Os amigos do rei? O bando de cabos eleitorais travestidos de comissionados sem função clara? Ou obras prescindíveis  bancadas por licitações fraudulentas?

Não se justifica! Nada!!! Faltou sensibilidade. Faltou planejamento. Faltou gerenciamento? Faltou precaução! Faltou competência!  Faltou respeito às pessoas com deficiência e às famílias. Isso é uma vergonha, caro prefeito!  

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