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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Seleções do Brasileiro 2015 sem surpresas

Fim de campeonato é sinônimo de seleção. E com o Brasileiro conquistado com amplos méritos pelo Corinthians não seria diferente. Boas  e coerentes opções. Nada de parcialidade nem surpresas contestáveis.

Uma das escolhas foi da CBF em parceria com a Rede Globo. Votaram 5 mil jornalistas, capitães e técnicos da Série A, além da Comissão Técnica da Seleção Brasileira e dos convocados para os jogos diante da Argentina e Peru, pelas eliminatórias da Copa de 2018.

São cinco campeões do Corinthians, além do técnico Tite e do gol mais bonito, de Lucca, no passeio diante do São Paulo. Cássio, Gil, Elias, Jadson e  Renato Augusto, também o craque do campeonato, são os premiados.

Do Atlético Mineiro foram quatro:  o zagueiro Jemerson,  os laterais Marcos Rocha e  Douglas Santos e o volante Rafael Carioca. Luan, do Grêmio, e Ricardo Oliveira, do Santos, são os atacantes.

O artilheiro Ricardo Oliveira ficou com a Chuteira de Ouro, enquanto que Gabriel Jesus, do Palmeiras, ganhou como revelação. Nenê, do rebaixado Vasco, foi o craque da galera.

Outra  premiação importante foi a Bola de Prata, da revista Placar em conjunto com a ESPN. Foram quatro jogadores de Corinthians ( Gil, Jadson, Elias e Renato Augusto) e Grêmio ( Marcelo Grohe, Rafael Galhardo, Geromel e Luan), e mais três do vice-campeão, o Atlético Mineiro (Douglas Santos, Rafael Carioca e Lucas Pratto).

Renato Augusto voltou a ganhar como melhor do campeonato e recebeu a cobiçada Bola de Ouro.  Ricardo Oliveira  ganhou como artilheiro, com 20 gols. A revelação foi Gabriel, outro matador do Santos.

Sou corintiano, mas não escolheria Cássio como melhor goleiro do Brasileirão. Vou optar pelo desempenho individual e coletivo, não pelo nome e pelo esquema tático.

Goleiros renomados e  excepcionais não nos faltam, mas eu ficaria com Weverton, do Atlético Paranaense, com menções honrosas para Danilo Fernandes, do Sport,  Alex Muralha, do Figueirense, e Fernando Prass, do Palmeiras.

Meus laterais seriam  Lucas, do Palmeiras, pela direita,  e o jovem Jorge, do Flamengo,  pela esquerda, com lembranças para Rodinei (Ponte Preta),  Marcos Rocha e Douglas Santos, do Galo, e Zeca, do Santos.

Meus zagueiros internos seriam mesmo Gil e Jemerson, com destaques também para Felipe, que melhorou muito,  Cleberson,  do Atlético Paranaense,  e o "artilheiro" Fred, que cansou de fazer gols de faltas pelo rebaixado Goiás.

Meio-campo da seleção deste caipira teria dois volantes velozes, que marcam como muitos cabeças-de-área e saem pro jogo como poucos: Otávio, do Atlético Paranaense, e Rafael Carioca. Wallace, do Grêmio, e Elias também foram bem. Tanto quanto Fernando Bob, da Ponte Preta.

Os dois meias, com obrigação de marcar, armar, lançar, encostar no centroavante e ainda fazer gol -- ufa! --, seriam Renato Augusto e Lucas Lima (Santos).   Outros  que fizeram bom campeonato: Jadson, Nenê, Robinho (Palmeiras), Valdívia (Inter), Dátolo (Galo) e Diego Souza (Sport).

Considerando um time no  mais tradicional 4-2-2-2, bem diferente do campeão (4-1-4-1), os dois homens de frente seriam o  Ricardo Oliveira --  veterano com cheiro de gol, não pode ficar de fora -- e o jovem Gabriel, do Gabigol, do Santos. Outros com bom rendimento individual: Luan (Grêmio), Fred ( Fluminense), Lucas Pratto, Alexandre Pato (São Paulo) e Erik (Goiás).

Com oito corpos de vantagem sobre os segundos colocados (Roger e Levir Culpe), Tite nadou de braçadas como treinador do melhor time. Craque do campeonato foi mesmo Renato Augusto, enquanto que Gabriel Jesus é a melhor promessa. Tem potencial para melhorar.

No resumo, foi um bom campeonato, com alto nível técnico e significativa presença de público. O melhor, mais regular, foi premiado.

Notas destoantes ficam por conta da juizada, comandada pela Comissão de Arbitragem da CBF -- falta de critérios em lances de bola na mão e mão na bola é flagrante -- e da direção do Corinthians, que não apoiou o Bom Senso no manifesto pela renuncia do indiciado Marco Polo del Nero, o senhor ostentação, da presidência da CBF.

Também gostei da terceira queda do Vasco em oito anos. Não suporto o cinismo e a prepotência de  Eurico Miranda, o dono do clube. Jogadores não mereciam, até se esforçaram, mas o presidente é insuportável.

 





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