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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Promessa de grande jogo da final da Liga

Chegou o grande dia para o futebol europeu! Bayern de Munique e Borússia Dortmund decidem amanhã em Wembley (Londres) o importante título da Liga dos Campeões.

É a comprovação da superioridade do futebol alemão, que atropelou os gigantes espanhóis nas semifinais. Não tenho dúvida de que vai ser um jogão.

Embora o Bayern seja o atual campeão nacional e tenha a preferência dos especialistas,  não o vejo como favorito. Digamos que a téorica vantagem porcentual dos detalhes está mais para empate técnico.

Borússia e Bayern são quase semelhantes em filosofia de jogo e virtudes que os credenciam a fazer um duelo de titãs. Em especial porque  não especulam. Simplesmente, jogam.

Coletiva, tática e individualmente,  ambos sabem o quê fazer. Não abusam, especialmente do Borússia,  daquele toque de bola cadenciado e nem sempre com o mínimo de profundidade.

De lado a lado, ingredientes que não nos permitem imaginar um joguinho pautado pelo medo, pelo respeito exacerbado. Ambos têm ousadia, volume e intensidade. Também defendem e atacam em bloco, pressionam na marcação e fazem a transição defesa/ataque com precisão, inteligência, velocidade e objetividade.

Por isso transformam o 4-2-3-1 em 4-2-1-3, ou até mesmo 4-2-4, num piscar de olhos. Sem falar que, no Bayern, os laterais (Lahm e Alaba) sobem mais e um dos volantes (Schweinsteiger) vira armador com a naturalidade dos antigos camisas 10.

Já o Borússia tem mais força bruta, muita transpiração e prende um pouco mais os laterais e os volantes. Embora Gundogan também chegue para finalizar.  Reus, Gotze e Lewandowiski formam um triângulo infernal.

Só que, lesionado, o excepcional Gotze (já contratado pelo próprio Bayern) fica de fora e vai fazer muita falta.  O substituto, Grosskreutz, tem mais pegada do que técnica. Mas não é de decepcionar porque entra num time faz da determinação e do jogo coletivo grandes trunfos.

Ofensivamente, o Bayern deve chegar com mais criatividade e contundência. Robben, Muller e Ribèry ajudam a marcar, mas são atacantes por natureza. Mandzukic é a referência. Mas joga menos que o artilheiro Lewandowiski.

Já o sistema defensivo do Borússia me parece menos confiável do que o do campeão alemão. Hummels é um dos melhores do mundo, mas o conjunto de marcação do Bayern é mais compacto.

A começar pelo posicionamento e pela aplicação tática dos volantes. Martínez e Schweinsteiger são muito bons e se completam.

Fisicamente, os finalistas também se assemelham. Tecnicamente, ligeira vantagem para o futuro time de Pepe Guardiola. Taticamente, novo equilíbrio. Arrumação invejável. Principalmente no Bayern.

Quanto à capacidade de doação e de pressionar a saída de bola,  o time da incomparável Muralha Amarela sai na frente. Não é de perder bola dividida. Não desiste nunca.

Por isso, não há como duvidar de que o mundo da bola verá um jogão. Provavelmente, com muitos gols e com a vitória do futebol. Bom para todos.

P.S.: só pra lembrar que sou torcedor do Borússia e, como corintiano, morro de inveja da empatia do time com os torcedores, especialmente da Muralha Amarela.

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