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segunda-feira, 29 de março de 2010

O Trio de Ferro e as decisões

O Trio de Ferro do Grande ABC está cada vez mais próximo de virar realidade. Santo André e São Caetano têm tudo para ganhar a companhia do EC São Bernardo em 2011.

O novo Santo André dificilmente deixará escapar a oportunidade de consolidar-se como vice-líder da fase classificatória do Paulistão. Pelo futebol que tem apresentado, ficará mesmo em segundo lugar.

Duro é saber contra quem o Ramalhão vai bater de frente antes de sonhar com a grande final. O Santos vai pegar o quarto colocado, enquanto que o time do técnico Sérgio Soares e do diretor executivo Carlos Arini, o Carlito, mede forças com o terceiro. Santos e Santo André entram com vantagem, mas o mando dos jogos é da Federação.

Embora ainda tenha um fio de esperança, é melhor o nosso Azulão tirar o cavalo da chuva. As duas vagas estão mesmo entre Prudente, São Paulo, Corinthians, Portuguesa e Botafogo.

Já na Segundona, o São Bernardo assegurou vaga entre os oito melhores ao ratificar bela ascensão e empatar de 3 a 3 com o Linense. Agora, a luta é por quatro vagas na elite paulista.

Time de Ruy Scarpino está no Grupo 2, ao lado de Linense, União Barbarense e Pão de Açúcar.
Chave encardida, mas dá pra ficar com uma das vagas que dão direito ao acesso para então se juntar aos vizinhos e formar o sonhado Trio de Ferro.

Com o time que tem, a estrutura, o respaldo do Poder Público e o apoio incondicional da torcida, o Tigre não vai decepcionar justo agora. No jogo de domingo foram mais de 10 mil torcedores. Enquanto isso, o Azulão joga pra 300 e o Ramalhão para 1,5 mil. É brincadeira!

No Grupo 1 estão União São João, Noroeste, Guaratinguetá e São José. Não tenho palpite. O que interessa é o acesso do Tigre.

sábado, 27 de março de 2010

O cidadão e o torcedor andreense

O assunto é tão velho quanto recorrente. Como tenho certa dose de teimosia, volto a tocar no assunto torcida.

Não me conformo com presença de público nos jogos do Santo André. Os números são irrisórios. Vergonhosos, até!

Como pode? Exceção ao jogo com o líder Santos, a média de torcedores no Estádio Bruno José Daniel beira apenas 1,5 mil pessoas. Torcedor fiel, que merece respeito e aplauso.

Porém, o Brunão comporta 15,5 mil torcedores. Onde estão todos os outros que se dizem andreenses? Onde está a participação popular, do cidadão? Afinal, nossa população se aproxima de 680 mil habitantes. Menos de 0,5%...

Está certo que o apelo do grandes clubes, a proximidade com a Capital, a comodidade da televisão e o desrespeito ao torcedor em questões estruturais são obstáculos impeditivos.

No entanto, não custa, hoje, os torcedores que têm no Ramalhão o segundo time comparecerem para apoiar o vice-líder, já classificado às semifinais do Paulistão.

O time está bem e tem apenas 1,5 mil testemunhas. Está mais do que na hora de o cidadão andreense ser menos preguiçoso, se envolver mais com o seu representante no futebol profissional.

Quanto o time está mal, todo mundo reclama e ignora o Santo André. Quando dá a volta por cima após um descenso traumático, o povão não comparece. Não entendo! Não aceito!

O pior é que o Ramalhão embalado não vai mais jogar diante de suas testemunhas. Partidas restantes da fase classificatória e semifinais não serão no Brunão. O torcedor ausente não merece o bom time que tem. É uma pena!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ronaldo, dedos e babacas

Juro que há momentos em que minha paciência se esgota facilmente à frente da televisão. Hoje, por exemplo.

É dificil. Desconfortável, até. Quando não, cômico. Que moral o eternamente corintiano Neto tem para ficar criticando Ronaldo em nome do politicamente correto?

Politicamente correto que, por sinal, o menino de Santo Antonio de Posse -- passava férias na minha São José do Rio Pardo -- cansou de despachar com atitudes normais de qualquer ser humano.

O que há de tão absurdo no gesto de Ronaldo para um babaca privilegiado que estava na saída exclusiva dos jogadores após o jogo de ontem em Barueri?

Que Ronaldo não jogou nada, não precisa ser gênio para ter enxergado. Que o ex-melhor do mundo proporcionou lances bizarros, também ninguém ousaria contestar. Ontem o maior artilheiro das Copas do Mundo teve seu dia de perna-de-pau. Foi ridículo.

E daí? Quem não tem noites de trevas? Pelé, Zico, Sócrates, Rivelino, Falcão, Ademir da Guia e até mesmo Neto, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, já tiveram seus momentos de cabeça-de-bagre.

Só não posso concordar que Ronaldo, como eterno exemplo, deveria se calar diante das ofensas morais de que foi vítima de um babaca travestido de torcedor. Simplesmente, um babacão!

Mostrar o dedo médio pode ter sido exagero de um profissional. Não acho! Porém, foi pouco como reação do ser humano Ronaldo. Com o mínimo de sangue nas veias, o homem reage mesmo.

E aí o Neto, hoje profissional de Imprensa -- ainda despreparado e destemperado -- se esquece de que deveria minimamente se colocar no lugar do Fenômeno. Deveria se lembrar dos tempos de boleiro, da mulherada, da cara cheia, da trairagem, do individualismo, da obesidade, da rebeldia, das expulsões, dos palavrões e da cusparada no árbitro José Aparecido -- cansou de errar contra o Corinthians, mas não merecia tamanha humilhação.

Na arquibancada o torcedor, mesmo que babaca ao cubo, tem direito a quase tudo. Fora de lá, deve ser um cidadão respeitador. Nada mais. Caso contrário, que arque com as consequências e que não se arvore de representante de uma torcida maravilhosa. Vira vítima e faz do ídolo um vilão.

Só não sei o babaquice maior é do torcedor idiota ou do jornalista de ocasião. E olha que Neto não foi o único do meio a deitar falação. É o retrato de uma Imprensa pobre de espírito, pobre de responsabilidade, pobre de sensibilidade, pobre de profissionalismo e pobre de argumentos.

Como se nenhum deles jamais tivesse feito o mesmo gesto de Ronaldo. Um dedo foi pouco e muito. Pouco para o babaca. Muito para virar notícia, em detrimento de um Corinthians capenga, mal distribuído, nada criativo e seriamente ameaçado de ficar de fora das semifinais do Paulistão. Bem diferente do nosso Ramalhão que daqui a pouco pega o Monte Azul para carimbar de vez o passaporte.

sábado, 20 de março de 2010

Aidan, parquinhos e parcões

Embora carentes de melhor aprofundamento, são bem interessantes a manchete e o editorial do nosso Diario do Grande ABC de hoje.

Falar da (in)segurança nos Parques do Grande ABC é sempre assunto palpitante, sem fim. Aparentemente, também, sem solução a curto prazo. Muito há que se fazer pelos nossos espaços públicos. Especialmente no quesito garantia do cidadão.

Costumo frequentar os parques do ABC. Com mais frequência os de Santo André, onde moro. Já cansei de falar do que chamo Parque dos Sabiás, o Parque Central, também citado na matéria.

Não adianta o prefeito Aidan Ravin anunciar programas, 12 novas viaturas e contratações para a Guarda Civil Municipal. É importante, mas não o suficiente. Ainda estamos bem distantes do ideal.

A sociedade exige, com razão, maior eficiência, maior comprometimento, maior participação, maior presença e muito mais atitude. Somados a motivação, capacitação profissional e decência salarial, os itens elencados podem ajudar bastante a minimizar problema tão desgastante.

Câmeras e melhor iluminação no Parque Central são primordiais. Desde que os guardas não se limitem ao interior das bases. Desde que saiam da toca. Isso mesmo! Saiam da toca. Como já escrevi.

Segunda-feira, por exemplo, entre 18h e 19h, flagrei três grupos consumindo drogas e álcool em pontos distintos do PC. Nessa uma hora, não vi sequer uma viatura, ou mesmo moto da GCM, circulando pelo parque. De bicicleta ou a pé, nem pensar. Cansa, né?

Portanto, números não bastam. É preciso eficiência! Nos parcões e nos parquinhos. Muitas vezes, segurança caminha junto com outras valências. Manutenção de brinquedos, iluminação, capinação e roçagem fazem parte do esquema adequado.

Tudo que, enfim, aconteceu dias atrás na Praça Ourinhos, ali no campo do Ourinhos, no Jardim Alvorada. Depois de massacrantes quatro meses no matagal, eis que balanços, gangorras, gira-giras e cia reapareceram. Para a alegria do Bruno, do Victor e de todas as crianças do entorno. Só faltou faixa simbólica para reinauguração.

Da próxima vez que isso acontecer, não terei dúvidas de convidar o prefeito e a primeira-e-única-dama, Denise, a levarem seu casal de filhos para passear na selva. Afinal, não somos todos iguais.

Aidan, estava uma vergonha! Por mais que se anunciem mutirões e contratos com terceirizadas, não pode demorar tanto. Isso compromete a administração como um todo.

Aidan e a Ouvidoria


Já falei sobre Ouvidoria. Então, não vou me delongar. Extinção é sinônimo de retrocesso. Extinção significa que metade dos vereadores não se garante. Basta olhar quem quer a extinção sem apresentar argumentos convincentes.

A Ouvidoria precisa, sim, ser aperfeiçoada, desde a eleição. Transparência, imparcialidade, eficiência, distanciamento político e atenção total ao cidadão são imprescindíveis. Nada mais.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O torcedor, o empate e a goleada

Torcedor é mesmo um caso a parte. Ainda há pouco, num banco lotado e com caixas em ritmo de de carro de boi, testemunhei a conversa de um corintiano e um palmeirense.

Estranho é que o "parmerista" estava mais preocupado em desmerecer a vitória do Corinthians sobre o Santo André do que em enaltecer a belissima virada do Palmeiras sobre os meninos dançarinos da Vila.

Coisa de louco! Quase se pegaram! E eu ali, sem saber o quê fazer além de arbitrar desavenças de uma paixão chamada futebol.

-- Neno, você não bate bem! Deve ter visto outro jogo. O Corinthians só foi melhor nos primeiros 10 minutos, quando achou dois gols porque ninguém chegou no gordinho. Depois, só deu Santo André. Poderia até não ganhar, mas o empate seria muito mais justo -- garantia Zé Mário num tom de voz bem próximo do desafio pra briga.

-- Você tá de brincadeira! Viu o jogo do Palmeiras e depois ficou secando o Timão. Agora vem me encher o saco com esse papo de mau perdedor. Por que você não curte os gols do Robert em vez de dar uma de seca-pimenteira -- retruca Neno.


-- Tá bom, vai! Então me diga se não foi pênalti do Chicão no Rodriguinho. Me diga se a expulsão do Branquinho foi merecida. Me diga se o Felipe não fez pelo menos quatro grandes defesas.

-- Digo sim! Foi pênalti do Chicão. Assim como o carrinho do Branquinho merecia mesmo a expulsão. Quanto às oportunidades de gol, o seu Palmeiras, quer dizer, Santo André, só chegou duas vezes. Nas outras o impedimento já estava marcado. Zé Mário, por que você não fala das chances do meu Corinthians?

-- Que chances?

-- Só pra refrescar tua memória curta: só o Ronaldo ficou cara a cara com o Julio César três vezes. Foram duas belas defesas e um chute pra fora. No final, o nosso gordinho, que fez muito do que o Nunes e o Rodrigão juntos, ainda deu um passe medido para o Jorge Henrique, que, sozinho, bateu pra fora. Que justiça você prega? O Santo André atacou desordenadamente e deu sopa pro azar. Nos contra-ataques a defesa ficava totalmente exposta.

-- A justiça do melhor time, de quem dominou, de quem tem muito mais padrão de jogo e é vice-líder do campeonato.

-- Que justiça absurda! Que justificativa ridícula! Seu time, que dizer, o Santo André, poderia sair de Barueri com quatro ou cinco no lombo. Seja ao menos sensato. Ou seria pedir demais?

-- Assim você me ofende!

-- Então, sinta-se ofendido, parmerista de meia-tigela!

-- O quê?

O painel do banco chama a senha 783, a do Neno. Mais do que depressa, para evitar um mal maior, puxo o corintiano pelo braço e alerto sobre o chamamento do caixa 3. Em seguida, a chamada do caixa 13, bem distante, felizmente, era para um torcedor pra quem, para ser feliz, não basta o Palmeiras vencer. A festa só é completa quando, no mesmo dia, o Corinthians se arrebenta.

Cinco minutos depis, no amplo estacionamento, bem de longe, um último desafio do "parmerista" andreense:

-- A gente se encontra na decisão do Paulista, quando o time do gordinho já estiver fora da Libertadores.

-- Tá certo, a gente se encontra no Pacaembu. Timão e Ramalhão prometem mais um bom duelo. Bobão! Pensou que fosse o Palmeiras...

Como último desaforo, um palavrão impublicável...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ramalhão classificado

Considerando-se que ainda há seis rodadas a serem disputadas, pode soar como precipitação de torcedor. Porém, não tenho dúvidas de que o Santo André já está nas semifinais do Campeonato Paulista.

Ainda estão em jogo 18 pontos, mas a vantagem para o quinto colocado é de oito. Convenhamos: o Ramalhão precisa fazer muita besteira, e tudo ao contrário do que mostrou de bom até agora, para ficar fora do banquete dos melhores.

Por que tanta certeza? Porque o momento faz com que o pensamento não se limite o quadrado matemático da pontuação.

O Santo André de Sérgio Soares tem personalidade, sabe o que quer. O Santo André de Sérgio Soares tem ousadia ofensiva mas não abre mão da marcação ostensiva. Marca como cachorro perdigueiro à caça de codornas e perdizes. De posse de bola, acelera com a rapidez de um fox paulistinha.

Isso sem contar que, bem diferente de 2009, hoje o Santo André tem time e esquema definidos. Quem acompanha sabe que a equipe titular é quase sempre a mesma e que as mudanças de peças não sacrificam o conjunto nem a padronagem tática.

É um 4-4-2 puro, sujeito a instabilidades ocasionais, de acordo com o tempo; melhor, de acordo com o posicionamento do adversário e com a necessidade momentânea..

Se no final de semana o Corinthians vai ter a força da camisa, da tradição, da torcida e de um elenco de estrelass, o Ramalhão vai ter todos os predicados enumerados acima. Por sinal, tudo o que o limitado Timão não vem mostrando.

Que a crônica paulistana não caia na armadilha de achar que o Ramalhão é só fogo de palha e que o time de Mano Menezes vai atropelar. Dentro de campo, gostem ou não os amiguinhos da Imprensa, é do Santo André.

Basta jogar sem medo nem ansiedade demasiada. O bom time do Botafogo sabe que passou por maus bocados. Especialmente no segundo tempo do jogo de ontem, num horário que não combina com futebol


Tigre também deve chegar

O São Bernardo fez de tudo para perder do fraco Osasco no final de semana. Felizmente, não conseguiu. Por sorte, ganhou de virada mesmo jogando mal. O primeiro tempo foi ridículo. Bem distante de quem sonha como acesso à elite.

A segunda etapa até que não foi tão comprometedora. Percebeu-se. claramente, o dedo do técnico Ruy Scarpino. Deve ter soltado o verbo nos vestiários. Com toda razão.

Se mantiver o ritmo, o Tigre não vai ter dificuldades para chegar entre os oito e depois ficar com uma das quatro vagas à elite

O Esporte está de volta

O Esporte Clube São Bernardo está de volta ao futebol profissional. Comandado por Felipinho, filho do eterno presidente Felipe Cheidde, o Esporte de tantas glórias e tradições retorna pra não fazer feio.

Sob a batuta do técnico César Franco de Morais, o Esporte vai medir forças com Palestra e Grêmio Mauaense na Terceira Divisão. Estréia está marcada para dia 2 de maio contra o Taboão da Serra.

sábado, 6 de março de 2010

Enfim, taparam mais um buraco do Aidan

Finalmente, para felicidade dos frequentadores do Parque dos Sabiás -- o Parque Central -- estão por terminar as "obras" de aterramento da cratera aberta junto ao portão de acesso da rua Javaés.

Pelo menos foi o que pude observar há cerca de uma hora, quando a chuva não me impediu de correr 12 quilômetros e tirar o estresse de uma semana pesada.

Por que finalmente? Porque há pelo menos 40 dias um paquidérmico e nada convincente jogo de empurra-empurra atrasou a solução de um problema aparentemente simples.

Faltou vontade para fecharem um buraco perigoso, onde cabiam pelo menos dois Aidans no diâmetro de entrada e mais uns oito Silvinhos para preencher o volume total.

Semasa e SOSP -- Secretaria de Obras e Serviços Públicos -- mediram força e o risco ficou por conta das crianças e dos pais desavisados.

Isso não pode acontecer! Depois, vão jogar a culpa no Mineirinho, um encarregado que não pode ser sacrificado para proteger lambanças de superiores.

Autarquia e Secretaria fogem da responsabilidade e o ônus acaba na conta da Prefeitura, nas costas do prefeito. É inevitável! Ele não é o poder maior? Então, que cobre atitudes mais rápidas e responsáveis do superintendente do Semasa e do Secretário em questão.

Caso contrário, será mais um buraco na administração. O que também não seria nenhuma novidade, já que nossas ruas estão aí pra todo mundo ver. Assim como nossas praças e nossos parques. Que vergonha!

Numa próxima oportunidade os temas deste espaço relacionados ao Parque dos Sabiás serão orientação e fiscalização ( a falta de) referentes a cãos e pescadores.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ramalhão embalado

Demorei, mais voltei. Novos projetos, certa preguiça e mudança de endereço sempre provocam transtornos inesperados.

E volto feliz da vida com o bom momento do futebol profissional do Grande ABC. Santo André, São Caetano e São Bernardo simplesmente limaram os desastres do final de 2009 e parecem caminhar a passos firmes rumo ao terreno da consistência.

O Santo André é vice-líder do Campeonato Paulista, à frente de grandes como São Paulo, Corinthians e Palmeiras, com méritos indiscutíveis.

Sábado à noite, no Bruno Daniel, o time de Sérgio Soares foi bem superior à Portuguesa do espertíssimo Vagner Benazzi.

Taticamente, um verdadeiro nó tático. Teimosamente, a Lusa foi esquematizada num duvidoso e capenga 4-3-3, com mais cara de 3-3-3. É isso mesmo! Considerando-se que o veterano Athirson passeou numa área de 20m x 20m, a Portuguesa jogou com um a menos nos primeiros 45 minutos. E pouco mudou no segundo.

Como o volante Acleisson se transformou em falso líbero, atrás e entre os dois zagueiros internos, e os dois laterais viraram alas, sobrou para Marco Antonio, teoricamente o volante com liberdade para sair pro jogo, a tarefa solitária de marcar e armar. Sobrecarregado pela inércia de Athirson e pelo distanciamento dos três atacantes, Marco Antonio foi engolido pelo meio-campo andreense.

Consciente e bem esquematizado, num 4-4-2 flexível, o Ramalhão foi sempre melhor, embora não tenha sido tão brilhante nos minutos finais do primeiro tempo.

O time foi bem como um todo. A começar pela segurança de Júlio César. Pelas beiradas, Cicinho foi mais ofensivo e eficiente que Carlinhos. O miolo de zaga só não foi perfeito porque no finalizinho Hallysson cometeu falta boba no ataque e acabou expulso. Elogiar goleiro, zagueirão e juiz antes do final do jogo é risco certo.

Dos dois volantes, o primeiro, Ale, brilhou defensivamente. O segundo, Gil, foi incansável até mesmo quando tentou atacar. Mais à frente, Bruno César e Branquinho tiveram espaços generosos para criar e chegar com perigo. Ditaram o ritmo de jogo e ainda municiaram os dois atacantes com sabedoria. O rápido Rodriginho e o pivô Rafael Silva também foram bem.

Como consequência disso tudo, o que se viu foi um jogo superagradável, especialmente para as cores azul e branco. Quer saber, como disseram meu irmão Moisés e meu amigo Fabiano, 2 a 0 foi pouco. O placar moral seria 4 a 0.

A quebra de um tabu superior a duas décadas pode embalar ainda mais o Ramalhão. Sem se esquecer de que o próximo adversário é o mordido Palmeiras.

Pena que a torcida ainda não se tenha dado conta de que o Ramalhão merece mais apoio.

Já o São Caetano, mesmo perdendo do Botafogo, faz campanha de razoável pra boa. A perda do técnico Antonio Carlos Zago é significativa, mas ninguém é insubstítuível. O time de Roberto Fonseca está certinho e se melhorar ainda pode lutar por uma das quatro vagas das semifinais.

Enquanto isso, pelos lados de São Bernardo, a reação do Tigre tem sido empolgante. Com mais de 6 mil pagantes -- nem todos presentes ao Estádio Primeiro de Maio --, o triplo dos jogos no Brunão, o São Bernardo fez 3 a 0 mas vacilou feio e permitiu que o Marilia marcasse dois gols e ainda ameaçasse empatar.

Nas mãos de Rui Scarpino, o grupo ganhou personalidade, consistência, mais pegada e padronagem tática até então escamoteadas. Agora sim, dá pra sentir firmeza de quem quer o acesso ainda em 2010.